MARUPAZINHO ou ELEUTERINE

14/02/2020 23:11

Eleutherine bulbosa  (Mill.) Urb.

Iridaceae


SinonímiasSisyrinchium bulbosum Mill.; Galatea bulbosa (Mill.) Britton.

Nomes populares: Marupari, marupazinho, marupá-piranga, palmeirinha, lírio-folha-de-palmeira, eleuterine, wá-ro.

Origem ou Habitat: América tropical.

Características botânicas: Herbácea bulbosa e rizomatosa, acaule, formando touceiras, medindo de 20 a 30 cm de altura. Os bulbos possuem escamas semelhantes à cebola-roxa. Folhas simples, lanceoladas, inteiras, plissadas longitudinalmente. Flores brancas ou rosadas, dispostas em panícula no ápice de um longo escapo floral, rígido acima da folhagem, que se abrem ao por do sol.

Partes usadas: Bulbos.

Uso popular: Os indígenas da Amazônia empregam os bulbos contra dores de estômago, diarreia e vermes intestinais. No Haití é usada como contraceptivo. Nestas regiões ainda tem a reputação de ser anti-microbiana e ação dilatadora da coronária, sendo potencialmente útil nas doenças cardíacas.

Os indígenas das Guianas empregam seus bulbos externamente contra contusões e ferimentos, na forma de emplasto, visando acelerar a cicatrização e internamente preparam um remédio contra a epilepsia.

Composição química: Alguns compostos encontrados: Naftoquinonas, antraquinonas e sapogeninas.

Posologia e modo de uso: Decocção: ferver dois bulbos cortados em 1/2 litro de água por 15 minutos. Tomar uma xícara de chá antes das refeições. Não guardar para o dia seguinte.

Referências: 

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

http://www.tropicos.org/NameSearch.aspx?name=Eleutherine+bulbosa&commonname= acesso em 29 de dezembro de 2013.

Tags: ContraceptivaDiarreiasEpilepsia

MARIJUANA

14/02/2020 23:08

Cannabis sativa  L.

Cannabaceae


SinonímiasCannabis indica Lam.

Nomes populares: Marihuana, cânhamo das Índias, maconha, hemp.

Origem ou Habitat: Ásia.

Características botânicas: Herbácea anual, dióica, ás vezes monóica, medindo de 1 a 5 metros de altura. Folhas membranáceas, finas, alternas e palmadas, com 3 a 11 folíolos dentados, medindo de 7-12 cm de largura. As flores masculinas se dispõem em panículas de 23 – 40 cm de largura e as femininas em espigas de 2 cm de comprimento. As flores são esverdeadas. As sementes são globulares e medem 2 mm de diâmetro aproximadamente. A planta toda é recoberta por uma resina.

Partes usadas: Sumidades floridas de plantas femininas, folhas e sementes.

Uso popular: apesar de ainda ser proibida no país, existem diversas associações de usuários de Cannabis medicinal no Brasil que tem conseguido liminares e Habeas Corpus permitindo o cultivo e uso da planta, especialmente como óleo medicinal. Há registros de usos tradicionais em diversos países do mundo.

A marijuana é uma erva muito usada em tribos africanas e asiáticas seja como cerimonial ou como medicinal (na forma de remédio analgésico ou narcótico). A tintura das flores é utilizada como euforizante e antidepressivo.

A planta contém tetrahidrocanabinóis (THC), que induzem euforia e alegria. Atenuam a dor e atuam como sedativo e anti-espasmódico. As sementes são alimentos para as aves.

Os pintores utilizam o óleo da semente de cânhamo para misturar cores e como verniz (Segredos e Virtudes …1999). Na Índia se elaboram vários produtos cosméticos com o óleo de cânhamo, extraído das sementes da Cannabis sativa. O óleo é isento de canabinóides.

Composição química: Canabinóides, flavonóides, alcalóides, derivados do estilbeno, óleo essencial. A composição do óleo obtido das sementes prensadas tem alto conteúdo em ácido linoleico, linolênico e y-linolênico.

Oleo essencial: Óxido de cariofileno, α-pinene, β-mirceno, dentre outros.

Canabinoides: Tetrahidrocanabinol (THC), canabidiol (CBD), canabinol (CBN), dentre outros.

Ácidos graxos: Ácido γ-linolênico, α-linolênico, ácido palmítico, linoleico e oleico, dentre outros.

Ações farmacológicas: Em pacientes com esclerose lateral amiotrófica, os resultados indicaram que a Cannabis pode ser moderadamente eficaz na redução dos sintomas de perda de apetite, depressão, dor, espasticidade. Em pacientes com câncer, exerce efeitos paliativos, evitando a náusea, vômitos, dor e estimulando o apetite. Apresenta efeito orexígena (estimuladora do apetite), relaxante, antiglaucomatosa, espermicida em humanos.

Foram verificados, em ratos, atividades carcinogênica, teratogênica, hiperglicêmica, de inibição de secreção gástrica e efeito de estimulação uterina.

Foram verificados, em coelhos, atividades teratogênica, de redução da pressão intraocular e de estimulação da musculatura lisa intestinal e efeito embriotóxico.

Atividade hipotensiva em cães.

Interações medicamentosas: Efeito sinérgico entre hidroxianisol butilado (um aditivo alimentar) e o delta-9-THC na produção de efeitos citotóxicos em células do pulmão.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não use a não ser sob supervisão médica. A utilização do cânhamo ou maconha, fumado ou ingerido, pode ter efeitos físicos e psicológicos (Reader’s Digest, 1999)..

Contra-indicações: Contra-indicada durante a gravidez.

Observações: Medicamentos registrados com princípios ativos da Cannabis: Marinol® (dronabinol, versão sintética do delta-9-tetrahidrocannabinol), para tratamento de náuseas e vômitos associados à quimioterapia de cancer em pacientes que não respondem adequadamente aos tratamentos convencionais. Sativex® (delta-9-tetrahidrocannabinol e cannabidiol) para tratar a esclerose múltipla.

