LEVANTE

06/06/2023 21:30

Mentha sp.

Lamiaceae 


(Difícil de classificar a espécie, pois o gênero se hibridiza).

Sinônimos: Mentha viridis L., Mentha viridis var. cana Lej. & Courtois.

Nomes populares: hortelã, hortelã-de-leite, hortelã-das-cozinhas, hortelã dos temperos, hortelã-vulgar, hortelã das hortas, hortelã-comum, alevante, elevante. 

Origem ou Habitat: Originária de regiões da Europa e África, era cultivada por suas propriedades aromáticas, condimentares e medicinais.

Características botânicas: Perene, 30-100 cm, com aroma forte e doce, menos frequentemente com aroma pungente ou de mofo. A folhas possuem com 5 a 9 cm de comprimento e 1,5 a 3 cm de largura, lanceoladas ou lanceoladas-ovadas, lisas ou rugosas (raramente 40-60 x 25-40 mm, ovadas ou ovadas-oblongas, fortemente rugosas), mais largas perto da base, serrilhadas com dentes regulares (raramente toda a folha é fortemente crispada), glabras a densamente pilosas, os tricomas na superfície inferior são simples e ramificados, a célula basal tem 30-47 µm de diâmetro. Inflorescência variável. As flores são produzidas em hastes finas, cada flor rosa ou branca e com 2,5-3 mm de diâmetro (REFLORA) (Taneja, 2012)

Uso popular: Pode ser consumida na forma de chá, também utilizado como temperos para dar sabor a pratos doces e salgados, além de ser batido com diferentes tipos de polpas de frutas, gengibre e verduras. Mentha spicata é utilizada em diferentes aplicações em diferentes culturas. Na medicina tradicional Iraniana, é utilizado desde antiguidade para o tratamento de diarreia, antídoto, indigestão, fraqueza intestinal, resfriado, gripe, sinusite, dor de cabeça e flatulência. No Brasil, a infusão é utilizada como sedativo, cicatrização de feridas, estômago e contra vermes (Mahendran, 2021). 

Partes usadas: Folhas. 

Composição química: Os principais constituintes do óleo essencial de M. spicata são carvona (40,8%) e limoneno (20,8%), seguidos por 1,8-cineol (17,0%),  β-pineno (2,2%), cis-hihidrocarvona (1,9%) e dihidrocarveol (1,7%). A porcentagem de carvona varia no óleo essencial da espécie que cresce em diferentes países, e essa variação no teor e até mesmo na composição podem ser atribuídas a fatores como o ecótipos, fenofases, a temperatura, umidade relativa, ao fotoperíodo, irradiância, genótipo e as condições agronômicas (época de colheita, plantio, densidade da cultura (Snoussi, 2015). 

Propriedades farmacológicas: Estudos realizados em extratos brutos, óleo essencial ou compostos puros isolados de M. spicata relataram variados efeitos biológicos, incluindo atividade antibacteriana, antifúngica, antioxidante, hepatoprotetora, antidiabética, citotóxica, anti inflamatória, larvicida, potencial antigenotóxico e antiandrogênica (Mahendran, 2021).

Posologia e modo de uso: Pode ser consumida na forma de chá, também utilizado como temperos para dar sabor a pratos doces e salgados, além de ser batido com diferentes tipos de polpas de frutas, gengibre e verduras. Como chá: ferver cerca de meio litro de água com 1 colher de sopa de folhas, deixar cerca de 3 minutos após levantar fervura, desligar, deixar descansar uns 5 minutos, coar e tomar quente ou frio. Ingerir uma xícara de chá umas 4-6 vezes ao dia. Suas folhas maceradas e passadas na pele também atuam como repelente.

Contra Indicações: Contra-indicações não identificadas. 

Efeitos adversos e ou tóxicos: Estudos em animais comprovaram a segurança da planta. No entanto, tratamentos prolongados com altas doses podem levar a  problemas específicos. Logo, é necessário outros estudos sobre sua toxicidade crônica. Se tratando dos óleos essenciais, estudos mostraram que seu uso não apresenta nenhum risco à saúde ou efeitos colaterais com a administração adequada de dosagem terapêutica.

