YACON

24/02/2020 18:55

Smallanthus sonchifolius   (Poepp.) H. Rob.

Asteraceae (Compositae)


SinonímiasPolymnia edulis Wedd.; Polymnia sonchifolia Poepp.

Nomes populares: Yacón (Peru, Bolívia, Argentina), yacon, batata-diet (Brasil), aricoma (Bolívia), jiquima, yacuma (Equador), arboloco (Colômbia).

Origem ou Habitat: Nativa das regiões montanhosas e altas da Cordilheira dos Andes, desde a Venezuela até o norte da Argentina, sendo o Peru o principal país produtor (Silva Júnior, 2003; Alonso & Desmarchelier, 2005).

Características botânicas: Planta semi-arbustiva, perene, robusta, entre 1,8 e 2,4 m de altura, podendo atingir até 3 m. O caule é cilíndrico ou subangular, ramificando-se com o tempo. Possui folhas membranáceas, verde em cima com a face dorsal mais pálida, tenuamente gríseo-tormentosa e dimórficas. As inferiores são profundamente lobadas, com o pecíolo alado, base auriculada e limbo rubro-pardo, enquanto as folhas superiores são oval-lanceoladas, com 25 a 30 cm de comprimento por 20 cm de largura. Capítulos são laxos, radias, corimboso-paniculados, reunindo cerca de 13 a 15 flores pequenas, de intensa cor alaranjada, com 5 a 6 sépalas oblongas e foliáceas, sendo as mais inferiores lanceoladas e pilosas. As flores medem 3 a 4 mm de comprimento e 16 a 18 mm de diâmetro, são dentadas e pistiladas e funcionalmente femininas (as mais externas), enquanto as flores inferiores são estaminadas, funcionalmente masculinas. O fruto é do tipo aquênio, obovóide, seco, preto e quase sempre estéril. A parte subterrânea é formada por rizomas rígidos, superficialmente, de polpa creme, pouco doce, pouco fibros, de película violácea. Na parte mais profunda, encontra-se uma penca de 5 a 20 túberas de formato fusiforme a globular, irregular, pesando cerca de 150 a 1000 g e medindo cerca de 20 a 25 cm de comprimento e 7 a 10 cm de diâmetro, de tonalidade castanho-acizentada. A polpa é friável, translúcida, sumarenta, doce e de cor creme-amarelada, escurecendo quando em contato com o ar.

Partes usadas: Principalmente a raiz e em menor proporção as folhas e caule (Alonso & Desmarchelier, 2005; Alonso, 2004).

Uso popular: No Brasil, as folhas secas, trituradas e preparadas na forma de infusão, são empregadas popularmente como hipoglicemiantes (Alonso, 2004).

Na Bolívia, utilizam-se as raízes cruas como diurético em afecções do rim e da bexiga, além de tomar a decocção (ou suco) da raiz em casos de cistite, hepatite e nefrose, enquanto que, no Peru, fazem-se cataplasmas quentes com as folhas para mialgias e reumatismo (Duke, et al., 2009).

Nota sobre o uso: O emprego do yacon em casos de diabetes foi aprovado pela Secretaria Municipal de Saúde de Diadema, São Paulo (Alonso & Desmarchelier, 2005).

Composição química: Raíz: Grande parte (90%) do peso seco das raízes está constituído por carboidratos, dos quais 50 a 70% são oligofrutanos e o restante como sacarose, frutose e glicose (Alonso & Desmarchelier, 2005), incluindo inulina (uma forma de oligofrutano), fitoalexinas, ácido clorogênico, triptofano, amidas, asparagina, glutamina, prolina e arginina, potássio, compostos polifenólicos.

Folhas: Contem sesquiterpenos, lactonas, flavonoides, sonchifolina, uvedalina, enhiadrina e fluctuanina, ácido gálico, ácido gentísico e os seguintes compostos polifenólicos: ácidos clorogênico, cafeico e ferúlico.

Ações farmacológicas: O efeito mais conhecido dos oligossacarídeos, sobretudo os oligofrutanos, é a estimulação seletiva do crescimento das bifidobactérias, modificando de forma significativa a composição da flora intestinal. A inulina e os oligofrutanos demonstraram, em estudos com animais, importantes propriedades anti-neoplásicas. (Silva Júnior, 2003).

A inulina também aumenta a absorção de cálcio em humanos. Estudos realizados com mulheres jovens demonstraram que a administração diária de 8g de inulina + oligofrutose durante 3 semanas aumenta a absorção de cálcio, chegando a resultados semelhantes a outros estudos com humanos, porém com grupos menores (Griffin, et al., 2002; Abrams, et al., 2005).

Muitas substâncias contidas na planta possuem, em modelos animais, comprovada atividade hipoglicemiante e hipocolesterolemiante. Dietas à base de inulina reduzem o colesterol plasmático total, reduzindo VLDL e aumentando o percentual de HDL, além de reduzir as concentrações de triacilglicerol e fosfolipídeos séricos e a lipogênese hepática, protegendo os animais da esteatose hepática (Silva Júnior, 2003). Estudos experimentais com ratas diabéticas demonstraram que a administração do extrato aquoso da raiz de yacon produz efeitos hipoglicemiantes significativos (Alonso & Desmarchelier, 2005). A enhiadrina, lactona sesquiterpênica em maior quantidade nas folhas, e os compostos polifenólicos como os ácidos cafeico, clorogênico e 3 ácidos dicafeoilquínicos demonstraram eficácia em reduzir a glicose pós-prandial e utilidade no tratamento de diabetes nos animais (Genta, et al., 2010).

O aminoácido L-triptofano demonstrou efeitos protetores frente ao dano oxidativo causado por radicais livres e isquemia, sobre a mucosa gástrica de ratos. Os compostos fenólicos presentes nas folhas e raízes possuem atividade antioxidante in vitro e atividade hepatoprotetora em ratos expostos a sobrecargas alcoólicas e químicas, assim como sobre outros radicais livres (Alonso & Desmarchelier, 2005).

Interações medicamentosas: Em virtude do efeito hipoglicemiante observado, sugere-se consultar um médico sobre a possibilidade de combinar extratos de yacon com outras drogas hipoglicemiantes (Alonso, 2004).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: A inulina administrada em altas doses na dieta não causa toxicidade, morbidade ou mortalidade ao organismo. Estudos in vitro demonstraram ausência também de mutagenicidade e genotoxicidade (Silva Júnior, 2003).

Duke, et al., (2009) classifica a planta como segura, enquanto (Alonso, 2004) e (Alonso & Desmarchelier , 2005) colocam que não foram ainda documentados efeitos colaterais.

O chá das folhas pode causar danos renais quando usado por longo tempo.

Contra-indicações: Não foram reportadas contra-indicações ao uso do yacon. No entanto, ante a falta de estudos que indiquem a inocuidade dos extratos, não se recomenda sua administração durante a gestação (Alonso, 2004).

Posologia e modo de uso: Consome-se a raiz in natura ou em saladas de frutas, tendo sabor semelhante ao da pêra, ou seu suco, produzido a partir da prensagem das raízes, “chips”, obtidos a partir de fatias secas da raiz. Outros derivados: extrato fluido a 20%, extrato seco e granulado, encapsulados, balas e pães (Silva Júnior, 2003).

O yacon é utilizado também como edulcorante e aromatizante em alimentos, em especial iogurtes probióticos (Alonso, 2004).

Observações: Um estudo de 2011, com três diferentes extratos das folhas, administrados a ratos, apontou para toxicidade dos extratos que continham lactonas sesquiterpênicas, causando danos renais nos animais, sugerindo fortemente que estes terpenoides são os principais componentes tóxicos das folhas do yacon.

Os autores do estudo, baseados em seus resultados, não recomendam o uso oral de folhas de yacon para o tratamento de diabetes (Oliveira, et al., 2011).

Referências: 

ABRAMS, S.A. et al. A combination of prebiotic short- and long-chain inulin-type fructans enhances calcium absorption and bone mineralization in young adolescents. American Journal of Clinical Nutrition, v. 82, n. 2, p. 471-476, Agosto, 2005. Disponível em: http://www.ajcn.org/content/82/2/471.- Acessado em: 25 de julho de 2011.

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 1092-1093.

ALONSO, J.; DESMARCHELIER, C. Plantas Medicinales Autóctonas de la Argentina: Bases Científicas para su Aplicación en Atención Primária de la Salud Buenos Aires: L.O.L.A., 2005. p. 567-573.

