ARNICA DA PRAIA II

27/12/2019 22:51

Calea uniflora  Less. Asteraceae   


Nomes populares: Arnica. Partes usadas: Folhas , flores e raízes. Características botânicas: Calea uniflora é uma erva perene, ereta ou ascendente, com 0,2-0,4 m de altura e pouco ramificada na base. Apresenta caule cilíndrico, as inflorescências são solitárias no ápice dos ramos, com um pedúnculo longo. Esta espécie é nativa do Brasil, encontrada no sul do país e nos países vizinhos como Paraguai, Argentina e Uruguai. Em Florianópolis a espécie cresce de forma espontânea na vegetação de restinga presente em todo o litoral. Observação: Diversas espécies são conhecidas popularmente como “arnicas” saiba mais no link: Arnicas Uso popular: Planta utilizada como anti-inflamatória, analgésica, antisséptica (picada de mosquito), para reumatismo, tratamento de sintomas de gripes e infecções urinárias e no tratamento de hematomas. Informações científicas: 🐁(AN): C. uniflora apresentou atividade anti-inflamatória em ratos. 🧫🦠 (IV): estudo in vitro demonstrou interessante atividade contra amastigotas de Leishmania amazonensis e Trypanosoma cruzi. Observação do uso clínico em Florianópolis: Planta pouco utilizada na prática clínica. Modo de usar Uso interno: A segurança do uso interno desta planta ainda não está bem estabelecida, sendo controverso o aparecimento de efeitos adversos. Uso externo: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das partes aéreas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, realizar o uso tópico na forma de compressa local com auxílio de um algodão ou pano limpo até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas para alívio de dores reumáticas, artralgias e contusões. Tintura: preparada com as partes aéreas na proporção de 1:10 em álcool 70% e 1:5 em álcool 90%. Deixar armazenado em garrafa de vidro e em local escuro por 15 dias e utilizar para uso tópico na forma de compressas com auxílio de um algodão ou pano limpo para alívio de dores reumáticas, artralgias e contusões. Cuidados no uso desta espécie  Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas e seus efeitos colaterais, o seu uso interno e/ou concomitante a outros medicamentos deve ser cauteloso e acompanhado por profissional. Não aplicar em lesões abertas. Deve-se evitar o uso durante a gestação e a lactação. Em casos isolados pode provocar reações alérgicas com formação de vesículas e necrose (atentar para possíveis reações em pessoas com sensibilidade a plantas da família Asteraceae) Referências:  LIMA, C.T. et al., Calea uniflora Less. attenuates the inflamatory response to carrageenan-induced pleurisy in mice. International Imunopharmacology. Volume 42 January 2017, Pages 139-149. LIMA, C.T. et al., Evaluation of leishmanicidal and trypanocidal activities of phenolic compounds from Calea uniflora Less. Natural Product Research.Volume 30, 2006. HANAZAKI, N. Caderno de ecologia humana e etnobotânica-UFSC . Disponível em: www.ecoh.ufsc.br J Pharm Pharmacol. 2004 May;56(5):663-9. Trypanocidal and antifungal activities of p-hydroxyacetophenone derivatives from Calea uniflora (Heliantheae, Asteraceae). do Nascimento AM, Salvador MJ, Candido RC, de Albuquerque S, de Oliveira DC.

Tags: Dor muscular

ARNICA DA PRAIA I

27/12/2019 17:50

Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass.

Asteraceae 


SinonímiasCacalia porophyllum L., Cacalia ruderalis (Jacq.) Sw., Kleinia porophyllum (L.) Willd., Kleinia ruderalis Jacq., Porophyllum ellipticum Cass. , Porophyllum ellipticum var. ruderale (Jacq.) Urb., Porophyllum macrolepidium Malme, Porophyllum obscurum (Spreng.) DC, etc.

Nomes populares: Arnica, arnica-do-campo, couvinha, couve-cravinho, cravo-de-urubu, cravinho, couve-de-galinha, erva-couvinha(DRESCHER, 2001), herva-fresca(HOEHNE, 1978), couve-de-veado, arruda-de-galinha(GALINA, 1998), arnica-do-mato, picão-branco, arnica-da-praia, Pápaloquelite (México), etc.

Observação: Diversas espécies são conhecidas popularmente como “arnicas” saiba mais no link: Arnicas

Origem ou Habitat: Nativa do Brasil (LORENZI & MATOS, 2002).

Características botânicas: Planta herbácea, ereta, de caule ramificado na parte superior. Chega a medir 60 a 120 cm de altura. Suas folhas são verde-escuras, apresentando tom mais claro na face inferior. Flores brancas e fruto do tipo aquênio. Toda a planta exala cheiro característico, intenso (MATOS, 1997).

Partes usadas: Folhas, raízes.

Uso popular:  Planta utilizada pela população no combate a hipertensão, aterosclerose, varizes, hemorróidas, relatada no tratamento da pressão baixa e fadiga mental. Utilizada contra vertigens e hemorragias. Em forma de decocto é usada como diaforética e nas afecções do útero. O uso tópico da tintura na forma de compressa é utilizada para amenizar dores provocadas por batidas e contusões. Esta espécie é ainda utilizada na culinária como tempero.

Informações científicas: Não foram encontrados estudos clínicos e pré-clínicos referentes a esta espécie.

Observação do uso clínico em Florianópolis: Planta pouco citada na prática clínica. Utilizada pela população como planta alimentícia.

Modo de usar: A segurança do uso interno desta planta ainda não está bem estabelecida.

Cuidados no uso desta espécie:

Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas e seus efeitos colaterais, o seu uso interno e/ou concomitante a outros medicamentos deve ser cauteloso.

Deve-se evitar o uso durante a gestação e a lactação.

Em casos isolados pode provocar reações alérgicas com formação de vesículas e necrose (atentar para possíveis reações em pessoas com sensibilidade a plantas da família Asteraceae)

Composição química: A análise fitoquímica da planta Porophyllum ruderale demonstrou a presença dos seguintes constituintes: óleos essenciais(principalmente limoneno, α-pineno, mirceno e trans-ocimeno)(DEVINCENZI, et al., 1996), carotenóides, ácidos graxos, alcalóides, agliconas flavônicas, cumarinas, taninos catéquicos, aminas quatenárias, flavonóides, antocianinas, polissacarídeos, saponinas, mucilagens, compostos acetilênicos derivados do tiofeno, triterpenóides e derivados do timol, além de nitrato de potássio(DEVINCENZI, et al., 1996).

Composição do óleo essencial das partes aéreas de Porophyllum ruderale coletadas na Venezuela: foram identificados 23 compostos, os principais constituintes foram uma mistura de limoneno e B-felandreno (50,3%), sabineno (20,2%), undeceno (4,7%), 4-terpineol (3,8%), alfa-pineno (2,9%); Outros: germacreno-D (com atividade antibacteriana), undeceno, trideceno, cis-p-2-menthen-1-ol, linalol, mirceno, p-cimeno, alfa-terpineno, gama-terpineno, beta-cariofileno, p-mentha-1(7),8-dieno, etc.