 

 

REFERÊNCIAS: 

1. Mentha spicata L., REFLORA.

2. SNOUSSI, Mejdi et al. Mentha spicata essential oil: chemical composition, antioxidant and antibacterial activities against planktonic and biofilm cultures of Vibrio spp. strains. Molecules, v. 20, n. 8, p. 14402-14424, 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6332415/. Acesso em: 05 junho 2023. 

3. EL MENYIY, Naoual et al. Medicinal Uses, Phytochemistry, Pharmacology, and Toxicology of Mentha spicata. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 2022, 2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35463088/. Acesso em: 05 junho 2023. 

4. MAHENDRAN, Ganesan; VERMA, Sanjeet Kumar; RAHMAN, Laiq-Ur. The traditional uses, phytochemistry and pharmacology of spearmint (Mentha spicata L.): A review. Journal of Ethnopharmacology, v. 278, p. 114266, 2021. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874121004931?via%3Dihub. Acesso em: 05 junho 2023. 

5. MAHBOUBI, Mohaddese. Mentha spicata L. essential oil, phytochemistry and its effectiveness in flatulence. Journal of Traditional and Complementary Medicine, v. 11, n. 2, p. 75-81, 2021. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2225411017301037#sec7. Acesso em: 05 junho 2023. 

6. Taneja, S.C.; Chandra, S. Mint. In: Peter, K.V. (eds). Handbook of Herbs and Spices. Vol. 1. Cambridge: Woodhead Publishing, 2012.

 

Uso seguro e adequado de plantas medicinais para distúrbios de humor

18/10/2021 12:48

O Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS (UFSC), em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão – PROEX e o Núcleo de Estudos da Terceira Idade – NETI, realizará cinco cursos de extensão on-line sobre o Uso Adequado de plantas Medicinais e Preservação do Meio Ambiente. Os cursos serão abertos à comunidade para pessoas com 50 anos ou mais.  

O protagonismo do idoso com suas experiências de vida e a troca de saberes entre os sujeitos envolvidos nas rodas de conversa serão incentivados a cada curso, entre outras atividades.
Demais informações sobre os cursos poderão ser encontradas no site do Horto (https://hortodidatico.ufsc.br) e nas demais mídias sociais em @hortodidatico.ufsc

O curso 5 está com inscrições abertas e tem como objetivo compartilhar conhecimento sobre o reconhecimento de algumas espécies plantas medicinais utilizadas para distúrbios de humor, tais como: Capim-limão, Citronela, Melissa, Salva, Valeriana, Maracujá, Camomila, Laranja, Mulungu, Alecrim, Lavanda e Losna a partir da identificação correta, forma de uso e cuidados para o uso seguro, além da apresentação de interações planta-medicamento e planta-planta. 

 

Informações sobre o Curso:

  • Público-alvo: Pessoas com 50 anos ou mais
  • Realização: De 26 de outubro a 30 de novembro
  • Aulas síncronas às terças feiras das 15h às 17h e atividades assíncrona
  • Pré-requisitos para inscrição: O acesso à internet é necessário pois trata-se de um curso on-line
    A equipe do programa acompanhará os inscritos no acesso ao Moodle Grupos, nas aulas virtuais e junto às ferramentas de pesquisa
  • Período de inscrições: De 18/10/21 até 25/10/21 (às 16h) Inscrições gratuitas!
  • Link para as inscrições: http://inscricoes.ufsc.br/activities/6809

    Pessoas que não tenham idUFSC deve primeiro realizar o cadastro seguindo as informações especificadas no link: https://tutorialcadastro

Esclarecimentos pelo e-mail: hortodidatico.ccs@contato.ufsc.br

O protagonismo do idoso na preservação ambiental!

08/06/2021 14:51

📢 Estão abertas as inscrições para o 2° Curso oferecido pelo Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS (UFSC) em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão – PROEX e o Núcleo de Estudos da Terceira Idade – NETI, O protagonismo do idoso na preservação ambiental!

Este curso tem como objetivo compartilhar conhecimento sobre Compostagem, Permacultura e Agroecologia, além de tratar sobre as temáticas de planta exótica, nativa, ruderal e de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), citando exemplos de plantas medicinais e de partilhar sobre o cultivo de plantas, hortas urbanas e de agricultura urbana.