DUKE, J.; BOGENSCHUTZ-GODWIN, M.J.; OTTESEN, A.R. Duke’s Handbook of Medicinal Plants of Latin America. [S.I.]: CRC Press,, 2009. p. 642-643

GENTA, S.B.; et al. Hypoglycemic activity of leaf organic extracts from Smallanthus sonchifolius: Constituents of the most active fractions. Chemico-Biological Interactions, 29 Abril, 2010,v. 185, n. 2, p. 143-52. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20211156 – Acessado em: 25 de julho de 2011.

GRIFFIN, I.J.; DAVILA, P.M.; ABRAMS, S.A. Non-digestible oligosaccharides and calcium absorption in girls with adequate calcium intakes. British Journal of Nutrition, 2002, v.87, s.2, p.187–191 . Disponível em: http://128.232.233.5/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=906332&fulltextType=RA&fileId=S0007114502000946 – Acessado em: 25 de julho de 2011.

SILVA JUNIOR, A.A. Essentia herba: Plantas bioativas. Florianópolis: Epagri, 2003. p. 281-291.

OLIVEIRA, R.B. et al Renal toxicity caused by oral use of medicinal plants: the yacon example. Journal of Ethnopharmacology, 27 Jan, 2011, v.133, n.2, p.41-434. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20951787?dopt=AbstractPlus – Acessado em: 25 de julho de 2011.

Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. http://www.tropicos.org/Name/2734075 – Acessado em: 25 de julho de 2011.

http://yacon.wordpress.com/about/ (foto tuberculos) – Acesso em: 28 de maio de 2012.

http://ewainthegarden.blogspot.com.br/2009/09/yacon-in-my-organic-fruits-garden.html (foto flor)- Acesso em: 28 de maio de 2012.

http://dicasdanutricionista.com.br/2008/05/21/propriedades-da-batata-yacon-2/(foto tuberculos)- Acesso em: 28 de maio de 2012.

Tags: CistiteDiuréticoHipoglicemianteReumatismo

VIOLETA-DE-JARDIM

24/02/2020 18:49

Viola odorata  L.

Violaceae


SinonímiasViola hirta L., Viola wiedemannii Boiss.

Nomes populares: Violeta-de-jardim, violeta-perfumada, violeta-de-cheiro, violeta-européia, viola-roxa.

Origem ou Habitat: Europa. No Brasil é cultivada nas regiões Sul e Sudeste.

Características botânicas: Herbácea perene, sem caule aéreo, estolonífera, medindo cerca de 10-15 cm. Folhas em roseta, simples, longo-pecioladas, cordiforme-arredondada, medindo de 3-6 cm de comprimento. Flores perfumadas, de cor violeta-escuras, solitárias sobre um pedúnculo radical.

Partes usadas: Flores, folhas, raiz, sementes.

Uso popular: Na medicina caseira é usada para afecções bronco-respiratórias, emética e purgativa, emoliente, antiespasmódica, anti-inflamatória, diurética e sudorífica. São usadas para afecções gástricas. Externamente, pode-se usar a decocção das raízes secas sobre as articulações doloridas.

As flores são melíferas e usadas na culinária no preparo de saladas. As folhas mais jovens são utilizadas para sopas e saladas.

Composição química: Possui em sua composição fitoquímica salicilato de metila, saponina, alcalóide (odorantina nas raízes, escopoletina planta toda, violina nas flores e raízes), violaquercitrina, resinas, mucilagens, antocianina, vitamina C, ácidos (ferúlico, sinápico, málico, octenóico, octílico, palmítico, nitropropiônico, salicílico), flavonóides (quercitina, rutina.

Ações farmacológicas: Emética, emoliente, expectorante, depurativa, anti-séptica.

Observações: 

Além da Viola odorata L., outra espécie exótica é também cultivada no Sul e Sudeste como ornamental, conhecida como “amor-perfeito”: Viola tricolor L.

No Sul e Sudeste do Brasil existem 3 espécies endêmicas de Viola que foram consideradas vulneráveis e estão em perigo de extinção: Viola cerasifolia A.St.-Hil., Viola gracillima A.St.-Hil. e Viola subdimidiata A.St.-Hil.

Referências: 

DELAVEAU,P. et al. Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Lisboa: Lisgrafica, 1983.

LORENZI, H.; MATOS, F.J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil – acesso em 17 de setembro de 2013.

http://www.botanical-online.com/medicinalsvioleta.htm/ Acesso 20 Maio 2016.

http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br – acesso em 17 de setembro de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/33800067 – acesso em 17 de setembro de 2013.

Tags: Anti-inflamatórioAntiespasmódicoDiuréticoEméticaEmolientesPurgativoSudorífica

VINAGREIRA

24/02/2020 18:35

Hibiscus sabdariffa  L.

Malvaceae


SinonímiasSabdariffa rubra Kostel., Hibiscus cannabinus L., Hibiscus cruentus Bertol., Hibiscus fraternus L., Hibiscus palmatilobus Baill.

Nomes populares: Rosela, rosélia, azedinha, azeda-da-guiné, caruru-da-guiné, chá-da-jamaica, pampulha, papoula-de-duas-cores.

Origem ou Habitat: Sudeste da Ásia, Índia e seus vizinhos a leste e ao sul do Himalaia. Foi introduzido no Egito, Sri Lanka, Tailândia, Jamaica e México, e difundida para vários países de clima tropical.

Características botânicas: Existem muitas variedades de Hibiscus sabdariffa, segundo SILVA JUNIOR, 2003, e a variedade que vamos descrever é Hibiscus sabdariffa L. var. sabdariffa Wester f. ruber que apresenta cálices vermelhos e suculentos, próprios para consumo (Morton, 1987, apud SILVA JUNIOR, 2003); é um subarbusto anual, ereto, medindo cerca de 1,8 – 2,20 m de altura. Apresenta caule avermelhado, cilíndrico e ramoso. Folhas alternas, longo-pecioladas, verdes com nervuras vermelhas, sendo as inferiores inteiras e ovadas e as superiores palmatilobadas, com 3-5 lobos estreitos e agudos, 5-nervuras, denteados, com uma grande glândula na base da nervura mediana e medindo de 7 – 12 cm de comprimento.

Flores amarelas ou ocre-pálidas, solitárias, sésseis, axilares, de andróforo rosa ou marrom, medindo cerca de 12 cm de diâmetro. As pétalas adquirem uma tonalidade rósea ao final do dia, quando tendem a murchar.

Cálice vermelho e carnoso, formado por 5 pétalas grandes e um colar composto de 8 a 12 brácteas triangulares, finas e pontiagudas em torno da base. Fruto tipo cápsula, verde quando imaturo e vermelho e suculento quando maduro, de formato cônico-ovóide, medindo 3-5 cm de comprimento. As sementes são reniformes e castanho-claras, em número de 3 a 4 por fruto.

Partes usadas: Flores, folhas, sementes e raízes.

Uso popular: As folhas são usadas popularmente como emolientes, estomáquicas, febrífugos, hipo-tensoras e antiescorbúticas. Os cálices ou frutos, são refrescantes, coleréticos, diuréticos e laxantes suaves. As sementes são diuréticas, tônicas e tidas como afrodisíacas. A raiz é estomáquica, aperitiva, amarga e tônica.

Composição química: Cálice e flores: antocianidinas (hibiscina, cianidina, crisantenina e delfinidina), flavonóides (hibiscina, gossipetina, hibiscetina e sabdaretina), ácido protocatechuico (é um ácido fenólico), polissacarídeos mucilaginosos, ácidos orgânicos (ácido hibístico e cítrico), vitamina C, pectina, fitosteróis (b-sitosterol, campesterol, ergosterol, estigmasterol),

As folhas são ricas em proteínas e sais minerais. Apresentam alto nível de ferro e zinco, além de cálcio, carotenos e vitamina C.

Raízes: principalmente ácido tartárico e saponinas.

Ações farmacológicas: A infusão ou decocção do hibisco, em animais não-humanos, demonstrou propriedades hipo-tensoras arteriais (ALONSO, J. 2004);

A ingestão do extrato aquoso da planta reduz a taxa de absorção de álcool no organismo, reduzindo o efeito do alcoolismo (Watt & Breyer-Brandwijk, 1962, apud SILVA JUNIOR, 2003);

O extrato etanólico da planta inteira produz efeitos hipoglicemiantes em ratas submetidas a diabetes experimental.

Extratos de vinagreira reduziram a taxa plasmática de lipídeos totais, colesterol total e triglicerídeos, através de um provável sinergismo com os fitoesteróis, estimulando os sistemas enzimáticos do fígado. (ALONSO, J., 2004).

Alguns estudos apontam atividade antitumoral.

O extrato seco das flores apresenta poderosa atividade antioxidante.

