URUCUM

24/02/2020 18:24

Bixa orellana  L.

Bixaceae


SinonímiasOrellana orellana (L.) Kuntze, Orellana americana Kuntze, Bixa urucurana Willd.

Nomes populares: Urucu, colorau, urucuzeiro, açafroa-da-bahia, achiote, analto (Peru, México, Cuba, Argentina).

Origem ou Habitat: América Tropical.

Características botânicas: Árvore ou arbusto perene, medindo de 3-8 m de altura. Folhas simples, alternas, longamente pecioladas, glabras, levemente cordiformes a ovalado-lanceoladas, grandes, medindo de 8-20 cm de comprimento. Flores brancas ou levemente róseas, dispostas em panículas terminais. Fruto do tipo cápsula deiscente, ovoide, coberto densamente de espinhos flexíveis, marrom-escuro quando maduro, abre-se por duas linhas longitudinais, mostrando uma cavidade com muitas sementes – 30 a 40 sementes – de cor alaranjada forte a vermelho-escuro. Os frutos encontram-se em cachos de até 17 unidades.

Partes usadas: Sementes, folhas e raízes.

Uso popular: Os indígenas utilizam os arilos das sementes como matéria tintorial para a pintura dos corpos em rituais, como proteção contra insetos e queimaduras por exposição ao sol e para tingimento de tecidos e utensílios caseiros de palha e barro.

Na medicina caseira é utilizada como expectorante. O colorau é amplamente utilizado como corante e condimento na cozinha nordestina.

Na literatura etno-farmacológica, as sementes são referidas como estomáquica, tonificante do aparelho gastrointestinal, antidiarreica, antifebril, palpitações do coração, crises de asma, coqueluche e gripe.

Nos países da América do Sul e América Central, vários dos usos conhecidos de Bixa orellana são o mesmo, por exemplo, antipirético, afrodisíaco, antidiarréico, antidiabético, e repelente de insetos.

Composição química: As sementes são ricas em carotenóides. No arilo ceroso da semente ocorre um óleo essencial rico em geranil-geraniol, monoterpenos e sesquiterpenos oxigenados além dos carotenóides bixina e norbixina. As folhas contém flavonóides, diterpenos, ácido gálico e óleo essencial.

Ações farmacológicas: Diversos experimentos, em vários países da América do Sul e Central, mostraram atividades biológicas de extratos de Bixa orellana testados em várias espécies de animais, como: antioxidante, hipotensor, moluscicida e antimalárica, contra células A549 para carcinoma de pulmão, alergia, hipoglicêmica, antifúngica e repelente de insetos.(VILAR, D. A. et all., 2014).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses usuais não foram observados efeitos adversos. Em doses muito elevadas podem causar um efeito purgante e hepatotóxico.

Contra-indicações: O consumo das sementes ou da raiz pode ser abortivo.

Posologia e modo de uso: Infusão: 10g de raiz ou sementes para 1 litro de água. Tomar 1-3 xícaras ao dia. As sementes são empregadas na forma de chá, maceradas em água fria ou como xarope.

Observações: As sementes de urucum eram utilizadas pelos indígenas desde o séc.XVII, como antídoto em casos de envenenamento com a mandioca (Manihot sculenta). (Alonso & Desmarchelier, 2005).

Referências: 

ALONSO J. DESMARCHELIER, C. Plantas Medicinales Autócnas de La Argentina, Buenos Aires: Editorial LOLA, 2005

DRESCHER, L. (coordenador). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

SIMÕES, C. M. O. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986.

VILAR, D. A. et all. “Traditional Uses, Chemical Constituents, and Biological Activities of Bixa orellana L.: A review – Hindawi Publishing Corporation The Scientific World Journal Volume 2014, Article ID 857292, 11 pages – http://dx.doi.org/10.1155/2014/857292 – Acesso 11 de Junho 2015.

http://www.tropicos.org/Name/3800005?tab=synonyms – acesso em 09 de outubro de 2012.

Tags: AntidiarreicoAntifebrilAsmaCondimentoEstomáquicoExpectoranteRepelenteTinturaTônico

TANSAGEM

24/02/2020 14:48

Plantago major  L.

Plantaginaceae


Nomes populares: Tanchagem, tanchagem-maior, tanchás, tachá, tansagem, tranchagem, transagem, sete-nervos, tançagem, tanchagem-média, plantagem.

Origem ou Habitat: Nativa da Europa e naturalizada em todo o sul do Brasil (Lorenzi & Matos, 2002).

Características botânicas: planta herbácea, perene, ereta, não possui caule, pode chegar até 40 cm de altura. As folhas são dispostas em roseta basal, com pecíolo longo e lâmina membranácea com nervuras bem destacadas, de 15-25 cm de comprimento. Flores muito pequenas, hermafroditas, dispostas em inflorescências espigadas eretas sobre haste floral de 20-30 cm de comprimento, de cor verde-amarelada. Os frutos são cápsulas elipsóides de 2 a 4 mm de largura. As sementes são facilmente colhidas raspando-se entre os dedos a inflorescência. Multiplica-se por sementes. A raiz é fasciculada. Outras espécies, muito semelhantes, são utilizadas no Brasil para os mesmos fins na medicina popular, sendo a Plantago lanceolata Hook. de origem européia e a Plantago australis Lam. nativa do Sul e Sudeste do Brasil. Outra espécie, de origem oriental, Plantago ovata Forssk. é descrita com detalhes pelo dr. Jorge Alonso, no Tratado de Fitofármacos y Nutracêuticos, 2002, e apresenta os mesmo usos medicinais.

Partes usadas: Folhas e sementes.

Uso popular: No Brasil é considerada diurética, antidiarreica, expectorante, hemostática e cicatrizante, sendo empregada contra infecções das vias respiratórias superiores (faringite, amigdalite, estomatite), bronquite crônica e como auxiliar no tratamento de úlceras pépticas. Também são empregadas, tanto as flores como as sementes, contra conjuntivite e irritações oculares devidas a traumatismos. As sementes são utilizadas como laxante(neste caso deve-se beber água e colocar as sementes para inchar em água) e depurativas enquanto as folhas são empregadas internamente no tratamento da diarreia. Utilizada para tratar afecções de pele (acne e cravos), queimaduras e picadas de insetos. Usada como auxiliar no tratamento dos que querem deixar do hábito de fumar.

As folhas jovens são usadas como alimento em saladas e refogados.

Relato popular de uso em tensão pré menstrual (TPM).

