ZEDOÁRIA ou AÇAFRÃO-DA-ÍNDIA

24/02/2020 19:04

Curcuma zedoaria  (Christm.) Roscoe.

Zingiberaceae


SinonímiasAmomum zedoaria Christm., Curcuma pallida Lour.

Nomes populares: Açafroa, açafrão-da-índia, açafroeira, açafrão-da-terra, zedoária, batatinha-amarela, gengibre-de-dourar, gengibre-dourado, gengibre amarelo, mangarataia.

Origem ou Habitat: Índia.

Características botânicas: Segundo a descrição de SILVA JUNIOR, 2003: planta herbácea, perene, medindo de 1,3 a 1,5m de altura. Folhas inteiras, oblongo-lanceoladas, com 50 a 80cm de comprimento, com nervuras secundárias púrpuras ao longo da nervura mediana. A inflorescência é cilíndrica, crescendo a partir do rizoma antes das folhas. As flores são amareladas e as brácteas esverdeadas com as pontas cor-de-rosa. O florescimento ocorre de outubro a novembro. O rizoma principal é cônico, tuberoso, medindo cerca de 5cm de comprimento, emitindo outros rizomas secundários que, por sua vez, originam estruturas de reserva de formato piriforme, que posteriormente dão origem a outras plantas.

Quanto ao clima e solo, cresce espontaneamente em altitudes das regiões tropicais, onde o clima é temperado e úmido. Prefere solos areno-argilosos, bem drenados e soltos. O plantio deve ser em outubro e a colheita dos rizomas após 8 meses do cultivo, em julho ou agosto.

Partes usadas: Rizomas.

Uso popular: Segundo irmã Eva Michalak, 1997, a zedoária é usada para afecções hepáticas, urinárias e resfriados.

Lorenzi & Matos, 2008, relatam seu uso como estomáquico.

No Herbanário da Terra, 2001, ressaltam suas propriedades estimulantes das funções hepáticas, digestivas e intestinais; é muito eficaz no tratamento de mau hálito de origem gástrica, além de ser considerada antifúngica, antisséptica, anti-inflamatória, carminativa e colagogo. Possui efeito contra carcinoma do útero, cérvix e de pele.

Na Índia, o rizoma da zedoária é usado popularmente em perfumaria e como um condimento. Tem usos semelhante ao do gengibre.

Composição química: Óleo essencial (1 a 1,5%) composto principalmente de a-pineno D-canfeno, 1,8-cineol, D-cânfora, D-borneol, álcool sesquiterpênico, zingibereno, dimetoxicurcumina, bisdimetoxicurcumina, curcolonol, guaidiol, elemano, cadinano, eudesmano, guaiano, curcumina, zedoarona, curzerenona, etil-p-metoxicinamato, espirolactonas (curcumanolídeo A e B); sesquiterpenos; pigmento azul; amido, resina, vitaminas B1, B2, B6; sais minerais.

Ações farmacológicas: Digestiva, eupéptica, rubefaciente, antifúngica, anti-inflamatória, analgésica, carminativa, colagogo e antitumoral.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Doses acima de 15g/dia já é considerado superdosagem, podendo causar irritação da mucosa estomacal e úlceras (Teske e Trentini, 1997, apud SILVA JUNIOR, 2003).

Experimentos em ratos, dando-lhe como única fonte de alimentação farinha integral do rizoma de zedoária ou torta feita de rizomas triturados e secos, na dose de 320g/Kg a 400g/Kg, de 4 a 6 dias, causou a morte de 100% dos mesmos.

Contra-indicações: O seu uso é contra-indicado para mulheres nos três primeiros meses de gestação e durante a amamentação.

Posologia e modo de uso: Infusão: colocar 1 colher de chá de rizomas finamente fatiados em uma xícara e adicionar água fervente. Tomar em jejum e antes das principais refeições, como estomáquico.

Para os casos de afecções pulmonares (expectorante, tosse, bronquite) colocar 3 colheres de chá de rizomas fatiados em uma xícara de água fervente, depois de morno adicionar mel e tomar 1 colher de sopa 3 x ao dia.

Observações:  Apresenta ações semelhantes a Curcuma longa devido a seus compostos químicos.

O rizoma, ao ser cortado, apresenta uma coloração azulada. Após ser seco e moído, dá origem a uma farinha aromática de cor creme.

Tanto o rizoma como o produto processado são fotossensíveis.

Possui odor agradável que lembra a cânfora e o alecrim, e sabor amargo, pungente, quente e canforáceo.

É cultivada como ornamental.

Referências: 

CHEVALLIER, A. The Encyclopedia of Medicinal Plants. London: Dorling Kindersley, 1996. p. 195.

DRESCHER, L. (coordenador). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 114.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

MICHALAK, E., Irmã. Apontamentos fitoterápicos da irmã Eva Michalak. Florianópolis: Epagri, 1997.

SILVA JUNIOR, A.A.. Essentia herba – Plantas bioativas. Florianópolis: Epagri, 2003.pgs. 292-300.

http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/ – acesso em 27 de setembro de 2012.

http://www.tropicos.org/Name/34500778?tab=synonyms – acesso em 21 de setembro de 2012.

Tags: Anti-inflamatórioAntifúngicoAntissépticaAromáticaCarminativaColagogoCondimentoDigestivoEstomáquico

VIOLETA-DE-JARDIM

24/02/2020 18:49

Viola odorata  L.

Violaceae


SinonímiasViola hirta L., Viola wiedemannii Boiss.

Nomes populares: Violeta-de-jardim, violeta-perfumada, violeta-de-cheiro, violeta-européia, viola-roxa.

Origem ou Habitat: Europa. No Brasil é cultivada nas regiões Sul e Sudeste.

Características botânicas: Herbácea perene, sem caule aéreo, estolonífera, medindo cerca de 10-15 cm. Folhas em roseta, simples, longo-pecioladas, cordiforme-arredondada, medindo de 3-6 cm de comprimento. Flores perfumadas, de cor violeta-escuras, solitárias sobre um pedúnculo radical.

Partes usadas: Flores, folhas, raiz, sementes.

Uso popular: Na medicina caseira é usada para afecções bronco-respiratórias, emética e purgativa, emoliente, antiespasmódica, anti-inflamatória, diurética e sudorífica. São usadas para afecções gástricas. Externamente, pode-se usar a decocção das raízes secas sobre as articulações doloridas.

As flores são melíferas e usadas na culinária no preparo de saladas. As folhas mais jovens são utilizadas para sopas e saladas.

Composição química: Possui em sua composição fitoquímica salicilato de metila, saponina, alcalóide (odorantina nas raízes, escopoletina planta toda, violina nas flores e raízes), violaquercitrina, resinas, mucilagens, antocianina, vitamina C, ácidos (ferúlico, sinápico, málico, octenóico, octílico, palmítico, nitropropiônico, salicílico), flavonóides (quercitina, rutina.

