GERGELIM

09/02/2020 22:03

Sesamum indicum  L.

Pedaliaceae


SinonímiasSesamum orientale L.

Nomes populares: Gergelim, gergelim-branco, gergelim-preto.

Origem ou Habitat: Sua origem é controversa, alguns autores assinalam a Índia ou as Ilhas Samoa (Polinésia) enquanto outros apontam a África. É cultivado em todos os países tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil.

Os maiores produtores mundiais são: Índia, Mianmar, China e Etiópia.

Características botânicas: Herbácea ereta medindo de 1 a 2 metros de altura, levemente pubescente. Folhas opostas, lobadas ou partidas na parte inferior do caule e menores, alternas, oblongo-lanceoladas na parte superior. Flores solitárias e de coloração variável entre alvas a vermelhas. Fruto tipo cápsula loculicida, com 2 a 3 cm de comprimento e apresentando 4 fileiras de sementes pequenas que medem cerca de 2 mm.

Partes usadas: Sementes e folhas.

Uso popular: Usado na alimentação diária como restauradora geral e estimulante das defesas do organismo. A extração do seu óleo é utilizado tanto na medicina quanto na alimentação, além de ser substancialmente utilizado nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos. É amplamente utilizado na regulação de funções intestinais, devido suas propriedades laxativas suaves e no controle glicêmico, principalmente prevenção e controle de Diabetes Melittus.

Na culinária, o gergelim é utilizado ao natural, torrado ou como pasta e óleos, ou ainda, utilizado como ingrediente no preparo de iguarias regionais. Na medicina Ayurvédica e na Medicina Tradicional Chinesa, a semente é utilizada em terapias que buscam o aumento da energia vital, eliminação do cansaço, aumento da tonicidade e firmeza muscular, bem como a regularidade das funções intestinais e tratamentos específicos do sistema cardiovascular. Outros problemas de saúde como esgotamento nervoso e mental, estresse, perda de memória por trauma, depressão nervosa, irritabilidade e insônia também podem ser amenizados com o consumo de gergelim.

Composição química: Lignanas (sesamina e sesamolina), o b-sitosterol, o campesterol e até 98% de óleo, constituído principalmente de glicerídeos dos ácidos oléico e linolênico; proteínas; vitaminas; minerais e oligoelementos como cálcio, fósforo, ferro, magnésio, cobre, cromo; mucilagens.

Ações farmacológicas: As sementes de gergelim apresentam valores nutricionais importantes. São ricas em cálcio e potássio, e seu óleo tem alto índice de antioxidantes (sesamina e sesamolina), além de ácidos graxos mono e poliinsaturados (ômega 3 e ômega 6). O óleo insaturado do gergelim auxilia na redução do LDL, evitando obstruções em vasos e artérias. Também possui ação anti-inflamatória no organismo.

Interações medicamentosas: Não encontrados na literatura pesquisada.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não encontrados na literatura pesquisada.

Contra-indicações: Não encontrados na literatura pesquisada.

Observações: O gergelim-branco contém maior teor de lipídios, carboidratos, fibra alimentar solúvel e valor calórico, enquanto que o gergelim-preto possui maior teor de fibras alimentares insolúvel e total, além de ser o que mais apresenta potencial funcional de atividade antioxidante.

Referências: 

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2008.

Da Silva R.E. et al.(2011) “Capacidade antioxidante e composição química de grãos integrais de gergelim creme e preto.” http://www.scielo.br/pdf/pab/v46n7/a09v46n7.pdf – Acesso 24 de junho 2014.

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/16126 acesso 24 junho. 2014.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-70542013000600006&lang=pt acesso 26 junho 2014.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-204X2011000700009&lang=pt acesso 26 junho 2014.

http://revistas.unibh.br/index.php/dcet/article/view/260/146 acesso 26 junho 2014.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2008000100015&lang=pt acesso 26 junho 2014.

http://www.tropicos.org/Name/24300091 acesso 24 junho 2014.

Tags: CosméticoLaxativasTônico

GENGIBRE

09/02/2020 21:57

Zingiber officinale   Roscoe.

Zingiberaceae 


SinonímiasAmomum zingiber L., Zingiber aromaticum Noronha, Zingiber majus Rumph., Curcuma longifolia Wall.

Nomes populares: Gengibre, jengibre(Espanha), mangarataia.

Origem ou Habitat: Ásia.

Características botânicas: Segundo a descrição de LORENZI & MATOS, é uma erva rizomatosa, perene, ereta, com cerca de 60-120 cm de altura. Folhas simples, lanceoladas, invaginantes, de 15-30 cm de comprimento. Flores estéreis, verdosas ou branco-amareladas com manchas púrpuras dispostas em espigas radicais de até 7 cm de largura. Rizoma ramificado, de cheiro e sabor picante, agradável.

Partes usadas: Rizomas.

Uso popular: Tradicionalmente o gengibre é utilizado para tratar afecções intestinais, especialmente os problemas digestivos, com indicação nos casos de dispepsias e como carminativo nas cólicas flatulentas. Possui ação antimicrobiana local, combatendo a rouquidão e a inflamação da garganta, além de gripes, resfriados e sinusite. O gengibre é um dos melhores remédios para combater as náuseas (enjoos de viagem, enjoos produzidos pelo tratamento com quimioterapia, enjoos de gravidez, enjoos pós-operatório, etc.). É usado em casos de úlceras e diarreia. Tem ainda ação anti-inflamatória, anti-reumática, antiviral, antitussígena, anti-trombose, cardiotônica, colagogo, antialérgica e protetora do estômago. É amplamente usado na cozinha, em suas diferentes formas: gengibre fresco, gengibre caramelizado, gengibre em conserva em xarope de açúcar, gengibre curtido no vinagre, em pó e seco.

Informações científicas: 👥(HU): O gengibre pode ser útil no enjoo da gravidez (Matthews, 2015), e pós operatório (Chanaiyakunapruk, 2006). Há limitada evidência de melhora no quadro de diabetes tipo II (Mahluji et al., 2013; Shidfar et al., 2015), bem como sobre seu efeito na obesidade.

Observação do uso clínico em Florianópolis: O uso interno da infusão preparada com os rizomas do gengibre apresenta boa resposta em sintomas de gripes, resfriados, casos de cinetose, enjoos e vômito devido à quimioterapia. O uso externo da decocção é usado em compressas locais no pescoço em casos de afonia, rouquidão e dores musculares e articulares.

Cuidados no uso desta espécie: O uso do gengibre pode provocar interações com várias classes de medicamentos (anticoagulante, antidiabética e anti-hipertensão arterial). Devido a atividade cardiotônica e anti-agregante plaquetária (in vitro) e hipoglicemiante (in vivo) do gengibre, é recomendado não administrar altas doses porque pode interferir com a medicação de base em pacientes com insuficiência cardíaca, coagulopatias e diabetes (Newall C. et al., 1996 apud Alonso, J., 2004). Em ensaios feitos em animais, os extratos de gengibre aumentaram a absorção de sulfaguanidina ao redor de 150% comparado a grupos controle (Sakai K. et al., 1987 apud Alonso, J., 2004).

