VINAGREIRA

24/02/2020 18:35

Hibiscus sabdariffa  L.

Malvaceae


SinonímiasSabdariffa rubra Kostel., Hibiscus cannabinus L., Hibiscus cruentus Bertol., Hibiscus fraternus L., Hibiscus palmatilobus Baill.

Nomes populares: Rosela, rosélia, azedinha, azeda-da-guiné, caruru-da-guiné, chá-da-jamaica, pampulha, papoula-de-duas-cores.

Origem ou Habitat: Sudeste da Ásia, Índia e seus vizinhos a leste e ao sul do Himalaia. Foi introduzido no Egito, Sri Lanka, Tailândia, Jamaica e México, e difundida para vários países de clima tropical.

Características botânicas: Existem muitas variedades de Hibiscus sabdariffa, segundo SILVA JUNIOR, 2003, e a variedade que vamos descrever é Hibiscus sabdariffa L. var. sabdariffa Wester f. ruber que apresenta cálices vermelhos e suculentos, próprios para consumo (Morton, 1987, apud SILVA JUNIOR, 2003); é um subarbusto anual, ereto, medindo cerca de 1,8 – 2,20 m de altura. Apresenta caule avermelhado, cilíndrico e ramoso. Folhas alternas, longo-pecioladas, verdes com nervuras vermelhas, sendo as inferiores inteiras e ovadas e as superiores palmatilobadas, com 3-5 lobos estreitos e agudos, 5-nervuras, denteados, com uma grande glândula na base da nervura mediana e medindo de 7 – 12 cm de comprimento.

Flores amarelas ou ocre-pálidas, solitárias, sésseis, axilares, de andróforo rosa ou marrom, medindo cerca de 12 cm de diâmetro. As pétalas adquirem uma tonalidade rósea ao final do dia, quando tendem a murchar.

Cálice vermelho e carnoso, formado por 5 pétalas grandes e um colar composto de 8 a 12 brácteas triangulares, finas e pontiagudas em torno da base. Fruto tipo cápsula, verde quando imaturo e vermelho e suculento quando maduro, de formato cônico-ovóide, medindo 3-5 cm de comprimento. As sementes são reniformes e castanho-claras, em número de 3 a 4 por fruto.

Partes usadas: Flores, folhas, sementes e raízes.

Uso popular: As folhas são usadas popularmente como emolientes, estomáquicas, febrífugos, hipo-tensoras e antiescorbúticas. Os cálices ou frutos, são refrescantes, coleréticos, diuréticos e laxantes suaves. As sementes são diuréticas, tônicas e tidas como afrodisíacas. A raiz é estomáquica, aperitiva, amarga e tônica.

Composição química: Cálice e flores: antocianidinas (hibiscina, cianidina, crisantenina e delfinidina), flavonóides (hibiscina, gossipetina, hibiscetina e sabdaretina), ácido protocatechuico (é um ácido fenólico), polissacarídeos mucilaginosos, ácidos orgânicos (ácido hibístico e cítrico), vitamina C, pectina, fitosteróis (b-sitosterol, campesterol, ergosterol, estigmasterol),

As folhas são ricas em proteínas e sais minerais. Apresentam alto nível de ferro e zinco, além de cálcio, carotenos e vitamina C.

Raízes: principalmente ácido tartárico e saponinas.

Ações farmacológicas: A infusão ou decocção do hibisco, em animais não-humanos, demonstrou propriedades hipo-tensoras arteriais (ALONSO, J. 2004);

A ingestão do extrato aquoso da planta reduz a taxa de absorção de álcool no organismo, reduzindo o efeito do alcoolismo (Watt & Breyer-Brandwijk, 1962, apud SILVA JUNIOR, 2003);

O extrato etanólico da planta inteira produz efeitos hipoglicemiantes em ratas submetidas a diabetes experimental.

Extratos de vinagreira reduziram a taxa plasmática de lipídeos totais, colesterol total e triglicerídeos, através de um provável sinergismo com os fitoesteróis, estimulando os sistemas enzimáticos do fígado. (ALONSO, J., 2004).

Alguns estudos apontam atividade antitumoral.

O extrato seco das flores apresenta poderosa atividade antioxidante.

O ácido protocatechuico demonstrou ação antioxidante e anti-inflamatória. (Liu et al., 2002 apud SILVA JUNIOR, 2003).

Alguns ensaios clínicos demonstraram que o chá das flores reduziu a pressão arterial. (SILVA JUNIOR, 2003).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: O óleo obtido das sementes apresenta mutagenicidade(ALONSO, J., 2004; SILVA JUNIOR, 2003.

Contra-indicações: A planta e seus produtos são contra-indicados para pessoas portadoras de doenças cardíacas, o efeito diurético da planta aumenta a excreção de eletrólitos, especialmente o potássio. (Teske & Trentini, 1997 apud SILVA JUNIOR, 2003).

Ante a falta de dados sobre inocuidade durante a lactação e gravidez, não se recomenda nestas circunstâncias (ALONSO, J., 2004).

Posologia e modo de uso: Infusão: 1 colher das de sopa de cálices jovens em 1 xícara de água fervente. Tomar 1 xícara 3 x ao dia, após as refeições.

Decocção: 1 colher das de sopa de flores em 2 copos de água. Ferver por mais ou menos 5 minutos. Coar e tomar 1 copo 3 x ao dia, após as refeições.

Emplasto com as folhas quentes aplicar sobre furúnculos, rachaduras nos pés e úlceras dérmicas.

Observações: Os frutos e os cálices são utilizados na preparação de geleias, compotas, pudim, tortas, gelatina, sorvetes, refrescos, vinho de rosela, xarope, vinagre, etc.

No Maranhão é consumido um prato típico chamado “arroz de cuxá”, que consiste em folhas cozidas de vinagreira servidas com peixe e arroz.

As fibras dos caules são utilizadas no ramo têxtil.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

DRESCHER, L. (coordenador). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 113.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

SILVA JUNIOR, A.A.. Essentia herba – Plantas bioativas. Florianópolis: Epagri, 2003.pgs. 266-280.

http://www.tropicos.org/Name/19600047?tab=synonyms – acesso em 28 de setembro de 2012.

Tags: AfrodisíacoColeréticaDiuréticoEmolientesEstomáquicoFebrífugaLaxanteTônico

SETE-SANGRIAS

22/02/2020 17:03

Cuphea carthagenensis   (Jacq.) J.F.Macbr

Lythraceae 


SinonímiasBalsamona pinto Vand., Cuphea balsamona Cham. & Schltdl., Lythrum carthagenense Jacq., Cuphea pinto Koehne.

Nomes populares: Sete-sangrias, erva-de-sangue, pé-de-pinto, guanxuma-vermelha.

Origem ou Habitat: É nativa de toda a América do Sul e ocorre como planta ruderal de crescimento espontâneo em pastagens e terrenos baldios de todo o Brasil, sendo considerada indesejada pelos agropecuaristas.