Ações farmacológicas: Emética, emoliente, expectorante, depurativa, anti-séptica.

Observações: 

Além da Viola odorata L., outra espécie exótica é também cultivada no Sul e Sudeste como ornamental, conhecida como “amor-perfeito”: Viola tricolor L.

No Sul e Sudeste do Brasil existem 3 espécies endêmicas de Viola que foram consideradas vulneráveis e estão em perigo de extinção: Viola cerasifolia A.St.-Hil., Viola gracillima A.St.-Hil. e Viola subdimidiata A.St.-Hil.

Referências: 

DELAVEAU,P. et al. Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Lisboa: Lisgrafica, 1983.

LORENZI, H.; MATOS, F.J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil – acesso em 17 de setembro de 2013.

http://www.botanical-online.com/medicinalsvioleta.htm/ Acesso 20 Maio 2016.

http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br – acesso em 17 de setembro de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/33800067 – acesso em 17 de setembro de 2013.

Tags: Anti-inflamatórioAntiespasmódicoDiuréticoEméticaEmolientesPurgativoSudorífica

UNHA DE GATO

24/02/2020 18:04

Uncaria tomentosa  (Willd.) DC.

Rubiaceae


SinonímiasUncaria tomentosa var. dioica Bremek., Uncaria surinamensis Miq., Ourouparia tomentosa (Willd. ex Roem. & Schult.) K. Schum., Nauclea tomentosa Willd. ex Roem. & Schult.

Nomes populares: Unha de gato, garra de gavião, casha, garabato, bejuco de água, unganangi, uncucha(Peru).

Origem ou Habitat: América do sul e central, em beira de rios e igarapés bem como em terras baixas e de má drenagem, em regiões de clima tropical úmido e subtropical.

Características botânicas: Arbustos trepadores que crescem até 30 metros.

Partes usadas: Casca , folhas e raízes.

Uso popular: Planta utilizada pelos Incas e pelos peruanos nativos, como antiinflamatório, para dores, afecções virais, em gastrites, úlcera gástrica, artrite, distúrbios menstruais, artrose, mioma.

Indígenas da Amazônia empregam esta planta para o tratamento de várias moléstias como asma, artrite, como anti-inflamatório do trato urinário, para a cura de ferimentos profundos, úlceras gástricas, dores nos ossos e câncer.

A espécie Uncaria guianensis é usada pelos indígenas do noroeste do Amazonas na forma de infuso dos ramos finos para combater a disenteria.

Composição química: Para a espécie U. tomentosa são relatados dois quimiotipos, um com alcalóides indólicos e oxindólicos tetracíclicos e outro com alcalóides indólicos e oxindólicos pentacíclicos. Outros compostos descritos são os polifenóis (epicatequina), procianidinas (A, B1, B2, B4, cinchonina), glicosídeos e triterpenos do ácido quinóvico, triterpenos polioxigenados, fitoesteróis (b-sitosterol, estigmasterol, campesterol). Seis alcalóides oxindólicos pentacíclicos, considerados seus marcadores: especiofilina, mitrafilina, uncarina F, isomitrafilina, pteropodina e isopteropodina, são usados na padronização do material vegetal e fitoterápicos derivados

Ações farmacológicas: A atividade farmacológica da U. tomentosa é provavelmente devido ao efeito sinérgico de seus diversos compostos; mostrou ação imunoestimulante, antiinflamatória por inibição da fosfolipase A², inibidor de afecções virais e atividade anti oxidativa.(Carvalho,J C T).

Interações medicamentosas: 

Pode potencializar antagonistas histamínicos H². Reduz dano intestinal causado por indometacina(Rakel), pode interferir com imunoestimulante, pode inibir CYP 3A4.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Episódios de febre, constipação ou diarréia (que podem aparecer na primeira semana de tratamento). O excesso de cocção dos taninos pode resultar tóxico. Em altas doses tem dois casos descritos de sintomas pancreáticos e alterações do nervo ótico (Alonso apud Gotuzzo E. et al, 1992).

Contra-indicações: Em gravidez e lactação. Evitar o uso em transplantados e enxertos de pele.

Posologia e modo de uso: A dose estandartizada deve conter 1,3% ou mais de alcalóides oxindólicos pentacíclicos e menos de 0,06% alcalóides oxindólicos tetracíclicos, outro autor refere que produtos eficazes devem conter não mais de 0,02% de alcalóides tetracíclicos de oxindole. (Fitoterapia Racional).

Observações: Existe outra espécie utilizada como medicinal na América do Sul, a Uncaria guaianense. Existem outras espécies na Ásia e na África e na medicina chinesa é relatado o uso da espécie Uncaria rynchophylla Jacks.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 1055-1062.

VALENTE, L. M. M. et al Desenvolvimento e aplicação de metodologia por cromatografia em camada delgada para determinação do perfil de alcalóides oxindólicos pentacíclicos nas espécies sul-americanas do gênero Uncaria. Revista Brasileira de Farmacognosia. v. 16; n. 2, p. 216-223, Abr./Jun., 2006.

Schulz, V. R., Hänsel, R., Tyler, V, E. FitoterapiaRacional. 4.ed. [S.I.]: Malone-

CARVALHO, T. C. T. Fitoterápicos anti-inflamatório: aspectos químicos, farmacológicos e aplicações terapêuticas. Ribeirão Preto: Tecmedd, 2004.

RAKEL, R. E. (ed.) Textbook of Family Medice,

http://www.tropicos.org/Name/27903494?tab=synonyms – acesso em 25 de novembro de 2011.

Tags: Anti-inflamatórioArtriteAsmaDoresGastriteÚlceras

TOMATE

24/02/2020 14:54

Lycopersicon esculentum  Mill.

Solanaceae


SinonímiasSolanum lycopersicum L.

Nomes populares: Tomate (Brasil), tomato, gold-apple, love-apple, (Ingles, Estados Unidos), fan qie (Pinyin, China).

Origem ou Habitat: América do Sul.

Características botânicas: Planta anual, ereta, com ramos subescandentes e muito ramificados, com folhas pinatifídas de formas variadas. Flores amarelas, dispostas em pequenos cachos. Fruto comestível do tipo baga, de forma variada, geralmente globosa, de casca fina, vermelha, com um pequeno cálice persistente na base, contendo inúmeras sementes pequenas. (LORENZI & MATOS, 2002).

Partes usadas: Frutos e folhas.

Uso popular: Os frutos são usados na alimentação como saladas, in natura, sucos, molhos, ou na forma de suco como alimentação suplementar.

A literatura etnobotânica registra o uso de seus frutos na medicina caseira para tratamento da hipertensão, afecções da boca e da garganta, dor de dente, resfriado, queimaduras e reumatismo.

As folhas são citadas como anti-inflamatórias.

Composição química: Nas folhas: glicoalcalóides esteroidais, principalmente a tomatina e suas geninas, a tomatidina e solanidina; além de rutina, ácido clorogênico e uma furocumarina de ação fotossensibilizante.

