SETE-SANGRIAS

22/02/2020 17:03

Cuphea carthagenensis   (Jacq.) J.F.Macbr

Lythraceae 


SinonímiasBalsamona pinto Vand., Cuphea balsamona Cham. & Schltdl., Lythrum carthagenense Jacq., Cuphea pinto Koehne.

Nomes populares: Sete-sangrias, erva-de-sangue, pé-de-pinto, guanxuma-vermelha.

Origem ou Habitat: É nativa de toda a América do Sul e ocorre como planta ruderal de crescimento espontâneo em pastagens e terrenos baldios de todo o Brasil, sendo considerada indesejada pelos agropecuaristas.

Características botânicas: Cuphea carthagenensis é uma erva ereta, com até 0,6 m de altura, muito ramificada, setosa-pubescente, caule avermelhado, às vezes base lenhosa. Folhas 0,9-3,5 c, de comprimento e 0,4-1,6cm de largura, simples, opostas, elípticas a lanceoladas, ásperas, pecioladas, pubescentes. Flores com 2 bracteolas, dispostas nas axilas das folhas, cerca de 0,5 cm de comprimento, cálice gamossépalo, internamente piloso, pétalas violáceas ou rosadas, obovadas, presas no ápice do cálice, estames inclusos, inseridos mais ou menos na metade do cálice, ovário súpero. Semente alada.

Uso popular: Segundo as comunidades da Ilha de Santa Catarina as partes aéreas C. carthagenensis são empregadas na forma de decocto, internamente como depurativo do sangue, para ativação da circulação, em distúrbios do coração, para diminuir a taxa de colesterol e para diabetes.Outra espécie de sete-sangrias , a C. calophylla Cham.& schltdl. é utilizada nestas comunidades com as mesmas indicações.

Segundo a literatura as plantas do gênero Cuphea são consideradas na medicina popular como laxativas e anti-inflamatórias (SOEZIMA et al., 1992); febrífugas (HOEHNE, 1939; GONZÁLEZ et al., 1994); depurativas (HOEHNE, 1939; GRENAND et al., 1987). Na Guatemala, o decocto de Cuphea carthagenensis é utilizado no tratamento da gonorréia e no Brasil é usado como antimalárico. No México, o extrato aquoso das folhas frescas de Cuphea calophylla é utilizado como hipotensor e diurético. Cuphea glutinosa é considerada emenagoga e o decocto de Cuphea strigulosa é usado no Peru como antidiarréico e estomáquico (GONZÁLEZ et al., 1994), em irritação das vias respiratórias e insônia como indicação popular , e uso comprovado na prevenção de doenças cardiovasculares, diminuição do colesterol e e antioxidante (MARONI 2006 plantas botucatu);em doses mais concentradas o infuso é usado externamente para psoríase e outras dermatoses (FRANCO 2004 med. Dos simples).

Composição química: Estudos demonstraram que as partes aéreas de Cuphea carthagenensis contêm os ácidos graxos, ácido láurico e ácido mirístico, β-sitosterol, estigmasterol, β-amirina, ácidos betulínico e ursólico, além da nova substância cartagenol (GONZÁLEZ et al., 1994).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: A literatura consultada não informa sobre efeitos adversos nas doses recomendadas. Doses altas podem causar diarréia (Terra ,água e chá 1995);não é indicado o uso em crianças ( LORENZI 2008 ) Uma pessoa que usou a Cuphea carthaginensis referiu ter tido reação alérgica (coceira pelo corpo, picaçada) e que, após três tentativas de uso com a mesma reação , atribuiu o fato ao uso da planta.(informação coletada por Simionato,C.).

Contra-indicações: Estudos em ratos não mostraram alterações na gestação, não significando que possa ser usada em humanos sem mais pesquisas. Também não é indicado seu uso em crianças.

Posologia e modo de uso: Infuso –uma colher de sobremesa da parte aérea em 1 xícara de água ,tomar até 3 xícaras ao dia

Xarope – preparar ao infuso 1 xícara média de açúcar, levar ao fogo até dissolver e tomar uma colher de sopa 3 vezes ao dia para tosse, respiração difícil e insônia (LORENZI 2008).

Observações: Várias espécies de Cuphea são denominadas popularmente “sete-sangrias”. Este nome foi dado pelo caboclo brasileiro por acreditar, ainda no tempo em que se usava fazer sangria nos doentes, que seu infuso valia por sete “sangrias”. O gênero Cuphea, com mais de 200 espécies, encontra-se distribuído em vários países, sendo no Brasil a sua maior representação (HOEHNE, 1939).

Existem no Brasil outras espécies deste gênero com características, propriedades e nomes populares semelhantes: Cuphea racemosa (L.f.)Spreng., Cuphea mesostemon Hoehne e Cuphea calophylla Cham&sch.

Referências: 

FRANCO, I. J.; FONTANA, V. L. Ervas e plantas: A medicina dos simples. 6.ed. Erechim: EDELBRA, 2001. 207 p.

HOEHNE, F. C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais. São Paulo: Departamento de Botânica do Estado, 1939. p. 206-209.

GONZÁLEZ, A. G.; VALENCIA, E.; BERMEJO BARRERA, J.; GRUPTA, M. P. Chemical components of Cuphea species. Carthagenol: a new triterpene from C. carthagenensis. Planta Med., [S.I.], v. 60, p. 592-593, 1994.

GRENAND, P.; MORETTI, C; JACQUEMIN, H. Pharmacopéas tradicionales en Guyane. Paris: Orstom, 1987

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

MARONI, B. C.; DI STASI, C.; MACHADO, S. R. Plantas medicinais do cerrado de Botucatu: guia ilustrado. São Paulo: UNESP, 2006. 194p.

SOEZIMA et al., 1992)

http://toptropicals.com/catalog/uid/cuphea_carthagenensis.htm – acesso em 09/06/2011

http://www.virboga.de/Cuphea_carthagenensis.htm – acesso em 09/06/2011

http://www.hear.org/starr/images/species/?q=cuphea+carthagenensis&o=plants&s=date

– acesso em 09/06/11

htpp://www.tropicos.org – acesso em 09 de junho de 2011.