Características botânicas: Cuphea carthagenensis é uma erva ereta, com até 0,6 m de altura, muito ramificada, setosa-pubescente, caule avermelhado, às vezes base lenhosa. Folhas 0,9-3,5 c, de comprimento e 0,4-1,6cm de largura, simples, opostas, elípticas a lanceoladas, ásperas, pecioladas, pubescentes. Flores com 2 bracteolas, dispostas nas axilas das folhas, cerca de 0,5 cm de comprimento, cálice gamossépalo, internamente piloso, pétalas violáceas ou rosadas, obovadas, presas no ápice do cálice, estames inclusos, inseridos mais ou menos na metade do cálice, ovário súpero. Semente alada.

Uso popular: Segundo as comunidades da Ilha de Santa Catarina as partes aéreas C. carthagenensis são empregadas na forma de decocto, internamente como depurativo do sangue, para ativação da circulação, em distúrbios do coração, para diminuir a taxa de colesterol e para diabetes.Outra espécie de sete-sangrias , a C. calophylla Cham.& schltdl. é utilizada nestas comunidades com as mesmas indicações.

Segundo a literatura as plantas do gênero Cuphea são consideradas na medicina popular como laxativas e anti-inflamatórias (SOEZIMA et al., 1992); febrífugas (HOEHNE, 1939; GONZÁLEZ et al., 1994); depurativas (HOEHNE, 1939; GRENAND et al., 1987). Na Guatemala, o decocto de Cuphea carthagenensis é utilizado no tratamento da gonorréia e no Brasil é usado como antimalárico. No México, o extrato aquoso das folhas frescas de Cuphea calophylla é utilizado como hipotensor e diurético. Cuphea glutinosa é considerada emenagoga e o decocto de Cuphea strigulosa é usado no Peru como antidiarréico e estomáquico (GONZÁLEZ et al., 1994), em irritação das vias respiratórias e insônia como indicação popular , e uso comprovado na prevenção de doenças cardiovasculares, diminuição do colesterol e e antioxidante (MARONI 2006 plantas botucatu);em doses mais concentradas o infuso é usado externamente para psoríase e outras dermatoses (FRANCO 2004 med. Dos simples).

Composição química: Estudos demonstraram que as partes aéreas de Cuphea carthagenensis contêm os ácidos graxos, ácido láurico e ácido mirístico, β-sitosterol, estigmasterol, β-amirina, ácidos betulínico e ursólico, além da nova substância cartagenol (GONZÁLEZ et al., 1994).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: A literatura consultada não informa sobre efeitos adversos nas doses recomendadas. Doses altas podem causar diarréia (Terra ,água e chá 1995);não é indicado o uso em crianças ( LORENZI 2008 ) Uma pessoa que usou a Cuphea carthaginensis referiu ter tido reação alérgica (coceira pelo corpo, picaçada) e que, após três tentativas de uso com a mesma reação , atribuiu o fato ao uso da planta.(informação coletada por Simionato,C.).

Contra-indicações: Estudos em ratos não mostraram alterações na gestação, não significando que possa ser usada em humanos sem mais pesquisas. Também não é indicado seu uso em crianças.

Posologia e modo de uso: Infuso –uma colher de sobremesa da parte aérea em 1 xícara de água ,tomar até 3 xícaras ao dia

Xarope – preparar ao infuso 1 xícara média de açúcar, levar ao fogo até dissolver e tomar uma colher de sopa 3 vezes ao dia para tosse, respiração difícil e insônia (LORENZI 2008).

Observações: Várias espécies de Cuphea são denominadas popularmente “sete-sangrias”. Este nome foi dado pelo caboclo brasileiro por acreditar, ainda no tempo em que se usava fazer sangria nos doentes, que seu infuso valia por sete “sangrias”. O gênero Cuphea, com mais de 200 espécies, encontra-se distribuído em vários países, sendo no Brasil a sua maior representação (HOEHNE, 1939).

Existem no Brasil outras espécies deste gênero com características, propriedades e nomes populares semelhantes: Cuphea racemosa (L.f.)Spreng., Cuphea mesostemon Hoehne e Cuphea calophylla Cham&sch.

Referências: 

FRANCO, I. J.; FONTANA, V. L. Ervas e plantas: A medicina dos simples. 6.ed. Erechim: EDELBRA, 2001. 207 p.

HOEHNE, F. C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais. São Paulo: Departamento de Botânica do Estado, 1939. p. 206-209.

GONZÁLEZ, A. G.; VALENCIA, E.; BERMEJO BARRERA, J.; GRUPTA, M. P. Chemical components of Cuphea species. Carthagenol: a new triterpene from C. carthagenensis. Planta Med., [S.I.], v. 60, p. 592-593, 1994.

GRENAND, P.; MORETTI, C; JACQUEMIN, H. Pharmacopéas tradicionales en Guyane. Paris: Orstom, 1987

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

MARONI, B. C.; DI STASI, C.; MACHADO, S. R. Plantas medicinais do cerrado de Botucatu: guia ilustrado. São Paulo: UNESP, 2006. 194p.

SOEZIMA et al., 1992)

http://toptropicals.com/catalog/uid/cuphea_carthagenensis.htm – acesso em 09/06/2011

http://www.virboga.de/Cuphea_carthagenensis.htm – acesso em 09/06/2011

http://www.hear.org/starr/images/species/?q=cuphea+carthagenensis&o=plants&s=date

– acesso em 09/06/11

htpp://www.tropicos.org – acesso em 09 de junho de 2011.

Tags: Anti-inflamatórioDepurativoDiuréticoEmenagogoEstomáquicoFebrífugaHipotensorInsôniaLaxativas

SERRALHA

22/02/2020 16:57

Sonchus oleraceus   L.

Asteraceae (Compositae)


SinonímiasSonchus ciliatus Lam., Sonchus gracilis Phil., Sonchus mairei H. Lév., Sonchus maritimus Sessé & Moc.

Nomes populares: Serralha, serralha-mansa, serralha-verdadeira, ciúmo, chicória-lisa(Brasil), cerraja (Espanha, Honduras, Panamá), serraja (Espanha, Costa Rica), serrajilla (Espanha, Costa Rica) , soncho (Espanha, Honduras) , Achicoria (Espanha, Mexico, Yucatán), chicoria (Espanha, Mexico, Yucatán), , colmillo de león (Espanha, Honduras) , hierba del sapo (Espanha, Honduras) , ku ju cai (pinyin, China), lechuga silvestre (Espanha, Mexico, Yucatán), lechuguilla (Espanha, Costa Rica, Guatemala), annual sow-thistle (Ingles, Canada).

Origem ou Habitat: É nativa da Europa e naturalizada em todo território brasileiro(LORENZI & MATOS, 2008). Atualmente é adventícia em todo o mundo.

Características botânicas: Herbácea anual, ereta, medindo de 40 a 110 cm de altura, talo redondo, oco, com seiva leitosa em seu interior, glabra, pouco ramificada, folhas sésseis, as superiores inteiras e as inferiores runcinadas(folha oblanceolada com margem partida ou lacerada), de base auriculada (Auriculada: base termina por um par de pequenos lobos, cada um dos lobos semelhante a uma orelha humana), de 6-17 cm de comprimento. Flores liguladas, reunidas em capítulos grandes, dispostos em panículas terminais. Os frutos são aquênios lanceolados, contendo um tufo de pêlos em uma das extremidades, facilitando sua disseminação.