  • Óleo essencial: α-copaeno, fitol, mirceno, dentre outros.
  • Derivados de Tiofeno: 5-metil-2,2 ′: 5 ′, 2 ″ -tertiofeno e 5′-metil- [5–4(4-acetoxi-1-butinil)] – 2,2 ′ bi-tiofeno.

 

Referências: 

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. p.170-171.

MARONI, B. C.; STASI, L. C.; MACHADO, S. R. Plantas Medicinais do Cerrado de Botucatu. São Paulo: UNESP, 2006. 56p.

SILVA, J. R. et al. Identificação da droga e do extrato fluido de Porophyllum ruderale Cass. – Compositae. In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 13, 1994. Fortaleza-CE. Programas e Resumos. [Fortaleza-CE: Expressão, 1994]. N. 042.

SILVA, S. A. R. et al. Estudo das atividades farmacológicas [antiinflamatória e antiulcerogênica] e determinação da toxicidade aguda do extrato bruto hidroalcoólico da Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL. 14, 1996. Florianópolis,SC. Programa e Resumos. [Florianópolis, 1996?]. 88p

http://www.backyardnature.net/n/07/thumbs/070615pg.htm – Acesso em: 29 de março de 2012.

http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000115053 – Acesso em: 29 de março de 2012.

http://people.ufpr.br/~marcia/artigos/arnica.pdf – acesso em 29 de março de 2012.

http://www.medicinatradicionalmexicana.unam.mx/monografia.php?l=3&t=P%C3%A1palo_o_papaloquelite&id=7743 – Acesso em: 29 de março de 2012.

Takahashi, Helena Teru; Novello, Claudio Roberto; Ueda-Nakamura, Tania; Dias Filho, Benedito Prado; Palazzo de Mello, Joao Carlos; Nakamura, Celso Vataru – Thiophene derivatives with antileishmanial activity isolated from aerial parts of Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass- From Molecules (2011), 16, 3469-3478. | Language: English, Database: CAPLUS – Acesso 7 Jul 2014.

RAGGI, Ludmila et al. Differentiation of twoPorophyllum ruderale(Jacq.) Cass. subspecies by the essential oil composition. Journal Of Essential Oil Research, [s.l.], v. 27, n. 1, p.30-33, out. 2014.

Rondon, Maria E.; Delgado, Jonathan; Velasco, Judith; Rojas, Janne; Rojas, Luis B.; Morales, Antonio; Carmona, Juan – Chemical composition and antibacterial activity of the essential oil from aerial parts of Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. collected in Venezuela, From Ciencia (Maracaibo, Venezuela) (2008), 16(1), 5-9. | Language: English, Database: CAPLUS – Acesso 7 Jul 2014.

TAKAHASHI, Helena Teru et al. Thiophene Derivatives with Antileishmanial Activity Isolated from Aerial Parts of Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. Molecules, [s.l.], v. 16, n. 5, p.3469-3478, 26 abr. 2011.

Fonsceca, Maira C. M.; Barbosa, Luiz C. A.; Nascimento, Evandro A.; Casali, Vicente W. D.- Essential oil from leaves and flowers of Porophyllum ruderale (Jacq.) Cassini (Asteraceae)-By – From Journal of Essential Oil Research (2006), 18(3), 345-347. | Language: English, Database: CAPLUS – Acesso 7 Jul 2014.

http://www.postgradoeinvestigacion.uadec.mx/AQM/No.%204/AQM4fitoquimicos.html – Acesso em: 29 de março de 2012.

POROPHYLLUM ruderale (Jacq.) Cass. Disponível em: https://www.tropicos.org/name/2701154. Acesso em: 01 ago. 2020.

Tags: Anti-inflamatórioContusõesEdemaEscarashemorragiasHipotensãoLaxantePicada de CobraTraumatismos

ARNICA

27/12/2019 17:40

Arnica montana  L.

Família botânica Asteraceae

Fotografia de Meneerke Bloem CC BY 2.0

Nomes populares: Arnica, arnica-verdadeira, arnica-das-montanhas, panacéia-das-quedas, tabaco-das-montanhas, quina-dos-pobres, etc.

Observação: Diversas espécies da família botânica Asteraceae são conhecidas pelo nome popular “arnica”, sendo amplamente utilizadas na medicina popular em todo o Brasil. A origem etimológica da palavra arnica deriva do grego “arnakis”, que significa “pelos de carneiro” e provavelmente refere-se às sépalas cobertas de pelos macios que cercam a flor.

 

As informações a seguir são referentes a espécie Arnica montana L.

Origem ou Habitat: Arnica montana é uma planta perene de alta altitude nativa das encostas das montanhas na Europa, norte da Ásia, Sibéria e América, também conhecida como tabaco de montanha (KRIPLANI; GUARVE; BAGHAEL, 2017).

Características botânicas: Planta aromática perene de 0 a 60 cm, talo erguido, tomentoso, com poucos ramos e em cuja base localiza-se uma roseta de folhas lanceoladas, estendidas sobre o solo. As folhas superiores são menores, em forma de lança, do lado oposto e ligado diretamente ao caule. As flores são de cor amarela (às vezes alaranjadas), localizadas em localizadas em um capítulo terminal, aparecendo em meados do verão e início do outono (Europeu). O fruto é um aquênio de cor parda.

Partes usadas: Flores (capítulos florais)

A espécie Arnica montana, nativa da Europa, de difícil cultivo no Brasil, é a principal espécie comercializada por suas propriedades anti-inflamatórias. Seu extrato é incorporado a cremes e pomadas de uso externo.

No sul do Brasil, muitas espécies utilizadas pelas comunidades são conhecidas como arnica, o que pode causar confusões em relação à correta identificação botânica. O uso interno das arnicas deve ser evitado ou acompanhado de especialista devido às possíveis reações adversas

Uso popular:

Uso externo: contusões, traumatismos, distensão, escaras, feridas infectadas, úlceras crônicas, artrites, edema local associado a fraturas, hematomas, hemorróidas, dores musculares, reumáticas e articulares, picadas de inseto inflamadas, flebite superficial, insuficiência venosa crônica, sintomas de veias varicosas, frieiras superficiais, xampus para dermatite seborréica (caspa) e para estimular a circulação sanguínea no couro cabeludo (MILLS; BONE, 2000), infecções cutâneas como acne e furunculoses, inflamações da orofaringe, queimaduras de sol, queimaduras superficiais e pouco extensas, eritema de nádegas (BRUNETON, 2001).

A aplicação externa local na forma de creme, pomada ou gel ou na forma de cataplasma úmido composto por uma solução que contém uma colher de sopa de A. montana tintura para um quarto de litro de água morna leve é valorizado para tratamento de osteoartrite, alopecia e insuficiência venosa crônica (KRIPLANI; GUARVE; BAGHAEL, 2017).