Referências: 

APPENDINO, G.; CHIANESE, G.; TAGLIALATELA-SCAFATI, O.. Cannabinoids: Occurrence and Medicinal Chemistry. Current Medicinal Chemistry, [s.l.], v. 18, n. 7, p.1085-1099, 1 mar. 2011.

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

BAGCI, Eyup et al. A Chemotaxonomic Approach to the Fatty Acid and Tocochromanol Content of Cannabis sativa L. (Cannabaceae). Turkish Journal Of Botany, [s.l.], v. 27, n. 2, p.141-147, 2003.

BRUNETON, J.; Farmacognosia. Fitoquímica. Plantas Medicinales. Trad. Á. V. del Fresno; E. C. Accame; M. R. Lizabe. 2. ed. Zaragoza, Espanha: Acribia, 2001. Pp. 441-450

CARLINI, E. A.; NAPPO, S. A.; GALDURÓZ, J. C. F.; NOTO, A. R.; Drogas psicotrópicas – o que são e como agem. Revista IMESC 3. pp. 9-35, 2001

FLORES-SANCHEZ, Isvett Josefina; VERPOORTE, Robert. Secondary metabolism in cannabis. Phytochemistry Reviews, [s.l.], v. 7, n. 3, p.615-639, 8 abr. 2008.

GW Pharmaceuticals (http://www.gwpharm.com/sativex.aspx) Acesso 26 AGO 2010.

Marinol product information (http://abbottgrowth-us.com/products/marinolproductinformation/0,,12413-2-0,00.htm) Acesso em 26 agosto 2010.

MANSUR, J.; CARLINI, E. A.; Drogas: subsidios para uma discussão. 4ª ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 2004. Pp. 81-95

ROSS, I. A., Medicinal Plants of the World, Volume 3: Chemical Constituents, Traditional and Modern Medicinal Uses. New Jersey: Humana Press Inc., 2005. Pp. 26-116

ROTHSCHILD, Miriam; BERGSTRÖM, Gunnar; WÄNGBERG, Sten-Åke. Cannabis sativa: volatile compounds from pollen and entire male and female plants of two variants, Northern Lights and Hawaian Indica. Botanical Journal Of The Linnean Society, [s.l.], v. 147, n. 4, p.387-397, abr. 2005.

KHAN, Abdul Waheed et al. An Updated List of Neuromedicinal Plants of Pakistan, Their Uses, and Phytochemistry. Evidence-based Complementary And Alternative Medicine, [s.l.], v. 2019, p.1-27, 3 mar. 2019.

Reader’s Digest Brasil Ltda. Segredos e Virtudes das plantas medicinais, 1999.

http://www.tropicos.org/Name/21302042?tab=synonyms – acesso em 06 março 2014.

Tags: AnalgésicoAnti-espasmódicoAntidepressivoCerimonialSedativo

MARCELA-GALEGA

14/02/2020 23:04

Matricaria discoidea  DC.

Asteraceae


SinonímiasMatricaria matricarioides (Less.)Porter ex Britton, Chamomilla suaveolens (Pursh) Ridb., Matricaria suaveolens (Pursh) Buchenau, Tanacetum suaveolens (Pursh) Hook.

Nomes populares: Marcela-galega, macelinha, macela-galega.

Origem ou Habitat: Europa.

Características botânicas: Espécie herbácea, aromática, inicialmente ereta formando uma roseta de folhas, depois rasteira e radicante, ramificada, pouco pilosa, com cerca de 10 a 15 cm de altura. Folhas alternas, sésseis ou curtopecioladas, medindo 1,5 cm de comprimento por 7 mm de largura, profundamente fendidas. Inflorescência formando um capítulo globoso-ovóide, medindo cerca de 8 mm de diâmetro, apétalo, reunindo cerca de 90 flores hermafroditas. O florescimento ocorre na primavera e no verão e a polinização é feita por abelhas e moscas. (Silva Jr. e Michalak, 2014).

Partes usadas: Folhas e inflorescências.

Uso popular: Indicada para “dor de barriga”, carminativa, antiespasmódica, galactagoga, sedativa, vermifuga, anti-inflamatória. Indicada para o tratamento de inflamações da pele, cólica, vômito, colite, náusea, câimbras e tenesmo. Externamente é utilizada como antiartrítica.

Composição química: Óleo essencial: geranil isovalerato, mirceno, B-farneseno, cis-en-in-bycicloether. Cumarinas: umbeliferona, herniarina. Flavonóides: cynaroside, luteolina. A composição química de Matricaria recutita, a camomila, e a Matricaria discoidea, a macelinha, é muito semelhante; de 31 compostos investigados, 19 são comuns a ambas as espécies: 9 flavonóides, 8 ác. fenol carboxílicos e 2 cumarinas

Ações farmacológicas: Anti-inflamatória e antiespasmódica.

Interações medicamentosas: Não encontrado na literatura consultada.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Algumas pessoas são alérgicas à planta.

Contra-indicações: Contraindicada na gravidez e lactação.

Posologia e modo de uso: Infusão: 1 a 2 g(1 colher de sopa) de flores e folhas adicionadas em 250 ml de água fervente, cobrir e deixar 10 minutos em repouso. Coar e tomar 2 xícaras ao dia.

Externamente pode ser feito compressas ou banhos com a infusão.

Observações: É repelente de insetos.

Referências: 

SILVA JUNIOR, A.A.; MICHALAK, E. O ÉDEN DE EVA. Florianópolis: Epagri, 2014.

https://origin-scifinder.cas.org/scifinder/view/scifinder/scifinderExplore – Essential oil composition of pineapple-​weed (Matricaria discoidea DC.) grown in Canada. By Lopes, Daise; Kolodziejczyk, Paul P. From Journal of Essential Oil-Bearing Plants (2005), 8(2), 178-182. | Language: English, Database -: CAPLUS – acesso 01 julho 2014.