O ácido protocatechuico demonstrou ação antioxidante e anti-inflamatória. (Liu et al., 2002 apud SILVA JUNIOR, 2003).

Alguns ensaios clínicos demonstraram que o chá das flores reduziu a pressão arterial. (SILVA JUNIOR, 2003).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: O óleo obtido das sementes apresenta mutagenicidade(ALONSO, J., 2004; SILVA JUNIOR, 2003.

Contra-indicações: A planta e seus produtos são contra-indicados para pessoas portadoras de doenças cardíacas, o efeito diurético da planta aumenta a excreção de eletrólitos, especialmente o potássio. (Teske & Trentini, 1997 apud SILVA JUNIOR, 2003).

Ante a falta de dados sobre inocuidade durante a lactação e gravidez, não se recomenda nestas circunstâncias (ALONSO, J., 2004).

Posologia e modo de uso: Infusão: 1 colher das de sopa de cálices jovens em 1 xícara de água fervente. Tomar 1 xícara 3 x ao dia, após as refeições.

Decocção: 1 colher das de sopa de flores em 2 copos de água. Ferver por mais ou menos 5 minutos. Coar e tomar 1 copo 3 x ao dia, após as refeições.

Emplasto com as folhas quentes aplicar sobre furúnculos, rachaduras nos pés e úlceras dérmicas.

Observações: Os frutos e os cálices são utilizados na preparação de geleias, compotas, pudim, tortas, gelatina, sorvetes, refrescos, vinho de rosela, xarope, vinagre, etc.

No Maranhão é consumido um prato típico chamado “arroz de cuxá”, que consiste em folhas cozidas de vinagreira servidas com peixe e arroz.

As fibras dos caules são utilizadas no ramo têxtil.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

DRESCHER, L. (coordenador). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 113.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

SILVA JUNIOR, A.A.. Essentia herba – Plantas bioativas. Florianópolis: Epagri, 2003.pgs. 266-280.

http://www.tropicos.org/Name/19600047?tab=synonyms – acesso em 28 de setembro de 2012.

Tags: AfrodisíacoColeréticaDiuréticoEmolientesEstomáquicoFebrífugaLaxanteTônico

URTIGA

24/02/2020 18:19

Urtica dioica  L.

Urticaceae


SinonímiasUrtica galeopsifolia Wierzb. ex Opiz.

Nomes populares: Urtiga, urtiga-mansa, urtiga-maior, urtiga-européia, bichu booti (Pakistan), ortie, stinging nettle (English, Canada), yi zhu qian ma (China)(LAVALLE, 2000),(SCHULZ, V.; HÄNSEL, R.; TYLER, 2002).

Origem ou Habitat: Nativa da Europa e subspontânea ou cultivada principalmente nas regiões sul e sudeste do Brasil.

Características botânicas: Subarbusto ereto, perene, de 40-120 cm de altura. Folhas inteiras, de 7-15 cm de comprimento. Flores pequenas de cor branca ou amarelada. O pecíolo das folhas e ramos possuem pêlos e cerdas com forte ação urticante, causadas pela presença de ácido fórmico e aminas(LAVALLE, 2000).

Partes usadas: Planta toda (folhas, raízes).

Uso popular: Estancar sangramentos (infusão de folhas e ramos), rinite alérgica crônica (folhas), diurético (raízes), alívio dos sintomas da hiperplasia prostática benigna (raízes), inflamações articulares, reumatismos, diabetes, fortificante capilar, cicatrizante e hemostático de feridas, hemorragias nasais, dores de cabeça, cansaço. É também usada para anemia, hemorragia uterina, erupções cutâneas, eczema infantil , eczema de fundo nervoso, doenças crônicas do cólon, diarréia, disenteria, queimaduras, hipermenorréia, asma, condições dermatológicas pruriginosas, picadas de inseto, febre do feno, aumentar a produção de leite, e externamente em inflamações orofaríngeas (gargarejos). O suco pode ser utilizado para tratar ardência provocada por urtiga. Em casos de lombociatalgias, neuralgias ou artralgias é utilizada fazendo-se a urticação: esfrega-se folhas frescas (principalmente coletadas pouco antes da floração, em seu momento mais urticante) sobre a superfície dolorosa e em seguida faz-se fricção com água fria sobre a superfície.

Composição química: Segundo Alonso (2004): Parte aérea: flavonóides (heterosídeos de quercetina, isoramnetina e kampferol nas flores), vitaminas B, C e K, esteróis (β-sitosterol), sais minerais (sílica, cálcio, potássio, manganês, ferro, enxofre), clorofila (folhas), mucilagem, betaína, colina, carotenóides, prótidos (em especial lisina), polissacarídeos, ésteres do ácido caféico (ácido clorogênico, ácido cafeilmálico), taninos.

Pêlos: histamina, acetilcolina, serotonina, ácido acético, ácido gálico, ácido fórmico, colina.

Raiz: taninos, fenilpropanóides (álcool homovalínico, epoxilignanos), fitoesteróis (principalmente β-sitosterol, campesterol, estigmasterol, etc.), heterosídeos esteroidais, escopoletina, lectinas, flavonoides, cumarinas e polissacarídeos (glucanos, glucogalacturonanos, arabinogalactano).

Semente (óleo): ácido linoleico, ácido oleico, ácido linolênico, ácido palmítico, ácidos saturados, glicerol.

Aporte nutricional para cada 100 g da planta inteira: proteínas, aminoácidos essenciais, lipídeos, b-caroteno, vitamina B1, B5 ou ácido pantotênico, B2 ou riboflavina, ácido ascórbico, vitamina K1, sais minerais, ferro, cálcio, sílica, fósforo, enxofre, sódio, potássio, cloro, magnésio, manganês, traços de cobre e zinco, clorofila alfa e beta (folha seca).

O fruto da urtiga contém principalmente proteínas, lipídeos (muito rico em ácido linoleico), mucilagem, tocoferol e carotenóides

Ações farmacológicas: anti-reumática e anti-inflamatória (estas ações, em parte, são devido a inibição da via da ciclooxigenase e por inibição da 5-lipooxigenase; estudos em ratos mostraram que os polissacarídeos da raiz tem ação anti-inflamatória sobre edema de pata por carragenina)(ALONSO, 2004), anti-séptica, bactericida, adstringente, diurética e hipotensiva (provoca uma diurese natriurética e em anéis isolados de aorta contraídos por KCl ou norepinefrina , o extrato de raiz de urtiga causa vasodilatação)(ALONSO, 2004), expectorante, estimulante circulatória, anti-anêmica, emenagoga, hemostática, hipoglicêmica, antiviral, antidiarréica, cicatrizante, colagoga,¹ antialergênica, galactogoga(CHEVALLIER, 1996) e antioxidante(OZKOL, et al, 2001).

Informações complementares:

Em uma das referências, consta a informação de que a utilização das raízes de Urtica dioica apenas alivia os sintomas da hiperplasia prostática, sem diminuir seu tamanho (causando aumento do volume urinário, aumento do fluxo urinário máximo e redução do volume de urina residual)(BLUMENTHAL, 1998), enquanto em outras referências encontram-se hipóteses de ação baseadas em estudos laboratoriais: inibição da proliferação celular no tecido hiperplásico (MILLS; BONE, 2002), inibição dos metabólitos da testosterona e estrogênio por inibição da 5-α-redutase(LORENZI; MATOS, 2002), modificação da concentração de andrógenos livres ao interagir com as proteínas séricas transportadoras de andrógenos, redução do metabolismo celular da membrana prostática e inibição de seu crescimento ao inibir sua atividade Na-K-ATPásica e inibição da enzima aromatase responsável pela conversão de testosterona em estradiol(ALONSO, 2004).

Uma publicação relata oito estudos observacionais e quatro estudos duplo-cegos com placebos com bons resultados (Fitoterapia racional).

Interações medicamentosas: O uso de extratos pode interferir com terapias antidiabéticas, antihipertensivas e anticoagulantes. Pode aumentar os efeitos anticoagulantes da warfarina (FDA), devido aos seus componentes cumarínicos, e de fármacos com ação depressora sobre o sistema nervoso central(MILLs; BONE, 2000).

Um estudo mostrou que a associação de 50 g de extrato de urtiga com 50 mg diários de diclofenaco produziu os mesmos resultados antiinflamatórios que 200 mg diários de diclofenaco (ALONSO, 2004).

