CARURU-DE-MANCHA
Amaranthus viridis L.
Sinonímias: Euxolus viridis (L.) Moq., Glomeraria viridis (L.) Cav., Pyxidium viride (L.) Moq.
Nomes populares: Caruru, caruru-de-mancha, caruru-verde, caruru-bravo, caruru-miúdo, caruru-de-porco, caruru-de-soldado, caruru-verdadeiro, amaranto-verde, bredo, bredo-verdadeiro. [Quebra da Disposição de Texto][Quebra da Disposição de Texto]Origem ou Habitat: Nativa do Caribe e amplamente disseminada em áreas abertas e lavouras de todo o Brasil.
Características botânicas: Ácea anual, ereta, pouco ramificada, variavelmente pigmentada, com hastes carnosas, medindo de 40-100 cm de altura. Folhas simples, inteiras, alternas, longo-pecioladas, membranáceas, glabras, de 6-13 cm de comprimento, com uma mancha violácea no centro da folha. Flores muito pequenas, de cor esverdeadas, reunidas em panículas racemosas axilares e terminais. Sementes muito pequenas. Brácteas ovadas a lanceoladas, agudas, não epinescentes. As sementes são castanho avermelhadas ou pretas.
Obs.: As espécies Amaranthus spinosus L. e Amaranthus retroflexus L. possuem propriedades e características semelhantes, exceto pela presença de espinhos longos nas axilas das folhas de A. spinosus e pelo maior porte de A. retroflexus, tendo inclusive os mesmos nomes populares. [Quebra da Disposição de Texto][Quebra da Disposição de Texto]Partes usadas: Planta inteira: folhas, raízes e inflorescências.
Uso popular: A planta inteira é empregada na medicina caseira em quase todo o Brasil. As folhas e raízes são consideradas emolientes e anti blenorrágicas. As folhas são mucilaginosas, digestivas, diuréticas, resolutivas e laxativas. Acredita-se que sua administração aumente a lactação. É utilizada externamente contra afecções de pele, como eczemas e furúnculos, e também na forma de gargarejos contra úlceras na boca.
Composição química: As folhas possuem carotenóides, entre eles 54-61% de luteína mais violaxantina, 24-34% de β-caroteno, 10–14% de neoxantina e traços de zeaxantina e α-cripto-xantina, além de espinasterol e uma saponina derivada do ácido oleanólico . É também uma fonte rica em vitamina A. Em termos quantitativos e qualitativos, o Amaranthus viridis L. constitui-se como uma excelente fonte de proteínas. Possui consideráveis quantidades de dois ácidos graxos essenciais – linoléico e alfa-linoleíco – e minerais, como ferro, magnésio, cálcio e zinco.
Ações farmacológicas: Diurética, adstringente, mucilaginosa, laxativa, cicatrizante, antiblenorrágica, antiinflamatória.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: As inflorescências não deve ser consumida por gestantes, lactantes e nem por cardíacos. fonte.
Posologia e modo de uso: Na forma de infusão, vertendo 1 xícara de água fervente em 1 colher de sopa das folhas.
Externamente, fazer gargarejo com a infusão um pouco mais concentrada (2 colheres de sopa);
Para uso tópico, triturar toda a planta e aplicar sobre as afecções de pele. Pode-se fazer compressas com a infusão da planta como anti-inflamatório.
Referências:
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