📌 Período de inscrição: 08/06/2021 – 18/06/2021 (até às 13:00).
📌 Período do curso: De 22 de junho a 27 de julho de 2021.
📌 Horário do curso: Aulas síncronas às terças feiras das 15:00 às 17:00 e atividades assíncronas durante as semanas.
📌 Local: Curso on-line na plataforma Grupos Moodle da UFSC

Esse é um evento aberto ao público. Compartilhe!

Esclarecimentos pelo e-mail: hortodidatico.ccs@contato.ufsc.br

Esperamos por você!

O curso faz parte do Programa “O Protagonismo do Idoso no Uso Adequado de Plantas Medicinais e Preservação do Meio Ambiente”

Acompanhe mais informações no site do Horto e demais mídias sociais em @hortodidatico.ufsc

https://www.instagram.com/hortodidatico.ufsc/

https://www.facebook.com/hortodidatico.ufsc

Dia Nacional do Cerrado

24/02/2021 10:43

Ocorrendo como um grande bloco contínuo no Brasil central, o Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, abrange os estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Pará, Rondônia e Distrito Federal, além de aparecer em partes em Roraima e no Amapá.
É considerado a região de savana tropical mais biodiversidade no mundo, porém, pela constante pressão para a abertura de novas áreas a serem incrementadas para a produção de carne e grãos para exportação, o Cerrado tem historicamente sofrido uma taxa de desmatamento superior à da floresta Amazônica. O Cerrado é considerado um dos hotspot de biodiversidade do mundo. Estima-se que em função da expansão da fronteira agrícola brasileira, o Cerrado tenha perdido 46% de sua vegetação nativa, e só cerca de 20% permaneça completamente intocado (Strassburg et al, 2017).

Foi a partir de 1940 que o Cerrado passou a ser estudado sob o ponto de vista agrícola (Embrapa Cerrados, 2002), intensificando-se desde então os movimento de ocupação para o sistema produtivo agrícola nacional. Na década de 70, com a efetivação da capital Brasília-DF pelos esforços de interiorizar o desenvolvimento no país e alavancar o Centro-Oeste, o governo passou a adotar políticas de modernização também na agricultura, o que possibilitou a nova configuração de ocupação do Cerrado com o fortalecimento da pesquisa agropecuária, materializado na criação da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em 1973, alimentando a estratégia de geração e adoção de conhecimentos e tecnologias e pela implementação de programas de incentivo, em que destacaram-se dois para o desenvolvimento da nova fronteira agrícola brasileira: Programa de Desenvolvimento dos Cerrados – POLOCENTRO e Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados – PROCEDER (esse último financiado em grande medida pelo Japão), que possibilitaram desde a compra de terras, até a assistência técnica aos agricultores de médios e grandes empreendimentos agropecuários (Agência Senado, 2020).

Assim, principalmente produtores gaúchos e do oeste paranaense com experiência no plantio de grãos, migraram para o Centro-Oeste atraídos pelo baixo preço das terras, facilidade de remoção da vegetação nativa, investimentos em infraestrutura e pesquisa e dispondo de juros subsidiados e de longos prazos: incentivos do governo para o desenvolvimento de uma economia agropecuária tecnicizada pela progressiva substituição da agricultura itinerante por grandes extensões de monoculturas. Inicialmente pela incorporação de extensas áreas para o cultivo de soja, seguida de outras culturas como milho, algodão e cana-de-açúcar. Além destes, o crescimento da área cultivada com pastagem, notadamente do gênero Brachiaria spp, acelerou a partir dos anos 70, estimulada por políticas públicas e de crédito nacionais e internacionais voltadas para exploração de grãos e de carnes.

Dessa forma, tal ênfase na agricultura em larga escala, além de resultar na progressiva inviabilização da pequena agricultura familiar, aumentou potencialmente os danos ambientais da Região, pois a mecanização agrícola, além de atuar na substituição da vegetação nativa, foi acompanhada pela alta degradação ambiental decorrente da utilização indiscriminada de agrotóxicos e fertilizantes, contaminando solo, ar e cursos d’água, que somados ao desmatamento, aceleram a erosão do solo e promovem o assoreamento dos rios, deixando à margem também as populações nativas: indígenas, babaçueiras, quilombolas, ribeirinhos e comunidades quilombolas tradicionais que sobrevivem de seus recursos naturais do Bioma, preservando o conhecimento tradicional e a sua biodiversidade.