Constituents of Matricaria discoidea: geranyl isovalerate, trans-​β-​farnesene, and herniarin By Arak, E.; Raal, A.; Pehk, T.; Maeorg, U. From Khimiya Prirodnykh Soedinenii (1988), (6), 804-6. | Language: Russian, Database: CAPLUS – acesso 01 julho 2014

Comparative study of phenols in inflorescences of two species of Matricaria L By Chetvernya, S. A. From Rastitel’nye Resursy (1986), 22(3), 373-7. | Language: Russian, Database: CAPLUS – Acesso 01 julho 2014.

http://www.tropicos.org/Name/2702888?tab=synonyms.

Tags: Anti-inflamatórioAntiespasmódicoCarminativaCólicaColiteGalactagogoNáuseaSedativoVermífuga

MARCELA

14/02/2020 23:00

Achyrocline satureioides (Lam.) DC.

Asteraceae (Compositae)


SinonímiasAchyrocline flaccida DC.; Gnaphalium satureoides Lam.; Anaphalium flaccidum Welnm.

Nomes populares: Marcela-do-campo, alecrim-de-parede, macela.

Origem ou Habitat: Regiões sudeste subtropical e temperada da América do Sul. É uma planta frequentemente encontrada no sul do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, sendo muito utilizada na medicina popular destes países.

Características botânicas: Erva anual, monóica, ramificada, de até 1,5 m de altura, coberta de pilosidades brancas. Folhas alternas, inteiras, sésseis, lineares e lanceoladas, de até 12 cm de comprimento por 1,8 cm de largura. Capítulos com dois tipos de flores, reunidos em panícula corimbosa. Flores amarelo-douradas, as centrais hermafroditas, de corola tubulosa, em número de uma a duas e as flores marginais, quatro ou cinco, femininas, de corola filiforme; papus branco. Fruto do tipo aquênio, glabro, pardo.

Partes usadas: Inflorescências.

Uso popular: Segundo as comunidades da Ilha as folhas e inflorescências são empregadas como infuso e decocto em casos de congestão, cólica e como emético. Segundo a literatura o infuso das inflorescências de marcela é utilizado internamente como antiespasmódico, digestivo, carminativo, eupéptico, colagogo, anti-inflamatório, emenagogo e hipocolesterêmico. Seu uso externo é indicado em inflamações e como antisséptico. Na literatura também é citado o uso dos talos florais e menos frequentemente a planta inteira. As flores secas de marcela são citadas como úteis na confecção de travesseiros para dor de cabeça e insônia.

Informações científicas: 🐁(AN): Para a espécie A. satureioides, é apontada ação anti-inflamatória (Barione et al., 2013; Da Silva et al. 2016) para o extrato hidroalcoólico de suas inflorescências. O efeito gastroprotetor foi demonstrado frente a diferentes modelos de indução por agentes de lesão gástrica (Santin et al. 2010). Foram relatadas atividades antiparasitárias para o óleo essencial da planta (Do Carmo, 2014; Ritter, 2017).

Observação do uso clínico em Florianópolis: O uso da infusão preparada com os capítulos florais da macela apresenta alívio em dores de cabeça e em casos de dermatoses ocasionadas por herpes. A macela pode ser associada com a alfavaca anisada (Ocimum selloi) por infusão, para o tratamento de cólicas e distúrbios digestivos.

Cuidados no uso desta espécie: Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas o uso concomitante desta espécie vegetal com outros medicamentos deve ser cauteloso. Evitar o uso interno em gestantes, lactantes, crianças menores de 02 anos e em pessoas sensíveis a plantas da família Asteraceae. Não usar a tintura em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Pode, em casos raros, provocar vertigem, cefaleia, dermatite, alergia ocular e fotodermatite. Pessoas que desenvolvem quadro hipoglicêmico (baixas taxas de glicose no sangue) devem pedir orientação aos prescritores antes do uso. Pode potencializar o efeito de insulina, barbitúricos e outros sedativos (ANVISA, 2018).

Posologia e modo de uso

Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das inflorescências para 1 xícara de água (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas.

Uso externo: A infusão pode ser utilizada na forma de compressas para o tratamento do herpes.

Tintura: Utilizar 10 gramas das inflorescências rasuradas para 100 ml de álcool etílico 70% e armazenar em vidro escuro protegido da umidade e da luz. Tomar 3 a 9 ml da tintura, diluídos em 50ml de água, três vezes ao dia. A indicação dessa tintura é como auxiliar no tratamento sintomático de processos inflamatórios das vias aéreas superiores e distúrbios gastrintestinais (ANVISA, 2018).

Composição química: Em relação à constituição química da Achyrocline satureioides, vários trabalhos relatam a presença de compostos flavonoídicos, ácidos fenólicos, óleo essencial, polissacarídeos e minerais. Entre os compostos flavonoídicos, podemos citar a isognafalina , quercetina, 3-O-metilquercetina, luteolina, gnafalina, entre outros. Com relação ao óleo essencial, foi constatada a presença de α-pineno como constituinte principal , β-pineno, limoneno, p-cimeno , entre outros. Foi constatada ainda a presença de kawapirona e derivados da fenilpirona.

 

Referências: 

1. AKISSUE, M. K. Análise do óleo essencial da Achyrocline satureoides D.C. Compositae. Rev. Farm. Bioquim., [S. I.], v.9, p.101-6, 1971.

2. BAUER, L. et al Contribuição a Análise dos Óleos essenciais de Eupatoríum ligulifolium H.A. e Achyrocüne satureioides D.C do Rio Grande do Sul. Rev. Bras. Farm., [S. I.], v.60, p. 97-9, 1979.

3. BROUSSALIS, M. A. et al Phenolic Constituents of Four Achyrocline Species. Biochem. Syst. Ecol., [S. I.], v. 16, n. 4, p. 2-401, 1988.

4. FERRARO, G. E.; NORBEDO, C; COUSSIO, J. D. Phenolic Constituents of Achyrocline satureioides. Phytochemistry, [S. I.], v. 20, n. 8, 4-2053, 1981.

5. HANSEL, R.; OHLENDORF, D. Ein neues in Ring B unsubstituiertes Flavon aus Achyrocline satureioides. Arch. der Pharmazie, v. 304, n. 12, p. 6-893, 1971.