Advertência: o uso interno da planta na forma de infusão ou tintura não é adequado, a planta é utilizada pela via oral apenas em formulações homeopáticas (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002)

O formulário de fitoterápicos da farmacopeia brasileira (2011), alerta que a planta não deve ser utilizada por via oral e em lesões abertas, em casos isolados pode provocar reações alérgicas com formação de vesículas e necrose. O documento também adverte que não deve-se utilizar por um período superior a sete dias em concentração recomendada de 3 g flores secas em 150 mL água para uso externo aplicado na forma de compressa, duas a três vezes ao dia como anti-inflamatório em contusões e distensões, nos casos de equimoses e hematomas.

Composição química: Constituintes, como flavonóides (0,4-0,6%), sesquiterpenos, acetilenos, hidroxicumarinas e ácidos fenil acrílicos e óleo essencial (0,2-0,35% nas cabeças das flores e 0,2-0,5% nas folhas), ácidos fenolcarbônicos [tal como ácido clorogênico (ácido 5-o-cafeoilquínico)], ácido cinarina 1,3-di-O-cafeoilquínico, ácido cafeico, umbeliferona, escopoletina, ácido 2-pirrolidinaacético e  epímeros C-1 dos dois ácidos pirrolizidínicos e após extração de Soxhlet por metanol traços de alcalóides pirrolizidínicos (tussilagina e isotussilagina), segundo Kriplani, Guarve e Baghael (2017), foram isolados das flores de Arnica montana L.. Além dos constituintes, as flores da espécie contêm  especialmente diferentes lactonas sesquiterpênicas, especialmente os ésteres helenalina e dihidro-helenalina, que parecem ser os principais princípios ativos da espécie, a quantidade total de lactonas sesquiterpênicas varia com a maturidade das flores secas. As lactonas sesquiterpênicas são relatadas como bons agentes anti-inflamatórios e citotóxicos. 

Além destes, hispidulina, isoramnetina, campferol, laciniatina, luteolina, patuletina, quercetina, espinacetina, tricina, 3,5,7-triidroxi-6,3’, 4’-trimetoxiflavona), terpenóides (sesquiterpênicos, inclusive derivados de helenalina e diideoelenalina – cerca de 0,5% – arnifolina e os arnicolídeos), óleos voláteis (até 1%, geralmente 0,3% – timol e seus derivados), princípio amargo (arnicina), ácido caféico, carotenóides, fitosteróis, resina, tanino (não especificado) são citados por Newall, Anderson e Phillipson (2002). 

Ações farmacológicas: A planta encontra-se descrita em Farmacopéias de vários países, inclusive em edições da Farmacopeia Brasileira. Tal como exposto por Maciel et al. (2006), em estudos animais foi confirmada a atividade antinflamatória de extratos da planta, atividade atribuía a presença de lactonas sesquiterpênicas do tipo helenalina (HALL et al., 1979; LYSS et al., 1997 apud MACIEL et al., 2006) explicados pela inibição seletiva do fator de transcrição NF-kappaB (RUNGELER et al., 1999; KLASS et al., 2002 apud MACIEL et al., 2006). As lactonas sesquiterpênicas desencadeiam também ação citotóxica contra hepatócitos humanos (WOERDENBAG et al., 1994 apud MACIEL et al., 2006) por isso seu uso interno não é recomendado.

Interações medicamentosas: A administração de tisanas ou tinturas pode interagir com drogas digitálicas devido a seu efeito inotrópico positivo (ALONSO, 2004).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: A planta pode ocasionar efeitos tóxicos quando usada internamente (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002), pode haver irritação das membranas mucosas e sua ingestão pode causar náuseas, vômitos, dor no estômago, cólicas abdominais, agitação, convulsões, tontura, diarréia e tremores (MILLS; BONE, 2000), além de gastrenterite fatal, paralisia muscular (voluntária e cardíaca), palpitações, falta de ar e até morte (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002). O princípio tóxico responsável por esses efeitos é a helenalina. 

A aplicação tópica também deve ser moderada, pois formulações podem provocar dermatite, devido ao fato de a planta ser forte sensibilizante (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002). 

Além disso, o uso prolongado pode causar eczema, e se utilizada em pele não-íntegra pode causar dermatite edematosa com formação de pústulas. Em altas doses pode causar formação de vesículas e até necrose (MILLS; BONE, 2000). 

Contraindicações: Não deve ser ingerida exceto em diluições homeopáticas adequadas (ALONSO, 2004). Deve ser utilizada com cuidado em pessoas alérgicas (BOTSARIS, 2002), pois alguns indivíduos não toleram a aplicação tópica (dermatite de contato) (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002). Deve-se evitar uso em alérgicos a arnica ou a outras plantas da família Asteraceae (incluindo camomila, calêndula e mil-folhas) (MILLS; BONE, 2000). Não deve ser aplicada em feridas abertas (apenas em pele íntegra) e nem perto dos olhos e da boca. Ao primeiro sinal de reação o uso deve ser suspenso. O uso interno é contraindicado na gravidez, na lactação, em portadores de úlcera gástrica, epilepsia (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002) ou portadores de hepatopatia. Não recomenda-se o uso prolongado, mesmo que externamente (MILLS; BONE, 2000).

Posologia e modo de uso: Kriplani, Guarve e Baghael (2017) relatam que numerosas preparações homeopáticas da planta estão disponíveis no mercado. Além disso, segundo os autores, na farmacopéia européia (1809), a tintura de A. montana deve ser produzida a partir das flores da espécie que resultam em 0,04% de lactonas sesquiterpênicas expressas como tiglato de diidrohelenalina. A tintura contém uma parte da droga vegetal em 10 partes de etanol (60% (V/V) a 70% (V/V)). A tintura pode ser seca por evaporação e o extrato é incorporado em vários medicamentos fitoterápicos.
No formulário de fitoterápicos da farmacopéia brasileira (2021), as principais fórmulas com a espécie são: Preparação extemporânea com 2 g de flores em 100 mL de água; e Tintura com 10 g de flores em 100 g de álcool etílico 60% ou 70% (v/v).
Faz-se cataplasma para uso externo com a infusão da planta. Com a tintura da flor (10% m/v), incorpora-se 20 a 25 mL em pomadas base de pomada simples q.s.p. 100 g (BRASIL, 2021) e utiliza-se para distensões, contusões e dores musculares aplicando topicamente uma fina camada, de duas a três vezes ao dia, seguido de massagem.

 

 

Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 178-182.

ATHAYDE, A.E. et. al. Análise metabolômica entre dez arnicas tradicionais (Asteraceae) do Brasil. J Etnofarmacol. 30 de janeiro de 2021;265:113149. doi:  10.1016/j.jep.2020.113149. Epub 2020 21 de agosto. PMID: 32829056.

BLUMENTHAL, M. (ed.). The Complete German Comission E Monographs: Therapeutic Guide to Herbal Medicines. Austin, Texas: American Botanical Council, 1998. p. 83-84.