Nos frutos foram registradas as presenças de esteróides, dos ácidos p-cumárico, málico e ascórbico (Vit.C), vitaminas do complexo B, o licopeno e a glutationa.

Ações farmacológicas: Testes em animais registram atividade antifúngica local, e ação anti-histamínica, anti-inflamatória e inibidora da absorção do colesterol por via oral.

Possui atividade antioxidante.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: A ingestão de 100g das folhas ou do tomate verde causa severa intoxicação caracterizada por vômitos, diarréia, cólicas, tontura e baixa frequência cardíaca e falta de respiração que pode levar a óbito.

Contra-indicações: Preparações para uso oral com as folhas ou com os frutos verdes são desaconselhadas.

Evitar exposição prolongada ao sol quando estiver usando o suco de tomate.

Posologia e modo de uso: Para tratamento da candidíase bucal usa-se o bochecho feito com o sumo recentemente preparado por trituração do fruto e passado em peneira fina.

Para uso oral contra alergias, inflamações, colesterol alto e problemas urinários devido a inflamação da próstata recomenda-se comer o fruto em saladas ou o suco, na dose de uma xícara de chá por dia.

Observações: No Brasil ocorre a espécie Lycopersicon pipinellifolium Mill., com características e propriedades semelhantes ao tomateiro comum.

Estudos recentes mostram alternativas eficazes para a preservação de tomates, por exemplo, folhas de nim (Azadiractha indica A. Juss), em comparação com o tradicional fungicida pós-colheita tiofanato.

Referências: 

LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

MASOOD, Shahid; Randhawa, Muhammad Atif; Butt, Masood Sadiq; Asghar, Muhammad “A Potential of Biopesticides to Enhance the Shelf Life of Tomatoes (Lycopersicon Esculentum Mill.) in the Controlled Atmosphere”. From Journal of Food Processing and Preservation (2016), 40(1), 3-13.

http://decs.bvs.br/cgi-bin/ – Acesso 26 FEV 2016

http://www.tropicos.org/Name/29602513 – Acesso 15 FEV 2016.

Tags: Anti-inflamatórioComestívelHipertensãoNutritivaQueimaduraResfriadoReumatismo

SETE-SANGRIAS

22/02/2020 17:03

Cuphea carthagenensis   (Jacq.) J.F.Macbr

Lythraceae 


SinonímiasBalsamona pinto Vand., Cuphea balsamona Cham. & Schltdl., Lythrum carthagenense Jacq., Cuphea pinto Koehne.

Nomes populares: Sete-sangrias, erva-de-sangue, pé-de-pinto, guanxuma-vermelha.

Origem ou Habitat: É nativa de toda a América do Sul e ocorre como planta ruderal de crescimento espontâneo em pastagens e terrenos baldios de todo o Brasil, sendo considerada indesejada pelos agropecuaristas.

Características botânicas: Cuphea carthagenensis é uma erva ereta, com até 0,6 m de altura, muito ramificada, setosa-pubescente, caule avermelhado, às vezes base lenhosa. Folhas 0,9-3,5 c, de comprimento e 0,4-1,6cm de largura, simples, opostas, elípticas a lanceoladas, ásperas, pecioladas, pubescentes. Flores com 2 bracteolas, dispostas nas axilas das folhas, cerca de 0,5 cm de comprimento, cálice gamossépalo, internamente piloso, pétalas violáceas ou rosadas, obovadas, presas no ápice do cálice, estames inclusos, inseridos mais ou menos na metade do cálice, ovário súpero. Semente alada.

Uso popular: Segundo as comunidades da Ilha de Santa Catarina as partes aéreas C. carthagenensis são empregadas na forma de decocto, internamente como depurativo do sangue, para ativação da circulação, em distúrbios do coração, para diminuir a taxa de colesterol e para diabetes.Outra espécie de sete-sangrias , a C. calophylla Cham.& schltdl. é utilizada nestas comunidades com as mesmas indicações.

Segundo a literatura as plantas do gênero Cuphea são consideradas na medicina popular como laxativas e anti-inflamatórias (SOEZIMA et al., 1992); febrífugas (HOEHNE, 1939; GONZÁLEZ et al., 1994); depurativas (HOEHNE, 1939; GRENAND et al., 1987). Na Guatemala, o decocto de Cuphea carthagenensis é utilizado no tratamento da gonorréia e no Brasil é usado como antimalárico. No México, o extrato aquoso das folhas frescas de Cuphea calophylla é utilizado como hipotensor e diurético. Cuphea glutinosa é considerada emenagoga e o decocto de Cuphea strigulosa é usado no Peru como antidiarréico e estomáquico (GONZÁLEZ et al., 1994), em irritação das vias respiratórias e insônia como indicação popular , e uso comprovado na prevenção de doenças cardiovasculares, diminuição do colesterol e e antioxidante (MARONI 2006 plantas botucatu);em doses mais concentradas o infuso é usado externamente para psoríase e outras dermatoses (FRANCO 2004 med. Dos simples).

Composição química: Estudos demonstraram que as partes aéreas de Cuphea carthagenensis contêm os ácidos graxos, ácido láurico e ácido mirístico, β-sitosterol, estigmasterol, β-amirina, ácidos betulínico e ursólico, além da nova substância cartagenol (GONZÁLEZ et al., 1994).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: A literatura consultada não informa sobre efeitos adversos nas doses recomendadas. Doses altas podem causar diarréia (Terra ,água e chá 1995);não é indicado o uso em crianças ( LORENZI 2008 ) Uma pessoa que usou a Cuphea carthaginensis referiu ter tido reação alérgica (coceira pelo corpo, picaçada) e que, após três tentativas de uso com a mesma reação , atribuiu o fato ao uso da planta.(informação coletada por Simionato,C.).

Contra-indicações: Estudos em ratos não mostraram alterações na gestação, não significando que possa ser usada em humanos sem mais pesquisas. Também não é indicado seu uso em crianças.

Posologia e modo de uso: Infuso –uma colher de sobremesa da parte aérea em 1 xícara de água ,tomar até 3 xícaras ao dia

Xarope – preparar ao infuso 1 xícara média de açúcar, levar ao fogo até dissolver e tomar uma colher de sopa 3 vezes ao dia para tosse, respiração difícil e insônia (LORENZI 2008).

Observações: Várias espécies de Cuphea são denominadas popularmente “sete-sangrias”. Este nome foi dado pelo caboclo brasileiro por acreditar, ainda no tempo em que se usava fazer sangria nos doentes, que seu infuso valia por sete “sangrias”. O gênero Cuphea, com mais de 200 espécies, encontra-se distribuído em vários países, sendo no Brasil a sua maior representação (HOEHNE, 1939).

Existem no Brasil outras espécies deste gênero com características, propriedades e nomes populares semelhantes: Cuphea racemosa (L.f.)Spreng., Cuphea mesostemon Hoehne e Cuphea calophylla Cham&sch.