6. HIRSCHMANN, G.S. The Constituents of Achyrocline satureioides D.O. b>Rev. Latinoam. Quim., v. 15, n. 3, p. 5-134, 1984.

7. KALOGA. M.; HANSEL. R.; CYBULSKI, E. M. Isolierung eines Kawapirona aus Achyrocfine satureioid. Planta Med.,[S. I.], v.48, p. 103-4. 1983.

8. LAMATY, G. et al The Chemical Composition of Some Achyrocline satureioides and Achyrocline alata Oils From Brazil. J. Ess. Oil. Res., [S. I.], v. 3, p. 21-317, 1991.

9. LIMA, T. C. M.; TAKAHASHI, R. N.; MORATO, G. S. Avaliação da possível atividade antidiabética da Bauhinia forficata Unk. In: IX SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 9, 1986, Rio de Janeiro-RJ. Resumos, Rio de Janeiro, 1986. p. 49.

10. PAZ, E. A.; BASSAGODA, M. J.; FERREIRA, F. YUYOS. Uso Racional de las Plantas Medicinales. Uruguai: Fiorde Siglo, 1992.

11. RICCIARDI, A. L.; YUNES, A. R. Volatile essential oils of the Argentina Coast IV Proof of the natural existence of caryophyllene in the essential oil of Achyrocline satureoides. Rev. Fac. Ing. Quirn., Univ. Nac. Litoral, v.43-49, 1965.

12. SANTOS, C. A. M.; TORRES, K. R.; LEONART, R. Plantas Medicinais: Herbarium et Scientia. Curitiba: Stientia et Labor, 1987.

13. SIMÕES, C. M. O. Antiinflamatory Action of Achyrocline satureioides Extracts Applied Topically. Fitoterapia, [S. I.], v.59, n.5, p. 21-419, 1968.

14. SIMÕES, C. M. O. Investigação Químico-Farmacológica de Achyrodine satumloktes (Lam.) D.C Compositae (Marcela). 1964. 186 f. Dissertação (Mestrado em Farmácia) – Curso de Pós-Graduação em Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1964.

15. SIMÕES, C. M. O. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986.

16. DA SILVA L.M., et al., Hydroalcoholic Extract from Inflorescences of Achyrocline satureioides (Compositae) Ameliorates Dextran Sulphate Sodium-Induced Colitis in Mice by Attenuation in the Production of Inflammatory Cytokines and Oxidative Mediators. Evidence-based Complementary and Alternative Medicine: eCAM. 2016;2016:3475356. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5099481/>.

17. BARIONE E. D. et al., Achyrocline satureioides (Lam.) D.C. Hydroalcoholic Extract Inhibits Neutrophil Functions Related to Innate Host Defense. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2013. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3582058/>.

18. SANTIN J.R., et al., Antiulcer effects of Achyrocline satureoides (Lam.) DC (Asteraceae) (Marcela), a folk medicine plant, in different experimental models. Journal of ethnopharmacology, 2010, pag334-339. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S037887411000320X?via%3Dihub>.

19. DO CARMO G.M., et al., Effect of the treatment with Achyrocline satureioides (free and nanocapsules essential oil) and diminazene aceturate on hematological and biochemical parameters in rats infected by Trypanosoma evansi. Experimental. Parasitology. 149 (2014), pp. 39-46. <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0014489414002756?via%3Dihub>.

20. RITTER C. S. Achyrocline satureioides essential oil-loaded in nanocapsules reduces cytotoxic damage in liver of rats infected by Trypanosoma evansi. Microbial Pathogenesis, Volume 103, 2017, Pags. 149-154, 148. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0882401016308397?via%3Dihub>.

21. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira Primeiro suplemento. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: ANVISA, 2018. Página 22.

Tags: Anti-inflamatórioAntiespasmódicoCarminativaCefaléiaColagogoCólicaCongestãoDigestivoEmenagogoEméticaEupépticaInsônia

MARACUJÁ

14/02/2020 22:55

Passiflora alata  Curtis.

Passifloraceae


SinonímiasPassiflora alata var. latifolia (DC.) Mast., Passiflora latifolia DC., Passiflora phoenicia Lindl.

Nomes populares: Maracujá, maracujá-doce.

Referências: 

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2002.

http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=28616&secao=Agrotemas- Acesso 08 Julho 2016.

http://www.tropicos.org/Name/24200180.

MÃO-DE-DEUS

14/02/2020 22:53

Tithonia diversifolia   (Hemsl.) A. Gray.

Asteraceae (Compositae)


SinonímiasMirasolia diversifolia Hemsl., Urbanisol tagetiflora var. diversifolius (Hemsl.) Kuntze.

Nomes populares: Mão-de-deus, margaridão-amarelo, girassol-mexicano, boldo-japonês, titônia , flor do Amazonas.

Origem ou Habitat: Colômbia.

Características botânicas: Arbusto perene, semi-herbáceo, vigoroso, ereto, ramificado, até 3 m de altura. As folhas são inteiras ou com vários recortes, grandes, de até 35 cm de comprimento, ovalado-orbiculares e pubescentes. Inflorescências terminais ou laterais com grandes flores amarelas, vistosas em capítulos grandes. Ocorre da América Central até as Índias Ocidentais, tendo sido naturalizada nos Trópicos, onde é muito cultivada devido a beleza de suas flores e por seu tamanho. Propaga-se por brotação de ramos, sementes e estacas.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Utilizada no tratamento de distúrbios gástricos e hepáticos e como anti-inflamatória. Usado para atenuar a síndrome de abstinência a drogas psicotrópicas em dependentes químicos, como álcool e tabaco e outras.

Composição química: Schuster et al. (1992) afirma que nove novos sesquiterpenos lactones foram isolados: oito germacranolideos e um eudesmanolideo elucidadas por método de espectroscópio.

Bordoloi et al. (1996) diz que um novo ácido artemísico foi isolado do caule e da raiz de Tithonia diversifolia.