BOTSARIS, A. S. As fórmulas mágicas das plantas. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2002. p. 254-256.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira, 1ª edição. Brasília, 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira, 2ª edição. Brasília, 2021.

BRUNETON, J. Farmacognosia: Fitoquímica, Plantas Medicinales. Tradução de Á. V. del Fresno; E. C. Accame; M. R. Lizabe. 2. ed. Zaragoza, Espanha: Acribia, 2001. p. 619-621.

CHEVALLIER, A. The Encyclopedia of Medicinal Plants. London: Dorling Kindersley, 1996. p. 170-312.

CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 132-133.

Flora Digital do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina <https://floradigital.ufsc.br> acesso em 01/06/2022

HALL, I. H. et al. Starnes CO, Sumida Y, Wu RY, Waddell TG, Cochran JW, Gerhart KG. Anti-inflammatory activity of sesquiterpene lactones and related compounds. J Pharm Sci. 1979 May;68(5):537-42. doi: 10.1002/jps.2600680505. PMID: 311831. 

JARDIN BOTANIQUE DU  TOURMALETHT  <https://www.flickr.com/groups/jardin_botanique_du_tourmalet/pool/agnesl> acesso em 18 de maio de 2022.  

LYSS, G. et. al. Helenalin, an anti-inflammatory sesquiterpene lactone from Arnica, selectively inhibits transcription factor NF-kappaB. Biol Chem. 1997 Sep;378(9):951-61. doi: 10.1515/bchm.1997.378.9.951. PMID: 9348104.

MACIEL, R. et al. Características físico-químicas e químicas e estudo preliminar de estabilidade de tinturas preparadas com espécies de arnica Lychnophora em comparação com Arnica montana. Revista Brasileira De Farmacognosia, 16, 1, 3 2006.

MERCADANTE, M. ASTERACEAE – Lychnophora ericoides <https://www.flickr.com/photos/mercadanteweb/albums/72157682646108731/with/34836929190/> acesso em 18 de maio de 2022. 

MERCADANTE, M. ASTERACEAE – Senecio conyzifolius https://www.flickr.com/photos/mercadanteweb/albums/72157702925170654 acesso em 18 de maio de 2022.  

MILLS, S.; BONE, K. Principles and Practice of Phytotherapy. Modern Herbal Medicine. [S. I.]: Churchill Livingstone, 2000. p. 269-272.

NEWALL, C. A.; ANDERSON, L. A.; PHILLIPSON, J. D. Plantas Medicinais: Guia Para Profissional de Saúde. São Paulo: Premier, 2002. p. 40-41.

KRIPLANI, P., GUARVE, K., BAGHAEL, U. Arnica montana L. – a plant of healing: review. The Journal of pharmacy and pharmacology, 69, 8, 8 2017.


Tropicos.org. Jardim Botânico do Missouri. https://tropicos.org/name/2701747 acesso em 18 de maio de 2022.

Tags: ArtriteContusõesDistensõesEscarasFrieiraHematomaHemorróidaTraumatismos

ARARUTA

27/12/2019 17:23

Maranta arundinacea  L.

Marantaceae 


SinonímiasMaranta indica Tussac, Maranta protracta Miq., Maranta ramosissima Wall., Maranta silvatica Roscoe, Maranta sylvatica Roscoe ex Sm., etc.

Nomes populares: Araruta, maranta, raruta, planta-de-sagú, arrowroot (English, United States), obedience-plant (English, United States), West Indian arrowroot, zhu yu (Pinyin, China); No Ceilão chamam-na Araluk e Hulankiriya.

Origem ou Habitat: Nativa da América Central e naturalizada em todo território brasileiro.

Características botânicas: Herbácea ereta, perene, rizomatosa, densamente cespitosa, medindo de 40-90 cm de altura, de folhagem seca quando a planta completa o ciclo, no final do outono, apresentando rizomas fusiformes brancos, medindo de 20-30 cm de comprimento. Folhas simples, largo-lanceolada, cartácea, glabra, medindo de 30-50 cm de comprimento. Inflorescências escapifólias, em racemos curtos, com poucas flores brancas discretas. Segundo LORENZI (2014), os frutos são desconhecidos no Brasil.

Partes usadas: Rizomas.

Uso popular: É ocasionalmente cultivada para a produção de rizomas, que constituem a matéria-prima para a produção de fécula de araruta e utilizada na alimentação. Outrora foi mais conhecida e cultivada.

Os rizomas podem ser lavados e triturados para a extração do polvilho de araruta. O amido de araruta tem alta digestibilidade e pode ser usado para o preparo de cremes, mingaus, pães, biscoitos, pão-de-queijo e para engrossar molhos.

Contra as febres intermitentes, contra a dispepsia, sendo que seu suco acre serve contra a mordedura de cobra e picada de insetos e quando colocado sobre a língua aumenta a salivação.

Muito útil na alimentação de crianças e convalescentes.

Composição química: Os rizomas secos possuem (%): N (0,94), P (0,37), K (2,0), Ca (0,04), Mg (0,15), S (0,18). Em mg/Kg: Cobre (5), Zinco (18), Ferro (18), Mn (7), Na (65), B (5).

Os rizomas possuem (%): umidade (68,2), amido (24,2), fibras (1,44), proteínas (1,34), cinzas (1,83), lipídios (0,19) e açúcares solúveis totais (1,08). Possuem os polissacarídeos amilose (21%) e amilopectina (79%) .

As folhas contém proteínas.

Observações: Duas características que convertem a Maranta arundinacea em uma espécie promissora para alimentação animal são a acumulação de carbohidratos em forma de amido em seus rizomas e as quantidades importantes de proteína presente em suas folhas.

Hoje em dia, o polvilho de araruta é muito adulterado ou usado como nome fantasia para o polvilho de mandioca, que é vendido com o nome “araruta”, enganando o consumidor.

Segundo KINUPP (2014), “é um cultígeno negligenciado e atualmente pouco cultivado, apenas por pessoas ou instituições entusiastas da agro-biodiversidade”.

Algumas tribos do Brasil já a conheciam como Arú-Arú e os Caraíbas acreditavam que a farinha de araruta constituía um neutralizador do veneno impregnado das flechas atiradas pelos seus inimigos. Do seu nome indígena, os portugueses adaptaram-no para Araruta.

Existe grande variedade dessa planta. Em São Paulo existe a araruta-Caisulta, araruta- Comum, araruta-Gigante, araruta- Especial, araruta- Imbiri, araruta- Palmeira, araruta- Raiz Redonda e araruta-Ramosa, sendo que a Caixulta é a melhor.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47 (SP), onde as variedades são cultivadas organicamente.

Existe uma variedade Maranta arundinacea var. variegatum (N.E. Br.).

 

Referências: 
KINUPP, V.F., LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. 1ª.ed. São Paulo, SP: Instituto Plantarum, 2014.

http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/araruta.html#. Acesso 29 Jun 2015.

http://historico.cartauniversitaria.unal.edu.co/ediciones/31/13carta.html. Acesso 29 Jun 2015.