Durante a gravidez e lactação utilizar no máximo 1 (um) grama por dia. Não usar gengibre fresco em casos de aftas. Não utilizar gengibre em caso de cálculos biliares, gastrite e hipertensão arterial. Em relação à tintura, não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Não usar em caso de tratamento com anticoagulantes, pois pode exacerbar seu efeito (Anvisa, 2018).

O gengibre é inócuo nas doses recomendadas. Não tomar doses diárias de extratos do pó superiores a 2g. Doses superiores a 6g diárias podem produzir úlceras ou gastrites.

Posologia e modo de uso: 

🍵 Uso interno: Chá preparado por decocção de até 50g dos rizomas em 2 litros de água. Após esfriar, ingerir uma xícara até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas.

Uso externo: Compressa da decocção preparada com os rizomas, em casos de dores musculares e contusões.

Tintura: Utilizar 20 gramas dos rizomas para 100 ml de álcool etílico 70% e armazenar em vidro escuro protegido da umidade e da luz. Tomar 2,5 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, uma a três vezes ao dia. A indicação dessa tintura é como antiemético e nos casos de cinetose (Shidfar et al., 2015)

OBS: Não usar a tintura em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação.

Composição química: Óleo essencial (0,5-3%): composto por monoterpenos: canfeno (8%), alfa-pineno (2,5%), cineol, citral, borneol, mirceno, limoneno, felandreno; composto por sesquiterpenos: A-anforfeno, B-cariofileno, B-elemeno, B-ilangeno, calemeneno, capaeno, ciclo-copacanfeno, ciclosafireno, cis-G-bisaboleno, selina-zonareno, germacraneno B, sesquifelandreno, trans-B-farneseno, zingibereno, bisaboleno; álcoois sesquiterpênicos: necrolidol, elemol, bisabolol, sesquisabineno, trans-B-sesquifelandrol, zingiberenol, B-eudesmol; Outros: hidrocarbonetos (undecano, hexadecano, dodecano, folueno, p-cimeno, etc.), álcoois alifáticos: (2-butanol, 2-heptanol, 2-nonanol), aldeídos alifáticos (butanal, 2-metil-butanal, 3-metil-butanal, pentanal), cetonas (acetona, 2-hexanona, 2-novanona, heptanona, criptona, carvatanacetona, metil-heptanona), aldeídos monoterpênicos (citronelal, mistenal, felandral, neral, geranial).

Compostos picantes presentes na fração resinosa (5-8%): gingerdióis e gingeróis: 6-8-10- gingerol (raiz fresca) e por dessecação: zingerona, zingibereno, 6-8-10- sogaol, fenilfalcanonas, gingerenonas A,C, isogingerenona B, gingerdiona e 1-dihidrogingerdiona. Outros: amido (60%), ácido fosfatídico, lecitina, proteínas, vitaminas e minerais.

-Óleo essencial:

  • Monoterpenos: Canfeno, cineol, citral, felandreno, dentre outros.
  • Sesquiterpenos: Sesquifelandreno, trans-B-farneseno, bisaboleno, zingibereno, dentre outros.
  • Gingeróis: 6-8-10- gingerol (raiz fresca), 6-8-10- Shogaol, zingerona, gingerdiona(dessecação), dentre outros.
  • Diarileptanóides: Gingerenonas A, B e C (dessecação)
  • Monoacil digalactosil gliceróis:Gingerglicolipideos A, B e C.
  • Aldeídos monoterpênicos: Citronelal, neral, geraniale, dentre outros.

Observações: O rizoma de gengibre encontra-se registrado pelo FDA norte-americana e o Council of Europe como suplemento dietético e droga anti-nauseosa. O gengibre cru, em forma de extrato fluido ou como óleo-resina é considerado oficinal pela United States Pharmacopeia (USP) e pelo National Formulary, tendo indicações como carminativo, aromático e estimulante. A Comissão “E” de Monografias da Alemanha inclui o uso do gengibre em casos de dispepsias e na profilaxia de enjoos e náuseas de viagem. A ESCOP da Europa indica o uso preventivo do gengibre em casos de náuseas, vômitos e como medicação antiemética pós-cirúrgica. Os Ministérios da Saúde de Bolívia, Brasil, Colômbia e Cuba reconhecem o rizoma de gengibre para uso medicinal humano. O rizoma do gengibre encontra-se incorporado nas seguintes Farmacopeias: Argentina, Áustria, Austrália, Bélgica, Brasil, China, Korea, Egito, Filipinas, França, Gran Bretanha, Holanda, Índia, Japão, Suíça e Vietnam.

Referências: 
1. ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

2. ALSHERBINY, Muhammad A. et al. Ameliorative and protective effects of ginger and its main constituents against natural, chemical and radiation-induced toxicities: A comprehensive review. Food And Chemical Toxicology, [s.l.], v. 123, p.72-97, jan. 2019.

3. GHOSH, A.k. et al. ZINGIBER OFFICINALE: A NATURAL GOLD. International Journal Of Pharma & Bio Sciences, East Sikkim, v. 2, n. 1, p.283-294, jan. 2011.

4. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

5. MAHBOUBI, Mohaddese. Zingiber officinale Rosc. essential oil, a review on its composition and bioactivity. Clinical Phytoscience, [s.l.], v. 5, n. 1, p.1-12, 15 jan. 2019.

6. http://www.botanical-online.com/medicinalsgengibre.htm – acesso em 16 de setembro de 2012.

7. http://www.sabetudo.net/ch-de-gengibre.html – foto2- acesso em 16 de setembro de 2012.

8. http://sinuhesilvavieira.blogspot.com.br/2012/05/gengibre-para-que-serve.html – foto3 – acesso em 16 de setembro de 2012.

9. http://www.tropicos.org/Name/34500018?tab=synonyms – foto1- – acesso em 16 de setembro de 2012.

10. MATTHEWS A., Interventions for nausea and vomiting in early pregnancy. CochraneDatabas e of Systematic Reviews 2015, Issue 9. Disponível em: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007575.pub4/full

11. CHANAIYAKUNAPRUK N., The efficacy of ginger for the prevention of post-operative nausea and vomiting: a meta-analysis. American Journal of Obstetrics and Gynecology 2006; 194(1): 95-99. Disponível em: https://www.ajog.org/article/S0002-9378(05)00891-4/fulltext

12. MAHLUJI, S., et al., Effects of ginger (Zingiber officinale) on plasma glucose level, HbA1c and insulin sensitivity in type 2 diabeticpatients.International JournalOf FoodSciencesAndNutrition,[s.l.], v. 64, n. 6, p.682-686, 18 mar. 2013. InformaUKLimited. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3109/09637486.2013.775223?journalCode=iijf20

13. SHIDFAR, F. et al., The effect of ginger (Zingiber officinale) on glycemic markers in patients with type 2 diabetes. Journal of Complementary and Integrative Medicine, [s.l.], v. 12, n. 2, p.165-170, 1 jan. 2015. Walter de Gruyter GmbH. Disponível em: https://www.degruyter.com/document/doi/10.1515/jcim-2014-0021/html

14. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira Primeiro suplemento. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: ANVISA, 2018. Página 95.