Partes usadas: Planta inteira.

Uso popular: No Brasil o chá da planta é usado como digestivo e diurético e para problemas hepáticos e intestinais. A mesma infusão é utilizada em aplicações externas para lavar feridas.

Na Bolívia é empregado o cozimento da planta inteira para tratar cólicas hepáticas e alterações da menstruação. Também como depurativo, calmante, colagogo e diurético.

Na Guatemala a infusão das folhas é empregada como depurativo e antisséptico urinário. A infusão da planta inteira como febrífugo, antirreumático e hepatoprotetor. Externamente em casos de erisipela, urticária e feridas de pele.

Na Argentina é indicada para acessos de tosse, em inflamações renais e hepáticas, e por via externa na cicatrização de úlceras varicosas.

No Peru a infusão das folhas é recomendado em caso de úlceras, como digestivo, antiflatulento, antiespasmódico, hepático e intestinal, e como depurador sanguíneo.

Os Mapuches empregam a decocção da raiz como refrescante e digestiva.

Em Tobago utilizam a infusão das folhas em casos de gripes e resfriados.

Na Europa, além de seu emprego como digestivo, é recomendado em casos de ascite.

Na alimentação, as folhas e os brotos tenros da serralha são consumidas em saladas e sopas.

Composição química: Destacam-se óleos essenciais, esteróides, resinas, glicídios, fitosterina (látex), taninos, derivados terpênicos, pigmentos flavonóides (apigenina, kaempferol, luteolina), crisanthemina, cinarina, isocinarina, taraxasterol, glucosaluzanina C, sais minerais.

Ações farmacológicas: Diurética, antimicrobiana, colerética, colagoga, hepatoprotetora, hipocolesterolemiante.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: O látex da planta fresca pode ocasionar dermatite de contato.

Contra-indicações: Não utilizar em grávidas nem em mulheres que amamentam.

Posologia e modo de uso: Decocção ou Infusão: 1 colher (sobremesa) de folhas picadas para cada xícara de água fervente. Ferver por 5 minutos. Tomar 3 xícaras ao dia, depois das refeições.

Pasta com glicerina: picar 3 colheres (sopa) da planta fresca, juntar 1 colher (sopa) de glicerina. Amassar até formar uma pasta. Esparramar em gaze e aplicar 2-3 vezes ao dia sobre a área afetada.

Observações: Existe uma espécie semelhante chamada Sonchus asper (L.) Hill. – Sinonímias: Sonchus oleraceus var. asper L., Sonchus carolinianus Walter, Sonchus spinosus Lam., Sonchus gigas Boulos, etc.

Nomes populares: Cerraja (Espanha, Panama), hua ye dian ku cai (pinyin, China), spinny annual sow-thistle (Ingles, Canada).

Existe uma espécie chamada Emilia fosbergii Nicolson – Sinonímias: Emilia sonchifolia var. rosea Bello, Emilia javanica (Burm. f.) C.B. Rob., etc.

Nomes populares: serralhinha, bela emília, pincel (Espanha, Honduras), pincelillo (Espanha, Honduras), lamparita (Espanha, El Salvador), Cupid’s-shaving-brush (Ingles, Estados Unidos), ying rong hua (pinyin, China) , etc.

ATENÇÃO, na composição química possui alcalóides pirrolizidínicos, sendo desaconselhado seu uso na alimentação e na forma de chá.

A serralha (Sonchus oleraceus) também é confundida com o dente-de-leão (Taraxacum officinale).

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. DRESCHER, Lírio (coord.). Herbanário da Terra – Plantas e Receitas. Laranja da Terra-ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. LORENZI, H. Manual de identificação e controle de plantas “daninhas”: plantio direto e convencional. 6ª Ed. Nova Odessa – SP – 2006.

www.joinville.udesc.br/sbs/professores/…/morfvegetalorgaFOLHA.pdf – acesso em 26 de abril de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/2711967

– acesso em 12 de abril de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/2701342?tab=synonyms – acesso em 12 de abril de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/2702411 – acesso em 12 de abril de 2013.

Tags: Anti-inflamatórioCalmanteCicatrizanteColagogoCólicaDepurativoDigestivoDiuréticoFebrífugaFeridasFlatulênciaTosse

QUEBRA-PEDRA

18/02/2020 22:43

Phyllanthus niruri   L.

Phyllanthaceae (ex Euphorbiaceae)


SinonímiasPhyllanthus asperulatus Hutch, Phyllanthus filiformis Pav. ex baill, Phyllanthus lathyroides Kunth, Phyllanthus niruri var. genuinus Müll. Arg.

Nomes populares: Erva-pombinha, erva-de-bombinha, arrebenta-pedra e erva-de-quebrante.

Origem ou Habitat: América.

Características botânicas: Phyllanthus ninuri é uma erva ereta com até 50 cm de altura, caule muito fino, folhas dísticas, oblongas, curto-pecioladas e base assimétrica, com até 1 cm de comprimento, cuja disposição nos râmulos faz lembrar folhas compostas pinadas, com estípulas avermelhadas. Flores unissexuais, pequenas, amarelas ou esverdeadas, dispostas na parte inferior dos ramos. Fruto capsular medindo até 1 mm de diâmetro.

Euphorbia prostata é uma erva rasteira, pilosa, latescente, de talos rosados, folhas de 0,2-1,1 cm de comprimento e 0,5 cm de largura, simples, largo-elípticas até abovadas ou ovadas, assimétricas na base, membranosas, alternas. Inflorescência tipo ciátio isolado, saindo do caule e ramos laterais, de até 0,1 cm de diâmetro. Fruto tipo cápsula, de cerca de 0,1 cm de diâmetro.

Partes usadas: Toda a planta, folhas, frutos, sementes e raízes.

Uso popular: Segundo as comunidades da Ilha as partes aéreas ou a planta toda são empregadas na forma de infuso ou decocto para o tratamento de pedras nos rins e como diurético ,dor nas costas.

Segundo a literatura o decocto da planta inteira é empregado contra febres palúdicas e hidropsia (acúmulo de serosidades em qualquer parte do corpo) (CUELLAR & ESTEVEZ, 1980). WENIGER & ROBINEAU (1988) citam o uso da planta inteira como depurativo, diurético, antidiabético e como febrífugo. A raiz de quebra-pedra é usada para curar a icterícia, quando raspada e moída com leite (CUELLAR & ESTEVEZ, 1980) ou como decocção com xarope de raspas de laranja (LUTZEMBERGER, 1985). Nas afecções hepáticas são usadas em chás caseiros tanto as raízes, quanto as folhas (SOUZA et al., 1991). As últimas também têm sido empregadas como tônico, antidiabético e para combater as cólicas renais e da bexiga proveniente de cálculos (CUELLAR & ESTEVEZ, 1980). O suco dos frutos é administrado nos casos de glicosúria (LUTZEMBERG, 1985.