MAGDA VALDES RESTREPO, SANIN ORTIZ GRISALES, TERESA SANCHEZ, “Morfología de la planta y características de rendimiento y calidad de almidón de sagú” . En: Colombia Acta Agronomica ISSN: 0120-2812 ed: Editorial Feriva v.59 fasc.3 p.372 – 380 ,2010 – Acesso 29 Jun 2015.

http://www.tropicos.org/Name/19700214?tab=synonyms. Acesso 29 Jun 2015.

Tags: Nutritiva

ANIS ESTRELADO

27/12/2019 17:14

Illicium verum  Hook.

Schisandraceae 


SinonímiasIllicium san-ki Perr.

Nomes populares: Anis-da-china, anis-estrelado, badiana.

Origem ou Habitat: É oriundo do sul da China e norte do Vietnam, cultivado nos trópicos (China, Indonésia, Japão, Filipinas) etc.

Características botânicas: Caracterizada por apresentar uma casca branca; grande folhagem composta por folhas pontiagudas, coriáceas e glabras; flores solitárias amarelas ou amarelo-rosadas, com 15-20 pétalas, perfumadas, similares a magnólias; e um fruto cor castanho-avermelhado, lenhoso, pedunculado, composto por 8 folículos que em sua abertura deixam ver uma semente aplanada brilhante em seu interior.

Partes usadas: Fruto composto (constituído por folículos) seco.

Uso popular: Segundo a Comissão E, os preparados da droga estão indicados no tratamento de transtornos dispépticos e catarros das vias respiratórias, de forma análoga ao anis verde (Pimpinella anisum).

Outros usos: falta de apetite, gastrites, enterites, flatulência, espasmos gastrointestinais, tosse, bronquite, repelente de insetos, e topicamente em micoses. Com menos freqüência como diurética, coadjuvante em diarréias e para aumentar o leite materno.

Tanto o anis estrelado como sua essência se empregam como corretores de sabor e odor na indústria farmacêutica, alimentícia e de bebidas.

Composição química: fruto contém 5-8% de óleo essencial, constituído em sua maior parte por trans-anetol (80-90%), metilchavicol, anisaldeído, limoneno, linalol, 4-terpineol, α-pineno,4-alilanisol; além de óleo fixo e taninos.

Ações farmacológicas: Tem ações semelhantes a erva-doce Pimpinella anisum) e ao funcho (Foeniculum vulgare).

Interações medicamentosas: Em doses elevadas, o óleo essencial pode ser tóxico, com efeitos narcóticos, delírio, anestesia e convulsões.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Efeitos negativos potenciais com o uso da planta.

Contra-indicações: Sensibilidade conhecida ao anis, ao anetol ou a outros compostos do óleo essencial.

Não se recomenda o óleo essencial de anis por via interna durante a gestação, lactância, crianças menores de seis anos ou a pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, síndrome do intestino irritável, colite ulcerosa, enfermidade de Crohn, hepatopatias, epilepsia, Parkinson ou outras enfermidades neurológicas.

Posologia e modo de uso: Infusão ou decocção de 0,5-1g de frutos por xícara de água por dia, depois das refeições. Em geral se utilizam duas estrelas por litro d’água.

Observações: Existe um grave perigo de intoxicação com a falsificação do anis estrelado (Illicium verum) pelo fruto de outra espécie Illicium religiosum Sieb. et Zucc. (Illicium anisatum L.), denominado de badiana-do-japão ou anis-estrelado-japonês, o qual não contém anetol, mas contém compostos tóxicos como a anisatina e isoanisatina.

 

Referências: 
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 159-162.

BLUMENTHAL, M (ed.). The Complete German Comission E Monographs: Therapeutic Guide to Herbal Medicines. Austin, Texas: American Botanical Council, 1998. p. 215-216.

CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. 126p.

LIMA, R. K. et al. Composição dos Óleos Essenciais de Anis-estrelado (Illicium verum L.) e de Capim-limão (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf): Avaliação do Efeito Repelente sobre Brevicoryne brassicae (L.) (Hemiptera: Aphididae). BioAssay, 3,8, 2008. Disponível em: http://www.bioassay.org.br/articles/3.8/. Acesso em: 07 julho 2010.

PADMASHREE, A. Star-anise (Illicium verum) and black caraway (Carum nigrum) as natural antioxidants. Food Chemistry, v. 104, n. 1, p. 59-66, Set. 2007. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0308814606008594 – Acesso em: 2 de junho de 2011.

TECHEN, N. Detection of Illicium anisatum as adulterant of Illicium verum. Planta Medica, 4. ed. 75, p. 392-395, Mar. 2009.

YAN, J.; XIAO, X.; HUANG, K. Component analysis of volatile oil from Illicium verum Hook. f. Journal of Central South University of

Technology, 2002. vol 9, n. 3.

http://www.mdidea.com/products/new/new04303.html – Acesso em: 02 de junho de 2011.

http://wikimedia.org/wikipedia/commons/6/62/Illicium_verum_2006-10-17.jpg – Acesso em: 02 de maio de 2011.

http://www.fitoterapia.net/vademecum/plantas/116.html – Acesso em: 18 de janeiro de 2008.

http://www.tropicos.org/Name/50079582?tab=synonyms – acesso em 11 de julho de 2012

Tags: BronquiteCatarroCorretor de saborDiuréticoEnteriteFlatulênciaGastriteRepelenteTosse

ANDIROBA

27/12/2019 17:08

Carapa guianensis  Aubl.

Meliaceae 


Sinonímias:Carapa nicaraguensis C.DC., Granatum guianense (Aubl.)Kuntze, entre outros.

Nomes populares: Andiroba, andiroba-saruba, carapá, carape, nandiroba, yani, tibiru, aboridan, cedro-macho, e outros.

Origem ou Habitat: Esta árvore é própria de climas tropicais úmidos (América do Sul na Região Amazônica, em várzeas secas e alagadiças; América Central e África).

Características botânicas: Árvore de grande porte, atingindo 30 m de altura. Casca grossa e amarga, facilmente destacável em grandes lascas ou placas. Folhas compostas, longo-pecioladas, pinadas, de 80-120 cm de comprimento com 12 a 18 folíolos opostos, de cor verde-escuro. Inflorescência axilar em panículas, de 30 cm de comprimento, com flores pequenas, perfumadas, de cor creme. O fruto é uma cápsula lenhosa e subglobosa, deiscente de quatro valvas que se separam e liberam de 4 a 12 sementes de 4-5 cm de comprimento.

Partes usadas: Sementes, folhas, flores e cascas.

Uso popular: O óleo extraído das sementes de andiroba é usado como repelente de insetos e problemas da pele, como cicatrizante e anti-inflamatório. Infusões e decocções com suas folhas, flores e córtex são recomendadas popularmente como anti-inflamatória, analgésica, antibacteriana, anti-parasitária, antifebril, anti-tumoral. O óleo é usado em cosmética como emoliente e hidratante. A casca amarga é considerada um bom coadjuvante como parasiticida e febrífugo.