Tags: Anti-inflamatórioDepurativoDiuréticoEmenagogoEstomáquicoFebrífugaHipotensorInsôniaLaxativas

PARACARI

17/02/2020 22:30

Marsypianthes chamaedrys  (Vahl) Kuntze.

Lamiaceae (antiga Labiatae)


SinonímiasClinopodium chamaedrys Vahl, Hyptis chamaedrys (Vahl) Willd., Hyptis pseudochamaedrys Poit., Marsypianthes arenosa Brandegee, Marsypianthes hyptoides Mart. ex Benth.

Nomes populares: Erva-do-paracari, paracari, paracaru, betônica-brava, hortelã-do-campo, erva-de-cobra, coração-de-frade, boia-caá, hortelã-do-Brasil.

Origem ou Habitat: Nativa do Continente Americano e encontrada em todo território brasileiro.

Características botânicas: Herbácea anual, aromática, de ramos prostrados ou decumbentes, pubescente, muito ramificada, medindo de 30 a 60 cm de altura. Folhas simples, membranáceas, pecioladas, revestida por pubescência branco-translúcida, de 2 – 4 cm de comprimento. Flores violetas, dispostas em capítulos longo-pedunculados axilares. Propaga-se por sementes.

Partes usadas: Folhas e raizes.

Uso popular: É considerada aromática, febrífuga, antiespasmódica e carminativa. Na forma de banhos quentes é empregada contra o reumatismo articular. A infusão das raizes é usada contra anemia e dor de cabeça. O suco da planta é utilizado para picadas de cobras, tanto interna como externamente e esfregado sobre a pele contra picadas de mosquitos e pernilongos.

Os indígenas da Amazônia ocidental, usam uma mistura de suas folhas com as de Lippia alba, em decocção, para o tratamento da diarréia.

Nas Guianas é usado a infusão de suas hastes e folhas como bebida digestiva, laxativa e para dores intestinais; já o seu decocto é usado contra dor de cabeça.

Composição química: Os primeiros estudos químicos desta planta revelaram a presença de esteróides (sitosterol e estigmasterol), triterpenos (incluindo os ácidos oleanóico, ursólico e tormêntico, germanicol, chamaedridiol, a-amirina e b-amirina) e o flavonóide rutina. Os principais constituintes do óleo essencial foram o b-burbuneno (17,98%), elemeno (11,93%) e g-cadineno (17,79%).

Em um trabalho científico apresentado em 2015, os constituintes do óleo essencial foram os seguintes: β-​Elemene, (E)​-​caryophyllene, α-​humulene, germacrene D, bicyclogermacrene, δ-​cadinene, spathulenol, caryophyllene oxide, and globulol.

Em artigo científico de 2001, os elementos encontrados foram: germacrene D (35.6​%)​, β-​caryophyllene (15.1​%) bicyclogermacrene (7.2​%) e α-​copaene (5.3​%)​, além de Bornyl acetate, α-​Pinene, Limonene, δ-​Cadinene, β-​Cedrene,Viridiflorol, Caryophyllene oxide, Sabinene, β-​Bourbonene, α-​Humulene, trans-​α-​Bergamotene, β-​Cubebene, entre outros.

Ações farmacológicas: Antiinflamatória, analgésica e moluscicida.

Posologia e modo de uso: Breve descrição da utilização da planta.

Observações: Os principais constituintes do óleo essencial foram o b-burbuneno, elemeno e g-cadineno. Não se tem informação da atividade contra veneno de cobra destas substâncias nem dos outros constituintes do óleo essencial.

Referências: 

DE ABREU MATOS, Francisco Jose; Machado, Maria Iracema Lacerda; Craveiro, Afranio Aragao; Alencar, Jose Wilson; de Sousa Meneses, Fabio -“Essential oil composition of Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze grown in northeast Brazil.” From Journal of Essential Oil Research (2001), 13(1), 45-46.

DE SOUSA MENEZES, FABIO; Da Silva, Celia Santos; Pereira, Nuno Alvares; De Abreu Matos, Francisco Jose; Borsatto, Angelo Saboia; Kaplan, Maria Auxiliadora Coelho – “Molluscicidal constituents of Marsypianthes chamaedrys.” From Phytotherapy Research (1999), 13(5), 433-435.

HASHIMOTO, M.Y. et all.”Chemotaxonomy of Marsypianthes Mart. ex Benth. based on essential oil variability.” From Journal of the Brazilian Chemical Society (2014), 25(8), 1504-1511. Acesso 7 OUT 2015.

LORENZI, H. & MATOS, J.F.A. “Plantas medicinais no Brasil: nativas e cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002.

SELENE MAIA DE MORAIS(PQ) e Valdir Alves Facundo(PQ) – “CONSTITUINTES QUÍMICOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE MARSYPIANTHES CHAMAEDRYS DA AMAZÔNIA” – /Departamento de Química e Física do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza – Ceará / Departamento de Ciências Exatas da Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho – Rondônia. Disponível em http://www.sbq.org.br/ranteriores/23/resumos/0765-1/index.html, Acesso 7 OUT 2015.

http://www.tropicos.org/Name/17601496?tab=synonyms – Acesso 7 OUT 2015.

Tags: Anti-espasmódicoAromáticaCarminativaCefaléiaDiarreiasFebrífugaLaxativasReumatismo

MALVA

13/02/2020 21:47

Malva sylvestris  L.

Malvaceae


Sinonímias: M. glabra Desrouss., M. hirsuta Vir., M. mauritiana L., M. obtusa Moench., M. sinensis Cav, M. vulgaris Ten.

Nomes populares: Malva selvagem, malva-maior.

Origem ou Habitat: Europa, oeste da Ásia e norte da África.

Características botânicas: A espécie M. sylvestris é glabra ou pilosa, com até 1 m de altura. Possui folhas alternas simples, 3 – 7 lobadas, de 6 – 12 cm de diâmetro, longo pecioladas, com poucos pelos, palminérvea, com margem irregularmente serrada.