Composição química: As partes aéreas de Phyllanthus niruri apresentam lignanas, alcalóides, triterpenos e flavonóides. A semente possui óleo fixo, contendo ácido linolênico, compostos flavônicos, triterpenóides derivados do lupeol e esteróides (GUPTA et al., 1984; SYAMASUNDAR et al.,1985; JOSHI et al.,1986; HNATYSZYN et al., 1987; NEGI & FAKHIR, 1988; TEMPESTA et al., 1988; SINGH et al., 1989; HUANG et al., 1992.

Alcalóides: nor‐securinina, securinina, filocrisina e filantina.

Flavonóides: Quercetina, quercetol, quercitrina , rutina, catequina, gallocatequina, niruriflavona, cianidina, antocianidina, astragalina, dentre outros.

Lignanas: Nirtetralina, hipofilantina, lintetralina, dentre outros.

Ácidos fenólicos: Salicilato de metila, ácido protocatecuico, ácido salicílico, dentre outros.

Taninos: Ácido gálico, corilagina, ácido elágico, elagitanina, dentre outros.

Terpenos: Limoneno, p-Cimeno e lupeol

Ácidos fenólicos: Ácido 1-cafeoil-5-feruloilquinico , ácido 4-sinapoilquinico , ácido 5 -p-coumaroilquinico, dentre outros. -Furanocumarinas: Isopimpinelina (Toxico)

Saponinas: Diosgenin, nirurisideo e β-glucogalina.

Ações farmacológicas: A ação antiespasmódica de extratos de Phyllanthus niruri pode estar relacionada aos alcalóides ou flavonóides presentes (CALIXTO et al., 1984; SOUSA et al., 1991). Estudos clínicos realizados com o chá de quebra-pedra permitiram concluir a respeito do seu efeito benéfico no tratamento de litíase, facilitando a eliminação de cálculos já formados. Além disso, houve um retardo no crescimento de cálculos vesicais a nível experimental em ratos. O uso por 3 meses não causou efeito tóxico crônico, assim como não provocou modificações no volume urinário ou nos parâmetros bioquímicos do sangue e urina analisados (SANTOS, 1990). Os extratos hidroalcoólicos de Phyllanthus niruri, P. tenellus, P. urinaria e P. corcovadensis mostraram potente ação antinoceptiva em vários modelos experimentais (GORSKI et al., 1993; SANTOS et al., 1995). Alguns compostos acíclicos (SINGH et al., 1989) e um efeito protetor de extratos aquosos contra substâncias citotóxicas (DHIR et al., 1990). Para extratos de Phyllanthus niruri e Phyllanthus amarus tem sido relatado um efeito benéfico no tratamento de hepatite B; entretanto, os resultados de vários experimentos realizados para demonstrar esta atividade, são conflitantes (VENKATESWARAN et al., 1987; MEHROTRA et al., 1990; THAMLIKITKUL et al., 1991; YEH et al., 1993; DOSHI et al., 1994; BLUMBERG et al., 1989; LEELARASAMEE et al., 1990; THYAGARAJAN et al., 1988; NIU et al., 1990). O extrato aquoso de P. niruri inibiu a transcriptase reversa do vírus tipo-1 da síndrome da imunodeficiência humana “HIV-1-RT” (OGATA et al., 1992).

O tratamento da hepatite B com quebra-pedra foi patenteado por uma empresa norte-americana, sendo que este efeito é obtido com cápsulas gastroresistentes, uma vez que as substâncias com atividade antiviral são degradadas no estômago (MATOS, 1994)..

Interações medicamentosas: não são relatadas e não há estudos.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Planta bem tolerada nas doses usuais, em altas doses pode causar diarréia, diurese acentuada e hipotensão.(ALONSO,2004).

Contra-indicações: A espécie Phyllanthus niruri deve ser evitada na gestação e lactação(ALONSO,2004); por precaução, as outras espécies de Phyllanthus também devem ser evitadas.

Posologia e modo de uso: Preparar o abafado com uma colher de sobremesa para 1 xícara de água quente , verter a água sobre a planta rasurada, cobrir por 10 minutos, coar e tomar 1 xícara 3x ao dia por 3 semanas.

Observações: Além da espécie Phyllanthus niruri outras espécies são utilizadas como por exemplo a Phyllanthus sellowianus Mull. Arg., Phyllanthus urinaria L., Phyllanthus tenellus Roxb. e uma planta de outro gênero da família Euphorbiaceae –Euphorbia prostata Aiton – são igualmente utilizadas como quebra-pedra.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

BAGALKOTKAR, G. et al. Phytochemicals fromPhyllanthus niruriLinn. and their pharmacological properties: a review. Journal Of Pharmacy And Pharmacology, [s.l.], v. 58, n. 12, p.1559-1570, dez. 2006. Wiley.

CALIXTO, J.B. et al Antispasmodic effects of an alkaloid extracted from Phyllanthus sellowianus: a comparative study with papaverine. Bras. J. Med. Biol. Res., [S.I], v. 17, p. 313-21, 1984

CUELLAR, A.C.; ESTEVEZ, P.F. Estúdio fitoquímico preliminar de plantas cubanas. V. Phyllanthus niruri, Euphorbiaceae. Rev. Cub. Farm., v. 14, n. 1, p. 63-68, 1980.

DHIR, H. et al. Protection afforded by aquous extracts of Phyllanthus species against cytotoxicity induced by lead and aluminium salts. Phytotherapy Res., v. 4, n. 5, p. 6-172, 1990.

GORSKI, F. Potent antinociceptive activity of a hydroalcoholic extract of Phyllanthus corcovadensis. J. Pharm. Pharmacol., v. 45, p. 9-1046, 1993.

GUPTA, D.R.; AHMAED, B. Nirurin: a new prenylated flavanone glycoside from Phyllanthus niruri. J. Nat Prod., v. 47, n. 6, p. 63-958, 1984.

GUPTA, Mahabir P. (ed.). 270 Plantas Medicinales Iberoamericanas. Santafé de Bogotá, D. C. – Colômbia: CYTED-SECAB, 1995.

HUANG, Y.L; CHEN, C.C.; OU, J.C. Isolintetralin: a new lignan from Phyffanthus niruri. Planta Med., v.58, p.473, 1992.

JOSHI. B.; GAWAD, D.H.; PELLETIER, S.W.; KARTHA, G.; BHANDARY, K. Isolation and structure (X-ray analysis) of ent-norsecurinine, an alkaloid from Phyllanthus rerun. J. Nat Prod., v.49, n.4, p. 614-20, 1986.

LEELARASAMEE, A.; TRAKULSOMBOON, S.; MAUNWONGYATHI, P.; SOMANABANDHU, A.; PIDETCHA, P.; MATRAKOOL, B.; LEBNAK, T.; RIDTHIMAT, W.;

CHANDANAYINGYONG, D. Failure of Phyllanthus amarus to eradicate hepatitis B surface antigen from symptomless earners. Lancet, v.335, n.8705, p. 1600-1, 1990.