Em um recente trabalho foram comprovados efeitos protetores de extratos de urtiga (Urtica dioica) frente aos efeitos adversos de agentes quimioterápicos utilizados na terapia do câncer. Um destes agentes é o Cisplatino, causador de nefrotoxicidade e hepatoxicidade, comprometendo a sobrevivência futura dos pacientes(OZKOL et al, 2011).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Normalmente é bem tolerada. Ocasionalmente observou-se alergias cutâneas, edema, oligúria e irritação gástrica quando administrada sob a forma de infusão. A ingestão das folhas de forma comestível pode provocar irritação gástrica (ALONSO, 2004). Em um estudo observacional com 4087 pacientes com HPB 35 relataram efeitos colaterais (problemas gastrointestinais, alergias cutaneas e dois casos de hiperhidrose)(SCHULZ; HÄNSEL; TYLER, 2002).

Contra-indicações: A urtiga é considerada abortiva e capaz de afetar o ciclo menstrual (estudos realizados em animais constataram atividade uterina). O uso excessivo durante a amamentação não é recomendado(MILLS; BONE, 2000). É contra-indicado em pessoas com insuficiência ou outra doenças renal (devido à sílica presente em suas folhas). Usar com cautela em indivíduos com gota ou com história de cálculos renais de ácido úrico. Um autor desaconselha o uso em pessoas com edema de origem cardíaca ou renal (pois pode diminuir as funções de ambos os órgãos), e em pessoas com tromboflebite ou que apresentam altos níveis sanguíneos de protrombina (ALONSO, 2004).

Posologia e modo de uso: Infusão: uma colher (de chá)de folhas ou partes aéreas picadas para cada xícara(150 ml) de água fervente, tomar 3 xícaras por dia por 7 dias .

Raízes: dose média diária de 4 a 6 g;

Extrato seco (5:1) 0,5-1 g/dia.

Uso externo: a tintura-mãe a 10% pode ser usada na forma de fricções sobre superfícies dolorosas. A decocção (50-100g/l fervendo 30 minutos) ou a infusão (25g/l) podem ser empregadas para uso externo (fricções em couro cabeludo, compressas, colutório, etc).

Observações: A Urtica dioica é chamada urtiga-maior para diferenciá-la da Urtica urens conhecida como urtiga-menor. A espécie Urtica urens, conhecida como urtiga menor é de uso popular para hemorragias, catarro com sangue, reumatismo, gota, doenças de pele, é diurética, as folhas novas são utilizadas como alimento(FRANCO; FONTANA, 2004).

A espécie nativa (foto abaixo) Urera baccifera ( L.) Gaudich.ex Wedd. da família das Urticaceas, conhecida como urtigão, tem uso popular das folhas para pressão alta e colesterol, o caule para bronquites, reumatismo e manchas da pele, a raiz para pedra nos rins, corrimento vaginal, antiinflamatória e em diabetes .(FRANCO & FONTANA, 2004; GUPTA, 1995

Referências:

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 831-836.

BLUMENTHAL, M. (ed.). The Complete German Comission Monographs: Therapeutic Guide to Herbal Medicines. Austin, Texas: American Botanical Council, 1998. p. 216-217.

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Tags: AnemiaAsmaCefaléiaCicatrizanteDiarreiasDisenteriaDiuréticoEczemaHemostáticoQueimaduraReumatismo

TANSAGEM

24/02/2020 14:48

Plantago major  L.

Plantaginaceae


Nomes populares: Tanchagem, tanchagem-maior, tanchás, tachá, tansagem, tranchagem, transagem, sete-nervos, tançagem, tanchagem-média, plantagem.

Origem ou Habitat: Nativa da Europa e naturalizada em todo o sul do Brasil (Lorenzi & Matos, 2002).

Características botânicas: planta herbácea, perene, ereta, não possui caule, pode chegar até 40 cm de altura. As folhas são dispostas em roseta basal, com pecíolo longo e lâmina membranácea com nervuras bem destacadas, de 15-25 cm de comprimento. Flores muito pequenas, hermafroditas, dispostas em inflorescências espigadas eretas sobre haste floral de 20-30 cm de comprimento, de cor verde-amarelada. Os frutos são cápsulas elipsóides de 2 a 4 mm de largura. As sementes são facilmente colhidas raspando-se entre os dedos a inflorescência. Multiplica-se por sementes. A raiz é fasciculada. Outras espécies, muito semelhantes, são utilizadas no Brasil para os mesmos fins na medicina popular, sendo a Plantago lanceolata Hook. de origem européia e a Plantago australis Lam. nativa do Sul e Sudeste do Brasil. Outra espécie, de origem oriental, Plantago ovata Forssk. é descrita com detalhes pelo dr. Jorge Alonso, no Tratado de Fitofármacos y Nutracêuticos, 2002, e apresenta os mesmo usos medicinais.

Partes usadas: Folhas e sementes.

Uso popular: No Brasil é considerada diurética, antidiarreica, expectorante, hemostática e cicatrizante, sendo empregada contra infecções das vias respiratórias superiores (faringite, amigdalite, estomatite), bronquite crônica e como auxiliar no tratamento de úlceras pépticas. Também são empregadas, tanto as flores como as sementes, contra conjuntivite e irritações oculares devidas a traumatismos. As sementes são utilizadas como laxante(neste caso deve-se beber água e colocar as sementes para inchar em água) e depurativas enquanto as folhas são empregadas internamente no tratamento da diarreia. Utilizada para tratar afecções de pele (acne e cravos), queimaduras e picadas de insetos. Usada como auxiliar no tratamento dos que querem deixar do hábito de fumar.

As folhas jovens são usadas como alimento em saladas e refogados.

Relato popular de uso em tensão pré menstrual (TPM).

Composição química:  Contém mucilagens de ácidos urónicos (3 a 6%), pectinas, glucosídeos iridóides (asperulósido, aucubósido), taninos, ácido cafeico e seus ésteres (clorogênico, neoclorogênico) e derivados do ácido cinâmico (acteósido), ácido silícico livre e combinado, cumarinas (esculetina), vários ésteres osídicos de ácido cafeico (verbascósido, plantamósido).³ Possui sais de potássio (até 0,5%), enzimas (invertina e emulsina), saponinas, vitamina C, flavonoides (plantaginina) e ácidos orgânicos (cítrico e málico). Um estudo sobre as quantidades de proteínas, açúcares, vitaminas e minerais explica o seu uso como alimentos.

Flavonoides: Luteolina, Apigenina, Baicaleína, dentre outros.

Alcalóides: Indicaina e plantagonina

Terpenoides e Esteróides: Ácido ursólico, ácido oleanólico, ácido de sitosterol, 18β-gliciretínico, dentre outros.

Iridóides: Aucubina, loliolide, asperuloside, majorósideo, dentre outros.

Acidos fenólicos: Plantamajosideo, verbacosideo, ácido clorogênico, ácido fumárico, ácido siríngico, ácido vanílico, dentre outros.

Ácidos graxos: Ácido lignocérico, ácido palmítico, ácido esteárico, dentre outros.

Polissacarídeos: Xilose, arabinose, ácido galacturônico, dentre outros.

Ações farmacológicas: As mucilagens têm efeito emoliente, antialérgico, expectorante e reduzem a assimilação intestinal dos glúcidos e lipídeos. Os glucosídeos iridóides têm ação anti-inflamatória, os taninos conferem-lhe atividade adstringente e as sementes possuem ação laxativa. Em um estudo, alguns compostos puros encontrados no extrato da planta demonstraram uma potente atividade antiviral. Entre eles, o ácido cafeico demonstrou forte atividade contra herpes-vírus (HSV-1 e HSV-2) e adenovírus (ADV-3) e o ácido clorogênico demonstrou atividade contra o adenovírus 11 (ADV-11). Em outro estudo, o extrato da planta exibiu atividade imunomodulatória, aumentando a proliferação de linfócitos e secreção de interferon-y em concentrações baixas.

Interações medicamentosas: No seu trajeto pelo intestino, as sementes podem interferir com a absorção de outros fármacos (glucosídeos cardiotônicos, derivados cumarínicos, vitamina B12, carbamazepina, sais de lítio, cálcio, cobre, magnésio e zinco), por este motivo deve-se ter precaução de não administrá-la junto a algum outro tratamento (Alonso, J., 2004).refere-se á P. ovata.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Para as sementes se menciona a possibilidade de gerar flatulência ou sensações de obstrução de esôfago ou intestino, principalmente quando a quantidade de líquido ingerido com a planta é insuficiente.

Contra-indicações: As sementes não devem ser administradas na presença de obstruções do trato gastrointestinal.

Evitar o uso em gestantes.