Flores hermafroditas, diclamídeas, pentâmeras, lilás a violáceas reunidas em inflorescência axilares do tipo fascículo; cálice com 5 pétalas estreitas na base e bilobadas no ápice e linhas longitudinais escuras, muitos estames soldados pelos filetes, formando um tubo proeminente na flor, anteras lilases.

Partes usadas: Folhas, flores e frutos.

Uso popular: Suas folhas, flores e frutos são empregados na forma de infusão no tratamento de bronquite crônica, tosse, asma, enfisema pulmonar e coqueluche, bem como nos casos de colite e constipação intestinal. Em dose excessiva é laxativo. Externamente, na forma de banho localizado, é empregada contra afecções da pele, contusões, furúnculos, abscessos e picadas de insetos e, na forma de bochechos e gargarejos, contra inflamações e afecções da boca e garganta

Composição química: As folhas e flores contém mucilagem (10% e 20%), menores quantidades de caroteno, vitamina C e do complexo B. As sementes contém 18 a 25% de proteínas e 35% de gordura. As flores ainda possuem antocianinas (malvidin 3,5-diglicosídeo (malvidina), malvidin 3-glicosídeo e cyanidin 3-glicosídeo), cuja concentração usual em infusões é suficiente para a ação terapêutica em tratamentos da tosse. Também estão presentes pequena quantidade de taninos (ácido rosmarínico) e proantocianidinas.

Segundo estudos recentes, são considerados nutracêuticos e antioxidantes: flavonóides, fenóis, carotenóides, tocoferóis, ácidos graxos insaturados (ácido a- linolênico), e minerais. (BARROS, 2010).

Ações farmacológicas: A ação demulcente das mucilagens, bem como de outros polissacarídeos, está descrita na literatura e justificaria o emprego deste vegetal em inflamação gastrointestinal.

Foram realizados ensaios clínicos com 120 pacientes com diversas afecções do trato respiratório, principalmente bronquite crônica, classificados como excelentes ou bons, abrangeram 77% dos casos, validando o seu uso nestas indicações.

Posologia e modo de uso: As flores (uma colher de chá-em média 2g)e as folhas (uma colher de sobremesa– em média 5g) podem ser empregadas sob a forma de infuso em uma xícara de chá..

Observações: Esta espécie Malva sylvestris não é encontrada em hortas caseiras no Brasil.

A espécie encontrada nas hortas caseiras é a Malva parviflora, conhecida popularmente como malva-de-dente.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

BARROS, Lillian; Carvalho, Ana Maria; Ferreira, Isabel C. F. R. – ” Leaves, flowers, immature fruits and leafy flowered stems of Malva sylvestris: A comparative study of the nutraceutical potential and composition.” – From Food and Chemical Toxicology (2010), 48(6), 1466-1472. (Scifinder) Acesso 23 NOV 2015.

BISSET, N.G. (Ed.) Herbal Drugs and Phytopharmaceuticals. 4.ed. Stuttgart Medpharm, Boca Raton: CRC Press, 1994.

GILMAN. A.G.; GOODMAN, L.S.; GILMAN. A. (Eds.). As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1983, v.2.

WAGNER, H.; WIESENAUER, M. Phytotherapie: Phytopharmaka und pflanzliche Homöopathika. Stuttgart: Gustav Fischer, 1995.

WYK, Ben-Erik van & WINK Michael “MEDICINAL PLANTS OF THE WORLD”, Timber Press, Portland, Oregon/U.S.A. 2004.

Tags: Anti-inflamatórioAsmaBronquiteColiteContusõesLaxativasTosse

GERGELIM

09/02/2020 22:03

Sesamum indicum  L.

Pedaliaceae


SinonímiasSesamum orientale L.

Nomes populares: Gergelim, gergelim-branco, gergelim-preto.

Origem ou Habitat: Sua origem é controversa, alguns autores assinalam a Índia ou as Ilhas Samoa (Polinésia) enquanto outros apontam a África. É cultivado em todos os países tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil.

Os maiores produtores mundiais são: Índia, Mianmar, China e Etiópia.

Características botânicas: Herbácea ereta medindo de 1 a 2 metros de altura, levemente pubescente. Folhas opostas, lobadas ou partidas na parte inferior do caule e menores, alternas, oblongo-lanceoladas na parte superior. Flores solitárias e de coloração variável entre alvas a vermelhas. Fruto tipo cápsula loculicida, com 2 a 3 cm de comprimento e apresentando 4 fileiras de sementes pequenas que medem cerca de 2 mm.

Partes usadas: Sementes e folhas.

Uso popular: Usado na alimentação diária como restauradora geral e estimulante das defesas do organismo. A extração do seu óleo é utilizado tanto na medicina quanto na alimentação, além de ser substancialmente utilizado nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos. É amplamente utilizado na regulação de funções intestinais, devido suas propriedades laxativas suaves e no controle glicêmico, principalmente prevenção e controle de Diabetes Melittus.

Na culinária, o gergelim é utilizado ao natural, torrado ou como pasta e óleos, ou ainda, utilizado como ingrediente no preparo de iguarias regionais. Na medicina Ayurvédica e na Medicina Tradicional Chinesa, a semente é utilizada em terapias que buscam o aumento da energia vital, eliminação do cansaço, aumento da tonicidade e firmeza muscular, bem como a regularidade das funções intestinais e tratamentos específicos do sistema cardiovascular. Outros problemas de saúde como esgotamento nervoso e mental, estresse, perda de memória por trauma, depressão nervosa, irritabilidade e insônia também podem ser amenizados com o consumo de gergelim.

Composição química: Lignanas (sesamina e sesamolina), o b-sitosterol, o campesterol e até 98% de óleo, constituído principalmente de glicerídeos dos ácidos oléico e linolênico; proteínas; vitaminas; minerais e oligoelementos como cálcio, fósforo, ferro, magnésio, cobre, cromo; mucilagens.