Tags: AfecçõesAnti-inflamatórioAnti-reumáticoAntialérgicaAntimicrobianoCardiotônicaCarminativaColagogoCólicaDiarreiasDispepsiaGripeNáuseaResfriadoÚlceras

GARRA-DO-DIABO

09/02/2020 21:48

Harpagophytum procumbens  DC.

Pedaliaceae  


SinonímiasHarpagophytum procumbens subsp. procumbens DC. ex Meisn, Harpagophytum burchellii Decne., Harpagophytum procumbens var. sublobatum (Engl.) Stapf., Harpagophytum procumbens subsp. transvaalense Ihlenf. & H. Hartmann.

Nomes populares: Garra-do-diabo, harpagofito (Português), garra del diablo, raiz de Windhoeck (Espanhol), artiglio del diavolo (Italiano), devil’s claw, woodspider, grapple plant (Inglês).

Origem ou Habitat: Sul da África (Namíbia).

Características botânicas:Planta rasteira, perene, apresentando uma raiz primária que mede de 20 a 50 cm de comprimento, de onde partem raízes ramificadas tuberosas secundárias, que podem armazenar até 70% de água de seu peso e são estes tubérculos que se utilizam por suas propriedades medicinais. Talos múltiplos; folhas alternas, lobuladas, profundamente recortadas, carnosas, medindo 7 cm de comprimento, margens brancas e aveludadas. As flores são em forma de dedal ou trombeta, crescem isoladamente sobre curtos pecíolos na axila das folhas, de cor rosa-claro ou roxo-púrpura. Os frutos são duros, capsulares, deiscentes, medindo até 10 cm, armados de espinhos em forma de ganchos, de 2,5 cm de comprimento, que atuam como verdadeiros arpões aderindo-se à pele dos animais, facilitando a dispersão das sementes.

Partes usadas: Raízes secundárias ou tubérculos.

Uso popular: A raiz é empregada popularmente como antirreumática, antigotosa, aperiente, antiespasmódica, analgésica, para acalmar dores do parto, colerética e hipoglicemiante. Externamente é usada como cicatrizante de feridas.

Composição química: Glicosídeos iridóides (harpagina, harpágido, trans-cinnamoyl harpagide, trans-coumaroyl harpagide, procumbide, etc.); glicosídeos fenólicos (verbascosídeo, acteosídeo, isoacteosídeo e biosídeo); traços de óleo essencial, b-sitosterol, triterpenos pentacíclicos; flavonóides (kaempferol e luteolina); aminoácidos; açúcares; harpagoquinona; gomoresina; aucubinina B; beatrinas A e B.

Ações farmacológicas: Anti-inflamatória, analgésica, sedativa, anti-espasmódica, digestiva e diurética.

Interações medicamentosas: Em altas doses pode interferir com drogas anti-arrítmicas e anti-hipertensivas.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em geral, são bem tolerados nas doses indicadas, mas tem relatos de cefaleia, zumbido, anorexia, gastralgia e perda da gustação. No início do tratamento pode haver um ligeiro efeito laxante e transtorno estomacal.

Não é recomendado a administração endovenosa por ser potencialmente tóxica por esta via.

Contra-indicações: Não é recomendada durante a gravidez.

Posologia e modo de uso: Capsula de extrato seco da garra do diabo (padronizado como 100mg de harpagosídeo ou 150 mg de iridóides totais expresso em harpagosideos), tomar uma cápsula vez ao dia por 2 semanas.

Observações: Harpagophytum, do grego, significa “planta-arpão.

 

 

Referências: 
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

http://www.bihrmann.com/caudiciforms/subs/har-pro-sub.asp – Acesso 11 Março 2014.

http://www.avogel.es/enciclopedia-de-plantas/harpagophytum_procumbens.php – Acesso 11 Março 2014.

http://www.publish.csiro.au/paper/CH9792085.htm – Acesso 18 Março 2014.

http://www.sofmmoo.com/grand-public/musee/plantes/plantes.htm – Acesso 11 Março 2014.

http://www.tropicos.org/Name/24300038?tab=subordinatetaxa – Acesso 11 de Março 2014.

Tags: AnalgésicoAnti-reumáticoAntiespasmódicoAntigotosaAperienteCicatrizanteColeréticaHipoglicemiante

FUNCHO

20/01/2020 23:06

Foeniculum vulgare   Mill.

Apiaceae 


Sinonímias: Anethum foeniculum L., Foeniculum officinale All., Meum foeniculum (L.) Spreng.

Nomes populares:  Funcho, erva-doce, erva-doce-de-cabeça, falsa-erva-doce, falso-anís, funcho-bastardo, funcho-comum, funcho-doce, funcho-italiano, funho-vulgar, fiolho, anís, cilantrillo, hinojo (Esp.) finocchio (Engl., EUA).

Origem ou Habitat: Nativa da Europa e amplamente cultivada em todo o Brasil..

Características botânicas:  Erva perene ou bianual, entouceirada, aromática, de 40-60 cm de altura. Folhas inferiores alargadas de até 30 cm de comprimento e superiores mais estreitas, com pecíolo alargado como bainha que envolve o caule, compostas pinadas, com folíolos reduzidos a filamentos. Flores pequenas, hermafroditas, de cor amarela, dispostas em umbelas compostas por 10-20 umbelas menores. Os frutos são oblongos, compostos por dois aquênios de cerca de 4 mm de comprimento.

Partes usadas: Frutos (vulgarmente chamados de sementes), folhas e raízes. A base da haste é empregada na culinária.

Uso popular:  Desconfortos gastrointestinais, como dispepsia, flatulência, eructação e dores decorrentes de transtornos digestivos funcionais. Também utilizada para auxiliar a eliminação de catarro das vias respiratórias superiores. Suas raízes são utilizadas para facilitar as funções de eliminação urinária e digestiva e de eliminação renal de água, como em situação de edemas, hipertensão arterial, afecções genitourinárias e certos reumatismos. Situações de amenorréia, dismenorréia e perturbações associadas ao climatério, e ainda para aumentar o leite materno. Externamente os frutos e folhas são utilizados em inflamações das mucosas ocular e da orofaringe e para perfumar o hálito. É também aromática e comestível.

Composição química:  Óleo essencial composto por anetol 90-95%, metilchavicol, anisaldeído, linalol e outros derivados terpênicos oxigenados; óleo fixo; proteínas; carboidratos; ácidos málico, caféico e clorogênico; cumarinas; flavonóides; esteróides e miristicina. Minerais como potássio (K), vitaminas A,B,C,E , ácido fólico.

Ações farmacológicas: Carminativa, antiespasmódica, galactogoga, estrogênica, aperiente, eupética, relaxamento dos esfíncteres do trato gastrointestinal, anti-séptica, inseticida, antifúngica, antimicrobiana, antiinflamatória, expectorante. Suas raízes têm ação diurética, e suas folhas têm propriedades cicatrizantes e anti-sépticas.

Interações medicamentosas: Pode interagir com o antibiótico ciprofloxacina (estudos em ratos).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em casos específicos, pode ocorrer reação alérgica da pele e do trato respiratório. O anetol e a miristicina presentes no óleo essencial podem, em altas doses, originar efeitos convulsivantes e/ou alucinatórios. As cumarinas podem ser fototóxicas, provocando, à exposição solar, o aparecimento de vesículas, edema ou hiperpigmentação cutânea.