Composição química:  Contém mucilagens de ácidos urónicos (3 a 6%), pectinas, glucosídeos iridóides (asperulósido, aucubósido), taninos, ácido cafeico e seus ésteres (clorogênico, neoclorogênico) e derivados do ácido cinâmico (acteósido), ácido silícico livre e combinado, cumarinas (esculetina), vários ésteres osídicos de ácido cafeico (verbascósido, plantamósido).³ Possui sais de potássio (até 0,5%), enzimas (invertina e emulsina), saponinas, vitamina C, flavonoides (plantaginina) e ácidos orgânicos (cítrico e málico). Um estudo sobre as quantidades de proteínas, açúcares, vitaminas e minerais explica o seu uso como alimentos.

Flavonoides: Luteolina, Apigenina, Baicaleína, dentre outros.

Alcalóides: Indicaina e plantagonina

Terpenoides e Esteróides: Ácido ursólico, ácido oleanólico, ácido de sitosterol, 18β-gliciretínico, dentre outros.

Iridóides: Aucubina, loliolide, asperuloside, majorósideo, dentre outros.

Acidos fenólicos: Plantamajosideo, verbacosideo, ácido clorogênico, ácido fumárico, ácido siríngico, ácido vanílico, dentre outros.

Ácidos graxos: Ácido lignocérico, ácido palmítico, ácido esteárico, dentre outros.

Polissacarídeos: Xilose, arabinose, ácido galacturônico, dentre outros.

Ações farmacológicas: As mucilagens têm efeito emoliente, antialérgico, expectorante e reduzem a assimilação intestinal dos glúcidos e lipídeos. Os glucosídeos iridóides têm ação anti-inflamatória, os taninos conferem-lhe atividade adstringente e as sementes possuem ação laxativa. Em um estudo, alguns compostos puros encontrados no extrato da planta demonstraram uma potente atividade antiviral. Entre eles, o ácido cafeico demonstrou forte atividade contra herpes-vírus (HSV-1 e HSV-2) e adenovírus (ADV-3) e o ácido clorogênico demonstrou atividade contra o adenovírus 11 (ADV-11). Em outro estudo, o extrato da planta exibiu atividade imunomodulatória, aumentando a proliferação de linfócitos e secreção de interferon-y em concentrações baixas.

Interações medicamentosas: No seu trajeto pelo intestino, as sementes podem interferir com a absorção de outros fármacos (glucosídeos cardiotônicos, derivados cumarínicos, vitamina B12, carbamazepina, sais de lítio, cálcio, cobre, magnésio e zinco), por este motivo deve-se ter precaução de não administrá-la junto a algum outro tratamento (Alonso, J., 2004).refere-se á P. ovata.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Para as sementes se menciona a possibilidade de gerar flatulência ou sensações de obstrução de esôfago ou intestino, principalmente quando a quantidade de líquido ingerido com a planta é insuficiente.

Contra-indicações: As sementes não devem ser administradas na presença de obstruções do trato gastrointestinal.

Evitar o uso em gestantes.

Posologia e modo de uso: Uso interno: como laxante e depurativo: infusão das sementes, preparado adicionando-se água fervente em um copo contendo uma colher de sopa de sementes deixadas em maceração durante a noite;

contra infecções das vias aéreas, fazer gargarejo de seu chá, 2 a 3 vezes por dia (2 colheres de sopa das folhas picadas para 1 xícara de chá de água fervente).

Para dores de garganta tomar 3 x ao dia a infusão de 1 colher de sopa de folhas picadas para 1 xícara de chá de água fervente.

Uso externo: cataplasma preparado com folhas amassadas, misturado com glicerina e aplicado sobre feridas, queimaduras e picadas de insetos;

para prostatites, é indicado banho de assento, de duração de 20 minutos, 2 vezes por dia, preparado através da fervura de 5 colheres de sopa de folhas picadas em 1 litro de água(Lorenzi & Matos, 2002; Panizza, 1997.

Observações: Existem outras espécies de Plantago usadas como remédio, apesar de informantes relatarem que Plantago major é melhor.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 633-635.

ADOM, Muhammad Bahrain et al. Chemical constituents and medical benefits of Plantago major. Biomedicine & Pharmacotherapy, [s.l.], v. 96, p.348-360, dez. 2017.

CUNHA, A. P., SILVA, A. P., ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 600-601.

DRESCHER, L. (coordenador). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 109.

CHIANG, L. C. et al W. In Vitro Cytotoxic, Antiviral and Immunomodulatory Effects of Plantago major and Plantago asiatica. The American Journal of Chinese Medicine (AJCM). 2. ed. v. 31, 2003. p. 225-234.

CHIANG, L. C. et al. Antiviral activity of Plantago major extracts and related compounds in vitro. Antiviral Research, v.55, n. 1, p. 53-62, July 2002.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 382-383.

PANIZZA, S. Plantas que curam: cheiro de mato. 5. ed. São Paulo: IBRASA, 1997. p 190-191.

REVILLA, J. Plantas da Amazônia: oportunidades econômicas e sustentáveis. Manaus: [s. i.], 2000. p. 75-78.

SAMUELSEN, Anne Berit. The traditional uses, chemical constituents and biological activities of Plantago major L. A review. Journal Of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 71, n. 1-2, p.1-21, jul. 2000.

STUART, M. Enciclopedia de Hierbas y Herboristería. Barcelona: Ediciones Omega S. A., 1981. p. 241-242.

Tags: AntidiarreicoBronquiteCicatrizanteDepurativoDiuréticoExpectoranteHemostáticoLaxanteQueimaduraÚlceras

PRÍMULA

18/02/2020 22:32

Primula officinalis  (L.) Hill.

Primulaceae


SinonímiasPrimula veris var. officinalis L.

Nomes populares: Prímula, primavera.

Origem ou Habitat: Europa.

Partes usadas: Flores, folhas, raiz, rizoma.

Uso popular: Calmante, antiespasmódico, diurético, expectorante, febrífugo.

Composição química: Do extrato metanolico das folhas frescas de Primula officinalis foram isolados os seguintes flavonoides: quercetin, luteolin, kaempferol, isorhamnetin, apigenin; quercetin 3-O-glucoside, -rutinoside, -robinobioside, -gentiobioside, -(glucosyl-(1→2) -glucosyl-(1→6))-glucoside, -(rhamnosyl)-robinobioside; isorhamnetin 3-O-glucoside, -rutinoside, -robinobioside, -(rhamnosyl) -robinobioside; kaempferol 3-O-rutinoside, -robinobioside; limocitrin 3-O-glucoside; 3′, 4′-dihydroxyflavonglucoside. Outros compostos isolados foram: epicatechin, epigallocatechin, and proanthocyanidin B 2.

Outros: heterosídeos, enzimas, vitamina C, saponosídeos.