Segundo Kuo et al. (1997) foi determinado, por método de espectroscópio, Diversifolo [4-alpha-hidroxi-4-beta-dimethil–7-beta (metil 1E-propenoate)-trans– decaninel] e um eudesname sesquiterpeno isolado de folhas de Tithonia diversifolia.

Pereira et al. (1997) identifica em Tithonia diversifolia dois novos heliangolideos em adição ao heliangolideo tagitinin F e 1,2-epoxitagitinin C, um conhecido guaianolideo e o flavone hispidulim.

Segundo Kuo et al. (1998) dois novos compostos, um germacrane sesquiterpeno, 1 acetiltagitinin A, e um guaianane sesquiterpeno, 8 beta- isobutiriloxicumambranolide, foram isolados de folhas de Tithonia diversifolia juntamente com dois compostos conhecidos metil 3 alpha-acetoxi-4alpha-hidroxi- 11(13)-eudesmem-12-oate e tagitinin A.

Kuo et al., (1999) identificou diversifolide (4, 15-dinor-3-hidroxi-1(5)- xanthen-12, 8-olide), um recente dinorxanthane sesquiterpeno e um novo chromone, 6-acetil–7–hidroxi-2,3-dimethilchromone, juntamente com quatro compostos conhecidos: 2-deacetil–11 beta, 13 – dihidroxixanthinin, 2-acetil-2,2 dimethilchromene, 6-acetil-7-hidroxi-2,2-dimethilcromene e 6-acetil-7-methoxi- 2,2 dimethilcromene foram isolados da raiz de Tithonia diversifolia.

Ações farmacológicas: O extrato de folhas de Tithonia diversifolia apresentou atividade anti-edematogênica, analgésica e anti-inflamatória induzida por carragenina em camundongos, corroborando um de seus usos populares. O componente tagitinin C mostrou-se eficaz contra o Plasmodium falciparum, causador da malária, em um estudo in vitro. O extrato de lavagem glandular das folhas apresentou um potente efeito contra a Leishmania major, causadora de leishmaniose, devido a seus constituintes principais, as lactonas sesquiterpênicas.

Interações medicamentosas: Não há estudos.

Contra-indicações: Evitar o uso em grávidas e nutrizes.

Posologia e modo de uso: Pó: recomenda-se secar as folhas e triturá-las até se obter um pó, que deve ser peneirado e guardado em vidros ao abrigo da luz; colocar uma pequena pitada deste pó na ponta da língua nos momentos de maior vontade de usar as drogas das quais querem se livrar , até seis vezes ao dia.

Observações: O uso interno seguro desta espécie necessita mais estudos quanto a toxicidade.

Referências: 

AMBROSIO, S. R. et al. Atividade leishmanicida de lactonas sesquiterpênicas de Tithonia diversifolia (Asteraceae). In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 30ª, 2007, Águas de Lindóia. Resumos. Águas de Lindóia: [s.i.], 2007. p. 263.

GOFFIN, E. et al. In Vitro Antiplasmodial Activity of Tithonia diversifolia and Identification of its Main Active Constituent: Tagitinin C. Planta Med. v. 68, n. 6, p. 543-545, 2002.

LUSTOSA, C.P. F. Aplicação do Extrato e dos Resíduos das Folhas de Tithonia diversifolia como Adubo Orgânico e Agente Anti-edematogênico em Edema de Pata Induzido por Carragenina e Veneno de Serpente Bothrops jararaca. São José dos Campos, SP: Universidade do Vale do Paraíba, 2005.

OWOYELE, V. B. et al. Studies on the anti-inflammatory and analgesic properties of Tithonia diversifolia leaf extract. Journal of Ethnopharmacology, [S.I.], v. 90, n. 2-3, p. 317-321, February 2004.

SILVA JÚNIOR, A. A. Plantas Medicianais. Florianópolis: Epagri (PROMED – Projeto Plantas Medicinais), 1994. CD ROM.

ATIVIDADE ANTIFÚNGICA E TOXICIDADE DAS INFLORESCÊNCIAS DE FLOR-DO-AMAZONAS (TITHONIA DIVERSIFOLIA) ANTIFUNGICAL ACTIVITY AND POTENTIAL TOXICITY OF INFLORESCENCES OF FLOWER OF AMAZON (TITHONIA DIVERSIFOLIA) Márcia N. M. Castro 1 ; Maria E. da S. Barros 1 ; Rosana G. Rodrigues-Das-Dôres 1 ; Ricardo Stefani 2 1. Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto-MG. Brasil. 35.400-000. 2. Universidade Federal do Mato Grosso. Barra do Garças-MT. Brasil. 78.60

Toxicity studies of Tithonia diversifolia A. Gray (Asteraceae) in rats. Elufioye TO, Alatise OI, Fakoya FA, Agbedahunsi JM, Houghton PJ. Source Faculty of Pharmacy, Department of Pharmacognosy, University of Ibadan, Ibadan, Nigeria.

Tags: AbstinênciaAnti-inflamatório

MANJERICÃO

14/02/2020 22:50

Ocimum americanum L.

Lamiaceae (Labiatae)


Sinônimos botânicos: Ocimum brachiatum Blume; Ocimum canum Sims; Ocimum dichotomum Hochst. ex Benth.; Ocimum dinteri Briq.; Ocimum fluminense Vell.; Ocimum fruticulosum Burch.; Ocimum hispidulum Schumach. & Thonn.; Ocimum incanescens Mart.; Ocimum stamineum Sims; Ocimum thymoides Baker;

Nomes populares: Alfavaca-cheirosa, , manjericão-de-molho, manjericão-da-folha-miúda.

Uso popular: A infusão preparada com as folhas é usada na medicina popular por suas propriedades carminativas, estimulante do apetite e antiespasmódica. O infuso é também indicado para tosses, catarros, coqueluche e em casos de rouquidão como chá adicionado à gemada (gema de ovo batida com açúcar). O uso externo da infusão é relatado para casos de frieira e também para banhos corporais. O chá é usado, na forma de gargarejo, em inflamações da garganta e aftas, bem como na preparação de compressas para feridas.