Contra-indicações:  Na farmacopéia alemã não se recomenda o óleo essencial de funcho em grávidas, lactentes e crianças pequenas, nem em pessoas com antecedentes de epilepsia ou convulsões. Para as infusões não haveria contra-indicações.

Posologia e modo de uso: Uso interno – Infusão de uma colher (sopa) de folhas 3x ao dia, ou uma colher de chá de frutos esmagados para uma xícara (150ml) de água fervente 3x ao dia. Como expectorante em crianças, utilizar na forma de xarope.

Uso externo: cataplasma de folhas recentes.

 

Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 608-611.

BRUNETON, J. Farmacognosia: Fitoquímica, Plantas Medicinales. Tradução de Á. V. del Fresno; E. C. Accame; M. R. Lizabe. 2. ed. Zaragoza, Espanha: Acribia, 2001. p. 510-511.

CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 336-337.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 480.

SILVA, R. C. Plantas Medicinais na Saúde Bucal. Vitória, [s. i.], 2001. p. 58.

http://www.tropicos.org/Name/50277946 – Acesso em: 13 de março de 2012.

KINUPP, V. F.;LORENZI, H.(b)Plantas Alimentícias Não Convencionais ( PANC ) no Brasil. Nova Odessa , SP. Instituto Plantarum de estudos da flora, 2014.

Tags: AfecçõesAmenorréiaAnti-inflamatórioAromáticaClimatérioComestívelDismenorreiaDispepsiaEdemaEructaçãoFlatulênciaHipertensãoReumatismo

FRUTO-DRAGÃO

20/01/2020 23:00

Cereus undatus  Haw.

Cactaceae 


Sinonímias: Hylocereus undatus (Haw.) Britton & Rose.

Nomes populares:  Fruto do dragão, pitaya, pitaia, pitajaja (Cuba), flor de cáliz (Colômbia), dragon fruit, Honolulu-queen, night-blooming cereus, queen-of-the-night (English, United States).

Origem ou Habitat: América Central (Nativa de florestas úmidas). É disseminada na América Latina e cultivada nos quatro continentes, e pode ser encontrada desde Israel até a China.

Características botânicas:  A pitaya mantém hábito escandente ou trepador, pode ser encontrada subindo em árvores ou rochas, no seu habitat natural, utilizando raízes aéreas para se fixar. Planta epífita, rupícula ou terrestre ramificada, com ramos trialados, com pouco mais de 20 cm em média de comprimento e 5 a 7 cm de diâmetro, com asas de 2,3 cm de altura, de cor verde, ou grisácea, com o envelhecer, devido à cera que a recobre, com bordos agudos, crenados e córneos. Nos talos, há aréolas, de 2 a 3 cm de diâmetro, distantes de 3 a 5 cm entre si, com espinhos de 3 a 6 cada uma, com 1 a 4 mm, subaladas com base dilatada em um bulbo. As flores são laterais, noturnas, com 20 a 35 cm de comprimento, brancas, completas, perfumadas ao abrir a noite, quando são polinizadas por insetos. Contêm numerosos estames, tendo sido contados acima de 800 em uma só flor, arranjados em duas fileiras, ao redor do pistilo formado por 14 a 28 estiletes de cor creme. As sépalas são de cor verde-clara. O pólen é abundante e de cor amarela. Os frutos são globosos ou alongados, com 10 a 12 centímetros de comprimento, e, quando maduros, a casca pode apresentar cores roxas, amarelas ou rosadas. A polpa tem sabor suave e muito agradável. A sua cor é branca ou rosada. É cultivada por sementes ou estaquia.

Partes usadas: Polpa dos frutos e sementes.

Uso popular:  A polpa do fruto é consumida ao natural e no preparo de refresco, sorvetes, saladas, aperitivos, iogurte, mousses, geléias e doces. A pitaia-amarela contém a captina, um tônico cardíaco e suas sementes têm efeito laxativo. A pitaia-roxa é usada para combater a anemia. Por ser muito aquosa, era consumida pelos astecas para prevenir a desidratação. Indicada no controle de gastrite e infecções dos rins. Serve também para preparo de xampu e tem efeito contra dor de cabeça.

Composição química:  As sementes da pitaia contém uma alta quantidade de óleos (18,33-28,37%). Os três principais ácidos graxos encontrados são os ácidos linoleico, oleico e palmítico. O total de tocopherol foi de 36,70 mg/100g. Contém compostos fitosteróis como colesterol, campesterol, stigmasterol, and β-sitosterol. Foram identificados sete ácidos fenólicos: gálico, vanílico, siríngico, protocatechuic, p-hidroxibenzoico, p-cumárico a cafeico. Estudos revelam que a semente da pitaia tem uma alta quantidade de lipídios funcionais e pode ser usada como uma nova fonte de óleo essencial. A maior parte dos carboidratos encontrados nas pitaias de polpa branca e vermelha foi glicose, frutose, alguns oligossacarídeos (com uma concentração total de 86,2 e 89,6 g/kg, respectivamente.).

  • Betacianínas: Betanidina 5- O – β -soporosídeo, betanina, isobetanina, filocactina, isofilotocina, hilocerenina, isohilocerenina, indicaxantina, dentre outros.
  • Flavonóides: Dihidroquercetina, dihidroempempol, canferol, quercetina, isoramnetina, dentre outros.
  • Ácidos fenólicos:  Ácido p- hidroxibenzóico, ácido protocatecuico, ácido vanílico, Undatusideos A – C, dentre outros.
  • Esteroides:  Campesterol, estigmasterol, Sitosterol, dentre outros.
  • Triterpenos:  α-amirina, β ‐ amirina, Ácido 3β, 16α, 23-trihidroxi-urs-12-en-28-oico, taraxast-20-en-3a-ol e taraxast ‐ 12,20 (30) ‐dien ‐ 3α ‐ ol, dentre outros
  •  Ácidos graxos e compostos alifáticos:  Ácido mirístico, ácido palmítico, ácido margarico, dentre outros.

Posologia e modo de uso: A Pitaia pode ser consumida fresca. A polpa fresca ou congelada pode ser usada para fazer sorvete iogurte, geléia, compotas, suco e doces. Os botões fechados da flor podem ser cozidos e comidos.

Observações: As pitaias são conhecidas na cultura Asteca a um longo tempo, este nome significa fruto de escamas.

As pitaias pertencem à família Cactaceae e as espécies comerciais são três: a de casca vermelha e polpa branca Hylocereus undatus (Haw) Briton & Rose; a de casca amarela e polpa branco translúcida e sementes maiores Selenicereus megalanthus (Schum ex. Vaupel) Moran e a de casca vermelha e polpa vermelha Hylocereus lemairei (Hook.) Britton & Rose.

 

Referências:
MARQUES, V.B. PROPAGAÇÃO SEMINÍFERA E VEGETATIVA DE PITAIA (Hylocereus undatus (Haw.) Britton & Rose). 2008. Dissertação. Universidade Federal de Lavras, MG.