Referências: 

FRANCO, I. J.; FONTANA, V. L. Ervas e plantas: A medicina dos simples. 6.ed. Erechim: EDELBRA, 2001. 207 p.

HOEHNE, F. C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais. São Paulo: Departamento de Botânica do Estado, 1939. p. 206-209.

GONZÁLEZ, A. G.; VALENCIA, E.; BERMEJO BARRERA, J.; GRUPTA, M. P. Chemical components of Cuphea species. Carthagenol: a new triterpene from C. carthagenensis. Planta Med., [S.I.], v. 60, p. 592-593, 1994.

GRENAND, P.; MORETTI, C; JACQUEMIN, H. Pharmacopéas tradicionales en Guyane. Paris: Orstom, 1987

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

MARONI, B. C.; DI STASI, C.; MACHADO, S. R. Plantas medicinais do cerrado de Botucatu: guia ilustrado. São Paulo: UNESP, 2006. 194p.

SOEZIMA et al., 1992)

http://toptropicals.com/catalog/uid/cuphea_carthagenensis.htm – acesso em 09/06/2011

http://www.virboga.de/Cuphea_carthagenensis.htm – acesso em 09/06/2011

http://www.hear.org/starr/images/species/?q=cuphea+carthagenensis&o=plants&s=date

– acesso em 09/06/11

htpp://www.tropicos.org – acesso em 09 de junho de 2011.

Tags: Anti-inflamatórioDepurativoDiuréticoEmenagogoEstomáquicoFebrífugaHipotensorInsôniaLaxativas

SERRALHA

22/02/2020 16:57

Sonchus oleraceus   L.

Asteraceae (Compositae)


SinonímiasSonchus ciliatus Lam., Sonchus gracilis Phil., Sonchus mairei H. Lév., Sonchus maritimus Sessé & Moc.

Nomes populares: Serralha, serralha-mansa, serralha-verdadeira, ciúmo, chicória-lisa(Brasil), cerraja (Espanha, Honduras, Panamá), serraja (Espanha, Costa Rica), serrajilla (Espanha, Costa Rica) , soncho (Espanha, Honduras) , Achicoria (Espanha, Mexico, Yucatán), chicoria (Espanha, Mexico, Yucatán), , colmillo de león (Espanha, Honduras) , hierba del sapo (Espanha, Honduras) , ku ju cai (pinyin, China), lechuga silvestre (Espanha, Mexico, Yucatán), lechuguilla (Espanha, Costa Rica, Guatemala), annual sow-thistle (Ingles, Canada).

Origem ou Habitat: É nativa da Europa e naturalizada em todo território brasileiro(LORENZI & MATOS, 2008). Atualmente é adventícia em todo o mundo.

Características botânicas: Herbácea anual, ereta, medindo de 40 a 110 cm de altura, talo redondo, oco, com seiva leitosa em seu interior, glabra, pouco ramificada, folhas sésseis, as superiores inteiras e as inferiores runcinadas(folha oblanceolada com margem partida ou lacerada), de base auriculada (Auriculada: base termina por um par de pequenos lobos, cada um dos lobos semelhante a uma orelha humana), de 6-17 cm de comprimento. Flores liguladas, reunidas em capítulos grandes, dispostos em panículas terminais. Os frutos são aquênios lanceolados, contendo um tufo de pêlos em uma das extremidades, facilitando sua disseminação.

Partes usadas: Planta inteira.

Uso popular: No Brasil o chá da planta é usado como digestivo e diurético e para problemas hepáticos e intestinais. A mesma infusão é utilizada em aplicações externas para lavar feridas.

Na Bolívia é empregado o cozimento da planta inteira para tratar cólicas hepáticas e alterações da menstruação. Também como depurativo, calmante, colagogo e diurético.

Na Guatemala a infusão das folhas é empregada como depurativo e antisséptico urinário. A infusão da planta inteira como febrífugo, antirreumático e hepatoprotetor. Externamente em casos de erisipela, urticária e feridas de pele.

Na Argentina é indicada para acessos de tosse, em inflamações renais e hepáticas, e por via externa na cicatrização de úlceras varicosas.

No Peru a infusão das folhas é recomendado em caso de úlceras, como digestivo, antiflatulento, antiespasmódico, hepático e intestinal, e como depurador sanguíneo.

Os Mapuches empregam a decocção da raiz como refrescante e digestiva.

Em Tobago utilizam a infusão das folhas em casos de gripes e resfriados.

Na Europa, além de seu emprego como digestivo, é recomendado em casos de ascite.

Na alimentação, as folhas e os brotos tenros da serralha são consumidas em saladas e sopas.

Composição química: Destacam-se óleos essenciais, esteróides, resinas, glicídios, fitosterina (látex), taninos, derivados terpênicos, pigmentos flavonóides (apigenina, kaempferol, luteolina), crisanthemina, cinarina, isocinarina, taraxasterol, glucosaluzanina C, sais minerais.

Ações farmacológicas: Diurética, antimicrobiana, colerética, colagoga, hepatoprotetora, hipocolesterolemiante.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: O látex da planta fresca pode ocasionar dermatite de contato.

Contra-indicações: Não utilizar em grávidas nem em mulheres que amamentam.

Posologia e modo de uso: Decocção ou Infusão: 1 colher (sobremesa) de folhas picadas para cada xícara de água fervente. Ferver por 5 minutos. Tomar 3 xícaras ao dia, depois das refeições.

Pasta com glicerina: picar 3 colheres (sopa) da planta fresca, juntar 1 colher (sopa) de glicerina. Amassar até formar uma pasta. Esparramar em gaze e aplicar 2-3 vezes ao dia sobre a área afetada.

Observações: Existe uma espécie semelhante chamada Sonchus asper (L.) Hill. – Sinonímias: Sonchus oleraceus var. asper L., Sonchus carolinianus Walter, Sonchus spinosus Lam., Sonchus gigas Boulos, etc.

Nomes populares: Cerraja (Espanha, Panama), hua ye dian ku cai (pinyin, China), spinny annual sow-thistle (Ingles, Canada).

Existe uma espécie chamada Emilia fosbergii Nicolson – Sinonímias: Emilia sonchifolia var. rosea Bello, Emilia javanica (Burm. f.) C.B. Rob., etc.

Nomes populares: serralhinha, bela emília, pincel (Espanha, Honduras), pincelillo (Espanha, Honduras), lamparita (Espanha, El Salvador), Cupid’s-shaving-brush (Ingles, Estados Unidos), ying rong hua (pinyin, China) , etc.

ATENÇÃO, na composição química possui alcalóides pirrolizidínicos, sendo desaconselhado seu uso na alimentação e na forma de chá.

A serralha (Sonchus oleraceus) também é confundida com o dente-de-leão (Taraxacum officinale).