Posologia e modo de uso: Uso interno: como laxante e depurativo: infusão das sementes, preparado adicionando-se água fervente em um copo contendo uma colher de sopa de sementes deixadas em maceração durante a noite;

contra infecções das vias aéreas, fazer gargarejo de seu chá, 2 a 3 vezes por dia (2 colheres de sopa das folhas picadas para 1 xícara de chá de água fervente).

Para dores de garganta tomar 3 x ao dia a infusão de 1 colher de sopa de folhas picadas para 1 xícara de chá de água fervente.

Uso externo: cataplasma preparado com folhas amassadas, misturado com glicerina e aplicado sobre feridas, queimaduras e picadas de insetos;

para prostatites, é indicado banho de assento, de duração de 20 minutos, 2 vezes por dia, preparado através da fervura de 5 colheres de sopa de folhas picadas em 1 litro de água(Lorenzi & Matos, 2002; Panizza, 1997.

Observações: Existem outras espécies de Plantago usadas como remédio, apesar de informantes relatarem que Plantago major é melhor.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 633-635.

ADOM, Muhammad Bahrain et al. Chemical constituents and medical benefits of Plantago major. Biomedicine & Pharmacotherapy, [s.l.], v. 96, p.348-360, dez. 2017.

CUNHA, A. P., SILVA, A. P., ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 600-601.

DRESCHER, L. (coordenador). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 109.

CHIANG, L. C. et al W. In Vitro Cytotoxic, Antiviral and Immunomodulatory Effects of Plantago major and Plantago asiatica. The American Journal of Chinese Medicine (AJCM). 2. ed. v. 31, 2003. p. 225-234.

CHIANG, L. C. et al. Antiviral activity of Plantago major extracts and related compounds in vitro. Antiviral Research, v.55, n. 1, p. 53-62, July 2002.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 382-383.

PANIZZA, S. Plantas que curam: cheiro de mato. 5. ed. São Paulo: IBRASA, 1997. p 190-191.

REVILLA, J. Plantas da Amazônia: oportunidades econômicas e sustentáveis. Manaus: [s. i.], 2000. p. 75-78.

SAMUELSEN, Anne Berit. The traditional uses, chemical constituents and biological activities of Plantago major L. A review. Journal Of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 71, n. 1-2, p.1-21, jul. 2000.

STUART, M. Enciclopedia de Hierbas y Herboristería. Barcelona: Ediciones Omega S. A., 1981. p. 241-242.

Tags: AntidiarreicoBronquiteCicatrizanteDepurativoDiuréticoExpectoranteHemostáticoLaxanteQueimaduraÚlceras

SETE-SANGRIAS

22/02/2020 17:03

Cuphea carthagenensis   (Jacq.) J.F.Macbr

Lythraceae 


SinonímiasBalsamona pinto Vand., Cuphea balsamona Cham. & Schltdl., Lythrum carthagenense Jacq., Cuphea pinto Koehne.

Nomes populares: Sete-sangrias, erva-de-sangue, pé-de-pinto, guanxuma-vermelha.

Origem ou Habitat: É nativa de toda a América do Sul e ocorre como planta ruderal de crescimento espontâneo em pastagens e terrenos baldios de todo o Brasil, sendo considerada indesejada pelos agropecuaristas.

Características botânicas: Cuphea carthagenensis é uma erva ereta, com até 0,6 m de altura, muito ramificada, setosa-pubescente, caule avermelhado, às vezes base lenhosa. Folhas 0,9-3,5 c, de comprimento e 0,4-1,6cm de largura, simples, opostas, elípticas a lanceoladas, ásperas, pecioladas, pubescentes. Flores com 2 bracteolas, dispostas nas axilas das folhas, cerca de 0,5 cm de comprimento, cálice gamossépalo, internamente piloso, pétalas violáceas ou rosadas, obovadas, presas no ápice do cálice, estames inclusos, inseridos mais ou menos na metade do cálice, ovário súpero. Semente alada.

Uso popular: Segundo as comunidades da Ilha de Santa Catarina as partes aéreas C. carthagenensis são empregadas na forma de decocto, internamente como depurativo do sangue, para ativação da circulação, em distúrbios do coração, para diminuir a taxa de colesterol e para diabetes.Outra espécie de sete-sangrias , a C. calophylla Cham.& schltdl. é utilizada nestas comunidades com as mesmas indicações.

Segundo a literatura as plantas do gênero Cuphea são consideradas na medicina popular como laxativas e anti-inflamatórias (SOEZIMA et al., 1992); febrífugas (HOEHNE, 1939; GONZÁLEZ et al., 1994); depurativas (HOEHNE, 1939; GRENAND et al., 1987). Na Guatemala, o decocto de Cuphea carthagenensis é utilizado no tratamento da gonorréia e no Brasil é usado como antimalárico. No México, o extrato aquoso das folhas frescas de Cuphea calophylla é utilizado como hipotensor e diurético. Cuphea glutinosa é considerada emenagoga e o decocto de Cuphea strigulosa é usado no Peru como antidiarréico e estomáquico (GONZÁLEZ et al., 1994), em irritação das vias respiratórias e insônia como indicação popular , e uso comprovado na prevenção de doenças cardiovasculares, diminuição do colesterol e e antioxidante (MARONI 2006 plantas botucatu);em doses mais concentradas o infuso é usado externamente para psoríase e outras dermatoses (FRANCO 2004 med. Dos simples).

Composição química: Estudos demonstraram que as partes aéreas de Cuphea carthagenensis contêm os ácidos graxos, ácido láurico e ácido mirístico, β-sitosterol, estigmasterol, β-amirina, ácidos betulínico e ursólico, além da nova substância cartagenol (GONZÁLEZ et al., 1994).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: A literatura consultada não informa sobre efeitos adversos nas doses recomendadas. Doses altas podem causar diarréia (Terra ,água e chá 1995);não é indicado o uso em crianças ( LORENZI 2008 ) Uma pessoa que usou a Cuphea carthaginensis referiu ter tido reação alérgica (coceira pelo corpo, picaçada) e que, após três tentativas de uso com a mesma reação , atribuiu o fato ao uso da planta.(informação coletada por Simionato,C.).

Contra-indicações: Estudos em ratos não mostraram alterações na gestação, não significando que possa ser usada em humanos sem mais pesquisas. Também não é indicado seu uso em crianças.

Posologia e modo de uso: Infuso –uma colher de sobremesa da parte aérea em 1 xícara de água ,tomar até 3 xícaras ao dia

Xarope – preparar ao infuso 1 xícara média de açúcar, levar ao fogo até dissolver e tomar uma colher de sopa 3 vezes ao dia para tosse, respiração difícil e insônia (LORENZI 2008).

Observações: Várias espécies de Cuphea são denominadas popularmente “sete-sangrias”. Este nome foi dado pelo caboclo brasileiro por acreditar, ainda no tempo em que se usava fazer sangria nos doentes, que seu infuso valia por sete “sangrias”. O gênero Cuphea, com mais de 200 espécies, encontra-se distribuído em vários países, sendo no Brasil a sua maior representação (HOEHNE, 1939).

Existem no Brasil outras espécies deste gênero com características, propriedades e nomes populares semelhantes: Cuphea racemosa (L.f.)Spreng., Cuphea mesostemon Hoehne e Cuphea calophylla Cham&sch.

Referências: 

FRANCO, I. J.; FONTANA, V. L. Ervas e plantas: A medicina dos simples. 6.ed. Erechim: EDELBRA, 2001. 207 p.

HOEHNE, F. C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais. São Paulo: Departamento de Botânica do Estado, 1939. p. 206-209.

GONZÁLEZ, A. G.; VALENCIA, E.; BERMEJO BARRERA, J.; GRUPTA, M. P. Chemical components of Cuphea species. Carthagenol: a new triterpene from C. carthagenensis. Planta Med., [S.I.], v. 60, p. 592-593, 1994.

GRENAND, P.; MORETTI, C; JACQUEMIN, H. Pharmacopéas tradicionales en Guyane. Paris: Orstom, 1987

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

MARONI, B. C.; DI STASI, C.; MACHADO, S. R. Plantas medicinais do cerrado de Botucatu: guia ilustrado. São Paulo: UNESP, 2006. 194p.

SOEZIMA et al., 1992)

http://toptropicals.com/catalog/uid/cuphea_carthagenensis.htm – acesso em 09/06/2011

http://www.virboga.de/Cuphea_carthagenensis.htm – acesso em 09/06/2011

http://www.hear.org/starr/images/species/?q=cuphea+carthagenensis&o=plants&s=date

– acesso em 09/06/11

htpp://www.tropicos.org – acesso em 09 de junho de 2011.