Donadio, Luiz Carlos. Pitaya. Revista Brasileira Fruticultura vol.31 no.3 Jaboticabal Sept. 2009

Informações preliminares sobre uma espécie de pitaya do Cerrado / Keize Pereira Junqueira… [et al.]. – Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2002. 18p.— (Documentos / Embrapa Cerrados, ISSN 1517-5111; 62)

Hong Kwong, Chin Ping, Roselina, Abdul Azis and Jamilah. Chemical composition and DSC thermal properties of two species of Hylocereus cacti seed oil: Hylocereus undatus and Hylocereus polyrhizus. Food Chemistry, Volume 119, Issue 4, 15 April 2010, Pages 1326-1331

Wichienchot, M.Jaturpornpipat and R.A. Rastall. Oligosaccharides of pitaya (dragon fruit) flesh and their prebiotic properties. Food Chemistry, Volume 120, Issue 3, 1 June 2010, Pages 850-857

http://www.tropicos.org/Name/5101084 – acesso 02 Abril 2014.

Tags: AnemiaCefaléiaGastriteLaxativasTônico

FOLHA-DA-FORTUNA

20/01/2020 22:30

Bryophyllum pinnatum  (Lam.) Oken.

Crassulaceae 


Sinonímias: Bryophyllum calycinum Salisb, Cotyledon pinnata Lam., Bryophyllum pinnatum (Lam.)Kurz., Kalanchoe pinnata (Lam.)Pers., Crassula pinnata L.

Nomes populares:  Folha-gorda, erva-da-costa, sempre-viva, planta-do-amor, coirama, courama, courama-vermelha, folha-da-fortuna, fortuna, folha-grossa, folha-de-pirarucu, diabinho, folha-da-vida, fortuna-milagre-de-são-joaquim, folha-do-ar, saião(BR), leaf of life (Jamaica, Madagascar), cathedral bells, air-plant, curtain-plant, floppers, good-luck-leaf, life-plant, mexican love-plant, miracle-leaf (INGLÊS, EEUU).

Origem ou Habitat: África Tropical (Ilha de Madagascar), e amplamente distribuída em América Tropical, Índia, China e Austrália.

Características botânicas:  Herbácea perene, pouco ramificada que mede de 1 a 1,5 metros de altura e a haste é oca e tubular. As folhas são opostas, pinado-compostas, suculentas, margem crenada, medindo de 10-30 cm de comprimento. Os folíolos são oblongos, ovalados ou elípticos; panículas de 10-40 cm; cálice inchado de 3,0 a 3,5 cm e corola rósea ou arroxeada de até 7 cm. O fruto tem 4 folículos.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular:  Na medicina caseira é usado no tratamento local de furúnculos e por via oral, na preparação de xaropes para a tosse.

Usos etno-medicinais: na região do Caribe, onde é conhecida por folha-da-vida, é usada para tratar edemas, abcessos, picadas de insetos e contusões, problemas pulmonares, dor de cabeça, resfriado, tosse, hipertensão, falta de ar, asma e problemas menstruais.

Em um trabalho de pesquisa bibliográfica da 3a. fase do curso de medicina da UFSC, foram apresentadas as seguintes indicações de uso popular: Infecção pulmonar, erisipela, queimaduras, feridas, úlceras de pele, verrugas, azia, gastrite, úlceras, dores de cabeça, disenteria e diarreia, cólicas e distúrbios menstruais;

Equilibrar o diabetes; eliminar ou reduzir cálculos renais; inflamações em geral; febre; hematomas internos e ossos quebrados; epilepsia; dores de dente e de ouvido; infecções oculares e conjuntivite; flatulência e gases; distúrbios linfáticos;

Artrite; linfomas; uretrites; insuficiência renal ou pedra nos rins; prisão de ventre; pé de atleta; tosses intermitentes; tuberculose, gripes e resfriados;

Nervosismo, ansiedade e depressão; nefrites; náuseas e muitas outras indicações.

Composição química:  Compostos fenólicos, flavonóides, ácidos orgânicos, mucilagem, cálcio e cloro, bufadienólidos (briofilinas A,B e C), N-triacontano, patuletina, ácidos graxos.

  • Bufadienolideos: Briofilina A (briotoxina C), briofilina B, briofilina C, briofilol, bersaldegenina-1,3,5-ortoacetato, dentre outros.
  • Flavonóides: Glicosídeos de quercetina e canferol, quercitrina, afzelina, acacetina, rutina, luteolina, dentre outros.
  • Ácidos fenólicos: Ácido gálico, ácido cafeico e ácido ferúlico.
  • Triterpenos: α –amirina, briofolona, briofinol, dentre outros.
  • Lignanas: Briofilusideo
  • Ácidos simples: Ácido málico, ácido oxálico, ácido cítrico, dentre outros.
  • Ácidos graxos: Ácido palmítico, ácido esteárico, ácido araquídico e ácido bekênico.
  • Esteroides: β-sitosterol, briofilol, estigmast-24-enol, dentre outros.

Ações farmacológicas: Foram observadas as atividades anti-inflamatória, cicatrizante, antialérgica, antiúlcera e imunossupressiva.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em vários testes com animais não foi demonstrado toxicidade. A dose letal aplicada aos animais foi muito alta e por via intra-peritonial.

Contra-indicações:  Grávidas e lactantes deverão abster-se de seu uso até melhores esclarecimentos de sua inocuidade.

Posologia e modo de uso: Para tratar edemas, abcessos, picada de insetos e contusões: por aquecimento da folha e aplicar na área afetada.

O sumo extraído da folha pode ser misturado com mel e consumido como remédio para problemas pulmonares e para dor de cabeça.

O suco é usado para tratar resfriado, tosse, hipertensão.

O chá por infusão é usado para falta de ar, asma e problemas menstruais.

Dose: 30-40 g/l (não ultrapassar a 5%).

Observações: Recomenda-se não empregar extratos desta planta por mais de 15 dias consecutivos.

 

Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

Braz, D.C.; Oliveira, L.R.S.; Viana, A.F.S.C.- Atividade antiulcerogênica do extrato aquoso da Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz – Rev. bras. plantas med. vol.15 no.1 Botucatu, SP, 2013.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 1.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

Kamboj A, Saluja AK Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz :. perfil fitoquímico e farmacológico: uma revisão. Phcog Rev [periódico online] 2009 [citado em 07 março 2014]; 3:364-74. Disponível em: http://www.phcogrev.com/text.asp?2009/3/6/364/59536

KHOOSHBU, Pasha; ANSARI, Imtiyaz. A pharmacognostical and pharmacological review on bryophyllum pinnatum (panphuti). Asian Journal Of Pharmaceutical And Clinical Research, [s.l.], v. 12, n. 1, p.34-39, 7 jan. 2019.

THORAT, Sheela S et al. A REVIEW ON BRYOPHYLLUM PINNATUM. International Research Journal Of Pharmacy, [s.l.], v. 8, n. 12, p.1-3, 22 jan. 2018.

FURER, Karin et al. Bryophyllum pinnatum and Related Species Used in Anthroposophic Medicine: Constituents, Pharmacological Activities, and Clinical Efficacy. Planta Medica, [s.l.], v. 82, n. 11/12, p.930-941, 24 maio 2016.

http://www.tropicos.org/Name/8902864?tab=synonyms – acesso 06 março 2014.