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. DRESCHER, Lírio (coord.). Herbanário da Terra – Plantas e Receitas. Laranja da Terra-ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. LORENZI, H. Manual de identificação e controle de plantas “daninhas”: plantio direto e convencional. 6ª Ed. Nova Odessa – SP – 2006.

www.joinville.udesc.br/sbs/professores/…/morfvegetalorgaFOLHA.pdf – acesso em 26 de abril de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/2711967

– acesso em 12 de abril de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/2701342?tab=synonyms – acesso em 12 de abril de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/2702411 – acesso em 12 de abril de 2013.

Tags: Anti-inflamatórioCalmanteCicatrizanteColagogoCólicaDepurativoDigestivoDiuréticoFebrífugaFeridasFlatulênciaTosse

SABUGUEIRO

19/02/2020 23:52

Sambucus australis   Chamisso et Schlechtendal.

Adoxaceae (Caprifoliaceae)


SinonímiasSambucus pentagynia Larrañaga.

Nomes populares: Acapora, sabugueiro-do-brasil, sabugueiro-do-rio-grande.

Origem ou Habitat: Sul da América do Sul.

Características botânicas: Sambucus australis é uma árvore de 3 a 8 m de altura, folhas com 18-26 cm de comprimento, compostas, imparipenadas, 5-13 folíolos oblongo-lanceoladas de 3,5 – 9,5 cm de comprimento e 1,2 – 3,0 cm de largura, margens dentadas, membranáceas, glabras, opostas-cruzadas, pecioladas, estípulas e estipelas presentes. Inflorescência em cimas corimbosas terminais. Flores brancas, pequenas de 0,5 – 1,2 cm de diâmetro, corola com 4-5 pétalas, estames no mesmo número de pétalas. Fruto drupa globosa, negra e brilhante.

Existe uma espécie de sabugueiro europeu cultivada no Brasil, Sambucus nigra L.; se diferencia da espécie nativa de Santa Catarina (S. australis Cham. et Schlecht.) especialmente na forma e no número de folíolos. A espécie européia apresenta folíolos elípticos, de margem dentada, em número de 3-7 e a espécie nativa apresenta folíolos ovados-lanceolados, de margem serrada, em número de 7-13 (SIMÕES et al., 1986).

Partes usadas: Flores secas, entre-casca e folhas. Na lista da ANVISA a parte indicada como remédio são as flores do sabugueiro.

Uso popular: No que se refere ao uso terapêutico, de maneira geral, os usos medicinais da espécie do sabugueiro europeu (Sambucus nigra) coincidem com os da espécie nativa (Sambucus australis)(SCHULTZ, 1985). Esta última é uma planta cultivada como ornamental e cujas flores têm cheiro de mel.

Os frutos são comestíveis (PIO CORRÊA, 1926-1978).

Segundo as comunidades da Ilha de Santa Catarina as flores ou folhas de Sambucus australis são empregadas na forma de infuso e decocto, interna e externamente em enfermidades virais , como sarampo e rubéola, gripes e resfriados.

Na relação das plantas da ANVISA é indicada para gripe e resfriado

Na literatura as flores (inflorescência), frutos (bagas), folhas, cascas, córtex e medula do caule de Sambucus nigra são empregadas de várias formas, como compressas, cataplasmas, decocção e infusão (HOPPE, 1981; SCHULTZ, 1985; SIMÕES et al., 1986; SCHILCHER, 1992; BISSET, 1994).

As flores de S. nigra são extensamente utilizadas para afecções respiratórias (SIMÕES et al., 1986; BISSET, 1994); como diurético, sudorífico, antirreumático, emético, purgativo e laxante. Sob a forma de cataplasma ou compressa, as flores são usadas em inflamações em geral e, também, em dermatoses e furúnculos, pelas suas propriedades adstringente, cicatrizante e emoliente (ZIN & WEISS, 1980; SIMÕES et al., 1986).

Esta planta tem utilização farmacêutica como diaforético, em associações medicamentosas indicadas em resfriados (SIMÕES et al., 1986).

Composição química: As flores do sabugueiro europeu (Sambucus nigra) contêm um pequeno percentual de óleo essencial, constituído de ácidos graxos, alcanos e triterpenos (SIMÕES et al., 1986; BISSET, 1994); contêm também flavonóides sendo a rutina o principal além de quercitrina, iso quercitrina, hiperosídio e astragalina (BISSET, 1994). São encontrados também os ácidos p-cumárico, clorogênico, cafêico e ferúlico (BISSET, 1994), taninos, açúcares, mucilagem e pectina (SIMÕES et al., 1986).

As folhas contêm flavonóides (HOPPE, 1981; SIMÕES et al., 1986), esteróis, alcanos, ácidos graxos, taninos, triterpenos, açúcares, resinas e vitamina C (SIMÕES et al., 1986), sambucina e sambunigrina (glicosídeo cianogênico) (HOPPE, 1981).

Ações farmacológicas: Aos ácidos fenólicos é atribuída a atividade diurética e à mucilagem, a propriedade emoliente (SIMÕES et al., 1986). Testes em pessoas sadias demonstraram uma sudorese aumentada com a utilização do chá das flores de sabugueiro em comparação com o uso apenas de água quente (BISSET, 1994).

Interações medicamentosas: Não há evidências clinicas de interação com medicamentos; estudos in vitro demonstraram uma possível interação com hipoglicemiantes.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Pode haver mal estar gástrico ou alergia em pessoas sensíveis. O uso em dose maior que a recomendada pode causar hipocalemia (perda de potássio )(anvisa)

Os frutos imaturos são tóxicos.

Contra-indicações: Deve-se evitar o uso em grávidas e crianças menores que dois anos.

Posologia e modo de uso: A decocção é obtida com 2 colheres de sopa de flores para ½ litro de água tomados durante o dia.

A infusão é preparada com 2 g de flores para 150 ml de água fervente por 5-10 minutos tres vezes ao dia (BISSET, 1994).

Observações: Popularmente é dito que põe o sarampo para fora.

Referências: 

BISSET, N. G. (ed.) Herbal Drugs and Phytopharmaceuticals. 4.ed. Stuttgart Medpharm, Boca Raton: CRC Press, 1994

MILLIAMSON, E. DRIVER, S. BAXTER, K. (ed.) Stockley’s Herbal,Medicines Interactions: A guide to the interactions of herbal medicines, dietary supplements and nutraceuticals with conventional medicines. London: Pharmaceutical Press, 2009.

SIMÕES, C.M.O. et al. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986

http://www.anvisa.gov.br

file:///E:/natural%20teratments.htm(acesso em 11/05/2011)

www.tropicos.org – acesso em 20 de maio de 2011.

Tags: Anti-inflamatórioAnti-reumáticoCataplasmaCicatrizanteDiaforéticoDiuréticoEméticaEmolientesGripeLaxantePurgativoResfriadoSudorífica

RAINHA-DAS-ERVAS

19/02/2020 23:36

Tanacetum parthenium   (L.) Sch. Bip.