O resultado de tais políticas referente a alteração no Bioma é vertiginoso, de cerca de 6% da soja do país no início da década de 1970, a Região do Cerrado produziu na safra 2013/2014 mais da metade (52%) da soja cultivada no Brasil, sendo esse cultivo responsável por 90% (15,6 milhões de hectares) da agricultura no Bioma (Filho, 2016).
Contudo, apesar da alta demanda da terra para a produção de soja e outros cultivares no Cerrado, é a produção animal a principal atividades econômica exercida no território. Tal produção teve igualmente grande aumento nas últimas décadas, saltando de 7% em 1970 para 19,5% em 2009, detendo cerca de um terço do rebanho bovino nacional (Ipeadata, 2013). O Cerrado é responsável por 55% de carne produzida no Brasil (EMBRAPA, 2008), e neste bioma encontram-se ainda, o maior número de frigoríficos com inspeção federal e o maior número de indústrias frigoríficas aptas à exportação de carnes (Macedo 1997).
Para além, contribuindo para a degradação ambiental do Cerrado, somam-se ainda a caça predatória, o extrativismo pela exploração de produtos madeireiros, ornamentais, alimentares e medicinais, e produção de carvão vegetal para a indústria siderúrgica, esta última que em 2005, dos 9,5 milhões de toneladas de carvão produzidos no Brasil, 50% veio da queima da vegetação nativa, em maior parte do Cerrado (Peixoto et al, 2016).
Assim, em gritante contraste ao aumento da importância econômica do Bioma, principalmente aos olhos do agronegócio pelo modelo agro-exportador dependente brasileiro, o Cerrado é um dos biomas mais ameaçados do Brasil. Urge à sociedade a luta por políticas públicas que atuem pela preservação e conservação do Cerrado, pelo fomento em atividades econômicas sustentáveis e não destrutivas ao Bioma que abriga cerca de 5% de toda a biodiversidade mundial.

Bibliografia:

Embrapa Cerrados. 2002. II Plano Diretor Embrapa Cerrados 2000-2003. Planaltina: Embrapa Cerrados.

A expansão da soja no Cerrado Caminhos para a ocupação territorial, uso do solo e produção sustentável, Filho, A. C. e Costa, K. 2016 – EUCLIDES FILHO, K. A pecuária de corte no cerrado brasileiro. Brasília: EMBRAPA Cerrados, 2008.

SANO, E. E.; ROSA, R.; BRITO, J. L. S.; FERREIRA, L. G. Mapeamento semidetalhado do uso da terra do Bioma Cerrado. Pesquisa agropecuaria brasileira. Brasília, v.43, n.1, jan. 2008, p.153-156.

RIBEIRO, J. F.; SANO, S. M.; MACEDO; SILAVA, J. A. Os principais tipos fitofisionômicos da região dos Cerrados. Embrapa-CPAC, Planaltina, DF. 1983

RIBEIRO, J. F.; BRIDGEWATER, S.; RATTER, J. A. & SOUSA-SILVA, J. C. Ocupação do bioma Cerrado e conservação da sua diversidade vegetal. In: SCARIOT, A.; SOUSA-SILVA, J. C. & FELFILI, J. M. (org.). Cerrado: ecologia, biodiversidade e conservação. MMA. Brasília, DF. 2005

PEIXOTO, Ariane Luna; BRITO, J. R. P. L. E. M. A. D. Conhecendo a Biodiversidade: Cerrado – Um bioma rico e ameaçado . 1. ed. Brasília: Editora Vozes, 2016.

MACEDO, M.C.M. Pastagem no ecossistema Cerrados: pesquisas para o desenvolvimento sustentável. In: SIMPÓSIO SOBRE PASTAGENS NOS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS, I, 1995, Brasília. Anais… Brasília: Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1997.