Ações farmacológicas: As sementes de gergelim apresentam valores nutricionais importantes. São ricas em cálcio e potássio, e seu óleo tem alto índice de antioxidantes (sesamina e sesamolina), além de ácidos graxos mono e poliinsaturados (ômega 3 e ômega 6). O óleo insaturado do gergelim auxilia na redução do LDL, evitando obstruções em vasos e artérias. Também possui ação anti-inflamatória no organismo.

Interações medicamentosas: Não encontrados na literatura pesquisada.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não encontrados na literatura pesquisada.

Contra-indicações: Não encontrados na literatura pesquisada.

Observações: O gergelim-branco contém maior teor de lipídios, carboidratos, fibra alimentar solúvel e valor calórico, enquanto que o gergelim-preto possui maior teor de fibras alimentares insolúvel e total, além de ser o que mais apresenta potencial funcional de atividade antioxidante.

Referências: 

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2008.

Da Silva R.E. et al.(2011) “Capacidade antioxidante e composição química de grãos integrais de gergelim creme e preto.” http://www.scielo.br/pdf/pab/v46n7/a09v46n7.pdf – Acesso 24 de junho 2014.

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/16126 acesso 24 junho. 2014.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-70542013000600006&lang=pt acesso 26 junho 2014.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-204X2011000700009&lang=pt acesso 26 junho 2014.

http://revistas.unibh.br/index.php/dcet/article/view/260/146 acesso 26 junho 2014.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2008000100015&lang=pt acesso 26 junho 2014.

http://www.tropicos.org/Name/24300091 acesso 24 junho 2014.

Tags: CosméticoLaxativasTônico

FRUTO-DRAGÃO

20/01/2020 23:00

Cereus undatus  Haw.

Cactaceae 


Sinonímias: Hylocereus undatus (Haw.) Britton & Rose.

Nomes populares:  Fruto do dragão, pitaya, pitaia, pitajaja (Cuba), flor de cáliz (Colômbia), dragon fruit, Honolulu-queen, night-blooming cereus, queen-of-the-night (English, United States).

Origem ou Habitat: América Central (Nativa de florestas úmidas). É disseminada na América Latina e cultivada nos quatro continentes, e pode ser encontrada desde Israel até a China.

Características botânicas:  A pitaya mantém hábito escandente ou trepador, pode ser encontrada subindo em árvores ou rochas, no seu habitat natural, utilizando raízes aéreas para se fixar. Planta epífita, rupícula ou terrestre ramificada, com ramos trialados, com pouco mais de 20 cm em média de comprimento e 5 a 7 cm de diâmetro, com asas de 2,3 cm de altura, de cor verde, ou grisácea, com o envelhecer, devido à cera que a recobre, com bordos agudos, crenados e córneos. Nos talos, há aréolas, de 2 a 3 cm de diâmetro, distantes de 3 a 5 cm entre si, com espinhos de 3 a 6 cada uma, com 1 a 4 mm, subaladas com base dilatada em um bulbo. As flores são laterais, noturnas, com 20 a 35 cm de comprimento, brancas, completas, perfumadas ao abrir a noite, quando são polinizadas por insetos. Contêm numerosos estames, tendo sido contados acima de 800 em uma só flor, arranjados em duas fileiras, ao redor do pistilo formado por 14 a 28 estiletes de cor creme. As sépalas são de cor verde-clara. O pólen é abundante e de cor amarela. Os frutos são globosos ou alongados, com 10 a 12 centímetros de comprimento, e, quando maduros, a casca pode apresentar cores roxas, amarelas ou rosadas. A polpa tem sabor suave e muito agradável. A sua cor é branca ou rosada. É cultivada por sementes ou estaquia.

Partes usadas: Polpa dos frutos e sementes.

Uso popular:  A polpa do fruto é consumida ao natural e no preparo de refresco, sorvetes, saladas, aperitivos, iogurte, mousses, geléias e doces. A pitaia-amarela contém a captina, um tônico cardíaco e suas sementes têm efeito laxativo. A pitaia-roxa é usada para combater a anemia. Por ser muito aquosa, era consumida pelos astecas para prevenir a desidratação. Indicada no controle de gastrite e infecções dos rins. Serve também para preparo de xampu e tem efeito contra dor de cabeça.

Composição química:  As sementes da pitaia contém uma alta quantidade de óleos (18,33-28,37%). Os três principais ácidos graxos encontrados são os ácidos linoleico, oleico e palmítico. O total de tocopherol foi de 36,70 mg/100g. Contém compostos fitosteróis como colesterol, campesterol, stigmasterol, and β-sitosterol. Foram identificados sete ácidos fenólicos: gálico, vanílico, siríngico, protocatechuic, p-hidroxibenzoico, p-cumárico a cafeico. Estudos revelam que a semente da pitaia tem uma alta quantidade de lipídios funcionais e pode ser usada como uma nova fonte de óleo essencial. A maior parte dos carboidratos encontrados nas pitaias de polpa branca e vermelha foi glicose, frutose, alguns oligossacarídeos (com uma concentração total de 86,2 e 89,6 g/kg, respectivamente.).

  • Betacianínas: Betanidina 5- O – β -soporosídeo, betanina, isobetanina, filocactina, isofilotocina, hilocerenina, isohilocerenina, indicaxantina, dentre outros.
  • Flavonóides: Dihidroquercetina, dihidroempempol, canferol, quercetina, isoramnetina, dentre outros.
  • Ácidos fenólicos:  Ácido p- hidroxibenzóico, ácido protocatecuico, ácido vanílico, Undatusideos A – C, dentre outros.
  • Esteroides:  Campesterol, estigmasterol, Sitosterol, dentre outros.
  • Triterpenos:  α-amirina, β ‐ amirina, Ácido 3β, 16α, 23-trihidroxi-urs-12-en-28-oico, taraxast-20-en-3a-ol e taraxast ‐ 12,20 (30) ‐dien ‐ 3α ‐ ol, dentre outros
  •  Ácidos graxos e compostos alifáticos:  Ácido mirístico, ácido palmítico, ácido margarico, dentre outros.