Referências: 

Chr. Karl, G. Müller, P. A. Pedersen “Flavonoids in the Flowers of Primula officinalis.” Planta Med 1981; 41(1): 96-99. Acesso 9 Dezembro 2016.

Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais – Edição de Reader’s Digest – Lisboa/Portugal, 1983.

http://www.tropicos.org/Name/26401269. Acesso 9 Dezembro 2016.

Tags: AntiespasmódicoCalmanteDiuréticoExpectoranteFebrífuga

PATA-DE-VACA

18/02/2020 21:48

Bauhinia forficata   Link.

Fabaceae


SinonímiasBauhinia candicans Benth., Bauhinia forficata var. candicans Benth.) Hassl. ex Latzina e Bauhinia forficata subsp. pruinosa (Vogel) Fortunato & Wunderlin.

Nomes populares: Pata-de-vaca, unha-de-boi, unha-de-vaca, pezuña de vaca, mororó, caauba.

Origem ou Habitat: Brasil.

Características botânicas: Árvore, apresenta ramos frágeis ou pendulares, glabros ou pubescentes, folhas ovais ou lanceoladas, um pouco agudas, ou acuminadas na base arredondadas, membranáceas com a forma típica de 9 nervos; glabras nas 2 faces ou com pequena pubescência na dorsal; pecíolos de 2 a 3 cm; acúleos quase gêmeos; pedicelos gêmeos em pedúnculo muito curto; flores de dimensões muito variáveis, tubo de cálice de 1 a 3 cm de comprimento, fino ao abrir a flor; lacínias de 3 a 5 cm, convergentes na espata; pétalas do comprimento do cálice ou menores, oblongas; filamentos glabros ou na base, barbados de pequenos pêlos; ovário glabro e fruto do tipo legume. (SILVA et al. 2003).

Partes usadas: Folhas, menos frequentemente flores e cascas.

Uso popular: Na medicina caseira a infusão das folhas são empregadas como auxiliar no tratamento da diabetes, contra a cistite, como diurético, anti-inflamatório, hipocolesteremiante e hipolipemiante. Também é usada como expectorante, adstringente, para lavar feridas, úlceras e chagas ou aftas bucais, na forma de gargarejos. Quando aplicada no couro cabeludo é recomendada como anticaspa.

No Paraguay se agrega ao mate tereré como refrescante e diurético.

Na Argentina, os indígenas Tobas usam a decocção das folhas para tratar catarros e como digestivo. Em uso externo é empregada como antihemorroidal, na forma de banho de assento.

Composição química: Contém taninos, saponinas, trigonelina, terpenóides, flavonóides (quercetina, rutina, ácido gálico, catequina, ácido clorogênico, kaempferol, isoquercitina, kaempferitrina, naringina, miricetina); antocianidinas, esteróis (b-sitosterol), glicosídeos esteroidais, proteínas, minerais (potássio, cálcio, ferro, magnésio, zinco e cobre).

Ações farmacológicas: Antioxidante, citotóxica, hipoglicemiante, diurética, antibacteriana e fungicida.

Interações medicamentosas: O uso concomitante do chá com medicação hipoglicêmica pode sofrer interações.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses usadas popularmente não foram reportados toxicidade. Porém, não usar por tempo prolongado, nem altas doses.

Contra-indicações: Não administrar em pacientes hipotiroideos durante tratamento prolongado. Por falta de estudos específicos, não administrar esta espécie na gravidez e lactação.

Posologia e modo de uso: Infusão: 1 colher (sopa) de folhas picadas para 150 ml de água. Tomar 2-3/xícaras por dia.

Quem receitar deve observar a pessoa, fazendo os devidos exames laboratoriais.

Referências: 

ALONSO, J. “Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos “. 1a.ed. Argentina, 2004.

LORENZI, H. & MATOS, J.F.A. “Plantas medicinais no Brasil: nativas e cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002.

MICELI, N. et all. ” Role of the flavonoid-​rich fraction in the antioxidant and cytotoxic activities of Bauhinia forficata Link. (Fabaceae) leaves extract”. From Natural Product Research (2015), Ahead of Print. (Scifinder) Acesso 06 OUT 2015.

SIMÕES, C.M.O. et al. “Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul”.Porto Alegre: 4a.ed., Ed. da Universidade/UFRGS, 1995.

www.floradesantacatarina/biodiversidade – Acesso 6 Out 2015.

http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/open_sp.php?img=8476 – Acesso 7 OUT 2015.

www.floradigital/UFRGS- Acesso 6 Out 2015.

www.tropicos.org – Acesso 6 de Out 2015.

Tags: AdstringenteAnti-inflamatórioCistiteDigestivoDiuréticoExpectoranteHipocolesterolemianteHipolipemiante

ORÉGANO

17/02/2020 22:25

Origanum vulgare  L.

Lamiaceae


SinonímiasMicromeria formosana C. Marquand, Origanum gracile C. Koch, Origanum creticum Lour.

Nomes populares: Orégano, manjerona-silvestre, mejorana (Espanha), marjolaine sauvage (França), origano (Italia).

Origem ou Habitat: É nativo da Europa e Ásia Central (WYK & WINK, 2004) e cultivado no Brasil. O orégano Origanum vulgare faz parte da medicina popular da Grécia e especialmente em Creta, onde é considerada endêmica.

Características botânicas: Herbácea perene, aromática, ereta, de hastes algumas vezes arroxeadas, medindo de 30-50 cm de altura (segundo LORENZI & MATOS, 2002) e de 75-90 cm de altura (segundo ALONSO, 2004). Folhas simples, esparso-pubescentes, de 1-2 cm de comprimento. Flores esbranquiçadas, róseas ou violáceas, dispostas em glomérulos e reunidos em inflorescências paniculadas terminais.

Existem muitos cultivares desta espécie.

É muito semelhante à espécie Origanum majorana (manjerona-verdadeira).

Partes usadas: Partes aéreas.

Uso popular: É uma planta usada como especiaria muito empregada na culinária italiana. Na medicina caseira é utilizada para tratar gripes e resfriados, indigestão, flatulência, distúrbios estomacais, cólicas menstruais, bronquite, asma, artrite e dores musculares (LORENZI & MATOS, 2002).

Na região de origem é considerada estomáquica, expectorante e antiespasmódica. O chá (infuso) ou seu óleo diluído são usados topicamente para higiene bucal, tratar congestão nasal, feridas e pruridos cutâneos (WYK & WINK, 2004).

Composição química: Óleo essencial: carvacrol, timol, terpineol, terpineno, cineol, borneol, limoneno, alfa e beta pineno, p-cimeno, B-cariofileno, bisaboleno, sabineno, eucaliptol.