LUTZENBERGER, L. Revisão da nomenclatura e observações sobre as angiospermas citadas na obra de Manuel Cypriano D’Ávila: “Da flora medicinal do Rio Grande do Sul”. Porto Alegre: Faculdade de Biologia da UFRGS, 1985.

LUTZENBERGER, L. Revisão da nomenclatura e observações sobre as angiospermas citadas na obra de Manuel Cypriano D’Ávila: “Da flora medicinal do Rio Grande do Sul”. Porto Alegre: Faculdade de Biologia da UFRGS, 1985. Dissertação de Bacharelado em Ciências Biológicas, ênfase em Botânica.

MATOS, F.J.A. Farmácias Vivas – Sistemas de Utilização de Plantas Medicinais Projetado para Pequenas Comunidades. Fortaleza: EUFC, 1994.

NEGI, R.S. & FAKHIR, T.M. Simplexine (14-hydroxy-4-methoxy-13,14-dihydronorsecurinine): an alkaloid from Phyilanthus simplex. Phytochemistry, v.27, n.9, p.3027-8,1988.

OGATA, T.; HIGUCHI, H.; MOCHIDA, S.; MATSUMOTO, H.; KATO, Α.; ENDO. T.; KAJI, Α.; KAJI, H. HIV-1 reverse transcriptase inhibitor from Phyilanthus niruri. AIDS Res. Hum. Retroviruses, v.8, η.11, p.1937-44, 1992.

QI, Weiyan; HUA, Lei; GAO, Kun. Chemical Constituents of the Plants from the Genus Phyllanthus. Chemistry & Biodiversity, [s.l.], v. 11, n. 3, p.364-395, mar. 2014.

SANTOS, D.R. Chá de quebra-pedra (Phyllanthus niruri) na litíase urinária em humanos e em ratos. Tese. Curso de Pós-Graduação em Nefrologia. Escola Paulista de Medicina. Doutorado. São Paulo. 1990.

SINGH et al., 1989)

SOUSA, M. P.; MATOS, M. E. O.; MATOS, F. J. A.; MACHADO, M. L. L; CRAVEIRO, A. A. Constituintes químicos ativos de plantas medicinais brasileiras. Fortaleza: EUFC, 1991.

SYAMASUNDAR, K.V.; SINGH, B.; THAKUR, R.S.; HUSAIN, Α.; KISO, Υ.; HIKINO. H. Antihepatotoxic principles of Phyilanthus nirvri herbs. J. of Ethnopharmacology, V.14, p.41-4, 1985.

VENKATESWARAN et al., 1987; MEHROTRA et al., 1990; THAMLIKITKUL et al., 1991; YEH et al., 1993; DOSHI et al., 1994; BLUMBERG et al., 1989;

LEELARASAMEE et al., 1990; THYAGARAJAN et al., 1988; NIU et al., 1990).

VENKATESWARAN, P.S.; MILLMAN, I.; BLUMBERG, B.S. Effects of an extract from Phyilanthus niruri on hepatitis Β and woodchuck hepatitis viruses: in vitro and in vìvo studies. Proc. Nati. Acad. Sci. USA., v.84, n.1, p.274-8. 1987.

KAUR, Navneet; KAUR, Baljinder; SIRHINDI, Geetika. Phytochemistry and Pharmacology of Phyllanthus niruri L.: A Review. Phytotherapy Research, [s.l.], v. 31, n. 7, p.980-1004, 17 maio 2017.

WENIGER & ROBINEAU 1988.

Tags: CólicaDepurativoDiuréticoFebreFebrífugaTônico

PRÍMULA

18/02/2020 22:32

Primula officinalis  (L.) Hill.

Primulaceae


SinonímiasPrimula veris var. officinalis L.

Nomes populares: Prímula, primavera.

Origem ou Habitat: Europa.

Partes usadas: Flores, folhas, raiz, rizoma.

Uso popular: Calmante, antiespasmódico, diurético, expectorante, febrífugo.

Composição química: Do extrato metanolico das folhas frescas de Primula officinalis foram isolados os seguintes flavonoides: quercetin, luteolin, kaempferol, isorhamnetin, apigenin; quercetin 3-O-glucoside, -rutinoside, -robinobioside, -gentiobioside, -(glucosyl-(1→2) -glucosyl-(1→6))-glucoside, -(rhamnosyl)-robinobioside; isorhamnetin 3-O-glucoside, -rutinoside, -robinobioside, -(rhamnosyl) -robinobioside; kaempferol 3-O-rutinoside, -robinobioside; limocitrin 3-O-glucoside; 3′, 4′-dihydroxyflavonglucoside. Outros compostos isolados foram: epicatechin, epigallocatechin, and proanthocyanidin B 2.

Outros: heterosídeos, enzimas, vitamina C, saponosídeos.

Referências: 

Chr. Karl, G. Müller, P. A. Pedersen “Flavonoids in the Flowers of Primula officinalis.” Planta Med 1981; 41(1): 96-99. Acesso 9 Dezembro 2016.

Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais – Edição de Reader’s Digest – Lisboa/Portugal, 1983.

http://www.tropicos.org/Name/26401269. Acesso 9 Dezembro 2016.

Tags: AntiespasmódicoCalmanteDiuréticoExpectoranteFebrífuga

PARIPAROBA

17/02/2020 22:34

Pothomorphe umbellata  (L.)Miq.

Piperaceae


SinonímiasPiper umbellatum L., Pothomorphe sidaefolia (Link & Otto) Miq., Peperomia umbellata Miq., Peperomia umbellata (L.) Kunth, Lepianthes umbellata (L.) Raf. ex Ramamoorthy.

Nomes populares: Pariparoba, caapeba, aguaxima, capeva, catajé.

Origem ou Habitat: Típica da Mata Atlântica, pode ser encontrada nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia.

Partes usadas: Folhas, hastes e raízes.

Uso popular: O potencial medicinal desta espécie está na cura de feridas e inflamações em geral. Os usos etnofarmacológicos descritos para a espécie são diversos, dentre os quais estão tratamento de epilepsia (Coimbra, 1958), disfunção hepática, bronquite asmática, cicatrizante e anti-inflamatório, febrífugo, sedativa e analgésica, repelente de insetos, anti-malária e a atividade antioxidante comprovada cientificamente, atribuída ao fenilpropanóide 4-nerolidilcatecol (MATTANA & MING et all, 2015).

Segundo Irmã Eva Michalak (1997), é indicada para resfriados, baço, fígado, gastralgias, azia, úlceras, hemorroidas, asma, pressão alta e dor de dente.

Lorenzi & Matos (2008) assinalam que é considerada diurética, antiepilética, contra febre, usada contra doenças do fígado, inchaços e inflamações das pernas. A decocção das raízes é indicada para doenças do fígado e da vesícula.

Composição química: Segundo LORENZI & MATOS: Os compostos citados são: óleo essencial, esteróides, mucilagens, substâncias fenólicas e pigmentos.