Posologia e modo de uso: A Pitaia pode ser consumida fresca. A polpa fresca ou congelada pode ser usada para fazer sorvete iogurte, geléia, compotas, suco e doces. Os botões fechados da flor podem ser cozidos e comidos.

Observações: As pitaias são conhecidas na cultura Asteca a um longo tempo, este nome significa fruto de escamas.

As pitaias pertencem à família Cactaceae e as espécies comerciais são três: a de casca vermelha e polpa branca Hylocereus undatus (Haw) Briton & Rose; a de casca amarela e polpa branco translúcida e sementes maiores Selenicereus megalanthus (Schum ex. Vaupel) Moran e a de casca vermelha e polpa vermelha Hylocereus lemairei (Hook.) Britton & Rose.

 

Referências:
MARQUES, V.B. PROPAGAÇÃO SEMINÍFERA E VEGETATIVA DE PITAIA (Hylocereus undatus (Haw.) Britton & Rose). 2008. Dissertação. Universidade Federal de Lavras, MG.

Donadio, Luiz Carlos. Pitaya. Revista Brasileira Fruticultura vol.31 no.3 Jaboticabal Sept. 2009

Informações preliminares sobre uma espécie de pitaya do Cerrado / Keize Pereira Junqueira… [et al.]. – Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2002. 18p.— (Documentos / Embrapa Cerrados, ISSN 1517-5111; 62)

Hong Kwong, Chin Ping, Roselina, Abdul Azis and Jamilah. Chemical composition and DSC thermal properties of two species of Hylocereus cacti seed oil: Hylocereus undatus and Hylocereus polyrhizus. Food Chemistry, Volume 119, Issue 4, 15 April 2010, Pages 1326-1331

Wichienchot, M.Jaturpornpipat and R.A. Rastall. Oligosaccharides of pitaya (dragon fruit) flesh and their prebiotic properties. Food Chemistry, Volume 120, Issue 3, 1 June 2010, Pages 850-857

http://www.tropicos.org/Name/5101084 – acesso 02 Abril 2014.

Tags: AnemiaCefaléiaGastriteLaxativasTônico

ESPINHEIRA-SANTA

19/01/2020 23:21

Monteverdia ilicifolia (Mart. ex Reissek) Biral

Celastraceae 


Sinonímias: Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek; Maytenus castaneaeformis Reissek; Maytenus castaneiformis Reissek; Maytenus macrodonta Reissek; Maytenus muelleri Schw.; Maytenus officinalis Mabb.;

Nomes populares:  Espinheira-santa, cancerosa, cancorosa, espinho-de-deus, salva-vidas, sombra-de-touro, coromilho-do-campo, erva-cancerosa, erva santa (Brasil); quebrachillo, sombra-de-toro, concorosa, congorosa (Argentina, Uruguai, Rio da Prata).

Origem ou Habitat: O gênero Maytenus é pantropical, concentrando na América do Sul o maior número de espécies.

No Brasil, a espécie Maytenus ilicifolia é encontrada predominantemente na Região Sul, no entanto, ela pode ocorrer em outros Estados. As outras espécies do gênero Maytenus, como M. aquifolium e M. robusta, têm distribuição mais ampla. (Reis e Silva, 2004).

Características botânicas:  Maytenus ilicifolia Mart. é planta arbórea, arbustiva ou subarbustiva, podendo atingir 5 m de altura. Folhas simples, inteiras, alternas, coriáceas e brilhantes, com margem inteira ou mais comumente espinescente, estípulas inconspícuas. Inflorescências axilares, fasciculadas, cimosa. Flores pequenas, esverdeadas, diclamídeas, dialipétalas, hermafroditas; 5 estames livres, ovário bilocular com disco nectarífero; fruto cápsula bi-valvar de cor vermelha; semente coberta por arilo carnoso e branco.

Partes usadas: Folhas e raízes.

Uso popular:  Anticonceptivo, cicatrizante, vulnerário (curar feridas), anti-séptico, digestivo, antiespasmódico, contra hiperacidez e ulcerações do estômago, curar o vício da bebida e enfermidades do fígado, hidropisia devido ao abuso de álcool, diurético, antipirético, laxativo, anti-asmático, anti-tumoral e analgésico.

Informações científicas: 👥(HU): Apenas três estudos clínicos com pouca qualidade metodológica e baixo número amostral foram realizados até o momento. O primeiro foi realizado em sete voluntários sadios (fase I), durante 14 dias, não sendo observado nenhum evento adverso que pudesse ser associado ao uso da planta (Carlini, 1988). O segundo foi realizado em pacientes portadores de dispepsia alta ou úlcera péptica (10 pacientes no grupo tratado e 10 do grupo placebo), sendo que as cicatrizações aconteceram nos dois grupos, com grande perda de seguimento, sem diferença estatística. Apenas houve melhora na sintomatologia, que é um desfecho subjetivo (Geocze et al., 1988). O último estudo, também datado dos anos 1990, não verificou atividade do extrato sobre Helicobacter pylori, quando testado em 10 pacientes (Coelho et al., 1994).

Observações do uso clínico em Florianópolis: A infusão preparada com as folhas da M. ilicifolia tem boa resposta quando utilizada em afecções de boca (gengivite, afta e após procedimentos odontológicos). Esta espécie também pode ser associada à erva-santa (Aloysia gratissima) em distúrbios estomacais, azia e gastrite.

Cuidados para o uso desta espécie: Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas desta espécie, o seu uso concomitante a outros medicamentos deve ser cauteloso. Deve ser evitado o seu uso interno em gestantes, lactantes e em crianças menores de 4 anos. Embora os estudos referentes à espécie Maytenus ilicifolia indiquem que a mesma possa ser usada com segurança nas doses preconizadas, o mesmo não se pode afirmar em relação à Zollernia ilicifolia, já que, apesar de possuir efeitos antiulcerogênico e analgésico, apresenta glicosídios cianogênicos. Quanto à Sorocea bonplandii, que também possui efeitos antiúlcera e analgésico, apresenta mais segurança em seu uso, já que não demonstrou ser tóxica.