  • Outros: ácidos fenólicos (cafeico, rosmarínico, ursólico, clorogênico); flavonóides (derivados do kaempferol, luteolina, apigenina, diosmetina, quercetina); taninos; resina.
  • Óleo essencial: Timol, carvacrol, C- terpineno, sabineno, 1,8-cineol, β-ocimeno, β-cariofileno, dentre outros.
  • Flavonoides: Apigenina, luteolina, crosseriol, dentre outros.
  • Compostos Fenólicos: Derivados do ácido rosmarínico, do ácido cafeico e do ácido protocatecuico, dentre outros.

Ações farmacológicas: Antioxidante, digestivo, antimicrobiano, anti-espasmódico, anti-inflamatório, antitussígeno.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Altas doses do óleo essencial pode provocar sonolência e em pessoas sensíveis pode provocar dermatite.

Contra-indicações: O óleo essencial e a infusão é contra indicado para mulheres grávidas e em fase de amamentação.

Posologia e modo de uso: O chá feito com 1-2 g de erva seca pode ser tomado três vezes ao dia.

O óleo essencial nunca deve ser tomado internamente (WYK & WINK, 2004).

Observações: O Origanum vulgare (orégano) é muito similar ao Origanum majorana (manjerona) e as duas espécies são frequentemente confundidas.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. 1. ed. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2002.

KOLDAS, Serkan; Demirtas, Ibrahim; Ozen, Tevfik; Demirci, Mehmet Ali; Behcet, Luetfi – Phytochemical screening, anticancer and antioxidant activities of Origanum vulgare L. ssp. viride (Boiss.) Hayek, a plant of traditional usage. Journal of the Science of Food and Agriculture (2015), 95(4), 786-798. Acesso 20 Fev 2015

PESAVENTO, G.; Calonico, C.; Bilia, A. R.; Barnabei, M.; Calesini, F.; Addona, R.; Mencarelli, L.; Carmagnini, L.; Di Martino, M. C.; Lo Nostro, A.- Antibacterial activity of Oregano, Rosmarinus and Thymus essential oils against Staphylococcus aureus and Listeria monocytogenes in beef meatballs. From Food Control (2015), Ahead of Print. Acesso 20 Fev 2015.

PARK, J. H.; Kang, S. N.; Shin, D.; Shim, K. S. – Antioxidant enzyme activity and meat quality of meat type ducks fed with dried oregano (Origanum vulgare L.) – Asian-Australasian Journal of Animal Sciences (2015), 28(1), 79-85 – Acesso 20 Fev 2015.

SINGH, Pankaj; KOTHIYAL, Preeti; RATAN, Parminder. PHARMACOLOGICAL AND PHYTOCHEMICAL STUDIES OF ORIGANUM VULGARE: A REVIEW. International Research Journal Of Pharmacy, [s.l.], v. 9, n. 6, p.30-34, 23 jul. 2018.

RAO, Gottumukkalavenkateswara et al. Chemical constituents and biological studies of Origanum vulgare Linn. Pharmacognosy Research, [s.l.], v. 3, n. 2, p.143-145, 2011.

GIULIANI, Claudia et al. Congruence of Phytochemical and Morphological Profiles along an Altitudinal Gradient inOriganum vulgaressp.vulgarefrom Venetian Region (NE Italy). Chemistry & Biodiversity, [s.l.], v. 10, n. 4, p.569-583, abr. 2013.

WYK, Ben-Erik van & WINK Michael “MEDICINAL PLANTS OF THE WORLD”, Timber Press, Portland, Oregon/U.S.A. 2004.

http://www.tropicos.org/Name/17600223 Acesso 19 Fev 2015.

Tags: AntiespasmódicoAsmaBronquiteCólicaCondimentoEstomáquicoExpectoranteFlatulênciaGripeIndigestãoResfriado

ORA-PRO-NOBIS

17/02/2020 22:19

Pereskia aculeata  Mill.

Cactaceae 


SinonímiasCactus pereskia L., Pereskia rubescens Houghto, Pereskia aculeata fo. rubescens (Houghton) Krainz.

Nomes populares: Ora-pro-nobis, proteína-vegetal, carne-vegetal, groselha-de-Barbados, groselha-da-América, trepadeira-limão.

Origem ou Habitat: Originária do Caribe, é nativa em toda a América Latina. No Brasil é encontrada deste a Bahia até o Rio Grande do Sul.

Adapta-se em diferentes tipos de solo, porém desenvolve-se melhor em locais onde haja luz plena. É uma planta rústica, resistente a seca, própria de clima tropical e subtropical.

A propagação é feita por estacas ou sementes. Recomenda-se podas leves a cada 3 meses para se ter sempre folhas novas e tenras.

Características botânicas: É uma herbácea de hábito trepador e escandente, caules compridos revestidos de agressivos espinhos, podendo alcançar até 10 m de comprimento. Folhas lanceoladas, suculentas, medindo de 3 a 10 cm de comprimento por 1,5 a 5 cm de largura, pecíolo curto, nervura central proeminente, de cor verde e providas de espinhos nas axilas. As flores são pequenas, 2,5 a 5 cm de diâmetro, coloração branca ou amarela clara ou creme, podendo ter outras variantes. Exalam um perfume forte característico e as anteras e grãos polínicos são dourados. Os frutos são redondos, ovais ou piriformes, de coloração amarelada ou avermelhada, medindo de 1-2 cm de diâmetro. Produzem sementes marrons ou pretas com 4 mm de diâmetro aproximadamente.

Partes usadas: Folhas, flores e frutos.

Uso popular: A Pereskia aculeata tem grande importância ornamental, alimentícia e medicinal, além de ser considerada fonte de néctar e pólen para as abelhas (melissotrófica).

É usada como nutriente, remineralizante, vitamínica, anti-inflamatória, fortalecimento dos ossos e cartilagens, desnutrição, convalescença e para atletas com necessidades minerais e proteicas. Para a pele age como emoliente, alivia queimaduras e auxilia na cicatrização de feridas.É indicada para casos de estresse.

Os frutos são utilizados como expectorante e antitussígeno.

Composição química: Composição nutricional: Folhas de ora-pro-nobis (OPN) mostrou níveis extraordinários de fibra dietética total (39,1% em base seca), minerais (cálcio, magnésio, manganês e zinco) e vitaminas (vitamina A, vitamina C e ácido fólico). Entre os aminoácidos, triptofano foi a mais abundante (20,5% do total de ácidos aminados). Foram encontrados a-carotenos e b-carotenos em níveis elevados.