Tags: Anti-inflamatórioDepurativoDiuréticoEmenagogoEstomáquicoFebrífugaHipotensorInsôniaLaxativas

SERRALHA

22/02/2020 16:57

Sonchus oleraceus   L.

Asteraceae (Compositae)


SinonímiasSonchus ciliatus Lam., Sonchus gracilis Phil., Sonchus mairei H. Lév., Sonchus maritimus Sessé & Moc.

Nomes populares: Serralha, serralha-mansa, serralha-verdadeira, ciúmo, chicória-lisa(Brasil), cerraja (Espanha, Honduras, Panamá), serraja (Espanha, Costa Rica), serrajilla (Espanha, Costa Rica) , soncho (Espanha, Honduras) , Achicoria (Espanha, Mexico, Yucatán), chicoria (Espanha, Mexico, Yucatán), , colmillo de león (Espanha, Honduras) , hierba del sapo (Espanha, Honduras) , ku ju cai (pinyin, China), lechuga silvestre (Espanha, Mexico, Yucatán), lechuguilla (Espanha, Costa Rica, Guatemala), annual sow-thistle (Ingles, Canada).

Origem ou Habitat: É nativa da Europa e naturalizada em todo território brasileiro(LORENZI & MATOS, 2008). Atualmente é adventícia em todo o mundo.

Características botânicas: Herbácea anual, ereta, medindo de 40 a 110 cm de altura, talo redondo, oco, com seiva leitosa em seu interior, glabra, pouco ramificada, folhas sésseis, as superiores inteiras e as inferiores runcinadas(folha oblanceolada com margem partida ou lacerada), de base auriculada (Auriculada: base termina por um par de pequenos lobos, cada um dos lobos semelhante a uma orelha humana), de 6-17 cm de comprimento. Flores liguladas, reunidas em capítulos grandes, dispostos em panículas terminais. Os frutos são aquênios lanceolados, contendo um tufo de pêlos em uma das extremidades, facilitando sua disseminação.

Partes usadas: Planta inteira.

Uso popular: No Brasil o chá da planta é usado como digestivo e diurético e para problemas hepáticos e intestinais. A mesma infusão é utilizada em aplicações externas para lavar feridas.

Na Bolívia é empregado o cozimento da planta inteira para tratar cólicas hepáticas e alterações da menstruação. Também como depurativo, calmante, colagogo e diurético.

Na Guatemala a infusão das folhas é empregada como depurativo e antisséptico urinário. A infusão da planta inteira como febrífugo, antirreumático e hepatoprotetor. Externamente em casos de erisipela, urticária e feridas de pele.

Na Argentina é indicada para acessos de tosse, em inflamações renais e hepáticas, e por via externa na cicatrização de úlceras varicosas.

No Peru a infusão das folhas é recomendado em caso de úlceras, como digestivo, antiflatulento, antiespasmódico, hepático e intestinal, e como depurador sanguíneo.

Os Mapuches empregam a decocção da raiz como refrescante e digestiva.

Em Tobago utilizam a infusão das folhas em casos de gripes e resfriados.

Na Europa, além de seu emprego como digestivo, é recomendado em casos de ascite.

Na alimentação, as folhas e os brotos tenros da serralha são consumidas em saladas e sopas.

Composição química: Destacam-se óleos essenciais, esteróides, resinas, glicídios, fitosterina (látex), taninos, derivados terpênicos, pigmentos flavonóides (apigenina, kaempferol, luteolina), crisanthemina, cinarina, isocinarina, taraxasterol, glucosaluzanina C, sais minerais.

Ações farmacológicas: Diurética, antimicrobiana, colerética, colagoga, hepatoprotetora, hipocolesterolemiante.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: O látex da planta fresca pode ocasionar dermatite de contato.

Contra-indicações: Não utilizar em grávidas nem em mulheres que amamentam.

Posologia e modo de uso: Decocção ou Infusão: 1 colher (sobremesa) de folhas picadas para cada xícara de água fervente. Ferver por 5 minutos. Tomar 3 xícaras ao dia, depois das refeições.

Pasta com glicerina: picar 3 colheres (sopa) da planta fresca, juntar 1 colher (sopa) de glicerina. Amassar até formar uma pasta. Esparramar em gaze e aplicar 2-3 vezes ao dia sobre a área afetada.

Observações: Existe uma espécie semelhante chamada Sonchus asper (L.) Hill. – Sinonímias: Sonchus oleraceus var. asper L., Sonchus carolinianus Walter, Sonchus spinosus Lam., Sonchus gigas Boulos, etc.

Nomes populares: Cerraja (Espanha, Panama), hua ye dian ku cai (pinyin, China), spinny annual sow-thistle (Ingles, Canada).

Existe uma espécie chamada Emilia fosbergii Nicolson – Sinonímias: Emilia sonchifolia var. rosea Bello, Emilia javanica (Burm. f.) C.B. Rob., etc.

Nomes populares: serralhinha, bela emília, pincel (Espanha, Honduras), pincelillo (Espanha, Honduras), lamparita (Espanha, El Salvador), Cupid’s-shaving-brush (Ingles, Estados Unidos), ying rong hua (pinyin, China) , etc.

ATENÇÃO, na composição química possui alcalóides pirrolizidínicos, sendo desaconselhado seu uso na alimentação e na forma de chá.

A serralha (Sonchus oleraceus) também é confundida com o dente-de-leão (Taraxacum officinale).

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. DRESCHER, Lírio (coord.). Herbanário da Terra – Plantas e Receitas. Laranja da Terra-ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. LORENZI, H. Manual de identificação e controle de plantas “daninhas”: plantio direto e convencional. 6ª Ed. Nova Odessa – SP – 2006.

www.joinville.udesc.br/sbs/professores/…/morfvegetalorgaFOLHA.pdf – acesso em 26 de abril de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/2711967

– acesso em 12 de abril de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/2701342?tab=synonyms – acesso em 12 de abril de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/2702411 – acesso em 12 de abril de 2013.

Tags: Anti-inflamatórioCalmanteCicatrizanteColagogoCólicaDepurativoDigestivoDiuréticoFebrífugaFeridasFlatulênciaTosse

SABUGUEIRO

19/02/2020 23:52

Sambucus australis   Chamisso et Schlechtendal.

Adoxaceae (Caprifoliaceae)


SinonímiasSambucus pentagynia Larrañaga.

Nomes populares: Acapora, sabugueiro-do-brasil, sabugueiro-do-rio-grande.

Origem ou Habitat: Sul da América do Sul.

Características botânicas: Sambucus australis é uma árvore de 3 a 8 m de altura, folhas com 18-26 cm de comprimento, compostas, imparipenadas, 5-13 folíolos oblongo-lanceoladas de 3,5 – 9,5 cm de comprimento e 1,2 – 3,0 cm de largura, margens dentadas, membranáceas, glabras, opostas-cruzadas, pecioladas, estípulas e estipelas presentes. Inflorescência em cimas corimbosas terminais. Flores brancas, pequenas de 0,5 – 1,2 cm de diâmetro, corola com 4-5 pétalas, estames no mesmo número de pétalas. Fruto drupa globosa, negra e brilhante.

Existe uma espécie de sabugueiro europeu cultivada no Brasil, Sambucus nigra L.; se diferencia da espécie nativa de Santa Catarina (S. australis Cham. et Schlecht.) especialmente na forma e no número de folíolos. A espécie européia apresenta folíolos elípticos, de margem dentada, em número de 3-7 e a espécie nativa apresenta folíolos ovados-lanceolados, de margem serrada, em número de 7-13 (SIMÕES et al., 1986).

Partes usadas: Flores secas, entre-casca e folhas. Na lista da ANVISA a parte indicada como remédio são as flores do sabugueiro.

Uso popular: No que se refere ao uso terapêutico, de maneira geral, os usos medicinais da espécie do sabugueiro europeu (Sambucus nigra) coincidem com os da espécie nativa (Sambucus australis)(SCHULTZ, 1985). Esta última é uma planta cultivada como ornamental e cujas flores têm cheiro de mel.

Os frutos são comestíveis (PIO CORRÊA, 1926-1978).

Segundo as comunidades da Ilha de Santa Catarina as flores ou folhas de Sambucus australis são empregadas na forma de infuso e decocto, interna e externamente em enfermidades virais , como sarampo e rubéola, gripes e resfriados.

Na relação das plantas da ANVISA é indicada para gripe e resfriado

Na literatura as flores (inflorescência), frutos (bagas), folhas, cascas, córtex e medula do caule de Sambucus nigra são empregadas de várias formas, como compressas, cataplasmas, decocção e infusão (HOPPE, 1981; SCHULTZ, 1985; SIMÕES et al., 1986; SCHILCHER, 1992; BISSET, 1994).