Posologia e modo de uso:

🍵 Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 6 folhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas.

Uso externo: emprega-se a infusão em forma de compressas, banhos, bochechos e gargarejos. M. ilicifolia pode ser associada com a espécie Erva Santa (Aloysia gratissima) para tratamento de úlceras gástricas com o uso interno da infusão preparada 1 xícara de água fervente com até 4 folhas frescas de cada planta até 3 vezes ao dia por no máximo 15 dias.

Observações: A espécie Maytenus ilicifolia é facilmente confundida com outras espécies que também apresentam folhas com margem espinescente. Exemplos são as espécies Monteverdia ilicifolia (Mart. ex Reissek) Biral e Monteverdia aquifolia (Mart.) Biral da família Celastraceae, Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vogel da família Fabaceae, Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al. da família Moraceae, Berberis fortunei Lindl. da família Berberidaceae e Jodina rhombifolia (Hook. & Arn.) Reissek da família Santalaceae.

Composição química: Alcalóides: maitansina, maitanprina, maitanbutina e cafeína; terpenos: maitenina, tingenona, isotenginona III, congorosina A e B, pristimerina, celastrol, ácido maitenóico, friedelina friedelan-3-ol, maitenoquinona, β e δ-amirina, fitoesteróis (campesterol, ergosterol, β-sitosterol; outros: pristimerina e isopristimerina III (macrolídeos presentes na raiz); flavonóides (derivados da quercetina e kaempferol), leucoantocianidinas, ilicifolinosídeos A, B e C; ácido clorogênico; taninos hidrolizáveis (ac. tânico); traços de minerais e oligoelementos (ferro, enxofre, sódio e cálcio) e óleo fixo nas sementes. (Alonso, 2004).

  • Triterpenóides quinone-metilóides: Maltenin, 22β-hidroximathenin, celastrol, pristimerina, tingenona, isotenginone ii, cangorosinas A e B, ácido maitenoico.
  • Alcalóides Piridínicos Sesquiterpênicos: Ilicifoliunina A, ilicifoliunina B, aquifoliunina EI e maiteina.
  • Taninos condensados: Proanthocyanidins: Epicatechin, epicatechin gallate, procyanidin B2.
  • Triterpenos: Friedelina, friedelan-3-ona, friedelanol, cangorosin A e B, maitefolinas A, B e C, Uvaol-3-cafeato e eritrodiol.
  • Glicolipídeos: Monogalactosildiacilglicerol, digalactosildiacilglicerol, trigalactosildiacilglicerol, tetragalactosildiacilglicerol, sulfoquinovosildiacilglicerol.
  • Flavonóides: Mauritianina, trifolina , hiperina, epicatequina, catequina, canferol, quercetina, galactitol, mono- di- tri- e tetra-glicosídeos de quercetina, rutina, quercitrina e hiperosídeo, dentre outros.

 

Referências
1. ALONSO, J. Tratado de Fitofarmacêuticos e Nutracêuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p.370-373

2. DUKE, J.A. Plantas medicinais da América Latina. Boca Raton, EUA: CRC Press, 2008.

3. COSTA, M. A. et al. Plantas e saúde: guia introdutório a fitoterapia. Brasília: Secretaria de Saúde do Distrito Federal, 1992. p. 5-63.

4. CONDE-HERNÁNDEZ, Lilia A.; ESPINOSA-VICTORIA, José R.; GUERRERO-COPPEDE, Juliana S. et al. Culturas celulares de Maytenus ilicifolia Mart. são fontes mais ricas de triterpenóides de quinone-methide do que raízes vegetais in natura. Célula vegetal, tecido e cultura de órgãos (pctoc), [s.l.], v. 118, n. 1, p.33-43, 23 mar. 2014.

5. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

6. LUTZENBERGER, L. C. Revisão da nomenclatura e observações sobre as Angiospermas citadas na obra de Manuel Cypriano D’Ávila: “Da flora medicinal do Rio Grande do Sul”. 1985. 223 f. Dissertação. (Bacharelado em Botânica). Curso de Ciências Biológicas/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1985.

7. MENTZ, L. A., LUTZEMBERGER, L. C., SCHENKEL, E. P. Da flora medicinal do Rio Grande do Sul: notas sobre a obra de DÁvila (1910). Caderno de Farmácia, v. 13, n. 1, p. 25-48, 1997.

8. PAZ, E. A.; BASSAGODA, M.; FERREIRA, F. Yuyos: uso racional de las plantas medicinales. Montevideo, Uruguay: Fin de Siglo, 1992.

9. REIS, M. S.; SILVA, S. R. Conservação e uso sustentável de plantas medicinais e aromáticas: Maytenus spp., espinheira-santa. Brasília: IBAMA, 2004. 204 p.

10. SANTOS-OLIVEIRA, Ralph; COULAUD-CUNHA, Simone; COLAÇO, Waldeciro. Revisão da Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, Celastraceae. Contribuição ao estudo das propriedades farmacológicas. Revista Brasileira de Farmacognosia, [s.l.], v. 19, n. 2, p.650-659, jun. 2009.

11. SANTOS, Vânia A. F. F. M. et al. Antiprotozoal Sesquiterpene Pyridine Alkaloids from Maytenus ilicifolia. Journal Of Natural Products, [s.l.], v. 75, n. 5, p.991-995, 4 maio 2012.

12. SIMÕES, C. M. O. et al. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986. p. 174. RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180 f.. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1989.

13. SOUZA, Lauro M. de et al. HPLC/ESI-MS and NMR analysis of flavonoids and tannins in bioactive extract from leaves of Maytenus ilicifolia. Journal Of Pharmaceutical And Biomedical Analysis, [s.l.], v. 47, n. 1, p.59-67, maio 2008.

14. MARIOT, M.P. ; BARBIERI, R.L.Metabólitos secundários e propriedades medicinais da espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. e M. aquifolium Mart.)Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.9, n.3, p.89-99, 2007.