As folhas de OPN pode ser considerada uma boa fonte de minerais, vitaminas e aminoácidos, e podem servir como um potencial ingrediente funcional.

Ações farmacológicas: Antioxidante, anti-inflamatório, nutracêutico, cicatrizante.

A alta quantidade de fibras insolúveis pode auxiliar na prevenção de diversas doenças como: câncer de cólon, hemorroidas, varizes, tumores intestinais e diabetes.

Interações medicamentosas: Não encontrado na literatura pesquisada.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não encontrado na literatura pesquisada.

Contra-indicações: Não encontrado na literatura pesquisada.

Posologia e modo de uso: Na culinária as folhas podem ser consumidas cruas ou refogadas, adicionadas a farinha para serem feitas massa para pães, tortas, suflês, omeletes, misturadas ao feijão. As flores são utilizadas em preparações de saladas.

Observações: O nome botânico Pereskia aculeata é uma homenagem ao cientista francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc e o termo aculeata vem do latim e significa acúleo, espinho, agulha. O nome popular “ora-pro-nobis”, segundo relatos da época do ciclo do ouro, na Vila de São José (MG), os padres europeus residentes utilizavam a Pereskia aculeata para fazer cercas vivas em volta da igreja e, na hora do sermão, que era longo e em latim, as pessoas saiam para comer as folhas da cerca e saciar a fome, por isso o nome em latim que quer dizer “orai por nós” ou “rogai por nós”.

Em Minas Gerais, na cidade de Sabará, a planta inspira um festival anual, geralmente em maio, que atrai centenas de turistas, é o “Festival da Ora-pro-nobis”, onde é possível encontrar diversas iguarias feitas com suas flores, folhas e frutos.

Esta planta foi muito usada para formar cercas vivas e este uso foi o que mais contribuiu para a sua difusão no Brasil, já que antes de se desenvolver a indústria de arames farpados as cercas mais econômicas e eficientes eram de arbustos espinhentos.

Existem outras espécies de Pereskia e no Horto Didático temos duas espécies: Pereskia aculeata Mill. e Pereskia grandifolia Haw.

Referências: 

AGOSTINI-COSTA, T. S.; Pessoa, G. K. A.; Silva, D. B.; Gomes, I. S.; Silva, J. P. “Carotenoid composition of berries and leaves from a Cactaceae – Pereskia sp.” In Journal of Functional Foods (2014), 11, 178-184.Acesso 19 Março 2015

PINTO, Nicolas de Castro Campos; dos Santos, Raquel Cristina; Machado, Danielle Cunha; Florencio, Jonatas Rodrigues de Souza; Fagundes, Elaine Maria; Antinarelli, Luciana M. R.; Coimbra, Elaine Soares; Ribeiro, Antonia; Scio, Elita “Cytotoxic and antioxidant activity of Pereskia aculeata Miller” Pharmacologyonline (2012), 3, 63-69. Acesso 19 Março 2015

RABCZUK, Rubens “Plant product and its use as a concentrate, food, food supplement, functional food and(or) nutraceutical, cosmetic, antioxidant, antidermatogenic, anti-​anemic, and anti-​infective.” From Braz. Pedido PI (2008), BR 2006000516 A 20080108. Acesso 19 Março 2015

TAKEITI, Cristina Y.; Antonio, Graziella C.; Motta, Eliana M. P.; Collares-Queiroz, Fernanda P.; Park, Kil J. “Nutritive evaluation of a non-​conventional leafy vegetable (Pereskia aculeata Miller)” International Journal of Food Sciences and Nutrition (2009), 60(Suppl. 1), 148-160. Acesso 19 Março 2015

TRABALHOS de pesquisa bibliográfica apresentados por estudantes dos cursos de Medicina (2004) e Nutrição da UFSC (2012).

http://www.tropicos.org/Name/5100447 Acesso 16 Março 2015.

Tags: Anti-inflamatórioAntitérmicoCicatrizanteEmolientesEstresseExpectoranteNutritivaQueimaduraVitamínica

MASTRUÇO RASTEIRO

14/02/2020 23:15

Coronopus didymus  (L.) Smith.

Brassicaceae (Cruciferae)


SinonímiasSenebiera pinnatifida DC., Senebiera didyma Pers.

Nomes populares: Menstruz, mastrunço, mastruz, mestruz rasteiro, mentrusto, mastruço-de-Buenos-Aires, mentrasto.

Origem ou Habitat: América do Sul. Trata-se de uma planta muito comum no Brasil, que se adapta melhor aos solos úmidos onde se desenvolve com espontaneidade, florescendo no mês de setembro (CRUZ, 1979). É utilizada também no Uruguai e na Argentina; Cresce em hortas, pastagens e lavouras de inverno.

Características botânicas: Erva anual, rasteira, ramos decumbentes com até 40 cm de comprimento, pubescentes. Folhas pinatisectas, as basais são pecioladas e as da porção terminal dos ramos são sésseis, alternas. Inflorescência tipo racemo. Flores brancas ou verdes, muito pequenas (até 1 mm de comprimento), 4 sépalas ovaladas verdes, 4 pétalas hialinas menores que as sépalas, 2 estames ou raramente 4. frutos silículas indeiscentes, comprimidas lateralmente.

Partes usadas: Folhas, flores e sementes.

Uso popular: Segundo as comunidades da Ilha usa-se toda a planta na forma de decocção, externamente em contusões, machucaduras e hematomas. Internamente, em distúrbios pulmonares. Também se usa na forma de salada, para o tratamento de infecções urinárias, problemas de estômago e fraturas ósseas. Segundo a literatura toda a planta é empregada na forma de infusão (LUTZEMBERGER, 1985), como estomáquico, expectorante, depurativo, nas afecções das vias respiratórias, tosse, bronquite (CRUZ, 1979). Também usado no tratamento de escorbuto e tuberculose. O suco é vermicida (LUTZEMBERGER, 1985).

Informações científicas: 🐁 (AN): Estudo mostrou que o extrato alcoólico das partes aéreas da planta possui potencial anti-inflamatório, antialérgico, antipirético e hipoglicêmico (Busnardo et al., 2010; Mantena et al., 2005; Noreen et al., 2016).

Observação do uso clínico em Florianópolis: A infusão das partes aéreas do C. didymus usada internamente tem boa resposta para aliviar sintomas de infecções respiratórias. Externamente é empregada na forma de infusão ou alcoolatura para machucados e contusões.

Cuidados no uso desta espécie: Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas desta espécie, o seu uso concomitantemente a outros medicamentos deve ser cauteloso. Evitar o uso interno da infusão em gestantes e lactantes. Não existem relatos de efeitos adversos com esta planta apesar do largo uso medicinal e alimentício.