Principais constituintes do óleo essencial de folhas de Pothomorphe umbellata: D-germacreno, a-selineno, trans-cariofileno, espatulenol, δ-cadineno, δ-elemeno, g-cadineno, óxido de cariofileno, b-elemeno, epi-a-cadinol, a-copaeno, a-cubebeno, b-bourboneno, b-gurjuneno, g-muuroleno, trans-nerolidol, cubenol, trans-anetol e a-muuroleno (MATTANA & MING et all, 2015). Em um artigo de 2003: O estudo fitoquímico das folhas de Potomorphe umbellata resultou no isolamento de onze substâncias, entre as quais duas amidas (arboreumina e arboreumina glicosilada), cinco flavonas (vitexina-glucopiranosídeo, apigenina-D-glucopiranosídeo, orientina-D-glucopiranosídeo, 5-hidroxi-7,3′,4′-trimetoxi-flavona e velutina), duas lignanas (sesamina e diidrocubebina), um fenilpropanóide (ácido p-cumárico), além do 4-nerolidilcatecol

Ações farmacológicas: Estudos farmacológicos (em animais) permitiu a descrição de ações biológicas diversas como antitumoral (Sacoman et al., 2008) antiinflamatória, analgésica (Perazzo et al., 2005) e fotoprotetora (Röpke et al., 2005; da Silva et al., 2009).

O metabólito secundário melhor caracterizado de Pothomorphe umbellata é o fenilpropanóide 4-nerolidilcatecol (4-NC) (Kijjoa et al., 1980), que possui comprovada atividade antioxidante (Soares et al., 2007), antiinflamatória (Perazzo et al., 2005; Soares et al., 2007), antibacteriana (Kashima et al., 1998), antimicrobiana (Soares et al., 2007), fotoprotetora (Röpke et al., 2005) e indutora de apoptose (Brohem et al., 2009)(apud VALLE & MING, 2013).

o extrato etanólico de Pothomorphe umbellata mostrou atividade fungicida contra cepas resistentes de Trichophytum rubrum.

Posologia e modo de uso: Como diurética e estimulantes das funções estomacais, hepáticas, pancreáticas e do baço: decocção de 1 colher (chá) de raízes picadas para 1 xícara de água, na dose de 1 xícara pela manhã em jejum e outra antes do almoço.

Para febres e afecções das vias respiratórias (tosse e bronquite) é indicado o xarope das folhas e hastes.

Suas folhas são empregadas externamente, na forma de cataplasma, para queimaduras leves, furúnculos, dor de cabeça e reumatismo.

Observações: No caso de Pothomorphe umbellata, os óleos essenciais se concentram nos idioblastos localizados nas células parenquimáticas (Marinho, 2008 apud MATTANA & MING et all, 2015).

As atividades farmacológicas despertaram o interesse da indústria cosmética e de manipulação por P. umbellata, principalmente devido ao sucesso como agente tópico fotoprotetor.

Referências:

BERGAMO, Debora Cristina Baldoqui “Avaliação química dos componentes não voláteis e voláteis e estudo biossintético do 4-nerolidilcatecol em Potomorphe umbellata (Piperaceae).” Tese de doutorado. Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Instituto de Química, abr. 2003. Acesso 17 Agosto 2015.

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2008.

MATTANA, R.S.; MAIA E ALMEIDA, C.I.; OLIVEIRA, P.F.C.; LIMA, L.P.; HABER, L.L.; MING, L.C.; MARQUES, M.O.M. “Efeitos de diferentes tempos de extração no teor e composição química do óleo essencial de folhas de pariparoba [Pothomorphe umbellata (L.) Miq.]. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, SP. v.17, n.1, p.150-156, 2015. Acesso 14 Agosto 2015.

SANTANA, HT. et all. “Essential oils of leaves of Piper species display larvicidal activity against the dengue vector, Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)”. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, SP. v.17, n.1, p.105-111, 2015. Acesso 14 Agosto 2015.

VALLE, J.S.; Fonseca, B.K.D.; Nakamura, S.S.; Linde, G.A.; Mattana, R.S.; Ming, L.C.; Colauto, N.B.: “Diversidade genética de populações naturais de pariparoba [Pothomorphe umbellata (L.) Miq.] por RAPD”. Rev. bras. plantas med. vol.15 no.1 Botucatu, SP,2013. Acesso 17 Agosto 2015.

SPONCHIADO Jr. E.C. et all.; “Potomorphe umbellata(L.)Miq. – uma revisão de literatura sobre a espécie, bem como seus aspectos químicos e farmacológicos mais importantes.” -Revista Fitos Vol.3 Nº01 março 2007,Centro de Apoio Multidisciplinar – CAM, Biotecnologia, Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Manaus, AM, Brasil.

http://www.tropicos.org/Name/25002115?tab=synonyms. Acesso 14 Agosto 2015.

2012 Sep;22(3):265-9. doi: 10.1016/j.mycmed.2012.05.005. Epub 2012 Aug 10. Pothomorphe umbellata: antifungal activity against strains of Trichophyton rubrum. Rodrigues ER1, Nogueira NG, Zocolo GJ, Leite FS, Januario AH, Fusco-Almeida AM, Fachin AL, de Marchi MR, dos Santos AG, Pietro RC.entrada em 03/07/16.

Tags: AnalgésicoAnti-inflamatórioAnti-oxidanteBronquiteCicatrizanteFebrífugaFeridasRepelenteResfriadoSedativo

PARACARI

17/02/2020 22:30

Marsypianthes chamaedrys  (Vahl) Kuntze.

Lamiaceae (antiga Labiatae)


SinonímiasClinopodium chamaedrys Vahl, Hyptis chamaedrys (Vahl) Willd., Hyptis pseudochamaedrys Poit., Marsypianthes arenosa Brandegee, Marsypianthes hyptoides Mart. ex Benth.

Nomes populares: Erva-do-paracari, paracari, paracaru, betônica-brava, hortelã-do-campo, erva-de-cobra, coração-de-frade, boia-caá, hortelã-do-Brasil.

Origem ou Habitat: Nativa do Continente Americano e encontrada em todo território brasileiro.

Características botânicas: Herbácea anual, aromática, de ramos prostrados ou decumbentes, pubescente, muito ramificada, medindo de 30 a 60 cm de altura. Folhas simples, membranáceas, pecioladas, revestida por pubescência branco-translúcida, de 2 – 4 cm de comprimento. Flores violetas, dispostas em capítulos longo-pedunculados axilares. Propaga-se por sementes.

Partes usadas: Folhas e raizes.

Uso popular: É considerada aromática, febrífuga, antiespasmódica e carminativa. Na forma de banhos quentes é empregada contra o reumatismo articular. A infusão das raizes é usada contra anemia e dor de cabeça. O suco da planta é utilizado para picadas de cobras, tanto interna como externamente e esfregado sobre a pele contra picadas de mosquitos e pernilongos.

Os indígenas da Amazônia ocidental, usam uma mistura de suas folhas com as de Lippia alba, em decocção, para o tratamento da diarréia.