Composição química: Óleo das sementes:(30-60%) estearina, oleína, palmitina, glicerina, ácidos palmítico, linolênico, mirístico, linolêico, esteárico, araquidônico e palmitoleico. (Alonso, 2004; Lorenzi & Matos, 2002; Revilla, 2000).

A fração não saponificável(2-5%) do óleo das sementes de andiroba é composto por diferentes tetranortriterpenóides chamados de limonóides: 6alfa-acetoxygedunin (C30H36O8), 7-deacetoxy-7-oxogedunin (C26H30O6), andirobin (C27H32O7), gedunin (C28H34O7), methyl-angolensate (C27H34O7) (art.2, scifinder), entre outros.

Na composição do óleo essencial das folhas foram identificados 23 compostos, dos quais os mais abundantes são: biciclogermacreno, alfa-humuleno, B-germacreno e trans-b-cariofileno.

No óleo das flores foram encontrados limonóides chamados de andirolides Q,R,S,T,L,V; gedunin, andirobin, mexicanolides.

  • Limonoides: Carapanolidos A – X, guianolídeos A e B, andirolideos A – Y, 6α-acetoxigedunina, 7-desacetoxi-7-oxogedunina, 7-desacetilgedunina, 6α-acetoxi-7-desacetilgedunina, 7-desacetoxi-7α-hidroxidunidina, 6α-hidroxidunidina, dentre outros.
  • Geduninas: Guianensis, gedunina, 6α-acetoxigedunina e 7-desacetoxi-7-oxogedunina.
  • Óleo essencial: β-cariofileno, α –humuleno, germacreno, dentre outros.

Ações farmacológicas: Antifebril, anti-inflamatório, cicatrizante, antimicrobiano,

Os andirolides S e T apresentaram atividade citotóxica contra linhas de células de leucemia.(art.17 scifinder).

Interações medicamentosas: Não encontrado na literatura pesquisada.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não encontrado na literatura pesquisada.

Contra-indicações: Não encontrado na literatura pesquisada. Por precaução, as gestantes e lactantes devem evitar o uso interno.

Posologia e modo de uso: Uso externo: O óleo das sementes: como repelente de insetos, inclusive o “mucuim”, ácaro microscópico que ataca a pele de pessoas que andam na mata; para tratar feridas, artrite, distensões musculares; afecções da pele, inclusive psoríase; como cicatrizante e anti-inflamatório,

Decocção das cascas e folhas a 20% para afecções da pele;

Fitocosmético: xampus, cremes, loções.

Uso interno: Decocção das cascas a 10% para combater febres e vermes intestinais.

Sementes são purgativas.

Observações: O óleo de andiroba é muito usado na região amazônica para iluminação das malocas e para lustrar móveis.

Fórmula dermatológica patenteada nos EEUU: composição tópica contendo óleo de andiroba, calêndula, camomila, lavanda e óleo de sementes de uva para psoríase e outras desordens dermatológicas como eczema e celulite.

Outras espécies:Carapa procera DC., Carapa touloucouna Guillem. ex Perr. e Carapa grandiflora Sprague.

 

 

Referências: 
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

ITF: Índice terapêutico fitoterápico, 1.ed. Petrópolis,RJ:EPUB, 2008.

REVILLA, J. Plantas da Amazônia: 1a. ed. SEBRAE/Manaus/AM,2000

https://scifinder.cas.org/scifinder/view/scifinder/scifinderExplore.jsf (artigos 02,12,14,17,18) Acesso 08 Jan 2015.

Pereira, Tiago B.; Rocha e Silva, Luiz F.; Amorim, Rodrigo C. N.; Melo, Marcia R. S.; Zacardi de Souza, Rita C.; Eberlin, Marcos N.; Lima, Emerson S.; Vasconcellos, Marne C.; Pohlit, Adrian M.“In vitro and in vivo anti-malarial activity of limonoids isolated from the residual seed biomass from Carapa guianensis (andiroba) oil production” – Malaria Journal (2014), 13, 317/1-317/8, 8 pp.. (art.2)

das Gracas Henriques, Maria; Penido, Carmen – “The Therapeutic Properties of Carapa guianensis”. Current Pharmaceutical Design (2014), 20(6), 850-856. (art.12) Acesso 8 Jan 2015

Meccia, Gina; Quintero, Patricia; Rojas, Luis B.; Usubillaga, Alfredo; Velasco, Judith; Diaz, Tulia; Diaz, Clara; Velasquez, Jesus; Toro, Maria – Chemical composition of the essential oil from the leaves of Carapa guianensis collected from Venezuelan Guayana and the antimicrobial activity of the oil and crude extracts, Natural OLIVEIRA, Iara dos Santos da Silva et al. Carapa guianensis Aublet (Andiroba) Seed Oil: Chemical Composition and Antileishmanial Activity of Limonoid-Rich Fractions. Biomed Research International, [s.l.], v. 2018, p.1-10, 6 set. 2018.Product Communications (2013). 8(11), 1641-1642.(art.14) Acesso 8 Jan 2015

HIGUCHI, Keiichiro et al. Guianolactones A and B, Two Rearranged Pentacyclic Limonoids from the Seeds of Carapa guianensis. Chemistry – An Asian Journal, [s.l.], v. 12, n. 23, p.3000-3004, 2 nov. 2017.

MARQUES, Jéssica Araújo; MARTINS, Daiane; RAMOS, Cleverson Agner. Pharmacological activity and isolated substances from Carapa guianensis Aubl. Journal Of Chemical And Pharmaceutical Research, Manaus, v. 8, n. 3, p.75-91, 2016.

NINOMIYA, Kiyofumi et al. Hepatoprotective Limonoids from Andiroba (Carapa guianensis). International Journal Of Molecular Sciences, [s.l.], v. 17, n. 4, p.591-602, 19 abr. 2016.

Sakamoto, Asami; Tanaka, Yuji; Inoue, Takanobu; Kikuchi, Takashi; Kajimoto, Tetsuya; Muraoka, Osamu; Yamada, Takeshi; Tanaka, Reiko – Andirolides Q-V from the flower of andiroba (Carapa guianensis, Meliaceae), Fitoterapia (2013), 90, 20-29. (art.17) Acesso 8 Jan 2015

Morse, Tammy Jeanette; Selmont, Thomas Anthony –“Topical composition containing carapa (andiroba) oil for psoriasis and other related dermatological disorders”. From U.S. (2013), US 8545904 B1 20131001. Acesso 8 Jan 2015

TESKE & TRENTINI – Compêndio de Fitoterapia-Herbarium,2a. ed. Curitiba/PR, 1995

http://www.florflores.com/carapa-guianensis/- Acesso 9 Jan 2015.

https://origin-scifinder.cas.org/scifinder- Acesso 1 Jan 2015.

http://www.tropicos.org/Name/20400362 – Acesso 1 Jan 2015.