Posologia e modo de uso

🍵Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sopa das partes aéreas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas.

Uso externo: pode ser feito cataplasma e maceração com álcool ou cachaça e aplicar nos locais afetados.

Tintura: na proporção de 1:10 em álcool 70% e 1:5 em álcool 90%. Deixar armazenado em garrafa de vidro e em local escuro por no mínimo 15 dias e utilizar para uso tópico na forma de compressas com auxílio de um algodão ou pano limpo para alívio de dores reumáticas, artralgias e contusões.

Consumo in natura: Para uso como como salada, deve ser colhido antes da floração.

Composição química: Óleo essencial (substâncias sulfuradas) , sais minerais e vitaminas (LORENZI 2008), flavonóides chrysoeriol e seu glicosideo( Mishra B, Priyadarsini KI, Kumar MS, Unnikrishnan MK, Mohan H.). Na sua composição química, destacam-se óleos essenciais (substâncias sulfuradas), sais minerais e vitamina, além dos flavonóides, crisoeriol e seu glicosideo, (crisoeriol-6-O-acetil-4′-β-D -glucosideo) e stigmastanol. Possui também alguns glucosinolatos, capazes de alterar o gosto do leite de vacas que se alimentam de pasto infestados de Coronopus didymus, deixando o leite com gosto picante e odor forte, e a manteiga com gosto de queimado e picante.

Observações: No Brasil o nome “mastruço” é utilizado ainda para outras plantas da mesma família, do gênero Lepidium (PIO CORREA, 1926-1978); e também para Chenopodium ambrosioides L. var. Anthelmintica (L.) A. Gray., da família Amaranthaceae (Chenopodiaceae) (MATOS, 1994), o que pode provocar confusão.

Referências: 

1. CRUZ, G. L Dicionário de Plantas Úteis do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.

2. DRESCHER, L. (coord.). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. 2001. p. 90.

3. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. Pp. 189-190

4. LUTZENBERGER, L. Revisão da nomenclatura e observações sobre as angiospermas citadas na obra de Manuel Cypriano D’Ávila: “Da flora medicinal do Rio Grande do Sul”. 1985. Dissertação (Bacharelado em Ciências Biológicas, ênfase em Botânica) – Faculdade de Biologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1985.

5. MANTENA, S. K. et al. Antiallergic, Antipyretic, Hypoglycemic and Hepatoprotective Effects of Aqueous Extract of Coronopus didymus LINN. Biological & Pharmaceutical BulletinVol., [S.I.], v. 28, n. 3, p.468, 2005.

6. MISHRA, B. et al. Effect of O-glycosilation on the antioxidant activity and free radical reactions of a plant flavonoid, chrysoeriol. Bioorganic & Medicinal Chemistry, v. 11, n. 13, p. 2677-2685, 3 July 2003.

7. NITZ, A. C. Estudo morfométrico na cicatrização de feridas cutâneas em ratos, utilizando Coronopus didymus e Calendula officinalis. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005

8. PANIZZA, S. Plantas que curam: cheiro de mato. 5. ed. São Paulo: IBRASA, 1997. p 148-149

9. PARK, R. J. Benzyl Thiocyanate Taint in the Milk of Dairy Cattle ingesting Coronopus didymus Sm. Nature, v. 207, n. 640, 07 August. 1965. Disponível em: <https://www.nature.com/articles/207640a0>.

10. PRABHAKAR, K.R.; SRINIVASAN, K.K.; RAO P.G.M. Chemical Investigation, Anti-inflammatory and Wound Healing Properties of Coronopus didymus. Pharmaceutical Biology, v. 40, n. 7, p. 490-493, October 2002.

11. MISHRA, B. et al.Effect of O-glycosilation on the antioxidant activity and free radical reactions of a plant flavonoid, chrysoeriol. Bioorg Med Chem. [S.I.], v. 11, n. 13, p. 85-2677, 3 jul. 2003. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0968089603002323?via%3Dihub>.

12. BUSNARDO, T. M., et al., Anti-inflammatory evaluation of Coronopus didymus in the pleurisy and paw oedema models in mice. Journal of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 128, n. 2, p.519- 525, mar. 2010. Elsevier BV. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0378874109007727?via%3Dihub>.

13. MANTENA, S. K., et al., Antiallergic, Antipyretic, Hypoglycemic and Hepatoprotective Effects of Aqueous Extract of Coronopus didymus LINN. Biological & Pharmaceutical Bulletin, [s.l.], v. 28, n. 3, p.468-472, 2005. Pharmaceutical Society of Japan. Disponível em: <https://www.jstage.jst.go.jp/article/bpb/28/3/28_3_468/_article>.

14. NOREEN, Hafiza, et al., Bioassay-guided isolation of cytotoxic flavonoids from aerial parts of Coronopus didymus. Journal of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 194, p.971-980, dez. 2016. Elsevier BV. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S037887411631529X?via%3Dihub>.

 

Tags: BronquiteContusõesDepurativoExpectoranteHematomaTosse

MALVA-DE-DENTE

14/02/2020 22:44

Malva parviflora  L.

Malvaceae


Nomes populares: Malva-de-dente, malva, small-flowered mallow (Ingles, Canada), little mallow (Ingles, Estados Unidos).

Origem ou Habitat: Europa, Ásia e África.

Características botânicas: Herbácea anual, medindo entre 0,5 – 1,0 m de altura, glabra ou pubescente. Folhas com 2,5 – 6 cm de comprimento, 3 – 7,5 cm de largura, alternas, 5 – 7 lobadas, margens crenadas longamente pecioladas. Inflorescência fasciculada na axila das folhas, 3 – 6 flores. Flores rosadas pediceladas, cerca de 0,6 cm de comprimento, hermafroditas, 5 pétalas estreitas na base e bilobadas no ápice, estames numerosos soldados pelos filetes, ovário súpero 10 estigmas.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Muito empregada em inflamações das gengivas (periodontias), em inflamações do aparelho genital feminino, dos rins e intestino, tem bom efeito sobre hemorróidas e cistites, tem ação laxante, a mucilagem possui atividade anti-inflamatória e protetora das mucosas digestiva, respiratória e cutânea, tem bom efeito em gripes, faringites , enfisema e asma, possui ação expectorante, auxilia o tratamento de gastrites e úlceras gástricas, é ótimo para furúnculos, como cicatrizante de feridas e picadas de insetos. Externamente, em inflamações e corrimentos vaginais. Tanto os árabes como os romanos usavam as folhas de malva na alimentação.

Composição química: Mucilagem.