Tags: AbcessoAnti-inflamatórioAsmaAziaCefaléiaCólicaDiarreiasDisenteriaEdemaErisipelaFeridasGastriteHipertensãoQueimaduraResfriadoTosse

FENO-GREGO

20/01/2020 22:20

Trigonella foenum-graecum  L..

Fabaceae 


Sinonímias: Trigonella tibetana (Alef.) Vassilcz.

Nomes populares:  Feno-grego, fenacho, alforvas, fenogreco, trigonela, fenugreek, entre outros.

Origem ou Habitat: É originário da Europa e Ásia meridional.

Características botânicas:  É uma planta herbácea, ereta, que mede até 60 cm de altura. Folhas pecioladas trifoliadas com bordos dentados. Flores papilionáceas branco-amareladas, solitárias ou dispostas aos pares nas axilas das folhas. O fruto é uma vagem longa, fina, pubescente, medindo de 5 a 7,5 cm de comprimento, em formato de espada, com uma ponta longa e curvada, contendo de 10 a 20 sementes quadrangulares e amareladas em seu interior.

Partes usadas: Sementes secas (principalmente) e folhas.

Uso popular:  As informações disponíveis na literatura sobre os benefícios para a saúde e efeitos farmacêuticos de Trigonella foenum-graecum, responsável por suas propriedades medicinais conhecidas como carminativo, estimulante gástrico, antidiabético e galactagogo (indutor da lactação) e adiciona novos efeitos terapêuticos em pesquisas mais recentes como hipocolesterolêmico, antilipidemia, antioxidante, hepatoprotetor, anti-inflamatória, antibacteriana, antifúngica, anti-úlcera, antimutagênico, anticarcinogênico e diversos outros efeitos medicinais do feno-grego. (A maioria desses estudos usaram pó de semente)(YADAV UC1, Baquer NZ., 2014).

Usos culinários: as folhas secas são empregadas para aromatizar diferentes pratos orientais. As folhas frescas são cozidas como curry na Índia. Com as sementes germinadas são elaboradas saladas enquanto que no Egito e Etiópia são usadas para aromatizar pães e queijos.

Convém tostar as sementes para diminuir seu amargor. Seu aroma é parecido com o aipo ou salsão ((Apium graveolens)(ALONSO, J. 2004).

Composição química:  Estudo mostrou a presença de hidratos de carbono, de alcalóides, saponinas, taninos, compostos fenólicos e flavonóides em fração de metanol de sementes de Trigonella foenum-graecum. (SELVARAJ, R., 2015)

Segundo ALONSO, J.(2004)- Saponinas (do tipo esteroidal): fenugrekina, diosgenina, yamogenina, gitogenina, tigogenina, neotigogenina e fenugrina. Saponinas (do tipo não esteroidal): trigonelosídeos A, B e C. Nas folhas e talos foram identificados graecuninas. Lipídios insaturados (8-10%): ácidos linoleico, linolênico, oleico e palmítico. Glicídios (40-58%): estaquiose, trigofenosídeos A-G e mucilagem (20-30%) em sua maioria formados por galactomananos e encontrados nas paredes celulares do endosperma. Alcalóides: traços de trigonelina, gencianina, colina e carpina. Flavonóides: apigenina, luteolina, kaempferol, quercetina, vitexina, isovitexina, tricina, naringenina, saponaretina, orientina, homoorientina. Entre outros. O feno-grego (Trigonella foenum-graecum) pode ser uma fonte industrial de diosgenina para a produção de hormônios esteróides.

Composição nutritiva das sementes: proteínas, lipídios, fibras, carboidratos, cinzas, cálcio, fósforo, ferro, sódio, potássio, magnésio, provitamina A, tiamina (vit. B1), riboflavina (vit. B2), ácido ascórbico (vit. C), niacina (vitamina B3), vitamina PP ou ácido nicotínico

Ações farmacológicas: A grande quantidade de compostos ativos contidos nesta planta conferem-lhe uma ampla versatilidade de ações farmacológicas. As mais investigadas são as atividades hipoglicemiantes e hipocolesterolemiantes, que vem se confirmando tanto em estudos com animais não-humanos como em humanos (ALONSO,J., 2004).

Atividade antimicrobiana: extratos aquoso, metanólico e cetônico de sementes de Trigonella foenum-graecum mostrou atividade antimicrobiana frente a bactérias causadoras de diarréia: Escherichia coliSalmonella spp., Vibrio spp., Shigella spp.(SELVARAJ, R., 2015)

Foram evidenciados, em animais de laboratório, atividades analgésica, antipirética e anti-inflamatória.(ALONSO,J., 2004)

O chá de ervas contendo feno-grego, dado a mulheres no pós-parto, que participaram de uma pesquisa para saber efeito sobre a produção de leite materno e ganho de peso dos bebes foi aceito como positivo para estes dois parâmetros.(Turkyılmaz C1 et all., 2011).

Interações medicamentosas: Devido a atividade hipoglicemiante demonstrada pelas sementes de feno-grego, pacientes diabéticos tipo 1 devem ajustar as doses de insulina, no caso de se administrar simultaneamente.

Pacientes com transtorno da tireoide devem ajustar as doses de hormônios tireoidianos, caso consumam simultaneamente com chá de feno-grego, porque pode diminuir a concentração sérica do hormônio tri-iodotironina (T3) e aumentar os níveis de tiroxina (T4). (ALONSO, J.(2004).

Contra-indicações:  O feno-grego é contraindicado em grávidas.

Observações: Curiosidades: “Foram os antigos gregos que acharam por acaso uma semente curativa no monte de feno. Conta a história que os agricultores gregos, na esperança de tornar seu feno, embolorado e rançoso, mais palatável para seus cavalos, temperavam a coisa com punhados de uma plantinha verde que tinha cheiro de aipo. Os animais doentes, principalmente aqueles com estômagos inflamados e intestinos irritados, logo mostravam sinais de estarem melhores e passavam a ter bom apetite. Espalhou-se que aquela mistura de plantas era a melhor maneira de levar uma vaca ou cavalo ao feno e fazer com que comessem”.

 

Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. 1. ed. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

SELVARAJ, R.; Rani, S. Jansi; Saravanan, D.: “Antimicrobial and phytochemical study of Trigonella foenum-graecum against diarrhoeal pathogens.” From Journal of Chemical and Pharmaceutical Research (2015), 7(7), 994-998. (SCIFINDER) Acesso 01 Abril 2016.

TURKYILMAZ C1, Onal E, Hirfanoglu IM, Turan O, Koç E, Ergenekon E, Atalay Y. – “The effect of galactagogue herbal tea on breast milk production and short-term catch-up of birth weight in the first week of life.” – J Altern Complement Med. 2011 Feb;17(2):139-42. (PuBMED) Acesso 05 Abril 2016.

WYK, Ben-Erik van & WINK Michael “MEDICINAL PLANTS OF THE WORLD”, Timber Press, Portland, Oregon/U.S.A. 2004.