Observação de uso clínico em Florianópolis: O uso interno da infusão preparada com as folhas do manjericão tem boa resposta quando utilizada para aliviar tosses, tratar afecções de boca e como antiespasmódico para cólicas intestinais.

Informações científicas: 🐁AN: Estudo mostrou que em camundongos o óleo essencial possui potencial anti-inflamatório no alívio de quadros de artrite.  🦠🧫IV: Estudo in vitro demonstrou que o óleo essencial possui potencial atividade antimicrobiana contra S. mutans C. albicans e  contra Aedes aegypti.

Modo de usar: Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 6 folhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas. Uso externo: Tintura preparada com as folhas na proporção de 1:10 em álcool 70% e 1:5 em álcool 90%. Deixar armazenado em garrafa de vidro e em local escuro por no mínimo 15 dias e utilizar para uso tópico na forma de compressas com auxílio de um algodão ou pano limpo para alívio de dores reumáticas, artralgias e contusões. A tintura, na concentração de 10%, pode ser incorporada em pomadas utilizadas para cicatrização de feridas.

Cuidados no uso dessa espécie: Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas  o seu uso concomitantea outros medicamentos deve ser cauteloso. Deve ser evitado o uso interno na gestação, lactação e em crianças menores de 04 anos.

Composição química: 

  • Ácidos fenólicos: Ácido gálico, ácido protocatecuico e ácido rosmarínico.
  • Flavonóides: Quercetina, rutina, kaempferol, luteolina e apigenina.
  • Óleo essencial: Cânfora, geraniol, neral, eugenol, dentre outros.
  • Ácidos orgânicos: Ácido dimetoxi-acético, ácido oxálico e ácido malônico.
  • Ácidos alifáticos: Ácido butanodioico, ácido eicosanóico, ácido hexadecanóico.
  • Álcools alifáticos: Glicerol e hexadecenol
  • Triterpenos: Ácido Ursólico

Observações: Ver alfavaca (Ocimum basilicum) que também é chamada de manjericão.

Referências: 

Sarma; Babu, 2019; Vieira et al., 2014; Rady; Nazif, 2005; Padalia; Verma; Chauhan, 2016; Shanaida, 2017; Chowdhury et al., 2017; Verma et al., 2015;

PANDEY, Renu et al. A rapid and highly sensitive method for simultaneous determination of bioactive constituents in leaf extracts of six Ocimum species using ultra high performance liquid chromatography-hybrid linear ion trap triple quadrupole mass spectrometry. Analytical Methods, [s.l.], v. 8, n. 2, p.333-341, 2016.

FARAG, Mohamed A. et al. Anti-acetylcholinesterase activity of essential oils and their major constituents from four Ocimum species. Zeitschrift Für Naturforschung C, [s.l.], v. 71, n. 11-12, p.393-402, 1 nov. 2016.

MALVARIÇO

14/02/2020 22:48

Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.

Lamiaceae (Labiatae)


SinonímiasColeus amboinicus Lour., Plectranthus aromaticus Roxb., Coleus aromaticus Benth., Majana amboinica (Lour.) Kuntze.

Nomes populares: Malvariço, malvarisco, orégano-francês, hortelã-graúda, hortelã-da-folha-grossa, hortelã-da-bahia, malva-do-reino, malva-de-cheiro, hortelã-grande.

Origem ou Habitat: Originária da Ilha de Amboin na Nova Guiné e cultivada em todos os países tropicais e subtropicais.

Características botânicas: Plectranthus amboinicus é uma planta herbácea, perene, com folhas bastante aromáticas, semicarnosa e com flores azuladas ou róseas. Sua propagação pode ser feita por estacas produzidas a partir dos seus ramos e o seu cultivo pode ser realizado em local com bastante incidência de sol ou à meia sombra. Esta espécie diferencia-se das outras do gênero Plectranthus (P. barbatus e P. ornatus), conhecidas popularmente como “boldos”, por não ter o sabor amargo característico dessas duas outras plantas.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Planta muito utilizada como condimento alimentar e indicada na medicina popular em casos de tosse, rouquidão, bronquite, inflamação da boca, dores de garganta. É realizado também o uso tópico do infuso em afecções de pele. O sumo das folhas como medicação oral é utilizado para problemas ovarianos e uterinos e considerado antirreumático, antifúngico, anti-inflamatório, antitumoral e protetor da mucosa bucal. No Nordeste tradicionalmente é feito um lambedor com as folhas que é usado por crianças para aliviar sintomas de gripes, resfriados e tosses.

Observação do uso clínico em Florianópolis: A infusão preparada com as folhas do P. amboinicus tem bom resultado em sintomas decorrentes de gripes, resfriados, tosses e infecções respiratórias.

Informações científicas: 🐁 (AN): Estudo in vivo demonstrou para o extrato aquoso das folhas as atividades analgésica e anti-inflamatória.  🧫 (IV): O óleo essencial apresentou atividade antibacteriana in vitro contra Klebsiela pneumoniae e Staphylococcus aureus , bem como mostrou alguma interferência sobre a efetividade anti-Candida de alguns antifúngicos.

Modo de usar

Uso interno: A infusão é preparada com uma a quatro folhas frescas para uma xícara de água (200mL), até 3x ao dia.

Lambedor: Preparar uma calda de açúcar em ponto de bala e no final mergulhe até 5 folhas da planta. Após resfriar, utilizar para sintomas decorrentes de problemas respiratórios.

Cuidados no uso desta espécie: Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas desta espécie, o seu uso concomitante com outros medicamentos deve ser cauteloso (ver no seção “interações medicamentosas”). Evitar o uso interno em gestantes, lactantes e crianças menores de 2 anos No lambedor, em crianças menores de 12 anos, usar no máximo 6 folhas por dia.

Composição química: Cânfora, carvacrol e timol (óleo volátil), limoneno, glicosídeos (beta-sisterol, beta-D, glicosídeo), tanino, oxalato de cálcio, flavonóides (flavonas salvigenina, 6-metoxigenkwanina, quercetina, crisaeriol, lutedeína, apigenina, erioductol e flavonol)e mucilagem.