As flores de S. nigra são extensamente utilizadas para afecções respiratórias (SIMÕES et al., 1986; BISSET, 1994); como diurético, sudorífico, antirreumático, emético, purgativo e laxante. Sob a forma de cataplasma ou compressa, as flores são usadas em inflamações em geral e, também, em dermatoses e furúnculos, pelas suas propriedades adstringente, cicatrizante e emoliente (ZIN & WEISS, 1980; SIMÕES et al., 1986).

Esta planta tem utilização farmacêutica como diaforético, em associações medicamentosas indicadas em resfriados (SIMÕES et al., 1986).

Composição química: As flores do sabugueiro europeu (Sambucus nigra) contêm um pequeno percentual de óleo essencial, constituído de ácidos graxos, alcanos e triterpenos (SIMÕES et al., 1986; BISSET, 1994); contêm também flavonóides sendo a rutina o principal além de quercitrina, iso quercitrina, hiperosídio e astragalina (BISSET, 1994). São encontrados também os ácidos p-cumárico, clorogênico, cafêico e ferúlico (BISSET, 1994), taninos, açúcares, mucilagem e pectina (SIMÕES et al., 1986).

As folhas contêm flavonóides (HOPPE, 1981; SIMÕES et al., 1986), esteróis, alcanos, ácidos graxos, taninos, triterpenos, açúcares, resinas e vitamina C (SIMÕES et al., 1986), sambucina e sambunigrina (glicosídeo cianogênico) (HOPPE, 1981).

Ações farmacológicas: Aos ácidos fenólicos é atribuída a atividade diurética e à mucilagem, a propriedade emoliente (SIMÕES et al., 1986). Testes em pessoas sadias demonstraram uma sudorese aumentada com a utilização do chá das flores de sabugueiro em comparação com o uso apenas de água quente (BISSET, 1994).

Interações medicamentosas: Não há evidências clinicas de interação com medicamentos; estudos in vitro demonstraram uma possível interação com hipoglicemiantes.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Pode haver mal estar gástrico ou alergia em pessoas sensíveis. O uso em dose maior que a recomendada pode causar hipocalemia (perda de potássio )(anvisa)

Os frutos imaturos são tóxicos.

Contra-indicações: Deve-se evitar o uso em grávidas e crianças menores que dois anos.

Posologia e modo de uso: A decocção é obtida com 2 colheres de sopa de flores para ½ litro de água tomados durante o dia.

A infusão é preparada com 2 g de flores para 150 ml de água fervente por 5-10 minutos tres vezes ao dia (BISSET, 1994).

Observações: Popularmente é dito que põe o sarampo para fora.

Referências: 

BISSET, N. G. (ed.) Herbal Drugs and Phytopharmaceuticals. 4.ed. Stuttgart Medpharm, Boca Raton: CRC Press, 1994

MILLIAMSON, E. DRIVER, S. BAXTER, K. (ed.) Stockley’s Herbal,Medicines Interactions: A guide to the interactions of herbal medicines, dietary supplements and nutraceuticals with conventional medicines. London: Pharmaceutical Press, 2009.

SIMÕES, C.M.O. et al. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986

http://www.anvisa.gov.br

file:///E:/natural%20teratments.htm(acesso em 11/05/2011)

www.tropicos.org – acesso em 20 de maio de 2011.

Tags: Anti-inflamatórioAnti-reumáticoCataplasmaCicatrizanteDiaforéticoDiuréticoEméticaEmolientesGripeLaxantePurgativoResfriadoSudorífica

RUBIM

19/02/2020 23:43

Leonurus sibiricus  L.

Lamiaceae (antiga Labiatae)


SinonímiasLeonurus manshuricus Yabe, Leonurus sibiricus var. grandiflora Benth. A espécie Leonurus japonicus Miq. é considerada sinonímia da espécie Leonurus sibiricus por alguns botânicos

Nomes populares: Rubim, erva-macaé, erva-das-lavadeiras, erva-dos-zangões, erva-das-mamangavas, quinino-dos-pobres, cordão-de-são-francisco, chá-de-frade, erva-de-santos-filhos, amor-deixado, pasto-de-abelhas, agripalma-siberiana, motherwort, marijuanilla.

Origem ou Habitat: Nativa da China, Sibéria e Japão. No Brasil medra espontânea no Sul e Sudeste.

Partes usadas: Folhas, flores e sementes.

Uso popular: É planta considerada útil como produtora de néctar para as abelhas (Roig & Mesa J.,1988 apud Alonso, J., 2004).

São alegadas às suas preparações propriedades úteis nos casos de dores reumáticas, transtornos gastrointestinais (folhas), bronquite e malária. Para o tratamento de bronquite e tosse comprida usar as flores. A planta inteira e as sementes são empregadas nos casos de sangramento pós-parto, menstruação excessiva e dolorida, edema, abcessos e problemas renais.

Na China é empregada a decocção das sementes como diurética e para combater as desordens menstruais.

Na Malásia, a infusão é empregada como analgésico e para tonturas e vertigens.

A literatura etnofarmacológica recomenda que sejam empregadas suas partes verdes na preparação dos chás.

Ações farmacológicas: Estudos farmacológicos com todas as espécies deste gênero Leonurus, demonstrou que são eficazes como calmante do coração e antitrombóticas (Brown, D., 1995 apud Lorenzi & Matos, 2002).

Interações medicamentosas: A administração de extratos de Rubim simultaneamente com digitálicos, diuréticos e laxantes antraquinônicos pode potencializar os efeitos destas drogas. (Alonso, J., 2004).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Doses de 3 g pode provocar gastroenterites e contrações uterinas. As folhas frescas podem causar dermatites de contato e o óleo essencial é fotossensibilizante. Não utilizar altas doses devido ao conteúdo em glicosídeos cardioativos.

Contra-indicações: Deve ser evitado por mulheres grávidas, lactantes, pessoas em tratamento com cardiotônicos (devido possível potencialização dos efeitos.

Observações: A espécie Leonurus cardiaca L. é muito semelhante e possui as mesmas propriedades do Rubim. Em relação ao nome cardiaca é em referência a cardias, do grego significa estômago, em alusão a seu uso como digestivo em outras épocas. (ALONSO, 2004).

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

BADAMI, R. C.; Patil, K. B.- “Minor seed oils. X: Physico-​chemical characteristics and fatty acid composition of seven minor oils”. From Journal of the Oil Technologists’ Association of India (Mumbai, India) (1975), 7(3), 82-4. (Scifinder) Acesso 20 OUT 2015.

HSU, CHIH-FANG “A chemical study of the seed of Leonurus sibiricus, L. (I-​maotsao) and the composition of its oil”. From Acad. Sinica Mem. Natl. Res. Inst. Chem. (1932), 8, 1-32. (Scifinder) Acesso 20 OUT 2015.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

TANG, TENG-HAN; Hsu, Chih-Wan “The chemical constituents of the Chinese drug i-​mutsao”. From Journal of the Chinese Chemical Society (Peking) (1940), 7, 105-10. (Scifinder) Acesso 20 OUT 2015.

WU H.,Fronczek FR, Ferreira D, Burandt CL Jr, Zjawiony JK. “Labdane diterpenoids from Leonurus sibiricus.”J Nat Prod. 2011 Apr 25;74(4):831-6. doi: 10.1021/np100956k. Epub 2011 Mar 4.- Acesso 20 OUT 2015.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leonurus_sibiricus – Acesso 25 OUT 2015.

http://www.tropicos.org/Name/17601479?tab=synonyms – Acesso 20 OUT 2015.

Tags: BronquiteDiuréticoDores reumáticasTosse

QUEBRA-PEDRA

18/02/2020 22:43

Phyllanthus niruri   L.

Phyllanthaceae (ex Euphorbiaceae)


SinonímiasPhyllanthus asperulatus Hutch, Phyllanthus filiformis Pav. ex baill, Phyllanthus lathyroides Kunth, Phyllanthus niruri var. genuinus Müll. Arg.

Nomes populares: Erva-pombinha, erva-de-bombinha, arrebenta-pedra e erva-de-quebrante.

Origem ou Habitat: América.

Características botânicas: Phyllanthus ninuri é uma erva ereta com até 50 cm de altura, caule muito fino, folhas dísticas, oblongas, curto-pecioladas e base assimétrica, com até 1 cm de comprimento, cuja disposição nos râmulos faz lembrar folhas compostas pinadas, com estípulas avermelhadas. Flores unissexuais, pequenas, amarelas ou esverdeadas, dispostas na parte inferior dos ramos. Fruto capsular medindo até 1 mm de diâmetro.