Brasília foi marco para expansão da fronteira agrícola Fonte: Agência Senado

ESTRASBURGO, B. et al (2017). Momento da verdade para o hotspot do Cerrado. Natureza Ecologia e Evolução

Plantas nativas da Mata Atlântica – e implicações quanto à origem das plantas

23/02/2021 16:12

A manutenção da biodiversidade é um dos objetivos mais importantes para a conservação do meio ambiente e preservação das espécies, incluindo o Homo sapiens. Nesse sentido, compreender que a diversidade biológica não é um evento exclusivamente biológico, mas também uma construção cultural e social, é essencial para regressarmos à compreensão de conexão intrínseca entre todos os seres da natureza.
A existência e o contato das sociedade com a exuberância das espécies naturais é fonte de inspiração, conhecimento, domesticação e subsistência das comunidades humanas.
Observar a composição e a distribuição de espécies, especialmente de plantas nos ecossistemas e o resultado da introdução de espécies exóticas, considerando que podem causar modificações de ciclos e características naturais dos ecossistemas criando novos habitats, é muito importante.
No post, demonstramos imagens de espécies de plantas nativas da Mata Atlântica, versamos sobre a valorização da flora local, conceituamos expressões quanto à origem das plantas e seu uso paisagístico.
Confira, curta, comente e compartilhe este conhecimento. Contamos com você para semear a valorização das espécies!

Bibliografia:
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas – Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO) – Estratégia Nacional Sobre Espécies Exóticas Invasoras, 2009.

BRIGHENTI, A. M.; OLIVEIRA, M. F. Biologia de Plantas Daninhas. Biologia e Manejo de Plantas Daninhas. 2011

EMBRAPA. Glossário de Recursos Genéticos Vegetais. 1ª edição. Brasília: SPI – Serviço de Produção de Informação, 1996.

Flora Digital do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina; Disponível em: <http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/index.php?pag=apresenta.php> Acessado em: 13/01/2021

Flora de Santa Catarina; Disponível em <https://floradesantacatarina.wordpress.com> Acessado em: 13/01/2022.

MATOS, Christiano da Conceição de et al. Influência das interações planta daninha-microbiota do solo sobre a capacidade competitiva vegetal e a mineralização rizosférica da matéria orgânica. 2017

PALEARI, L. M. Plantas Ruderais: O mato que alimenta, protege e embeleza o ambiente. Rede Sans, Guia Alimentar, 2015.

PROENÇA, M. D. S., et al. “Espécies Nativas E Exóticas No Ensino De Ciências: A Construção De Práticas Educativas Para O Ensino Fundamental”. Revista Contexto & Educação; vol. 32, n. 103, dezembro de 2017, p. 213. DOI.org (Crossref) , doi: 10.21527 / 2179-1309.2017.103.213-247.

SANTOS, Edson Aparecido dos et al. Occurrence of symbiotic fungi and rhizospheric phosphate solubilization in weeds. Acta Scientiarum. Agronomy, v. 35, n. 1, p. 49-55, 2013.

TROPICOS.ORG. Jardim Botânico de Missouri. 13 de janeiro de 2021 <http://www.tropicos.org/Image/100194255> Fotógrafo: Germaine A. Parada CC-BY-NC-SA

ZILLER, S. R. Plantas exóticas invasoras: a ameaça da contaminação biológica. Revista Ciência Hoje; v. 30, n. 178, p. 77-79, 2001.

Barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville) II

23/02/2021 16:09

Bibliografia:
DIAS, J.E.; LAUREANO, L.C. (Coord.) Farmacopeia Popular do Cerrado. 1 ed. Goiás: Articulação Pacari, 2009.

PANIZZA, S.; ROCHA, A.B.; GECCHI, R.; SOUZA E SILVA, R.A.P. Stryphnodendron barbadetiman (Vell.) Martius: teor de taninos na casca e sua propriedade cicatrizante. SciELO. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 10, p.101-106, São Paulo. 1988.

SANCHES, A.C.C.; LOPES, G.C.; TOLEDO, C.E.M.; SACRAMENTO, L.V.S.; SAKURAGUI, C.M.; MELLO, J.C.P. Estudo morfológico comparativo das cascas e folhas de Stryphnodendron adstringens, S. polyphyllum e S. obovatum – leguminosae. Latin American Journal of Pharmacy, v.3, n.26, p.362-368, 2007. ISSN 0326-2383.

GOULART, S.L. Características anatômicas, químicas e densidade do barbatimão. Lavras, MG: Tese de Doutorado apresentada no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia da Madeira, Universidade Federal de Lavras, UFLA, 2010.

SIMÕES, C. M. O. e MARIOT, A. org. Farmacognosia: da planta ao medicamento . 5. ed. rev. e ampliada, Editora da UFSC; Editora da UFRGS, 2003.