Informações científicas: 👥 (HU): Estudo mostrou que o extrato aquoso das flores de malva apresenta potencial para o tratamento da constipação (Elsagh et al., 2015), e efeito protetor urinário em pacientes com câncer de próstata submetidos à radioterapia (Mofid et al., 2015). 🐁 (AN): Estudo demonstrou potencial hipolipemiante e hipoglicemiante para ácidos graxos extraídos das partes aéreas da M.parviflora (Gutiérrez, 2016). 🧪(VI): As evidências encontradas são acerca do potencial antibacteriano de frações extraídas das raízes da espécie contra bactérias Grampositivas (B.subtilis, S. aureus) e Gram-negativas (E. coli) (Shale; Stirk; Van Staden, 2005; Tadeg, 2005).

Observação do uso clínico em Florianópolis: O uso da infusão preparada com as folhas da M. parviflora tem boa resposta para casos de infecções de boca (gengivites e aftas), vulvo vaginites e dermatoses.

Cuidado no uso desta espécie: Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas o uso concomitante desta espécie vegetal com outros medicamentos deve ser cauteloso. Deve-se evitar o uso interno na gestação e lactação e em crianças menores de 02 anos.

Posologia e modo de uso: 

🍵Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 6 folhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas.

Uso externo: Utilizar a infusão preparada com as folhas secas e frescas para uso tópico na forma de bochechos e gargarejos para gengivites, aftas e na forma de banho de assento em casos de vulvo vaginites

Observações: As espécies de Malva podem ser parasitadas pelo fungo Puccinia malvacearun, tornando-se manchadas, cheias de pústulas pardas e, portanto, inadequadas ao uso (BISSET, 1994). Uma usuário referiu o fato de sentir “dor nos ossos” quando usa mais de três dias seguidos.

Referências: 

1. VEIGA LOPES, A.M. Vinte e quatro plantas usadas na medicina popular do Rio Grande do Sul, apostila, 2002.

2. Avaliação da actividade hipoglicemiante das folhas de Malva parviflora em ratos com diabetes induzida por estreptozotocina. Perez Gutierrez RM . Fonte Laboratorio de Investigación de Productos Naturales, Escuela Superior de Ingeniería Química e Industrias Extractivas IPN, Av. Instituto Politecnico S / N, Col Zacatenco, CP 07758, México DF. rmpg@prodigy.net.mx

3. http://www.tropicos.org/Name/19600174.

4. ELSAGH, M., et al., Efficacy of the Malva sylvestris L. flowers aqueous extract for functional constipation: A placebo-controlled trial.”. Complementary therapies in clinical practice 21.2 (2015): 105-111. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1744388115000122?via%3Dihub

5. MOFID, B., et al., Preventive effect of Malva on urinary toxicity after radiation therapy in prostate cancer patients: A multicentric double-blind randomizedclinical trial.” Electronic physician 7.5 (2015): 1220. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4590556/

6. GUTIÉRREZ,R.M.P.,Hypolipidemic andhypoglycemic activities of a oleanolic acid derivative from Malva parviflora on streptozotocin-induced diabetic mice. Archives Of Pharmacal Research, [s.l.], v. 40, n. 5, p.550-562, 10 dez. 2016. SpringerNature. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s12272-016-0873-y

7. TADEG, H et al. Antimicrobial activities of some selected traditional Ethiopian medicinal plants used in the treatment of skin disorders. Journal Of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 100, n. 1-2, p.168-175, ago. 2005. Elsevier BV. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0378874105002084?via%3Dihub

8. SHALE, T.l.; STIRK, W.a.; VAN STADEN, J. Variation in antibacterial and anti-inflammatory activity of different growth forms of Malva parviflora and evidence for synergism of the anti-inflammatory compounds. Journal of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 96, n. 1-2, p.325-330, jan. 2005. Elsevier BV. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0378874104004726?via%3Dihub

Tags: Anti-inflamatórioCicatrizanteCistiteExpectoranteGastriteGripeHemorróidaLaxante

MALVA-CHEIROSA

13/02/2020 21:50

Pelargonium graveolens   L’Hér.

Geraniaceae


SinonímiasPelargonium intermedium Kunth.

Nomes populares: Malva-cheirosa, malva, pelargônio, malva-rosa, rose geranium (Ingles, Estados Unidos), sweet-scented geranium (Ingles, Estados Unidos).

Origem ou Habitat: É originária do Sul da África e introduzida em outras regiões.

Características botânicas: Planta aromática, perene, lenhosa, medindo até 1 m de altura. Folhas largamente pecioladas, pilosas, com 5-7 lóbulos, arredondadas ou cordado-ovadas com bordas dentadas. Flores de 2,5 cm de diâmetro, rosadas, sem aroma, sésseis e pedunculadas. Pelargonium deriva da palavra grega que significa bico de cegonha (pelargos) e se refere a forma do fruto desta planta. Multiplica-se por estaquia ou por sementes.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Apesar de não ser da família das Malvas (Malvaceae), esta planta é usada pelas comunidades da Ilha com fins medicinais parecidos. Utilizada como expectorante e para afecções das vias respiratórias.

Em Cuba, a infusão das folhas é usada para enfermidades do ventre, nos resfriados e como carminativo.

Composição química: Os principais componentes do seu óleo essencial são citronelol (33.6%), geraniol (26.8%), linalol (10.5%), forminato de citronela (9.7%) e p-mentona (6%) (Rana, et al., 2002). Possui também tiglato de geranil e isometona (Stuart, 1981).

Óleo essencial: Linalool, β-Citronellol, Geraniol, Isomentona, dentre outros.

Flavonoides: Mirisetina – 3‐O‐glicosídeo‐ramnosideo, quercetina- 3‐O‐pentosideo‐glicosideo, canferol -3,7‐di‐O‐glicosideo, dentre outros.

Ações farmacológicas: Diversos estudos tem demonstrado atividade antimicrobiana e antifúngica do óleo essencial da Pelargonium graveolens. In vitro, o geraniol demontrou atividade antifúngica contra Aspergillus niger e A. flavus, com atividade sinérgica com cetoconazol e anfotericina B. Os compostos geraniol e beta-citronelol demonstraram atividade contra ácaros. Possui efeito antimicrobiano sinérgico com ciprofloxacino contra uropatógenos, como Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis.

Posologia e modo de uso: fazer a infusão com uma colher de sobremesa em uma xícara de água 3 vezes , por 1 semana.

Observações: Na África, emprega-se as raízes de certas espécies de Pelargonium para diarréias. As raízes de Pelargonium sidoides DC. são empregadas para afecções respiratórias.