Euphorbia prostata é uma erva rasteira, pilosa, latescente, de talos rosados, folhas de 0,2-1,1 cm de comprimento e 0,5 cm de largura, simples, largo-elípticas até abovadas ou ovadas, assimétricas na base, membranosas, alternas. Inflorescência tipo ciátio isolado, saindo do caule e ramos laterais, de até 0,1 cm de diâmetro. Fruto tipo cápsula, de cerca de 0,1 cm de diâmetro.

Partes usadas: Toda a planta, folhas, frutos, sementes e raízes.

Uso popular: Segundo as comunidades da Ilha as partes aéreas ou a planta toda são empregadas na forma de infuso ou decocto para o tratamento de pedras nos rins e como diurético ,dor nas costas.

Segundo a literatura o decocto da planta inteira é empregado contra febres palúdicas e hidropsia (acúmulo de serosidades em qualquer parte do corpo) (CUELLAR & ESTEVEZ, 1980). WENIGER & ROBINEAU (1988) citam o uso da planta inteira como depurativo, diurético, antidiabético e como febrífugo. A raiz de quebra-pedra é usada para curar a icterícia, quando raspada e moída com leite (CUELLAR & ESTEVEZ, 1980) ou como decocção com xarope de raspas de laranja (LUTZEMBERGER, 1985). Nas afecções hepáticas são usadas em chás caseiros tanto as raízes, quanto as folhas (SOUZA et al., 1991). As últimas também têm sido empregadas como tônico, antidiabético e para combater as cólicas renais e da bexiga proveniente de cálculos (CUELLAR & ESTEVEZ, 1980). O suco dos frutos é administrado nos casos de glicosúria (LUTZEMBERG, 1985.

Composição química: As partes aéreas de Phyllanthus niruri apresentam lignanas, alcalóides, triterpenos e flavonóides. A semente possui óleo fixo, contendo ácido linolênico, compostos flavônicos, triterpenóides derivados do lupeol e esteróides (GUPTA et al., 1984; SYAMASUNDAR et al.,1985; JOSHI et al.,1986; HNATYSZYN et al., 1987; NEGI & FAKHIR, 1988; TEMPESTA et al., 1988; SINGH et al., 1989; HUANG et al., 1992.

Alcalóides: nor‐securinina, securinina, filocrisina e filantina.

Flavonóides: Quercetina, quercetol, quercitrina , rutina, catequina, gallocatequina, niruriflavona, cianidina, antocianidina, astragalina, dentre outros.

Lignanas: Nirtetralina, hipofilantina, lintetralina, dentre outros.

Ácidos fenólicos: Salicilato de metila, ácido protocatecuico, ácido salicílico, dentre outros.

Taninos: Ácido gálico, corilagina, ácido elágico, elagitanina, dentre outros.

Terpenos: Limoneno, p-Cimeno e lupeol

Ácidos fenólicos: Ácido 1-cafeoil-5-feruloilquinico , ácido 4-sinapoilquinico , ácido 5 -p-coumaroilquinico, dentre outros. -Furanocumarinas: Isopimpinelina (Toxico)

Saponinas: Diosgenin, nirurisideo e β-glucogalina.

Ações farmacológicas: A ação antiespasmódica de extratos de Phyllanthus niruri pode estar relacionada aos alcalóides ou flavonóides presentes (CALIXTO et al., 1984; SOUSA et al., 1991). Estudos clínicos realizados com o chá de quebra-pedra permitiram concluir a respeito do seu efeito benéfico no tratamento de litíase, facilitando a eliminação de cálculos já formados. Além disso, houve um retardo no crescimento de cálculos vesicais a nível experimental em ratos. O uso por 3 meses não causou efeito tóxico crônico, assim como não provocou modificações no volume urinário ou nos parâmetros bioquímicos do sangue e urina analisados (SANTOS, 1990). Os extratos hidroalcoólicos de Phyllanthus niruri, P. tenellus, P. urinaria e P. corcovadensis mostraram potente ação antinoceptiva em vários modelos experimentais (GORSKI et al., 1993; SANTOS et al., 1995). Alguns compostos acíclicos (SINGH et al., 1989) e um efeito protetor de extratos aquosos contra substâncias citotóxicas (DHIR et al., 1990). Para extratos de Phyllanthus niruri e Phyllanthus amarus tem sido relatado um efeito benéfico no tratamento de hepatite B; entretanto, os resultados de vários experimentos realizados para demonstrar esta atividade, são conflitantes (VENKATESWARAN et al., 1987; MEHROTRA et al., 1990; THAMLIKITKUL et al., 1991; YEH et al., 1993; DOSHI et al., 1994; BLUMBERG et al., 1989; LEELARASAMEE et al., 1990; THYAGARAJAN et al., 1988; NIU et al., 1990). O extrato aquoso de P. niruri inibiu a transcriptase reversa do vírus tipo-1 da síndrome da imunodeficiência humana “HIV-1-RT” (OGATA et al., 1992).

O tratamento da hepatite B com quebra-pedra foi patenteado por uma empresa norte-americana, sendo que este efeito é obtido com cápsulas gastroresistentes, uma vez que as substâncias com atividade antiviral são degradadas no estômago (MATOS, 1994)..

Interações medicamentosas: não são relatadas e não há estudos.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Planta bem tolerada nas doses usuais, em altas doses pode causar diarréia, diurese acentuada e hipotensão.(ALONSO,2004).

Contra-indicações: A espécie Phyllanthus niruri deve ser evitada na gestação e lactação(ALONSO,2004); por precaução, as outras espécies de Phyllanthus também devem ser evitadas.

Posologia e modo de uso: Preparar o abafado com uma colher de sobremesa para 1 xícara de água quente , verter a água sobre a planta rasurada, cobrir por 10 minutos, coar e tomar 1 xícara 3x ao dia por 3 semanas.

Observações: Além da espécie Phyllanthus niruri outras espécies são utilizadas como por exemplo a Phyllanthus sellowianus Mull. Arg., Phyllanthus urinaria L., Phyllanthus tenellus Roxb. e uma planta de outro gênero da família Euphorbiaceae –Euphorbia prostata Aiton – são igualmente utilizadas como quebra-pedra.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

BAGALKOTKAR, G. et al. Phytochemicals fromPhyllanthus niruriLinn. and their pharmacological properties: a review. Journal Of Pharmacy And Pharmacology, [s.l.], v. 58, n. 12, p.1559-1570, dez. 2006. Wiley.

CALIXTO, J.B. et al Antispasmodic effects of an alkaloid extracted from Phyllanthus sellowianus: a comparative study with papaverine. Bras. J. Med. Biol. Res., [S.I], v. 17, p. 313-21, 1984

CUELLAR, A.C.; ESTEVEZ, P.F. Estúdio fitoquímico preliminar de plantas cubanas. V. Phyllanthus niruri, Euphorbiaceae. Rev. Cub. Farm., v. 14, n. 1, p. 63-68, 1980.

DHIR, H. et al. Protection afforded by aquous extracts of Phyllanthus species against cytotoxicity induced by lead and aluminium salts. Phytotherapy Res., v. 4, n. 5, p. 6-172, 1990.

GORSKI, F. Potent antinociceptive activity of a hydroalcoholic extract of Phyllanthus corcovadensis. J. Pharm. Pharmacol., v. 45, p. 9-1046, 1993.

GUPTA, D.R.; AHMAED, B. Nirurin: a new prenylated flavanone glycoside from Phyllanthus niruri. J. Nat Prod., v. 47, n. 6, p. 63-958, 1984.

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HUANG, Y.L; CHEN, C.C.; OU, J.C. Isolintetralin: a new lignan from Phyffanthus niruri. Planta Med., v.58, p.473, 1992.

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CHANDANAYINGYONG, D. Failure of Phyllanthus amarus to eradicate hepatitis B surface antigen from symptomless earners. Lancet, v.335, n.8705, p. 1600-1, 1990.

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LUTZENBERGER, L. Revisão da nomenclatura e observações sobre as angiospermas citadas na obra de Manuel Cypriano D’Ávila: “Da flora medicinal do Rio Grande do Sul”. Porto Alegre: Faculdade de Biologia da UFRGS, 1985. Dissertação de Bacharelado em Ciências Biológicas, ênfase em Botânica.

MATOS, F.J.A. Farmácias Vivas – Sistemas de Utilização de Plantas Medicinais Projetado para Pequenas Comunidades. Fortaleza: EUFC, 1994.

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WENIGER & ROBINEAU 1988.

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