FERREIRA, E. C.; SILVA, J. L. L.; SOUZA, R. F. As propriedades medicinais e bioquímicas da planta stryphnodendron adstringens “barbatimão”. Pespectivas online: Biologia e saúde, Campos dos Goytacazes, v. 11 (3), 14-32, 2013

PEREIRA, C.; MORENO, C.S.; CARVALHO, C. Usos Farmacológicos do Stryphnodendron Adstringens (Mar.) – Barbatimão. Rev Panorâmica 2013; 15: 127-137.

NCBI – Centro Nacional de Informação sobre Biotecnologia (2020). Resumo do composto PubChem para CID 65064, (-) – Galato de epigalocatequina. Disponível em <https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Epigallocatechin-gallate> Acesso em: 25 nov 2020.

LIMA, T. C. D.; CARDOSO, M. V.; MODESTO, T.; DE BRITO, A. L. O.; DA SILVA, M. N., & MONTEIRO, M. C. Breve revisão etnobotânica, fitoquímica e farmacologia de Stryphnodendron adstringens utilizada na Amazônia. Revista Fitos Eletrônica, 10(3), 329-338. 2017.

FILIZOLA, B.; SAMPAIO, M. B.. Boas Práticas para o extrativismo sustentável de cascas. Brasília: Instituto Sociedade, População e Natureza, 2015.

ALMEIDA A.C.; ANDRADE V.A.; FONSECA F.S.A.; MACÊDO A.A.; SANTOS R.L.; COLEN, K.G.F.; MARTINS E.R. & MARCELO N.A. Acute and chronic toxicity and antimicrobial activity of the extract of Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville. Pesquisa Veterinária Brasileira 37(8):840-846. 2017.

MONTEIRO, J.M.; ALBUQUERQUE, U.P.; ARAÚJO, E.L. Taninos: uma abordagem da química à ecologia. Sociedade Brasileira de Química. Química Nova. v. 28, n. 5, p.892-896, São Paulo. 2005..

SANTOS, D., Alburno e cerne. 26 set 2010. Blog do Prof. Djalma Santos. Disponível em <https://djalmasantos.wordpress.com/2010/09/26/alburno-e-cerne/> Acesso em: 25 nov 2020

Plantas Medicinais – Conceitos

23/02/2021 16:04

Bibliografia:
ANVISA, Anvisa Agência de Vigilância Sanitária. Resolução da diretoria colegiada- RDC n° 26, de 13 de maio de 2014.
TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I.; MURPHY, A. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017
NEWMAN, D.J. e CRAGG, G.M. (2012). Natural Products as Sources of New Drugs over the Nearly Four Decades from 01/1981 to March 12, 2020. Journal of Natural Products, 83, 3, pp. 770-803.
VIEGAS Jr, CLÁUDIO, et al. “Os Produtos Naturais e a Química Medicinal Moderna”. Química Nova , vol. 29, no 2, abril de 2006, p. 326–37. DOI.org (Crossref) , doi: 10.1590 / S0100-40422006000200025
OMS, World Health Organization. National policy on traditional medicine and regulatory herbal medicines. Report of a global survey. Génova: World Health Organisation; 2005.

Barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville) I

23/02/2021 15:58

Bibliografia:
TROPICOS. Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville. Jardim Botânico de Missouri. Disponível em https://tropicos.org/name/13001565. Acesso em: 07 de outubro de 2020.
BRASIL. MONOGRAFIA DA ESPÉCIE Stryphnodendron adstringens (MART.) COVILLE (BARBATIMÃO). Ministério da Saúde e Anvisa. Brasília. 2014.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. de A. Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008.
OCCHIONI, E. M. L. Considerações taxonômicas no gênero Stryphnodendron Mart. (Leguminosae-Mimosoideae) e distribuição geográfica das espécies. Acta Botânica Brasilica, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p. 153-158, 1990.
RICARDO, Letícia M.; DIAS, Bianca M.; MÜGGE, Fernanda L.B.; LEITE, Viviane V.; BRANDÃO, Maria G.L.. Evidence of traditionality of Brazilian medicinal plants: the case studies of stryphnodendron adstringens (mart.) coville (barbatimão) barks and copaifera spp. (copaíba) oleoresin in wound healing. Journal Of Ethnopharmacology, [S.L.], v. 219, p. 319-336, jun. 2018. Elsevier BV.
PELLENZ, Neida Luiza; BARBISAN, Fernanda; AZZOLIN, Veronica Farina; MARQUES, Liana Pinheiro Santos; MASTELLA, Moisés Henrique; TEIXEIRA, Cibele Ferreira; RIBEIRO, Euler Esteves; CRUZ, Ivana Beatrice Mânica da. Healing activity of Stryphnodendron adstringens (Mart.), a Brazilian tannin-rich species: a review of the literature and a case series. Wound Medicine, [S.L.], v. 26, n. 1, p. 163-171, set. 2019. Elsevier BV
PINDORAMA FILMES. Um pé de quê? Barbatimão. Youtube, 16 de Maio de 2016. Disponível em https://youtu.be/shCg-m0l138. Acesso em: 07 de Outubro de 2020.