YADAV UC1, Baquer NZ. “Pharmacological effects of Trigonella foenum-graecum L. in health and disease.” – Pharm Biol. 2014 Feb;52(2):243-54. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24102093 – Acesso 04 Abril 2016.

http://temperante.blogspot.com.br/2011/08 – Acesso 30 Março 2016.

http://www.tropicos.org/Name/13057051 – Acesso 30 Março 2016.

Tags: Anti-inflamatórioAnti-oxidanteAntibacterianaAntidiabéticoAntilipemianteAromáticaCarminativaGalactagogoHepatoprotetoraHipocolesterolemiante

FEIJÃO-ANDÚ

20/01/2020 22:11

Cajanus cajan (L.) Huth

Fabaceae 


Sinonímias: Cajanus indicus Spreng.; Cajanus flavus DC.; Cajanus inodorus Medik.; Cytisus cajan L.;

Nomes populares:  Andu, feijão-guandu, guandeiro, feijão-de-cuandu, cuandu, feijão-de-árvore, ervilha-de-angola, ervilha-de-sete-anos, ervilha-do-congo.

Origem ou Habitat: Índia muito cultivada no Brasil desde a colonização.

Características botânicas:  Arbusto ereto , ramificado , pubescente ,até 130cm de altura , folhas compostas trifolioladas , folíolos pubescente em ambas as faces , 4-7 cm de comprimento. Flores amarelas , as vezes amarelas-avermelhadas , em racemos axilares . frutos sã vagens indeiscentes , cilíndricas , com 3-7 sementes.

Partes usadas: Folhas, flores, raízes e sementes.

Uso popular:  Segundo as comunidades da Ilha emprega-se o decocto das folhas externamente, para lavagens de feridas e afecções cutâneas. Com as folhas também prepara-se um xarope com mel, que é usado internamente, para gripes e resfriados e como depurativo do sangue.

Folhas e ramos são utilizados na forma de decocto, para lavagem da pele, em casos de catapora, sarampo e coceira e internamente contra alergias.

As folhas são utilizadas para o tratamento de dor de dente, reumatismo, tosse, afecções pulmonares, para cálculos renais e para diarréia. As pontas dos ramos para hemorragia

Nas regiões tropicais, é relatado o uso dos grãos na alimentação . Os grãos desta planta são bastante nutritivos. O chá da raiz é usado em problemas ditos do fígado.

Composição química:  As folhas contém esteróis , taninos e triterpenos. As raízes e os grãos contêm diversos flavonóides, como cajanina, cajanol, cajaflavanona, cajanona. As sementes (grãos) contém ácido p-hidroxibenzóico, fenilalanina, cajaminose e um aminoglicosídeo.

Os grãos contém 19 – 20% de proteínas, 1,1 – 1,2% de lipídios e 62 – 64% de glicídios.

  • Isocumarinas: Cajavilmina
  • Cumarinas: Cajanuslactona (Raízes)
  • Triterpenos: Lupenona, β-amirenona, α –amirenona, ácido betulínico (Raízes), β-amirina, α- amirina e Lupeol.
  • Estilbenos: Longistilina A e C, 3-hidroxi-5-metoxiestilbeno, cajanina (folhas e sementes), concajanina (folhas e sementes) e ácido cajaninstilbeno.
  • Esteroides: β-sitosterol e estigmasterol.
  • Flavonoides: Genisteína, genistina, cajaflavanona, cajaisoflavonona, cajanona, 2’-O-metil-cajanona, 5-hidroxi-7-metoxidihidroflavona, vitexina, quercetina, luteolina, apigenina, isoramnetina, trihidróxi-isoflavonas, isoquercitrina (superfície da vagem), quercetina-3-metil éter (superfície da vagem), cajanol, 2-hidroxigenisteína, isogenisteína-7-O-glicosídeo (casca da raíz), ferreirina, pinostrobina, orientina, dentre outros.
  •  Ácidos graxos: Ácido hexadecanóico
  • Ácidos fenólicos: Ácido p-hidroxibenzóico

Ações farmacológicas: In vitro mostrou atividade contra fungos. Atividade no tratamento de anemia falciforme (GRENAND et al., 1987). Os taninos são responsáveis pela ação antidiarréica da planta (POUSSET, 1989).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Os grãos desta espécie contêm cianetos, taninos e fitohemaglutininas . Por este motivo, deve-se evitar o consumo dos grãos verdes.

Em animais de laboratório foi observada uma tendência ao aumento da ocorrência de anomalias viscerais e malformações externas em filhotes cujas mães receberam extratos desta planta durante a gestação.

Contra-indicações:  O efeito em mulheres grávidas não é conhecido, porém é preferível que as gestantes evitem usar esta planta.

Posologia e modo de uso: As folhas são preparadas por infusão ou decocção, a partir de 15g de material para 1 litro de água . Também é utilizada a decocção dos grãos .

Na alimentação os grãos são cozidos como o feijão vulgar.

Observações: Considerada pela população como planta para ” levante de sangue”.

 

Referências:
AKOJIE, F.O.B.; FUNG, LW.-M. Antisickling Activity of Hydroxybenzoic Acids in Cajanus cajan. Planta Med., n. 5, p. 20-317, 1992.

COSTA, Joség. M. da et al. Evaluation of the antifungal activity and modulation between Cajanus cajan (L.) Millsp. leaves and roots ethanolic extracts and conventional antifungals. Pharmacognosy Magazine, [s.l.], v. 8, n. 30, p.103-106, 2012.

CORDOVIL, K. et al. Revisão das Propriedades Medicinais de Cajanus cajanna Doença Falciforme. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, [s.l.], v. 17, n. 43, p.1199-1207, 2015.

GRENAND, P.; MORETTI, C; JACQUEMIN, H. Pharmacopéas tradicionales en Guyane. Paris: Orstom, 1987.

GREEN, Paul W. C. et al. Phenolic Compounds on the Pod-Surface of Pigeonpea, Cajanus cajan, Mediate Feeding Behavior of Helicoverpa armigera Larvae. Journal Of Chemical Ecology, [s.l.], v. 29, n. 4, p.811-821, 2003.

IWU, M.M.; IGBOKO AO.; ONWUBJKO, H.; NDU, U. E. Effect of Cajaminose from Cajanus cajan on Gelation and Oxygen Affinity of Sickle Cell Haemoglobin. J. Ethnopharmacol., n.23, p.99-104, 1966.

LEMONIC, A. I. P.; ALVARENGA, C. M. D. Abortive and Teratogenic Effect of Acanthospermum hispidum DC. and Cajanus cajan (L.) Millsp. in Pregnant Rats. J. Ethnopharmacol., n.43, p. 39-44, 1994.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

PAL, Dilipkumar et al. Biological activities and medicinal properties of Cajanus cajan (L) Millsp. Journal Of Advanced Pharmaceutical Technology & Research, [s.l.], v. 2, n. 4, p.207-214, 2011.

POUSSET, J. L. Plantes Medicinales Africaines: Utilization Pratique. Paris: Agence de Cooperation Ellipses Culturelle et Technique, 1989.