Nas Guianas é usado a infusão de suas hastes e folhas como bebida digestiva, laxativa e para dores intestinais; já o seu decocto é usado contra dor de cabeça.

Composição química: Os primeiros estudos químicos desta planta revelaram a presença de esteróides (sitosterol e estigmasterol), triterpenos (incluindo os ácidos oleanóico, ursólico e tormêntico, germanicol, chamaedridiol, a-amirina e b-amirina) e o flavonóide rutina. Os principais constituintes do óleo essencial foram o b-burbuneno (17,98%), elemeno (11,93%) e g-cadineno (17,79%).

Em um trabalho científico apresentado em 2015, os constituintes do óleo essencial foram os seguintes: β-​Elemene, (E)​-​caryophyllene, α-​humulene, germacrene D, bicyclogermacrene, δ-​cadinene, spathulenol, caryophyllene oxide, and globulol.

Em artigo científico de 2001, os elementos encontrados foram: germacrene D (35.6​%)​, β-​caryophyllene (15.1​%) bicyclogermacrene (7.2​%) e α-​copaene (5.3​%)​, além de Bornyl acetate, α-​Pinene, Limonene, δ-​Cadinene, β-​Cedrene,Viridiflorol, Caryophyllene oxide, Sabinene, β-​Bourbonene, α-​Humulene, trans-​α-​Bergamotene, β-​Cubebene, entre outros.

Ações farmacológicas: Antiinflamatória, analgésica e moluscicida.

Posologia e modo de uso: Breve descrição da utilização da planta.

Observações: Os principais constituintes do óleo essencial foram o b-burbuneno, elemeno e g-cadineno. Não se tem informação da atividade contra veneno de cobra destas substâncias nem dos outros constituintes do óleo essencial.

Referências: 

DE ABREU MATOS, Francisco Jose; Machado, Maria Iracema Lacerda; Craveiro, Afranio Aragao; Alencar, Jose Wilson; de Sousa Meneses, Fabio -“Essential oil composition of Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze grown in northeast Brazil.” From Journal of Essential Oil Research (2001), 13(1), 45-46.

DE SOUSA MENEZES, FABIO; Da Silva, Celia Santos; Pereira, Nuno Alvares; De Abreu Matos, Francisco Jose; Borsatto, Angelo Saboia; Kaplan, Maria Auxiliadora Coelho – “Molluscicidal constituents of Marsypianthes chamaedrys.” From Phytotherapy Research (1999), 13(5), 433-435.

HASHIMOTO, M.Y. et all.”Chemotaxonomy of Marsypianthes Mart. ex Benth. based on essential oil variability.” From Journal of the Brazilian Chemical Society (2014), 25(8), 1504-1511. Acesso 7 OUT 2015.

LORENZI, H. & MATOS, J.F.A. “Plantas medicinais no Brasil: nativas e cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002.

SELENE MAIA DE MORAIS(PQ) e Valdir Alves Facundo(PQ) – “CONSTITUINTES QUÍMICOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE MARSYPIANTHES CHAMAEDRYS DA AMAZÔNIA” – /Departamento de Química e Física do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza – Ceará / Departamento de Ciências Exatas da Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho – Rondônia. Disponível em http://www.sbq.org.br/ranteriores/23/resumos/0765-1/index.html, Acesso 7 OUT 2015.

http://www.tropicos.org/Name/17601496?tab=synonyms – Acesso 7 OUT 2015.

Tags: Anti-espasmódicoAromáticaCarminativaCefaléiaDiarreiasFebrífugaLaxativasReumatismo

GILBARDEIRA ou RUSCUS

09/02/2020 22:14

Ruscus aculeatus  L.

Asparagaceae (ex Ruscaceae, ex Liliaceae)


Nomes populares: Espinho de jerusalem, gilbarbeira, gilbardeira, ruscus, butcher’s broom, knee holly.

Origem ou Habitat: Europa, Oeste da Ásia e Norte da África.

Características botânicas: É um arbusto perene medindo de 25 – 100 cm de altura, caule liso e redondo de cor verde escuro. As folhas são pequeníssimas e o que parecem “folhas” são extensões do caule em forma de folhas oval-lanceoladas terminada com a ponta em espinho chamados filocládios.

Partes usadas: Filocládios, rizomas e raízes.

Uso popular: É usado como diurético, febrífugo, estimulante e tônico para o sistema venoso. É utilizado na preparação do xarope de “cinco raízes”, do qual fazem parte o funcho, aipo, aspargo e salsa.

Composição química: Óleo essencial, resina, saponinas esteroidais e suas agliconas (ruscugeninas), compostos fenólicos (fenil-1-benzoxipinóis) calcio, potássio, etc.

OBS.: O rizoma é nodoso e exala um cheiro a terebintina.

Ações farmacológicas: anti-inflamatório, antioxidante, antibacteriano, antifúngico, diurético, febrífugo, vasoconstritor.

Observações: Existem outras espécies, por exemplo, Ruscus hypoglossum, muito semelhante e que possui os mesmos usos populares da espécie citada.

Referências: 

DELAVEAU,P. et al. Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Lisboa: Lisgrafica, 1983.

Anti-​inflammatory effect of the crude steroidal saponin from the rhizomes of Ruscus aculeatus L. (Ruscaceae) in two rat models of acute inflammation By Balica, Georgeta; Vostinaru, Oliviu; Tamas, Mircea; Crisan, Gianina; Mogosan, Cristina From Journal of Food, Agriculture & Environment (2013), 11(3 & 4, Pt. 1), 106-108. | Language: English, Database: CAPLUS – Acesso 3 jul 2014

Synthesis of Phenyl-​1-​benzoxepinols Isolated from Butchers Broom and Analogous Benzoxepines By Herrmann, Josef M.; Untergehrer, Monika; Juergenliemk, Guido; Heilmann, Joerg; Koenig, Burkhard From European Journal of Organic Chemistry (2014), 2014(15), 3170-3181. | Language: English, Database: CAPLUS – Acesso 3 jul 2014

Bioactivity of the extracts and compounds of Ruscus aculeatus L. and Ruscus hypoglossum L. By Hadzifejzovic, Nihad; Kukic-Markovic, Jelena; Petrovic, Silvana; Sokovic, Marina; Glamoclija, Jasmina; Stojkovic, Dejan; Nahrstedt, Adolf From Industrial Crops and Products (2013), 49, 407-411. | Language: English, Database: CAPLUS – Acesso 3 Jul 2014

http://www.tropicos.org/Name/18400726 – acesso em 16 de setembro de 2013.

Tags: DiuréticoEstimulanteFebrífugaTônico

ERVA-LUIZA

19/01/2020 23:00

Aloysia triphylla   Royle.

Verbenaceae 


Sinonímias: Lippia citrodora Kunth, Aloysia citriodora Cav.

Nomes populares:  erva-cidreira, cidró, cidrózinho, cidrão, “Cedrón” (Peru), limão-verbena, verbena, erva-da-pontada, cidró-pessegueiro, erva-luíza, etc.