15. LEITE, João Paulo V. et al. Constituents from Maytenus ilicifolia leaves and bioguided fractionation for gastroprotective activity. Journal Of The Brazilian Chemical Society, [s.l.], v. 21, n. 2, p.248-254, 2010.

16. MOSSI, Altemir José et al. Variabilidade química de compostos orgânicos voláteis e semivoláteis de populações nativas de Maytenus ilicifolia. Química Nova, [s.l.], v. 33, n. 5, p.1067-1070, 2010.

17. CARLINI, E. A.; FROCHTENGARTEN, M. L., Toxicologia clínica (Fase I) da espinheira-santa (Maytenus ilicifolia). In: (Ed.). Estudo de ação antiúlcera gástrica de plantas brasileiras (Maytenus ilicifolia “espinheira-santa” e outras. Brasília: CEME – Central de Medicamentos, 1988. 67-73

18. GEOCZE S.; et al., Tratamento de pacientes portadores com dispepsia alta ou úlcera péptica com preparações de espinheira-santa (Maytenus ilicifolia). In: (Ed. Estudo de ação antiúlcera gástrica de plantas brasileiras (Maytenus ilicifolia “espinheira-santa” e outras). Brasília:CEME– Central de Medicamentos, 1988. 75-87.

19. COELHO, L. G. V.; ANDRADE, A. M.; CHAUSSON, Y. et al. Maytenus ilicifolia (“Espinheira santa”), peptic ulcer and Helicobacter pylory. Gastroenterolologia Endoscopia Digestiva, 13, p. 109-112, 1994. Disponível em:

 

 

Tags: AnalgésicoAntiasmáticaAnticonceptivoAntiespasmódicoantipiréticoAntissépticaCicatrizanteDigestivoDiuréticoHidropsiaLaxativas

ERVA CAPITÃO

09/01/2020 20:53

Hydrocotyle bonariensis  Lam.

Araliaceae (antiga Apiaceae) 


Sinonímias: Hydrocotyle bonariensis var. multiflora (Lam.)Don ,Hydrocotyle umbellata var. bonariensis (Lam.)Spreng., Hydrocotyle verticillata var. bonariensis (Lam.) Urb., Hydrocotyle bonariensis var. texana J.M. Coult. & Rose. 

Nomes populares:  Acariçoba, para-sol, barbarosa, acaricaba, acariroba, etc. 

Origem ou Habitat: Continente Americano. 

Características botânicas:  Planta herbácea perene, prostrada, acaule, rizomatosa. Folhas simples, coriáceas, peltadas, longo-pedunculadas, totalmente glabras em ambas as faces, brilhantes, de 5 a 8 cm de diâmetro. Flores discretas, de cor verde-amarelada, dispostas em panículas de umbelas no ápice de longa haste floral que as dispõem acima da folhagem. 

Partes usadas:Folhas e rizomas. 

Uso popular:  Suco das folhas e pecíolo usado para remoção de pintas e sardas. Rizomas são usados contra males do fígado e dos rins, como emética, diurética e laxativa. Usada também para curar reumatismo, hidropsia e como aperitivo. Já foi utilizada contra eripsela, escrófula, sífilis e tuberculose. 

Indígenas das Guianas utilizam a decocção da planta inteira na forma de banho contra ferroada de um peixe venenoso (Hoplias macrophtalamus) cujo ataque é caracterizado por inchação e dores fortes. 

Composição química:  O óleo volátil tem como principais compostos isotiocianatos, limoneno, γ-muuroleno, e-cariofileno, sabineno, α-copaeno, δ-cadineno e γ-terpineol. 

Ações farmacológicas: Rizoma: diurética, vomitiva, anti-reumática, emética, laxativa. 

Efeitos adversos e/ou tóxicos: As folhas são consideradas tóxicas para uso interno. 

Contra-indicações:  É uma planta com poucos estudos. 

Posologia e modo de uso: Usar externamente. 

Observações: Esta espécie é muitas vezes confundida e utilizada como se fosse a Centella asiatica.
 

 

Referências:
LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 481. 

MORS, W. B.; RIZZINI, C. T.; PEREIRA, N. A. Medicinal Plants of Brasil. Algonac, Michigan: Reference Publications Inc., 2000. 

http://www.tropicos.org/Name/50094808 – Acesso em: 27 de março de 2012.

Tags: DiuréticoEméticaHidropsiaLaxativasReumatismo

CARURU-DE-MANCHA

07/01/2020 22:17

Amaranthus viridis   L.

Amaranthaceae 


Sinonímias: Euxolus viridis (L.) Moq., Glomeraria viridis (L.) Cav., Pyxidium viride (L.) Moq. 

Nomes populares:  Caruru, caruru-de-mancha, caruru-verde, caruru-bravo, caruru-miúdo, caruru-de-porco, caruru-de-soldado, caruru-verdadeiro, amaranto-verde, bredo, bredo-verdadeiro. [Quebra da Disposição de Texto][Quebra da Disposição de Texto]Origem ou Habitat: Nativa do Caribe e amplamente disseminada em áreas abertas e lavouras de todo o Brasil. 

Características botânicas:  Ácea anual, ereta, pouco ramificada, variavelmente pigmentada, com hastes carnosas, medindo de 40-100 cm de altura. Folhas simples, inteiras, alternas, longo-pecioladas, membranáceas, glabras, de 6-13 cm de comprimento, com uma mancha violácea no centro da folha. Flores muito pequenas, de cor esverdeadas, reunidas em panículas racemosas axilares e terminais. Sementes muito pequenas. Brácteas ovadas a lanceoladas, agudas, não epinescentes. As sementes são castanho avermelhadas ou pretas.  

Obs.: As espécies Amaranthus spinosus L. e Amaranthus retroflexus L. possuem propriedades e características semelhantes, exceto pela presença de espinhos longos nas axilas das folhas de A. spinosus e pelo maior porte de A. retroflexus, tendo inclusive os mesmos nomes populares. [Quebra da Disposição de Texto][Quebra da Disposição de Texto]Partes usadas: Planta inteira: folhas, raízes e inflorescências. 

