GARRA-DO-DIABO
Harpagophytum procumbens DC.
Sinonímias: Harpagophytum procumbens subsp. procumbens DC. ex Meisn, Harpagophytum burchellii Decne., Harpagophytum procumbens var. sublobatum (Engl.) Stapf., Harpagophytum procumbens subsp. transvaalense Ihlenf. & H. Hartmann.
Nomes populares: Garra-do-diabo, harpagofito (Português), garra del diablo, raiz de Windhoeck (Espanhol), artiglio del diavolo (Italiano), devil’s claw, woodspider, grapple plant (Inglês).
Origem ou Habitat: Sul da África (Namíbia).
Características botânicas:Planta rasteira, perene, apresentando uma raiz primária que mede de 20 a 50 cm de comprimento, de onde partem raízes ramificadas tuberosas secundárias, que podem armazenar até 70% de água de seu peso e são estes tubérculos que se utilizam por suas propriedades medicinais. Talos múltiplos; folhas alternas, lobuladas, profundamente recortadas, carnosas, medindo 7 cm de comprimento, margens brancas e aveludadas. As flores são em forma de dedal ou trombeta, crescem isoladamente sobre curtos pecíolos na axila das folhas, de cor rosa-claro ou roxo-púrpura. Os frutos são duros, capsulares, deiscentes, medindo até 10 cm, armados de espinhos em forma de ganchos, de 2,5 cm de comprimento, que atuam como verdadeiros arpões aderindo-se à pele dos animais, facilitando a dispersão das sementes.
Partes usadas: Raízes secundárias ou tubérculos.
Uso popular: A raiz é empregada popularmente como antirreumática, antigotosa, aperiente, antiespasmódica, analgésica, para acalmar dores do parto, colerética e hipoglicemiante. Externamente é usada como cicatrizante de feridas.
Composição química: Glicosídeos iridóides (harpagina, harpágido, trans-cinnamoyl harpagide, trans-coumaroyl harpagide, procumbide, etc.); glicosídeos fenólicos (verbascosídeo, acteosídeo, isoacteosídeo e biosídeo); traços de óleo essencial, b-sitosterol, triterpenos pentacíclicos; flavonóides (kaempferol e luteolina); aminoácidos; açúcares; harpagoquinona; gomoresina; aucubinina B; beatrinas A e B.
Ações farmacológicas: Anti-inflamatória, analgésica, sedativa, anti-espasmódica, digestiva e diurética.
Interações medicamentosas: Em altas doses pode interferir com drogas anti-arrítmicas e anti-hipertensivas.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em geral, são bem tolerados nas doses indicadas, mas tem relatos de cefaleia, zumbido, anorexia, gastralgia e perda da gustação. No início do tratamento pode haver um ligeiro efeito laxante e transtorno estomacal.
Não é recomendado a administração endovenosa por ser potencialmente tóxica por esta via.
Contra-indicações: Não é recomendada durante a gravidez.
Posologia e modo de uso: Capsula de extrato seco da garra do diabo (padronizado como 100mg de harpagosídeo ou 150 mg de iridóides totais expresso em harpagosideos), tomar uma cápsula vez ao dia por 2 semanas.
Observações: Harpagophytum, do grego, significa “planta-arpão.
Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.
http://www.bihrmann.com/caudiciforms/subs/har-pro-sub.asp – Acesso 11 Março 2014.
http://www.avogel.es/enciclopedia-de-plantas/harpagophytum_procumbens.php – Acesso 11 Março 2014.
http://www.publish.csiro.au/paper/CH9792085.htm – Acesso 18 Março 2014.
http://www.sofmmoo.com/grand-public/musee/plantes/plantes.htm – Acesso 11 Março 2014.
http://www.tropicos.org/Name/24300038?tab=subordinatetaxa – Acesso 11 de Março 2014.