Referências: 

BOUKHRIS, Maher et al. Chemical Composition and Biological Activities of Polar Extracts and Essential Oil of Rose-scented Geranium,Pelargonium graveolens. Phytotherapy Research, [s.l.], v. 27, n. 8, p.1206-1213, 2 out. 2012.

JEON, J.H.et al Mite-control activities of active constituents isolated from Pelargonium graveolens against house dust mites. J Microbiol Biotechnol, v.18, n.10, p. 71-1666, Oct., 2008.

JUÁREZ, Z.n. et al. Protective antifungal activity of essential oils extracted fromBuddleja perfoliataandPelargonium graveolensagainst fungi isolated from stored grains. Journal Of Applied Microbiology, [s.l.], v. 120, n. 5, p.1264-1270, 4 abr. 2016.

MALIK, T.et al. Potentiation of Antimicrobial Activity of Ciprofloxacin by Pelargonium graveolens Essential Oil against Selected Uropathogens. Phytotherapy Research. 25 May., 2011.

RANA, V. S., JUYAL, J. P., BLAZQUEZ, M. A. Chemical constituents of essential oil of Pelargonium graveolens leaves. International Journal of Aromatherapy, v.12, n.4, 2002.

ROYG Y MESA, J. T. Plantas Medicinales Aromaticas o Venenosas de Cuba. Havana, Cuba: Cultural S.A., 1945. p. 330.

SHIN, S. Anti-Aspergillus activities of plant essential oils and their combination effects with ketoconazole or amphotericin B. Archives of Pharmacal Research, v. 26, n. 5, p. 389-393.

STUART, M. Enciclopedia de Hierbas y Herboristería.Barcelona: Ediciones Omega S.A., 1981. p. 235.

referência Pelargonium sidoides DC.

www.tropicos.org – Acessado em: 01 de junho de 2011.

Tags: Expectorante

LOSNA

13/02/2020 21:27

Artemisia absinthium   L.

Asteraceae (Compositae)


Nomes populares: Losna, losna-maior, losma, absinto, acinto, acintro, ajenjo, alenjo, Artemísia, grande-absinto, erva-santa, alvina, aluína, flor-de-diana, gotas-amargas, erva-dos-vermes, erva-dos-velhos, sintro, alvina, erva-de-santa-margarida, erva-do-fel (LORENZI; MATOS, 2005.

Características botânicas: Planta subarbustiva, de caule piloso, com pouco mais de 1m de altura. Folhas multifendidas de lóbulos finos, canescentes, de margem inteira, de 7 a 12 cm de comprimento. Flores em capítulos subglobosos, amarelos, agrupados em panículas. Todas as partes da planta tem sabor muito amargo. Cresce espontaneamente em locais pedregosos da Europa, Ásia e Norte da África. É cultivada na América do Norte e em alguns países da Europa para preparação de vinhos e licores, bem como no Brasil, onde é mantida em hortas e jardins para atender a seu emprego na medicina caseira, geralmente nas regiões de clima ameno (LORENZI; MATOS, 2005).

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Anti-pirética (DRESCHER, 2001), hipnótica, espasmolítica (CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003), antiinflamatória, antidepressiva moderada (CHEVALLIER, 1996). carminativa, diurética, colagoga, emenagoga, abortiva, anti-helmíntica, aumenta a secreção estomáquica, aumenta o volume biliar, do suco pancreático, o fluxo salivar e o peristaltismo intestinal,(LORENZI; MATOS, 2005) tônica, aperitiva, expectorante, estimulante, vermífuga.

Composição química: Constituintes amargos: lactonas sesquiterpênicas (absintina ou artemisina, anabsintina, matricina, artabsina, cetopenelónidos A e B, hidroxipenelónido, artabina, arabsina. Óleo essencial: tujona, cis-epoxi-ocimeno, trans-acetato de sabinilo, flavonas, ácidos fenólicos, taninos, sais de potássio,³ azuleno, camazulenos, isotujona, tujol livre e esterificado, monoterpenos (mirceno, limoneno, cineol, 1,8-cineol, p-cimeno), sesquiterpenos (α-bisabolol, cardineno, cariofileno).

Outros: flavonóides (rutina), flavonóis (artemetina), vitaminas C e B6, ácido palmítico, ácido caféico, ácido glutâmico, ácido esteárico, ácido gálico, ácido ferúlico, santonina, lignanos, betaína, poliacetilenos, cumarinas (escopoletina e umbeliferona), ácido nicotínico, carotenóides, quebrachitol, fitosterol(ALONSO, 2004).

Ações farmacológicas: Anti-pirética (DRESCHER, 2001), hipnótica, espasmolítica (CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003) antiinflamatória, antidepressiva moderada (CHEVALLIER, 1996). carminativa, diurética, colagoga, emenagoga, abortiva, anti-helmíntica, aumenta a secreção estomáquica, aumenta o volume biliar, do suco pancreático, o fluxo salivar e o peristaltismo intestinal (LORENZI; MATOS, 2005), tônica, aperitiva, expectorante, estimulante, vermífuga.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Os quadros tóxicos correspondem principalmente à ação da tujona(ALONSO, 2004). Em altas doses causa vômitos, cólicas no estômago e nos intestinos, dor de cabeça, zumbido nos ouvidos (LORENZI; MATOS, 2005), convulsões, distúrbios da consciência (DRESCHER, 2001). O uso prolongado de extratos desta planta (em especial como licor alcoólico) origina o chamado absintismo, podendo ocasionar danos neurológicos (torpor, delírio, agressividade, perda da consciência, vertigem e convulsões), transtornos digestivos (espasmos e irritações gastrointestinais) e renais (retenção de urina), entre outros sintomas. Seu uso tópico é normalmente bem aceito, tendo-se relatado apenas alguns casos de alergia ao contato com pólen da planta. Na ingestão de altas doses de extratos da planta, a santonina também pode produzir quadro tóxico, com alucinações, convulsões epileptiformes, delírio, midríase, vômitos, icterícia, salivação excessiva, dispnéia, contrações dos músculos faciais e irritação das mucosas(ALONSO, 2004).

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 89-94.
CHEVALLIER, A. The Encyclopedia of Medicinal Plants. London: Dorling Kindersley, 1996. p. 63.
CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 70-71.
DRESCHER, L. (coord.). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 85.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 138-139.
http://www.tropicos.org/Name/2701751 – Acessado em: 23 de julho de 2012.

Tags: AbortivoAnti-helmínticaAnti-inflamatórioAnti-piréticaCarminativaColagogoDiuréticoEmenagogoEspasmolíticaExpectoranteHipnótica
  • Página 1 de 2
  • 1
  • 2