Asteraceae (Compositae)


SinonímiasChrysanthemum parthenium (L.) Bernh., Matricaria parthenium L. (LORENZI; MATOS, 2008), Leucanthemum parthenium (L.) Gren & Godron, Pyrethrum parthenium (L.) Sm. (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002), Parthenium matricaria Gueld. (SILVA, 2001.)

Nomes populares: Rainha-das-ervas, artemijo, margaridinha, olguinha, margaridinha-branca, camomila-pequena, macela-da-serra (LORENZI; MATOS, 2008), macela-do-reino, atanásia, atanásia-dos-jardins, artemísia, artemísia-dos-ervanários (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002), matricária, erva made, monsenhor-amarelo, piretro-do-cáucaso, altamisa (Espanha, Costa Rica), Santa María (Espanha, México, Chiapas), feverfew (Costa Rica).

Origem ou Habitat: Nativa da região dos Bálcãs, naturalizada na Europa e cultivada na América (ALONSO, 2004). Apresenta comportamento anual no Nordeste do Brasil.

Características botânicas: Erva ereta, comumente perene, com até 50 cm de altura. Folhas pinatipartidas, com folíolos membranáceos. Flores com pequenos capítulos reunidos em corimbos, as externas do capítulo formam um pequeno anel de pétalas brancas em torno das centrais que são amarelas. Toda a planta tem sabor amargo e cheiro característico(LORENZI; MATOS, 2008).

Partes usadas: Folhas e inflorescências.

Uso popular: Uso interno: principalmente para enxaqueca (migrânea) e dores de cabeça, além de neuralgias, febre, dismenorréia, para ajudar na expulsão da placenta após o parto (CHEVALLIER, 1996), mal-estar gástrico, diarréia, reumatismo, câimbra, analgésica, antiinflamatória, vermífuga(LORENZI; MATOS, 2008), problemas de gases, infecções uterinas, calmante (FRANCO; FONTANA, 2004), zumbido, vertigem, odontalgia (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002), para aumentar o apetite e melhorar a digestão (MILLS; BONE, 2000). Em todos os casos recomenda-se a infusão de folhas e flores frescas ou secas ou tinturas (LORENZI; MATOS, 2008). A decocção adoçada com mel ou açúcar é utilizada para resfriados, tosse e respiração difícil. A infusão quente era utilizada para remover o mau-humor e a ira, tratar resfriados e doenças febris e “limpar os rins”, enquanto que a infusão fria era considerada excelente como tônica. Evidências empíricas sugerem que seja benéfica na psoríase (MILLS; BONE, 2000).

Na Colômbia, emprega-se a decocção das folhas por via oral para parasitoses.

Na Guatemala e em Martinica utiliza-se a infusão da planta fresca ou seca como sedativa e contra os resfriados, e recomendam a aplicação na forma de cataplasma para tumores e câncer (ALONSO, 2004).

Uso externo: picadas de insetos, aliviar os incômodos do pós-parto (LORENZI; MATOS, 2008), úlceras, feridas, piolhos, lêndeas, para afugentar insetos (FRANCO; FONTANA, 2004) e após intervenções dentárias (bochechos). O extrato desta planta misturado à essência de tomilho é repelente e sua eficácia se prolonga por até 5 horas (SILVA, 2001).

Na Venezuela, extratos da planta toda são aplicados em gotas em casos de otite (ALONSO, 2004)..

Composição química: Óleo essencial (α-pineno, bornil-acetato, L-borneol, angelato, ácido cóstico, cânfora, β- farnesina, canina, 10-epicanina, artecanina, éteres espiroquetalenólicos), lactonas sesquiterpênicas (formadas principalmente pelo partenolídeo e seus derivados, além da crisantemonina em menor concentração), ácidos fenólicos, flavonóides (santina, apigenina e os metilésteres de 6-HO-campferol tanetina e queratagetina), guaianolídeos (crisantemina A e B), princípios amargos, fitosterina, melatonina (folhas), ácido tânico, ácido antêmico, cosmosiina, derivados acetilênicos (raízes). As sementes secas apresentam 22% de proteínas e 31,2% de gordura (ALONSO, 2004.

Ações farmacológicas: De acordo com vários ensaios clínicos duplo-cego controlados por placebo, conclui-se que seu uso está indicado especialmente como preventivo das intercrises de enxaqueca, reduzindo sua freqüência e sua intensidade, por melhorar os sintomas neurovegetativos associados, como náuseas, vertigens ou vômitos¹. Emenagogo (altas doses), antihelmíntico(MILLS; BONE, 2000). In vitro demonstrou atividades antiinflamatória, antimicrobiana, espasmolítica, antitumoral e inibidora da enzima angiotensina II (e então possivelmente hipotensora arterial).

Interações medicamentosas: Potencializa o efeito de drogas anticoagulantes e não deve ser administrada junto a elas; a potência farmacológica diminui quando administrada junto a drogas antiinflamatórias não esteroidais; não deve ser administrada junto a aminoácidos que contenham grupos sulfidrilos como a cisteína e a N-glicina¹. Por conter taninos, pode alterar a absorção de minerais de alimentos e/ou suplementos, como ferro, cálcio, zinco, cobre e magnésio, devendo ser administrada separadamente de vitaminas e minerais (LAVALLE, et al, 2000).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em geral os extratos desta planta são bem tolerados, mesmo que durante longos períodos. Devido ao gosto muito picante e desagradável, pode ocasionar desconforto durante a ingestão da infusão de forma contínua. Um estudo com pacientes em uso da planta por 6 meses, e outro por 10 anos, não demonstraram sinais de toxicidade (SCHULZ; HÄNSEL; TYLER, 2002). Foram descritas algumas dermatites de contato, nódulos pruriginosos e dores abdominais, principalmente por folhas frescas. Apesar de o óleo essencial conter cânfora, seriam necessárias doses extremamente elevadas para provocar estados convulsivos (ALONSO, 2004). Foi descrita uma “síndrome pós-matricária”, incluindo nervosismo, insônia, rigidez articular e dor, que pode ocorrer em algumas pessoas após descontinuar o uso (LAVALLE, et al, 2000).

Contra-indicações: Gravidez, amamentação (pelos princípios amargos), crianças menores de 2 anos (ALONSO, 2004), pessoas em sangramento ativo (LAVALLE, et al, 2000) e pessoas com hipersensibilidade conhecida à Tanacetum parthenium, partenolídeos ou outros membros da família Asteraceae/Compositae não devem fazer uso interno (MILLS; BONE, 2000). Usar com cuidado em pessoas em tratamento anticoagulante ou com histórico de hemorragias, distúrbios hemostáticos ou problemas hemostáticos relacionado à medicamentos. Deve-se interromper o uso pelo menos 15 dias antes de procedimentos odontológicos ou cirúrgicos (LAVALLE, et al, 2000).