RODRIGUES, Virginia F.; OLIVEIRA, Rodrigo R.; VEGA, Maria Raquel G.. A New Isocoumarin from Cajanus cajan (Fabaceae). Natural Product Communications, [s.l.], v. 9, n. 4, p.493-494, abr. 2014.

ROIG Y MESA, J. T. Plantas medicinales aromáticas o venenosas de Cuba. Habana: Cultural, 1945. p.326-327.

SHRIVASTAVA, S. K.; BAJPAI, R. K. A Study of Some Toxic Constituents of Five New Varities of Pigeon Pea (Cajanus cajan (L.) MiII sp.). Current Science, v.51, n.14, p. 4-703, 1982.

WENIGER, Β.; ROBINEAU, L. Seminário TRAMIL 3: Elements pour une Pharmacopée Caribe. Santo Domingo: Editora Compio, 1988.

J Adv Pharm Technol Res., [S.I.], v.2, n.4, p.14-207, Oct. 2011.

Biological activities and medicinal properties of Cajanus cajan (L) Millsp. Pal D, Mishra P, Sachan N, Ghosh AK. Source Division of Pharmaceutical Chemistry, School of Pharmaceutical Sciences, IFTM University, Lodhipur Rajput, Moradabad, Uttar Pradesh, India.

Pharmacogn Mag. 2012 Apr;8(30):103-6. Evaluation of the antifungal activity and modulation between Cajanus cajan (L.) Millsp. leaves and roots ethanolic extracts and conventional antifungals. Brito SA, Rodrigues FF, Campos AR, da Costa JG. Source Molecular Bioprospection Post-graduation Program, Laboratory of Natural Products Research, Department of Biological Chemistry, Regional University of Cariri, Crato, CE, Brazil.

Tags: AfecçõesCataporaCoceiraDiarreiasDor de denteGripeNutritivaResfriadoReumatismoSarampoTosse

FÁFIA

20/01/2020 22:05

Pfaffia paniculata  (Mart.) Kuntze.

Amaranthaceae 


Sinonímias: Hebanthe paniculata Mart., Hebanthe virgata Mart., Gomphrena paniculata (Mart.)Moq., Iresine paniculata (Mart.) Spreng., Pfaffia erianthos (Poir.) Kuntze.

Nomes populares:  Fáfia, pfáfia, suma, ginseng-brasileiro, corango, paratudo.

Origem ou Habitat: O gênero Pfaffia apresenta em torno de 33 espécies distribuídas na América do Sul e Central e destas, 21 espécies estão no Brasil.

Pfaffia paniculata cresce nas clareiras da selva tropical amazônica, sendo espontânea nos estados do Mato Grosso, Goiás e nos cerrados de Minas Gerais. No Sul do Brasil a espécie mais comum é a Pfaffia glomerata (Spreng.)Pedersen.

Características botânicas:  Subarbusto perene, ramos escandentes, caracterizado por apresentar de 2 – 3 m de altura, com raízes tuberosas, e outras longas e grossas. Folhas simples, ovado-lanceoladas e acuminadas, opostas, membranáceas, glabras, de cor verde mais clara na face inferior, medindo de 4-7 cm de comprimento (segundo LORENZI & MATOS, 2002) e 5-12 cm (segundo ALONSO, 2004). Flores subglobosas, esbranquiçadas, muito pequenas, dispostas em panículas abertas.

Partes usadas: Folhas e principalmente as raízes.

Uso popular:  As populações indígenas da Amazônia usam as raízes há mais de 300 anos para a cura de uma ampla variedade de moléstias e como tônico geral, afrodisíaco e rejuvenescedor.

Nas Américas, a medicina herbária recomenda suas raízes como tônico regenerativo visando regular vários sistemas do organismo, como imunoestimulante e para tratar a síndrome da fadiga crônica, hipoglicemia, impotência, artrites, anemia, diabetes, alguns tipos de tumores, disfunção hormonal e de estresses de várias origens.

Na medicina herbária européia essa planta é usada para restaurar funções nervosas e glandulares, para balancear o sistema endócrino, para fortalecer o sistema imunológico, contra infertilidade, para problemas menstruais e de menopausa, para minimizar os efeitos colaterais de anticoncepcionais, contra o alto teor de colesterol e como tônico geral para situações de convalescença.

As folhas são usadas para acalmar a febre e como analgésico.

Composição química:  O perfil fitoquímico desta família – Amaranthaceae – compreende óleos essenciais, betalaínas, compostos fenólicos e terpenóides.

Dois novos nortriterpenoides, pfaffine A e B (1-2), foram isolados a partir das raízes de Pfaffia paniculata Kuntze, juntamente com dez compostos conhecidos. incluindo quatro ecdisteróides, ecdisona, 20-hidroxiecdisona, pterosterone, rapisterone, cinco triterpenóides, ácido pfáffico, ácido pfameric, ácido mesembryanthemoidigenic, E 6 calenduloside ‘-Me éster, ácido oleanólico 28-O-β-D-glucopiranósido, e um glicósido monoterpeno (+) – angelicoidenol-2-O-β-D-glucopiranósido. As estruturas dos novos compostos. foram elucidadas como norolean 16β 12,20-di-hidroxi-30-ácido 3β, (29) -dien-28-óico (1), e 3β-hidroxi-30-norolean-12,20 (29) -dieno-28- óico-28-o-β-D-glucósido.

Além de 19 aminoácidos diferentes, eletrólitos e traços de minerais como ferro, magnésio, cobalto, sílica, zinco e vitaminas A, B-1, B-2, E, K e ácido pantotênico (vitamina P).

Ações farmacológicas: A bioatividade da mistura de saponinas ou de saponinas individuais, in vitro e in vivo incluem: citotóxico, imunomodulador, hepatoprotetor, anti-diabético, hipolipidêmico, antiosteoposose, antivirais, antifúngicos e ações anti-helmínticas.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Doses excessivas, acima de 10 g pode causar hipertensão arterial, nervosismo, erupções na pele, diarréia e insônia.

As pessoas hipertensas deverão consultar um médico antes de tomar extratos de fáffia.

Contra-indicações:  Não administrar na gravidez e amamentação.

Suspender o uso de fáffia quando submeter-se a exame para determinação de ferro sérico, porque pode haver distorções dos resultados.

Observações: Nas Olimpíadas, os atletas russos utilizaram extratos de Pfaffia paniculata como um anabólico, para aumentar a massa muscular e a resistência física promovida pela substância beta-ecdisterona, sem os efeitos colaterais dos esteróides sintéticos. Foi chamada de “segredo russo”.

 

Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

LORENZI, Harri – Manual de identificação e controle de plantas daninhas. 6ª ed. Nova Odessa, SP / Instituto Plantarum, 2002.

Mroczek, Agnieszka “Phytochemistry and bioactivity of triterpene saponins from Amaranthaceae family” – From Phytochemistry Reviews (2015), Ahead of Print.(Scinfinder art.3) Acesso 26 Maio 2015.

SILVA JUNIOR, A.A.; MICHALAK, E. O ÉDEN DE EVA. Florianópolis: Epagri, 2014

http://www.tropicos.org/Name/1100502.

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ESTRONDO

19/01/2020 23:34

Tagetes minuta  L.. 

Asteraceae (antiga Compositae)