Origem ou Habitat: Nativo da América do Sul, provavelmente do Chile. É cultivada no Sul do Brasil. Foi introduzida na Europa e norte da África..

Características botânicas:  Arbusto grande, muito ramificado, ereto, aromático, medindo de 2-3 m de altura. Folhas simples, glabras em ambas as faces, de margens serreadas na porção apical, verticiladas, em número de 3 ou 4 por nó, de 8-12cm de comprimento. Flores brancas ou rosadas, dispostas em inflorescências paniculadas terminais.

Uso popular:  Erva aromática, rica em óleo essencial, que age como sedativo brando, febrífugo, antiespasmódico. Suas folhas são empregadas internamente contra resfriados, gripes, como digestiva, tônica, antiespasmódica, carminativa, eupéptica e calmante.

Composição química:  Óleo essencial (citral, limoneno, citronelol, geraniol, α e β-pineno, cineol, etil-eugenol, entre outros); flavonóides (luteolina-7-diglicuronídeo, apigenina, crisoeriol, hispidulina, etc.); compostos fenólicos (verbascosídeo); taninos hidrolisáveis; iridóides; etc. (Alonso, Lorenzi, Simões.

INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS:

👥(AN): Estudos apontam o efeito ansiolítico para compostos extraídos da planta.                      🧫🦠(IV): Estudo mostrou atividade antimicrobiana do óleo essencial contra Aeromonas spp

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Relativos ao óleo essencial, em altas doses comporta-se como um neurotóxico. O uso prolongado provoca irritação da mucosa gástrica. O emprego do óleo essencial em perfumaria provocou reações de hipersensibilidade na pele ante a exposição solar. Cabe assinalar que tanto o citral como o geraniol, são agentes tóxicos para a pele quando se aplicam em forma cutânea.

Contra-indicações:  O óleo essencial produz uterotonicidade, por isso é contra indicado durante a gravidez. A ação irritativa sobre as mucosas contra indica seu uso nos processos de gastrite, úlceras e lesões do sistema urinário. Não administrar tampouco durante a lactação. (Newall C. et al., 1996 apud Alonso).

Para o infuso de folhas não há relato de efeitos adversos.

Posologia e modo de uso: Infusão: para uma xícara colocar 1 colher de sopa de folhas e flores , verter água quente sobre as folhas , abafar 15 min., Coar e tomar. Toma-se 2-3 xícaras ao dia.

 

Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

SIMÕES, C. M. O. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986.

J Altern Complement Med. 2011 Nov;17(11):1051-63. doi: 10.1089/acm.2010.0410.- acesso em 24 de julho de 2013.

http://www.tropicos.org/Name/33700999 – acesso em 21 de setembro de 2012.

Tags: AntiespasmódicoAromáticaCalmanteCarminativaEupépticaFebrífugaGripeResfriadoSedativoTônico

CIMICIFUGA

08/01/2020 15:41

Cimicifuga racemosa  (L.)Nutt.

Ranunculaceae  


 Sinonímias: Actaea racemosa L. 

Nomes populares:  Cimicifuga, black cohosh, black snakeroot, bugbane (English, EUA).

Origem ou Habitat: Originária do Canadá e Costa Atlântica dos Estados Unidos. 

Características botânicas:  Herbácea perene, medindo entre 1 e 3 metros de altura, rizoma escuro e grosso, folhas grandes, alternas, composta por 2 a 5 folíolos lobulados e dentados. Inflorescência branco-creme brilhantes, de aroma fétido, dispostas em um racemo terminal que aparecem entre o verão e o outono. 

Partes usadas:Rizomas. 

Uso popular:  Os nativos norteamericanos usavam a cimicifuga para tratar irregularidades menstruais, facilitar o parto e na forma de cataplasma para tratar picadas de serpentes. 

Em 1828 foi incorporada à prática médica sendo recomendada como anti-hipertensiva, calmante, febrífuga e anti-inflamatória em processos reumáticos. 

Atualmente o uso de extratos de Cimicifuga racemosa está indicado para os transtornos da menopausa e na síndrome pré-menstrual. 

Composição química:  Entre os constituintes químicos do rizoma destacam-se: alcalóides quinolizidínicos (N-metilcitisina e outros); glicosídeos triterpênicos: acteína, 12-acetil-acteína, 27-desoxiacteína, 9,19-ciclolanostano, cimifugósido, cimiracematos A-D, cimicifugina (15-20%). 

  • Triterpenos: Deoxiacteína, acteina, cimicifugosideos A e M, cimiracemosideos A-H, dentre outros. 
  • Flavonoides: Formononetina 
  • Fenólicos: Cimiracemato A e B e hidroxitirosol 
  • Alcalóides guanidínicos: Crambescidinas 
  • Ácidos orgânicos:  Ácido cafeico, ácido cimicifúgico A, B, E e F, ácidofucinólico, ácido protocatecuico, ácido p-cumarico, ácido ferulico, ferulato-1-metil ester, ácido isoferulico, dentre outros. 
  • Lignanas: Actaealactona 
  • Derivados Serotoninérgicos: N-omega-metilserotonina 

Ações farmacológicas: Reguladora hormonal no climatério, hipotensora arterial e anti-inflamatória. existem controvérsias quanto a eficácia em distúrbios da menopausa, necessitando mais estudos. 

Interações medicamentosas: Com tamoxifeno, doxorubicina, docetaxel e drogas metabolizadas pela enzima 3A4 do CYP 450.  

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Doses excessivas (5g da droga ou 12g do extrato) podem provocar sintomas como náuseas, vômitos, vertigem, bradisfigmia (pulso lento), transtornos visuais e nervosos. 

A Comissão “E” da Alemanha limita o uso da cimicifuga a 6 meses contínuos, devendo realizar descanso. 

Contra-indicações:  Não é recomendado na gravidez e amamentação. 

Observações: O gênero Cimicifuga compreende 18 espécies, das quais uma é nativa da Europa (Cimicifuga europaea), 6 espécies norteamericanas (Cimicifuga americanaC. arizonicaC. laciniataC. elataC. racemosaC. rubifolia ) e o restante do Nordeste da Ásia (C. foetidaC. daburica ).
 

 

Referências:
ALONSO, J.R. – Curso Fitomedicina: ginecología I- menopausia y fitoestrógenos. 

ALONSO, J. – Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. 

ULBRICHT, Catherine; WINDSOR, Regina C.. An Evidence-Based Systematic Review of Black cohosh (Cimicifuga racemosa,Actaea racemosa) by the Natural Standard Research Collaboration. Journal Of Dietary Supplements, [s.l.], v. 12, n. 3, p.265-358, 25 ago. 2014. 

GÖDECKE, Tanja et al. Phytochemistry of cimicifugic acids and associated bases inCimicifuga racemosaroot extracts. Phytochemical Analysis, [s.l.], v. 20, n. 2, p.120-133, mar. 2009. 

http://www.tropicos.org/Name/27100874 – Acesso 03 set 2014. 

Sloan Kettering câncer center herbs 

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