ZEDOÁRIA ou AÇAFRÃO-DA-ÍNDIA

24/02/2020 19:04

Curcuma zedoaria  (Christm.) Roscoe.

Zingiberaceae


SinonímiasAmomum zedoaria Christm., Curcuma pallida Lour.

Nomes populares: Açafroa, açafrão-da-índia, açafroeira, açafrão-da-terra, zedoária, batatinha-amarela, gengibre-de-dourar, gengibre-dourado, gengibre amarelo, mangarataia.

Origem ou Habitat: Índia.

Características botânicas: Segundo a descrição de SILVA JUNIOR, 2003: planta herbácea, perene, medindo de 1,3 a 1,5m de altura. Folhas inteiras, oblongo-lanceoladas, com 50 a 80cm de comprimento, com nervuras secundárias púrpuras ao longo da nervura mediana. A inflorescência é cilíndrica, crescendo a partir do rizoma antes das folhas. As flores são amareladas e as brácteas esverdeadas com as pontas cor-de-rosa. O florescimento ocorre de outubro a novembro. O rizoma principal é cônico, tuberoso, medindo cerca de 5cm de comprimento, emitindo outros rizomas secundários que, por sua vez, originam estruturas de reserva de formato piriforme, que posteriormente dão origem a outras plantas.

Quanto ao clima e solo, cresce espontaneamente em altitudes das regiões tropicais, onde o clima é temperado e úmido. Prefere solos areno-argilosos, bem drenados e soltos. O plantio deve ser em outubro e a colheita dos rizomas após 8 meses do cultivo, em julho ou agosto.

Partes usadas: Rizomas.

Uso popular: Segundo irmã Eva Michalak, 1997, a zedoária é usada para afecções hepáticas, urinárias e resfriados.

Lorenzi & Matos, 2008, relatam seu uso como estomáquico.

No Herbanário da Terra, 2001, ressaltam suas propriedades estimulantes das funções hepáticas, digestivas e intestinais; é muito eficaz no tratamento de mau hálito de origem gástrica, além de ser considerada antifúngica, antisséptica, anti-inflamatória, carminativa e colagogo. Possui efeito contra carcinoma do útero, cérvix e de pele.

Na Índia, o rizoma da zedoária é usado popularmente em perfumaria e como um condimento. Tem usos semelhante ao do gengibre.

Composição química: Óleo essencial (1 a 1,5%) composto principalmente de a-pineno D-canfeno, 1,8-cineol, D-cânfora, D-borneol, álcool sesquiterpênico, zingibereno, dimetoxicurcumina, bisdimetoxicurcumina, curcolonol, guaidiol, elemano, cadinano, eudesmano, guaiano, curcumina, zedoarona, curzerenona, etil-p-metoxicinamato, espirolactonas (curcumanolídeo A e B); sesquiterpenos; pigmento azul; amido, resina, vitaminas B1, B2, B6; sais minerais.

Ações farmacológicas: Digestiva, eupéptica, rubefaciente, antifúngica, anti-inflamatória, analgésica, carminativa, colagogo e antitumoral.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Doses acima de 15g/dia já é considerado superdosagem, podendo causar irritação da mucosa estomacal e úlceras (Teske e Trentini, 1997, apud SILVA JUNIOR, 2003).

Experimentos em ratos, dando-lhe como única fonte de alimentação farinha integral do rizoma de zedoária ou torta feita de rizomas triturados e secos, na dose de 320g/Kg a 400g/Kg, de 4 a 6 dias, causou a morte de 100% dos mesmos.