Posologia e modo de uso: Infusão de 2 gr. de folhas e flores frescas ou secas em uma xícara, 2 vezes ao dia, antes das refeições (ALONSO, 2004).

Para lavagens locais, gargarejos ou bochechos, prepara-se um chá mais forte com 5-6 folhas e/ou flores(5).

Há propostas de preparações deverem conter de 0,2% a o,8 % de partenolídeo , apesar de não ser clara a participação desde composto na profilaxia da enxaqueca.

Observações: Apesar de não haver trabalhos evidenciando efeitos uterotônicos em animais, há uma vasta tradição cultural de seu emprego como estimulante uterino para promover a menstruação (ALONSO, 2004). Estudos clínicos sugerem que o tratamento para enxaqueca deve durar de 4-6 meses para se alcançar efeitos benéficos.

Recomenda-se que a dosagem seja reduzida gradualmente durante um mês quando do término do tratamento (MILLS; BONE, 2000), a interrupção abrupta pode aumentar a freqüência das enxaquecas (LAVALLE et al, 2000).

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 739-743.

CHEVALLIER, A. The Encyclopedia of Medicinal Plants. London: Dorling Kindersley, 1996. p. 139-309.

FRANCO, I. J.; FONTANA, V. L. Ervas e Plantas: A Medicina dos Simples. 9 ed. Erexim,RS: Livraria Vida, 2004. p. 125.

LAVALLE, J. B. et al. Natural Therapeutics Pocket Guide. Hudson, OH: Lexi-comp; Cincinnati, OH: Natural Health Resources, 2000. p. 432-433.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. p. 161.

MILLS, S.; BONE, K. Principles and Practice of Phytotherapy:Modern Herbal Medicine. [S. I.]: Churchill Livingstone, 2000. p. 385-391.

NEWALL, C. A.; ANDERSON, L. A.; PHILLIPSON, J. D. Plantas Medicinais: Guia Para Profissional de Saúde [Herbal Medicines]. Trad. De Mirtes F. de Oliveira Pinheiro. São Paulo: Premier, 2002.

  1. 191-193.

SILVA, R. C. Plantas Medicinais na Saúde Bucal. Vitória: Artgraf, 2001. p. 31.

SCHULZ, V.; HÄNSEL, R.; TYLER, V. E. Fitoterapia racional: um guia de fitoterapia para as ciências da saúde. 4. ed. Barueri, SP: Manole Ltda, 2002.

http://www.tropicos.org/Name/2701375 – acessado em: 12 de junho de 2012.

Tags: AnalgésicoAnti-inflamatórioCãibraCalmanteCefaléiaDiarreiasDismenorreiaEnxaquecaFebreFlatulênciaResfriadoReumatismoTosse

QUEBRA-PEDRAS- RASTEIRO

19/02/2020 23:22

Euphorbia prostrata  Aiton.

Euphorbiaceae


SinonímiasChamaesyce prostrata (Aiton )Small, Euphorbia chamaesyce L., Euphorbia callitrichoides H.B.K. , Euphorbia perforata Guss.

Nomes populares: Quebra-pedras, quebra-pedras-roxo, erva-pombinha, saxifraga, burra-leiteira, erva-de-santa-luzia, caá-cambui.

Origem ou Habitat: América central.

Características botânicas: É uma erva rasteira, latescente, pilosa, de talos rosados ou arroxeados, folhas de 0,2-1,1 cm de comprimento e 0,5 cm de largura, simples, largo-elípticas até obovadas ou ovadas, assimétricas na base, membranosas, alternas. Inflorescência tipo ciátio isolado, saindo do caule e ramos laterais, de até 0,1 cm de diâmetro. Fruto tipo cápsula, de cerca de 0,1 cm de diâmetro.

Partes usadas: Partes aéreas.

Uso popular: Usado para dor nas costas, inflamação e pedra nos rins, “urina presa”, para este fim é usada a planta seca. Também é relatado uso para infecção de garganta. O “latex ” é usado em verruga plantar (olho de peixe).

Composição química: Foram isolados ácido gálico, corilagina, trigaloilglicose, geraniina, tellimagradina I, II e rugosina A,E,D e G (CHEN et al., 1992).

Ações farmacológicas: Estudos clínicos com Euphorbia prostrata mostrou atividade em hemorróidas (GUPTA).

Em coelhos mostrou atividade em diminuir picos hiperglicêmicos.

Mostrou atividade anti-inflamatória.

Interações medicamentosas: Não há estudos.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: É planta considerada tóxica na literatura, apesar de ser uma espécie pouco estudada, sabe-se que o suco da planta é irritante das mucosas e o óleo das sementes, um purgante drástico (CONTRERAS & ZOLLA, 1982; REITZ, 1988).

Contra-indicações: Evitar o uso interno da planta até sabermos mais sobre o uso seguro desta espécie.

Posologia e modo de uso: É utilizada a planta fresca para verruga plantar; utiliza-se o látex que escorre, colocando sobre a lesão.

Na literatura é descrito o uso do decocto adoçado com açúcar para pedras da urina, tomando uma xícara 3 vezes ao dia. (ROIG Y MESA, 1945).

Um creme feito com extrato seco de quebra-pedra-rasteiro (Euphorbia prostrata) mostrou-se efetivo na melhoria do sangramento retal em pacientes com hemorróidas.

Observações: Esta planta, considerada tóxica, deveria ter um estudo a partir da indicação popular – abafado de planta seca – pois informantes a consideram melhor que espécies do gênero Phyllanthus.

Existe uma espécie muito semelhante chamada Euphorbia serpens Kunth, com usos semelhantes, porém com poucos estudos.

Referências: 

Aita A. M., Matsuura H.N., Machado, C.A., Ritter, M.R. “Espécies medicinais comercializadas como “quebra-pedras” em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil” – Revista Brasileira de Farmacognosia 19(2A): 471-477, Abr./Jun. 2009 – Porto Alegre-RS, Brasil

Alarcon-Aguilara FJ, Roman-Ramos R, Perez-Gutierrez S, Aguilar-Contreras A, Contreras-Weber CC, Flores-Saenz JL.”Study of the anti-hyperglycemic effect of plants used as antidiabetics”. Departamento de Ciencias de la Salud, Universidad Autónoma Metropolitana Iztapalapa, México, DF, México.J Ethnopharmacol. 1990 Jul;29(3):291-4.

CHEN L, Chen R, Wei K “Constituents of tannins from Euphorbia prostrata Aiton”. Zhongguo Zhong Yao Za Zhi 17 : 225-226, 1992.

CONTRERAS & ZOLLA, 1982;

http://floradobrasil.jbrj.gov.br – Acesso 9 Junho 2015.

GUPTA PJ. “The efficacy of Euphorbia prostrata in early grades of symptomatic hemorrhoids–a pilot study.” Eur Rev Med Pharmacol Sci. 2011 Feb;15(2):199-203.