Tags: AnalgésicoAnti-inflamatórioAnti-parasitáriaAntibacterianaAntifebrilCicatrizanteRepelente

AMORA-SILVESTRE

27/12/2019 16:53

Rubus rosifolius  Sms.

Rosaceae 


Sinonímias:Rubus coronarius (Sims) Sweet, Rubus pinnatus Willd, Rubus rosaefolius Sms., Rubus rosifolius var. rosifolius Sms.

Nomes populares: Amoreira-vermelha, amoreira-silvestre, amora-vermelha, amora-silvestre, silva-vermelha, moranguinho-do-mato, etc.

Origem ou Habitat: Áreas de distribuição natural:  Ásia (Japão, China, Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas) e Oceania (Austrália e Nova Zelândia)

Ocorrências confirmadas no Brasil:

  • Centro-oeste (Distrito Federal, Goiás)
  • Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)
  • Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina).

Características botânicas: Subarbusto terrícola.

Partes usadas: Frutos, folhas, flores e raízes.

Uso popular: Os frutos são comestíveis e apreciados pelas populações rurais e pela avifauna. Os frutos são usados nos casos de diarréia sanguinolenta e a infusão é usada como bebida tônica e medicação antidiarreica. O chá dos brotos e das inflorescências é considerado antiespasmódico e o chá das folhas é usado como diurético.

Composição química: Nos frutos: Antocianidinas: Cyanidin 3-​β-​glucopyranoside; Pelargonidin 3-​β-​D-​glucopyranoside; Cyanidin 3-​rutinoside; Pelargonidin 3-​rutinoside; Cyanidin 3-​glucosylrutinoside; Cyanidin 3-​O-​(6′-​O-​malonylglucoside).

Ações farmacológicas: Devido ao alto conteúdo de antocianinas, foram detectadas atividades antioxidante, anti-inflamatória e anticancerígena.

Interações medicamentosas: Não encontrado.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não encontrado.

Contra-indicações: Não encontrado.

Observações: A espécie Rubus brasiliensis Mart., chamada popularmente de amora-preta ou amora-do-mato, possui propriedades e algumas características semelhantes a espécie Rubus rosifolius Sms.

 

 

Referências: 
AMANDA, Hilda; Santoni, Adlis; Darwis, Djaswir ” Extraction and simple characterization of anthocyanin compounds from Rubus rosifolius Sm fruit.” From Journal of Chemical and Pharmaceutical Research (2015), 7(4), 873-878. (Scifinder) Acesso 14 OUT 2015.

BOWEN-FORBES, Camille S.; Zhang, Yanjun; Nair, Muraleedharan G. “Anthocyanin content, antioxidant, anti-​inflammatory and anticancer properties of blackberry and raspberry fruits”. From Journal of Food Composition and Analysis (2010), 23(6), 554-560. (Scifinder) Acesso 14 OUT 2015.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/- Acesso 14 OUT 2015.

http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/ – Acesso 14 OUT 2015.

http://www.tropicos.org/Name/27803565?tab=synonyms – Acesso 14 OUT 2015.

Instituto Hórus. Rubus rosifolius. Disponível em: https://bd.institutohorus.org.br/especies

 

Tags: Anti-diarreicoAntiespasmódicoDiurético

AMORA-BRANCA

27/12/2019 16:48

Morus alba  L.

Moraceae 


Sinonímias:Morus atropurpurea Roxb., Morus alba var. tatarica (L.) Ser., Morus australis Poir., Morus indica L., Morus intermedia Perr., Morus multicaulis Perr., Morus tatarica L.

Nomes populares: Amora, amora-branca, white mulberry, sang, sang ye (folium mori), sang bai pi (cortex mori), tut / tutri / tut kishmishmi (Pakistan), etc.

Origem ou Habitat: China. Naturalizada e amplamente cultivada em áreas de clima temperado quente, tropical, subtropical e mediterrânico, desde o nível do mar até aos 2000m de altitude.

Características botânicas: Árvore média a pequena, com 10 a 20 m de altura, crescimento médio a rápido, longevidade média. Tronco castanho alaranjado quando novo, cinzento e cada vez mais gretado com a idade. A casca é doce, quando mastigada.

Folha: Caduca (exceto em clima tropical), alterna, verdemédio, com 5 a 30 cm. FLOR: Em amentilhos com 1 a 3,5 cm, esverdeados com sexos separados na mesma árvore.

Fruto: Conjunto de frutos carnudos de 1 a 2,5 cm, branco a vermelho, comestível.

Época da floração: Primavera. Época da frutificação: Verão. Propagação: Por semente, garfo ou estaca. Dispersão: Por aves, através da ingestão do fruto e excreção das sementes.

Partes usadas: Folhas, ramos, casca das raízes, frutos.

Uso popular: Morus alba (mulberry) é cultivada no leste dos Países asiáticos, como a China, Japão e Coréia. A sua folha é principalmente utilizada na alimentação de bichos da seda (Bombyx mori L.), também é usada na medicina tradicional chinesa há séculos, contêm substâncias que são benéficas na prevenção e para aliviar “Xiao Ke” (diabetes).

Folha (constipações, gripes, inflamações dos olhos, elefantíase);

Fruto (incontinência urinária, hipertensão, embranquecimento prematuro do cabelo, diabetes);

Casca da raiz (asma, bronquite, diabetes, tosse);

Raminhos(hipertensão, reumatismo, dores de dentes).

Para prevenir e aliviar os sintomas da menopausa ou climatério.

Composição química: Estilbenos, cis-mulberroside A, antocianidinas (resveratrol) e Flavonóides (quercetina, rutina, moracetina e artocarpina, mulberrin (I), mulberrochromene (II), cyclomulberrin (III), e cyclomulberrochromene (IV)) , pectinas, açúcares.

Num artigo científico chinês de 2012, em extratos de culturas de células de Morus alba, Oito compostos foram isolados: isobavachalcone (1), genisteína (2), norartocarpetin (3), albanin A (4), guangsangon E (5), mulberrofuran F (6), chalcomoracin (7), kuwanon J (8). Os compostos 3-6 foram isolados a partir das culturas celulares de M. alba, pela primeira vez.

Ações farmacológicas: Analgésica, anti-inflamatória, anti-artrítica, hipo-lipidêmica, diurética. Há algumas evidências de sua ação estrogênica e antidiabética.

Interações medicamentosas: Não encontrado.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: As amoras verdes e a seiva podem apresentar toxidade, embora de baixo grau, se comidas.

Contra-indicações: Não encontrado.

Observações: Nos países tropicais as Amoreiras podem ter folhas o ano inteiro. As folhas novas ou das árvores novas são lobuladas, podendo chegar aos 30 cm, enquanto as das árvores velhas não ultrapassam, geralmente, os 15 cm e são serradas. Os conjuntos de flores masculinas são cerca de 1 cm maiores que o conjunto de flores femininas. O conjunto dos frutos das Amoreiras brancas chama-se Sorose e inclui as brácteas, os pedicelos, as peças florais e o eixo, que se tornam também carnudos. As flores disparam o pólen para o ar, através da libertação da energia elástica acumulada nos estames. O movimento resultante excede em mais de metade a velocidade do som, o que o torna o movimento mais rápido conhecido no mundo das plantas.