Contra-indicações: O seu uso é contra-indicado para mulheres nos três primeiros meses de gestação e durante a amamentação.

Posologia e modo de uso: Infusão: colocar 1 colher de chá de rizomas finamente fatiados em uma xícara e adicionar água fervente. Tomar em jejum e antes das principais refeições, como estomáquico.

Para os casos de afecções pulmonares (expectorante, tosse, bronquite) colocar 3 colheres de chá de rizomas fatiados em uma xícara de água fervente, depois de morno adicionar mel e tomar 1 colher de sopa 3 x ao dia.

Observações:  Apresenta ações semelhantes a Curcuma longa devido a seus compostos químicos.

O rizoma, ao ser cortado, apresenta uma coloração azulada. Após ser seco e moído, dá origem a uma farinha aromática de cor creme.

Tanto o rizoma como o produto processado são fotossensíveis.

Possui odor agradável que lembra a cânfora e o alecrim, e sabor amargo, pungente, quente e canforáceo.

É cultivada como ornamental.

Referências: 

CHEVALLIER, A. The Encyclopedia of Medicinal Plants. London: Dorling Kindersley, 1996. p. 195.

DRESCHER, L. (coordenador). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 114.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

MICHALAK, E., Irmã. Apontamentos fitoterápicos da irmã Eva Michalak. Florianópolis: Epagri, 1997.

SILVA JUNIOR, A.A.. Essentia herba – Plantas bioativas. Florianópolis: Epagri, 2003.pgs. 292-300.

http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/ – acesso em 27 de setembro de 2012.

http://www.tropicos.org/Name/34500778?tab=synonyms – acesso em 21 de setembro de 2012.

Tags: Anti-inflamatórioAntifúngicoAntissépticaAromáticaCarminativaColagogoCondimentoDigestivoEstomáquico

YLANG-YLANG

24/02/2020 18:58

Cananga odorata (Lam.) Hook. f. & Thomson.

Annonaceae


SinonímiasCananga odoratum (Lam.)Baill.ex.King, Canangium odoratum (Lam.)King, Unona odorata (Lam.)Baill., Uvaria odorata Lam..

Composição química:

  • Óleo essencial: Trans-nerolidol, viridiflorol, zonareno, (2E,6E)-farnesil acetato, dentre outros.
  • Fenólicos: (E)-Cinamoil acetate, N-trans-feruloiltiramina, ácido trans-cinamico, dentre outros. -Compostos nitrogenados: Fenilacetonitrilo, 2-fenil-1-nitroetano e antranilato de metila. -Alcalóides Liriodenina, sampangina, cananodina e cicloeudesmano.
  • Sesquiterpenos: Criptomeridiol 11-α-L-ramnosideo, corchoionosideo C, γ-eudesmol, dentre outros.
  • Iridoides: Isosifonodina, canangona, canangaionosideo, breiniaionosideo A , citrosideo A, canangafruticosideo A – E, dentre outros.
  • Lignanas: Canangalignana I e II, canangaterpeno I – V, (+)-siringaresinol 4-O-β-D-glicopiranosideo, dentre outros.

Referências: 

TAN, Loh Teng Hern et al. Traditional Uses, Phytochemistry, and Bioactivities ofCananga odorata(Ylang-Ylang). Evidence-based Complementary And Alternative Medicine, [s.l.], v. 2015, p.1-30, 2015.

MATSUMOTO, Takahiro et al. Lignan Dicarboxylates and Terpenoids from the Flower Buds of Cananga odorata and Their Inhibitory Effects on Melanogenesis. Journal Of Natural Products, [s.l.], v. 77, n. 4, p.990-999, 6 mar. 2014.

QIN, Xiao-wei et al. Volatile Organic Compound Emissions from Different Stages of Cananga odorata Flower Development. Molecules, [s.l.], v. 19, n. 7, p.8965-8980, 27 jun. 2014.

HUSAIN, Khairana; JAMAL, Jamia Azdina; JALIL, Juriyati. Phytochemical study of cananga odorata (lam) hook.f. & thomson & thoms (annonaceae). International Journal Of Pharmacy And Pharmaceutical Sciences, Kuala Lumpur, v. 4, n. 4, p.465-467, jun. 2012.

http://www.tropicos.org/Name/1600664?tab=synonyms – Acesso 12 Jul 2014.