Jain, Rajesh; Singh, Sukhjeet “Topical compositions comprising Euphorbia species” From Indian Pat. Appl. (2010), IN 2009DE00112 A 20100730. (Scifinder, artigo 2) Acesso 9 Junho 2015.

REITZ, 1988.

ROIG Y MESA, J. T. Plantas Medicinales aromaticas o venenosas de Cuba. Habana, Cuba: Cultural S.A., 1945.

SINGLA AK1, Pathak K.”Topical antiinflammatory effects of Euphorbia prostrata on carrageenan-induced footpad o edema in mice.” Department of Pharmaceutical Sciences, Panjab University, Chandigarh, India.J Ethnopharmacol. 1990 Jul;29(3):291-4.

SINGLA AK1, Pathak K. “Anti-inflammatory studies on Euphorbia prostrata.” Department of Pharmaceutical Sciences, Panjab University, Chandigarh, India.J Ethnopharmacol. 1989 Nov;27(1-2):55-61.

http://www.tropicos.org/Name/12800045?tab=synonyms – Acesso 9 Junho 2015.

Tags: Anti-inflamatório

PICÃO-PRETO

18/02/2020 22:17

Bidens pilosa L.

Asteraceae


Sinonímias: Bidens affinis Klotzsch & Otto; Bidens alausensis Kunth; Bidens chilensis DC.; Bidens hirsuta Nutt.; Bidens hispida Kunth; Bidens montaubani Phil.; Bidens odorata Cav.; Bidens reflexa Link; Coreopsis leucantha L.; Bidens pilosus L.;

Nomes populares: Amor-seco, carrapicho-picão, pico-pico, picão-amarelo, picão-das-horas, picão-do-campo, carrapicho-de-agulha.

Origem ou Habitat: Brasil (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal).

Características botânicas: Erva anual, de 30 a 150 cm de altura, ereta, subespontânea, ramificada desde a base, caules tetragonais, glabra ou sub-pilosa, folhas compostas e opostas (as superiores alternas), pecioladas, margem serreadas; inflorescências tubulares e radiadas, amarelas; frutos escuros quando maduros, com aristas que se prendem à roupa ou pêlo dos animais. A raiz tem aroma que lembra a cenoura (Alonso, 2004).

Partes usadas: Toda a planta.

Uso popular: Usada como antiinflamatória, em dores de dente e de cabeça, dismenorréia, infecções urinária e vaginais (Di Stasi, 2002), vulnerária (em feridas). Folhas e raízes para a pressão arterial elevada. em verminoses. Folhas e frutos para tratamento de diabetes. indicado em icterícia e hemorróidas.

Informações científicas: 🐁 (AN*): Estudos em animais com compostos extraídos de B. Pilosa demonstraram atividade antihipertensiva para frações da extração com etileno acetato (Bilanda et al., 2017); efeito hiperglicemiante para o extrato aquoso e atividade antimalárica para compostos extraídos da raiz da espécie (Hsu et al., 2009; Oliveira et al., 2004).

🧪(IV*): Estudo in vitro demonstrou potencial atividade antimicrobiana de frações extraídas das folhas com metanol frente às bactérias E. coli, S. aureus e P. aeruginosa (Singhi et al., 2017). Foi também relatada atividade antiviral para vírus simples da herpes (Nakama, 2012).

*AN: estudos pré-clínicos realizados em animais; IV: pesquisas básicas realizadas com células cultivadas in vitro.

Observação do uso clínico em Florianópolis: Bidens pilosa é uma planta que tem boa resposta como vulnerária (depurativa e cicatrizante), com o uso da infusão preparada com as suas folhas para lavar feridas e machucados; para a realização de bochechos em afecções da boca e na forma de banho de assento em casos de infecções vaginais.

Cuidados no uso desta espécie: Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas o uso concomitante desta espécie vegetal com outros medicamentos deve ser cauteloso. Deve-se evitar o uso interno em gestantes, lactantes e crianças menores de 04 anos. Pessoas com hipersensibilidade às plantas da família Asteraceae não devem fazer uso desta espécie.

Posologia e modo de uso

Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 6 folhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas.

Uso externo: Infusão com uma colher de sopa para uma xícara de água.

Composição química: Derivados de poliacetilenos e tiofanos, além de flavonóides, esteróis, ácidos graxos, taninos, acetilenos, o óleo essencial contém alfa-pineno, beta-pineno, limoneno, alfa-felandreno, timol, alfa cpoeno, beta-guaieno, beta-cariofileno, alfa-humuleno, cadineno, alfa farneseno e beta-bisaboleno ; também ácido linoléico e linolênico, os triterpenos friedelina e friedelan-3-beta-ol (Di Stasi, 2002), 1-fenil-heptatriina, sílica. O teor de óleo essencial varia de 7,8% a 11,8% conforme a latitude e 7,9% a 12,14% de acordo com a época da colheita.

Observações: Existe outra espécie parecida, a B. alba que tem lígulas maiores.

Referências: 

1. ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario,Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 146.

2. CARVALHO , J.C.T. Fitoterápicos anti- inflamatórios

3. LOPES, A. M. V. Plantas usadas na medicina popular do Rio Grande do Sul: Santa Maria: UFSM, 1997. 49 p.

4. LORENZI, H. & Matos, F.J.A. – Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas – Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002

5. http://www.tropicos.org/Name/2700301 – acesso em 18 de maio de 2012.

6. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB103749 – acesso em 18 de maio de 2012.

7. DI STASI L. C.-plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica 2ª ed.São Paulo:editora UNESP 2002.

8. BILANDA D.C. et al., Bidens pilosa Ethylene acetate extract can protect against L-NAME-induced hypertension on rats. BMC Complementary and Alternative Medicine 2017 17:479. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5633871/>.

9. HSU Y.J., et al., Anti-hyperglycemic effects and mechanism of Bidens pilosa water extract. Journal of Ethnopharmacology. 2009 Mar 18; 122(2):379-83. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874108006697?via%3Dihub>.

10. OLIVEIRA F.Q., et al., New evidences of antimalarial activity of Bidens pilosa roots extract correlated with polyacetylene and flavonoids. Journal of ethynopharmacology.Vol93.2004pag39-42. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874104001187?via%3Dihub>.

11. SINGHI G. et al., Pharmacological potential of Bidens pilosa L. and determination of bioactive compounds using UHPLC-QqQLIT-MS/MS and GC/MS. BMC Complementary and Alternative Medicine. 2017 (17):492. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5689161/>.

12. NAKAMA S. Efficacy of Bidens pilosa Extract against Herpes Simplex Virus Infection In Vitro and In Vivo. Evidence-Based Complementary e Alternative Medicine. 2012; 2012:413453. Haghi G. Journal of Ethnopharmacology. 2008 Sep 26; 119(2):325-7.Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3303703/>.

Tags: Anti-inflamatórioCefaléiaDismenorreiaVerminoses