CURIOSIDADES HISTÓRICAS:

O cultivo da Amoreira branca começou há 4 000 anos, na China, para o fabrico da seda;

Só no século VI é que a Amoreira Branca foi introduzida na Europa, quando o Imperador Romano e Bizantino Justiniano promoveu a cultura dos Bichos-da-Seda;

Segundo Plínio, os gomos das Amoreiras são os últimos a rebentar, quando todo o frio já passou, pelo que esta espécie, com este mecanismo de sobrevivência sensato que possui, foi dedicada, pelos Antigos, a Minerva, Deusa da Sabedoria;

Carlos Magno, Rei dos Francos, dado o seu gosto por esta árvore, plantou-a nos seus jardins em 812 D.C.;

Ovídeo (43 A.C.-17 D.C.), no seu livro Metamorfoses, conta a história de dois amantes, Piramus e Thisbe, cujo romance era proibido pelos pais, se suicidaram debaixo de uma Amoreira e pediram a Deus que os frutos fossem vermelhos para lembrar aos homens o sangue que derramaram

 

 

Referências: 
DESHPANDE, V. H.; Parthasarathy, P. C.; Venkataraman, K. “Four analogs of artocarpin and cycloartocarpin from Morus alba”. From Tetrahedron Letters (1968), (14), 1715-19. – Acesso 9 OUT 2015.

EUN-MI CHOI, Jae-Kwan Hwang – “Effects of Morus alba leaf extract on the production of nitric oxide, prostaglandin E2 and cytokines in RAW264.7 macrophages” – Department of Biotechnology and Bioproducts Research Center, Yonsei University, Seoul, 120-749, Korea, 2005. – Acesso 9 OUT 2015.

KIM, Jae-Soo; Kwak, Bo-Yeon; Yi, Kwontaek; Lee, Jaekyoung “Phytoestrogen composition for preventing and relieving climacteric or menopausal symptoms”. From PCT Int. Appl. (2010), WO 2010120133 A2 20101021, Korea. (Scifinder) Acesso 13 OUT 2015.

http://www.cm-leiria.pt/uploads/writer_file/document/788/20120817154954657958.pdf – Acesso 9 OUT 2015.

http://www.tropicos.org/Name/21300010?tab=synonyms – Acesso 9 OUT 2015.

XIAO MAA, N. I. et all. – “Morus alba leaf extract stimulates 5-AMP-activated protein kinase in isolated rat skeletal muscle” – Kyoto University Graduate School of Human and Environmental Studies, Yoshida-Nihonmatsu-Cho, Sakyo-ku, Kyoto 606-8501, Japan / Journal of Ethnopharmacology 122 (2009) 54–59. Acesso 9 OUT 2015.

Pharmacophore 2014, Vol. 5 (1), 160-182 USA CODEN: PHARM7 ISSN 2229-5402 – Review Article A REVIEW ON PHYTOCONSTITUENTS FOR NEPHROPROTECTIVE ACTIVITY – Raja Sundararajan*, Akhil Bharampuram and Ravindranadh Koduru GITAM Institute of Pharmacy, GITAM University, Visakhapatnam, Andhra Pradesh, Pincode-530 045, India. Acesso 9 OUT 2015.

Zhongguo Zhong Yao Za Zhi. 2012 Dec;37(24):3738-42. [Chemical constituents from cell cultures of Morus alba]. [Article in Chinese] Tao XY1, Zhang DW, Chen RD, Yin YZ, Zou JH, Xie D, Yang L, Wang CM, Dai JG. – Acesso 13 OUT 2015.

Tags: AntigripaisAsmaBronquiteConstipaçãoElefantíaseHipertensãoHipoglicemianteReumatismoTosse

AMOR CRESCIDO

27/12/2019 01:20

Portulaca pilosa  L.

Portulacaceae 


SinonímiasPortulaca lanata Rich. , Portulaca lanuginosa Kunth, Portulaca parvula A. Gray, Portulaca pilosa fo. mexicana D. Legrand, Portulaca gagatosperma Millsp., etc.

Nomes populares:  Amor crescido, flor de seda (Brasil), alecrim-de-são-josé (PORT), mao ma chi xian (China), pink purslane (English, United States), Verdolaga(Bolívia).

Origem ou Habitat: Nativa da Bolívia.

Características botânicas: O gênero Portulaca inclui plantas herbáceas, com folhas geralmente alternas, portando na axila tricomas muito ou pouco desenvolvidos e flores com duas sépalas, 4-5 pétalas livres, estames numerosos e ovário ínfero. A espécie Portulaca pilosa é caracterizada por apresentar tricomas axilares conspícuos, interaxilares e folhas lineares, hábito prostrado e flores purpúreas.

Partes usadas: Planta inteira.

Uso popular: Problemas estomacais, diurética , cicatrizante , analgésica e queda de cabelo. Também é indicada como hepato-protetor, contra diarréia, erisipela e queimadura. As folhas são utilizadas na forma de xampu para lavar e dar brilho aos cabelos.

Composição química: Mucilagem, sais minerais, principalmente fósforo e potássio. A composição nutricional é semelhante a espécie Portulaca oleracea (ver beldroega). Análise alimentícia em g/100g de Portulaca oleracea: proteínas (1,60g), lipídeos (0,40g), carboidratos (2,50g), cálcio (140,00g), fósforo (493,00mg), ferro (3,25mg), retinol (250,00mg), vitamina B1 (20,00mg), vitamina B2 (100,00mg), niacina (0,50mg), vitamina C (26,80mg). (Franco, G., 1992).

Posologia e modo de uso: Infusão e/ou sumo dos ramos.

 

Referências: 
REVILLA, J. Plantas da Amazônia: oportunidades econômicas e sustentáveis. Manaus: SEBRAE: INPA, 2000. p. 113-115.

FRANCO, G. Tabela de composição química dos alimentos. 9.ed. [S. I.]: Atheneu, 1992.

http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Portulaca_pilosa.htm – Acesso em: 30 de março de 2012.

http://www.tropicos.org/Name/26200157 – Acesso em: 30 de março de 2012.

http://acta.botanica.org.br/index.php/acta/article/view/259 – Acesso em: 09 de abril de 2012

Tags: AnalgésicoAnti-diarreicoCicatrizanteDiuréticoHepatoprotetoraQueimadura

AMENDOIM

27/12/2019 01:17

Arachis hypogaea  L.

Fabaceae


SinonímiasLathyrus esquirolii H. Lev.

Nomes populares: Amendoim, aminduim, amendoí, groundnut, peanut (EEUU, INGL.), alcagoita (PORT.), mãdu’bi (do TUPI, significa enterrado).

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