Uso popular:  A planta inteira é empregada na medicina caseira em quase todo o Brasil. As folhas e raízes são consideradas emolientes e anti blenorrágicas. As folhas são mucilaginosas, digestivas, diuréticas, resolutivas e laxativas. Acredita-se que sua administração aumente a lactação. É utilizada externamente contra afecções de pele, como eczemas e furúnculos, e também na forma de gargarejos contra úlceras na boca. 

Composição química:  As folhas possuem carotenóides, entre eles 54-61% de luteína mais violaxantina, 24-34% de β-caroteno, 10–14% de neoxantina e traços de zeaxantina e α-cripto-xantina, além de espinasterol e uma saponina derivada do ácido oleanólico . É também uma fonte rica em vitamina A. Em termos quantitativos e qualitativos, o Amaranthus viridis L. constitui-se como uma excelente fonte de proteínas. Possui consideráveis quantidades de dois ácidos graxos essenciais – linoléico e alfa-linoleíco – e minerais, como ferro, magnésio, cálcio e zinco. 

Ações farmacológicas: Diurética, adstringente, mucilaginosa, laxativa, cicatrizante, antiblenorrágica, antiinflamatória. 

Efeitos adversos e/ou tóxicos: As inflorescências não deve ser consumida por gestantes, lactantes e nem por cardíacos. fonte. 

Posologia e modo de uso: Na forma de infusão, vertendo 1 xícara de água fervente em 1 colher de sopa das folhas. 

Externamente, fazer gargarejo com a infusão um pouco mais concentrada (2 colheres de sopa);  

Para uso tópico, triturar toda a planta e aplicar sobre as afecções de pele. Pode-se fazer compressas com a infusão da planta como anti-inflamatório.

 

 

Referências:

CHEVALLIER, A. The Encyclopedia of Medicinal Plants., Londres: [s. i.], 1996. p. 163.  

CORRÊA, M. P. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1926-1978. v. 2, p.102. 

DRESCHER, L. (coord.). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. [S. I.: s. i.], 2001. p. 48. 

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. p. 43. 

MATOS, F. J. A. O Formulário Fitoterápico do Professor Dias da Rocha. 2. ed. Fortaleza: UFC Edições, 1997. p. 85. 

MERCADANTE, A. Z., RODRIGUEZ-AMAYA, D. B. Carotenoid composition and vitamin A value of some native Brazilian green leafy vegetables. International Journal of Food Science & Technology, [S. I.], v. 25, n. 2, p. 213–219, Abril 1990. 

SENA, L. P. et al. Analysis of nutritional components of eight famine foods of the Republic of Niger. Plant Foods for Human Nutrition (Formerly Qualitas Plantarum), [S. I], v. 52, n. 1, p. 17-30, 1998. 

STUART, M. Enciclopedia de Hierbas y Herboristería. Barcelona: Ediciones Omega, S. A., 1981. p. 151. 

www.tropicos.org – Acesso em: 30 de maio de 2011.

Tags: AfecçõesDigestivoDiuréticoEmolientesLaxativasMucilaginosas

BATATA-DOCE

31/12/2019 00:00

Ipomoea batatas  (L.) Lam.

Convolvulaceae 


SinonímiasConvolvulus batatas L., Convolvulus denticulatus Lam., Convolvulus edulis Thunb., Convolvulus esculentus Salisb., Convolvulus tuberosus Vell., Ipomoea batatas fo. trifida Moldenke, Ipomoea batatas var. edulis (Thunb.) Makino, Ipomoea indica var. variabilis (Schltdl. & Cham.) L.O. Williams, Ipomoae triloba L., etc.

Nomes populares: Batata-doce, batata-da-terra, batata-da-ilha, jetica, jatica, ye’tika (tupi), etc.

Origem ou Habitat: México.

Características botânicas: Herbácea de caule rasteiro, folhas simples, membranáceas, 3-6 lobadas, flores campanuladas de cor variável (róseas ou branco-violáceas). Raízes em forma de tubérculos, de sabor doce e rico em fécula que são classificados em variedades de acordo com as cores externa e interna nos tipos “branco”, os que têm casca e polpa brancas; “amarelo”, os que têm casca amarela e polpa amarelo-avermelhada; “vermelho”, os que têm casca vermelha e polpa branca; e “roxos” que têm casca roxa e polpa branco-arroxeada.

Partes usadas: Tubérculo, raiz e folhas.

Uso popular: tubérculo é usado na alimentação como fonte de energia. Os índios mexicanos a consumiam para as grandes caminhadas.

Suas folhas cozidas servem para afecções da boca e garganta e são consideradas adstringentes, bactericidas, fungicidas, laxativas e tônicas. Os brotos e as folhas novas são usadas como cataplasma para tumores. O chá das folhas é indicado para aumentar a lactação.

Composição química: Amido, flavonóides livres e glicosilados, derivados do ácido caféico, glicosídeos do nerol e do borneol, triterpenóides especiais.

Ações farmacológicas: Os extratos aquoso e alcóolico dos tubérculos tem atividade antimicrobiana.

Devido ao conteúdo em b-carotenos são considerados antioxidantes.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: A planta é comestível, porém, quando estiver infectada pelo fungo Cerattos-tomella fimbriata sua ingestão pode causar grave intoxicação, produzindo sensação de falta de ar, perda de apetite e vômitos (Robineau, 1995 apud Lorenzi & Matos, 2002).

 

 

Referências: 
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 1ª.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

KINUPP, V.F., LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. 1ª.ed. São Paulo, SP: Instituto Plantarum, 2014.

Nascimento, O.C., et al – “Caracterização química e informação nutricional de fécula de batata-doce (Ipomoea batatas L.) orgânica e biofortificada” . Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável http://revista.gvaa.com.br , 1981 – Acesso 28 Abril 2015.

http://www.tropicos.org/Name/8500721 – Acesso 27 Abril 2015.

Tags: BactericidasFungicidasLaxativasNutritiva