Ações farmacológicas: Antimicrobiano local, anti-reumático, antiinflamatório, antitumoral, demulcente, balsämico e protetor da mucosa bucal.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Há poucos estudos de avaliação de sua segurança. Apesar de apresentar atividade anti-fúngica sinérgica com alguns anti-fúngicos demonstrado em um estudo, a planta apresentou também atividade antagônica com outros anti-microbianos. Recomenda-se, portanto, precaução na administração da planta conjuntamente com esses medicamentos, podendo interferir nos efeitos terapêuticos desejados.

Posologia e modo de uso: Infusão: picar 2-3 folhas numa xícara e verter água quente. Abafar por 10 min. Coar e tomar 1 xícara 2-3 vezes ao dia.

Xarope: Tomar 1-2 colheres de sopa 3x ao dia.

Balas ou pirulitos: apurar o xarope de maneira convencional.

Lambedor: as folhas inteiras depois de lavadas podem ser sugadas lentamente, uma a uma, com açúcar ou mel, até seis folhas por dia.

Referências: 

CHANG, J. M. et al. Potential Use of Plectranthus amboinicus in the Treatment of Rheumatoid Arthritis. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, [S.I.], v. 7, n. 1, p. 115–120, 2010.

DRESCHER, L.(coord.). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra-ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 78.

GURGEL, A. P. A. D. et al. In vivo study of the anti-inflammatory and antitumor activities of leaves from Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng (Lamiaceae). Journal of Ethnopharmacology, [S.I], v. 125, n. 2, p. 361-363, 7 September 2009.

LORENZI, H; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 259-260

MATOS, F. J. A. O Formulário Fitoterápico do Professor Dias da Rocha. 2. ed. Fortaleza: UFC Edições, 1997. p. 160.

OLIVEIRA, R. A. G. et al. Interferência do óleo essencial de Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng sobre a atividade anti-Candida de alguns antifúngicos utilizados clinicamente. Rev. Bras. Farmacogn., João Pessoa, v. 17, n. 2, Apr./June 2007.

Tags: AnalgésicoAntiespasmódicoBronquiteCatárticoEmenagogoTosse

MALVA-DE-DENTE

14/02/2020 22:44

Malva parviflora  L.

Malvaceae


Nomes populares: Malva-de-dente, malva, small-flowered mallow (Ingles, Canada), little mallow (Ingles, Estados Unidos).

Origem ou Habitat: Europa, Ásia e África.

Características botânicas: Herbácea anual, medindo entre 0,5 – 1,0 m de altura, glabra ou pubescente. Folhas com 2,5 – 6 cm de comprimento, 3 – 7,5 cm de largura, alternas, 5 – 7 lobadas, margens crenadas longamente pecioladas. Inflorescência fasciculada na axila das folhas, 3 – 6 flores. Flores rosadas pediceladas, cerca de 0,6 cm de comprimento, hermafroditas, 5 pétalas estreitas na base e bilobadas no ápice, estames numerosos soldados pelos filetes, ovário súpero 10 estigmas.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Muito empregada em inflamações das gengivas (periodontias), em inflamações do aparelho genital feminino, dos rins e intestino, tem bom efeito sobre hemorróidas e cistites, tem ação laxante, a mucilagem possui atividade anti-inflamatória e protetora das mucosas digestiva, respiratória e cutânea, tem bom efeito em gripes, faringites , enfisema e asma, possui ação expectorante, auxilia o tratamento de gastrites e úlceras gástricas, é ótimo para furúnculos, como cicatrizante de feridas e picadas de insetos. Externamente, em inflamações e corrimentos vaginais. Tanto os árabes como os romanos usavam as folhas de malva na alimentação.

Composição química: Mucilagem.

Informações científicas: 👥 (HU): Estudo mostrou que o extrato aquoso das flores de malva apresenta potencial para o tratamento da constipação (Elsagh et al., 2015), e efeito protetor urinário em pacientes com câncer de próstata submetidos à radioterapia (Mofid et al., 2015). 🐁 (AN): Estudo demonstrou potencial hipolipemiante e hipoglicemiante para ácidos graxos extraídos das partes aéreas da M.parviflora (Gutiérrez, 2016). 🧪(VI): As evidências encontradas são acerca do potencial antibacteriano de frações extraídas das raízes da espécie contra bactérias Grampositivas (B.subtilis, S. aureus) e Gram-negativas (E. coli) (Shale; Stirk; Van Staden, 2005; Tadeg, 2005).

Observação do uso clínico em Florianópolis: O uso da infusão preparada com as folhas da M. parviflora tem boa resposta para casos de infecções de boca (gengivites e aftas), vulvo vaginites e dermatoses.

Cuidado no uso desta espécie: Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas o uso concomitante desta espécie vegetal com outros medicamentos deve ser cauteloso. Deve-se evitar o uso interno na gestação e lactação e em crianças menores de 02 anos.

Posologia e modo de uso: 

🍵Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 6 folhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas.

Uso externo: Utilizar a infusão preparada com as folhas secas e frescas para uso tópico na forma de bochechos e gargarejos para gengivites, aftas e na forma de banho de assento em casos de vulvo vaginites

Observações: As espécies de Malva podem ser parasitadas pelo fungo Puccinia malvacearun, tornando-se manchadas, cheias de pústulas pardas e, portanto, inadequadas ao uso (BISSET, 1994). Uma usuário referiu o fato de sentir “dor nos ossos” quando usa mais de três dias seguidos.

Referências: 

1. VEIGA LOPES, A.M. Vinte e quatro plantas usadas na medicina popular do Rio Grande do Sul, apostila, 2002.

2. Avaliação da actividade hipoglicemiante das folhas de Malva parviflora em ratos com diabetes induzida por estreptozotocina. Perez Gutierrez RM . Fonte Laboratorio de Investigación de Productos Naturales, Escuela Superior de Ingeniería Química e Industrias Extractivas IPN, Av. Instituto Politecnico S / N, Col Zacatenco, CP 07758, México DF. rmpg@prodigy.net.mx

3. http://www.tropicos.org/Name/19600174.

