ANIS ESTRELADO

27/12/2019 17:14

Illicium verum  Hook.

Schisandraceae 


SinonímiasIllicium san-ki Perr.

Nomes populares: Anis-da-china, anis-estrelado, badiana.

Origem ou Habitat: É oriundo do sul da China e norte do Vietnam, cultivado nos trópicos (China, Indonésia, Japão, Filipinas) etc.

Características botânicas: Caracterizada por apresentar uma casca branca; grande folhagem composta por folhas pontiagudas, coriáceas e glabras; flores solitárias amarelas ou amarelo-rosadas, com 15-20 pétalas, perfumadas, similares a magnólias; e um fruto cor castanho-avermelhado, lenhoso, pedunculado, composto por 8 folículos que em sua abertura deixam ver uma semente aplanada brilhante em seu interior.

Partes usadas: Fruto composto (constituído por folículos) seco.

Uso popular: Segundo a Comissão E, os preparados da droga estão indicados no tratamento de transtornos dispépticos e catarros das vias respiratórias, de forma análoga ao anis verde (Pimpinella anisum).

Outros usos: falta de apetite, gastrites, enterites, flatulência, espasmos gastrointestinais, tosse, bronquite, repelente de insetos, e topicamente em micoses. Com menos freqüência como diurética, coadjuvante em diarréias e para aumentar o leite materno.

Tanto o anis estrelado como sua essência se empregam como corretores de sabor e odor na indústria farmacêutica, alimentícia e de bebidas.

Composição química: fruto contém 5-8% de óleo essencial, constituído em sua maior parte por trans-anetol (80-90%), metilchavicol, anisaldeído, limoneno, linalol, 4-terpineol, α-pineno,4-alilanisol; além de óleo fixo e taninos.

Ações farmacológicas: Tem ações semelhantes a erva-doce Pimpinella anisum) e ao funcho (Foeniculum vulgare).

Interações medicamentosas: Em doses elevadas, o óleo essencial pode ser tóxico, com efeitos narcóticos, delírio, anestesia e convulsões.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Efeitos negativos potenciais com o uso da planta.

Contra-indicações: Sensibilidade conhecida ao anis, ao anetol ou a outros compostos do óleo essencial.

Não se recomenda o óleo essencial de anis por via interna durante a gestação, lactância, crianças menores de seis anos ou a pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, síndrome do intestino irritável, colite ulcerosa, enfermidade de Crohn, hepatopatias, epilepsia, Parkinson ou outras enfermidades neurológicas.

Posologia e modo de uso: Infusão ou decocção de 0,5-1g de frutos por xícara de água por dia, depois das refeições. Em geral se utilizam duas estrelas por litro d’água.

Observações: Existe um grave perigo de intoxicação com a falsificação do anis estrelado (Illicium verum) pelo fruto de outra espécie Illicium religiosum Sieb. et Zucc. (Illicium anisatum L.), denominado de badiana-do-japão ou anis-estrelado-japonês, o qual não contém anetol, mas contém compostos tóxicos como a anisatina e isoanisatina.

 

Referências: 
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