4. ELSAGH, M., et al., Efficacy of the Malva sylvestris L. flowers aqueous extract for functional constipation: A placebo-controlled trial.”. Complementary therapies in clinical practice 21.2 (2015): 105-111. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1744388115000122?via%3Dihub

5. MOFID, B., et al., Preventive effect of Malva on urinary toxicity after radiation therapy in prostate cancer patients: A multicentric double-blind randomizedclinical trial.” Electronic physician 7.5 (2015): 1220. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4590556/

6. GUTIÉRREZ,R.M.P.,Hypolipidemic andhypoglycemic activities of a oleanolic acid derivative from Malva parviflora on streptozotocin-induced diabetic mice. Archives Of Pharmacal Research, [s.l.], v. 40, n. 5, p.550-562, 10 dez. 2016. SpringerNature. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s12272-016-0873-y

7. TADEG, H et al. Antimicrobial activities of some selected traditional Ethiopian medicinal plants used in the treatment of skin disorders. Journal Of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 100, n. 1-2, p.168-175, ago. 2005. Elsevier BV. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0378874105002084?via%3Dihub

8. SHALE, T.l.; STIRK, W.a.; VAN STADEN, J. Variation in antibacterial and anti-inflammatory activity of different growth forms of Malva parviflora and evidence for synergism of the anti-inflammatory compounds. Journal of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 96, n. 1-2, p.325-330, jan. 2005. Elsevier BV. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0378874104004726?via%3Dihub

Tags: Anti-inflamatórioCicatrizanteCistiteExpectoranteGastriteGripeHemorróidaLaxante

MALVA-CHEIROSA

13/02/2020 21:50

Pelargonium graveolens   L’Hér.

Geraniaceae


SinonímiasPelargonium intermedium Kunth.

Nomes populares: Malva-cheirosa, malva, pelargônio, malva-rosa, rose geranium (Ingles, Estados Unidos), sweet-scented geranium (Ingles, Estados Unidos).

Origem ou Habitat: É originária do Sul da África e introduzida em outras regiões.

Características botânicas: Planta aromática, perene, lenhosa, medindo até 1 m de altura. Folhas largamente pecioladas, pilosas, com 5-7 lóbulos, arredondadas ou cordado-ovadas com bordas dentadas. Flores de 2,5 cm de diâmetro, rosadas, sem aroma, sésseis e pedunculadas. Pelargonium deriva da palavra grega que significa bico de cegonha (pelargos) e se refere a forma do fruto desta planta. Multiplica-se por estaquia ou por sementes.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Apesar de não ser da família das Malvas (Malvaceae), esta planta é usada pelas comunidades da Ilha com fins medicinais parecidos. Utilizada como expectorante e para afecções das vias respiratórias.

Em Cuba, a infusão das folhas é usada para enfermidades do ventre, nos resfriados e como carminativo.

Composição química: Os principais componentes do seu óleo essencial são citronelol (33.6%), geraniol (26.8%), linalol (10.5%), forminato de citronela (9.7%) e p-mentona (6%) (Rana, et al., 2002). Possui também tiglato de geranil e isometona (Stuart, 1981).

Óleo essencial: Linalool, β-Citronellol, Geraniol, Isomentona, dentre outros.

Flavonoides: Mirisetina – 3‐O‐glicosídeo‐ramnosideo, quercetina- 3‐O‐pentosideo‐glicosideo, canferol -3,7‐di‐O‐glicosideo, dentre outros.

Ações farmacológicas: Diversos estudos tem demonstrado atividade antimicrobiana e antifúngica do óleo essencial da Pelargonium graveolens. In vitro, o geraniol demontrou atividade antifúngica contra Aspergillus niger e A. flavus, com atividade sinérgica com cetoconazol e anfotericina B. Os compostos geraniol e beta-citronelol demonstraram atividade contra ácaros. Possui efeito antimicrobiano sinérgico com ciprofloxacino contra uropatógenos, como Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis.

Posologia e modo de uso: fazer a infusão com uma colher de sobremesa em uma xícara de água 3 vezes , por 1 semana.

Observações: Na África, emprega-se as raízes de certas espécies de Pelargonium para diarréias. As raízes de Pelargonium sidoides DC. são empregadas para afecções respiratórias.

Referências: 

BOUKHRIS, Maher et al. Chemical Composition and Biological Activities of Polar Extracts and Essential Oil of Rose-scented Geranium,Pelargonium graveolens. Phytotherapy Research, [s.l.], v. 27, n. 8, p.1206-1213, 2 out. 2012.

JEON, J.H.et al Mite-control activities of active constituents isolated from Pelargonium graveolens against house dust mites. J Microbiol Biotechnol, v.18, n.10, p. 71-1666, Oct., 2008.

JUÁREZ, Z.n. et al. Protective antifungal activity of essential oils extracted fromBuddleja perfoliataandPelargonium graveolensagainst fungi isolated from stored grains. Journal Of Applied Microbiology, [s.l.], v. 120, n. 5, p.1264-1270, 4 abr. 2016.

MALIK, T.et al. Potentiation of Antimicrobial Activity of Ciprofloxacin by Pelargonium graveolens Essential Oil against Selected Uropathogens. Phytotherapy Research. 25 May., 2011.

RANA, V. S., JUYAL, J. P., BLAZQUEZ, M. A. Chemical constituents of essential oil of Pelargonium graveolens leaves. International Journal of Aromatherapy, v.12, n.4, 2002.

ROYG Y MESA, J. T. Plantas Medicinales Aromaticas o Venenosas de Cuba. Havana, Cuba: Cultural S.A., 1945. p. 330.

SHIN, S. Anti-Aspergillus activities of plant essential oils and their combination effects with ketoconazole or amphotericin B. Archives of Pharmacal Research, v. 26, n. 5, p. 389-393.

STUART, M. Enciclopedia de Hierbas y Herboristería.Barcelona: Ediciones Omega S.A., 1981. p. 235.

referência Pelargonium sidoides DC.

www.tropicos.org – Acessado em: 01 de junho de 2011.

Tags: Expectorante