CARAMBOLA

05/01/2020 17:24

Averrhoa carambola L.
Oxalidaceae 


Sinonímias: Averrhoa acutangula Stokes, Averrhoa pentandra Blanco, Connaropsis philippica Villar, Sarcotheca philippica (Villar) Hallier f. 

Nomes populares:  Carambola, caramboleira, camerunga e outros. 

Origem ou Habitat: Originária da Índia e cultivada em todo o Brasil.

Partes usadas:Frutos e folhas. 

Uso popular:  uma planta cultivada em quase todos os pomares do Brasil para a produção de frutos, que são consumidos ao natural, na forma de doces, geléias, compotas e sucos. É utilizada como estimulante do apetite, antidiarreico e febrífugo.  

ATENÇÃO: Suas folhas são empregadas na medicina caseira para pessoas diabéticas, porém, estudos recentes contra-indicam o uso das folhas e frutos para este fim, é contra-indicado para pacientes portadores de nefropatias ou insuficiência renal e para diabéticos.  

Salientamos que pessoas normais, sem comprometimento renal, podem usufruir desta fruta, porém, com moderação. 

Composição química:  Nas folhas: alcalóides, saponinas, taninos, glicosídeos, ácido oxálico, enxofre, ácido fórmico. Nos frutos: ácidos orgânicos, vitamina C, caramboxina. 

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em pacientes portadores de nefropatias pode ocorrer convulsões, coma e morte. 

Contra-indicações:  É contra-indicado para pacientes com insuficiência renal, portadores de nefropatias e diabéticos. 

Observações: Quando o fruto e/ou seu suco são consumidos por pacientes acometidos de insuficiência renal ou lesão aguda nos rins, ou por indivíduos diabéticos, a caramboxina pode induzir crises de soluços, vômito, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões prolongadas (estado de mal epiléptico) e até a morte. Embora pessoas sem histórico de problemas renais não corram riscos, os pesquisadores recomendam que se evite abuso no consumo da carambola. Isso porque seu teor de ácido oxálico pode eventualmente produzir cálculos renais em indivíduos mais sensíveis. Isto predisporia aos efeitos neurotóxicos da caramboxina, afirma o professor Garcia-Cairasco .
 

 

 

Referências:

GARCIA-CAIRASCO, N. et al. Elucidating the Neurotoxicity of the Star Fruit. Angewandte Chemie, 2013 Acesso 27 Março 2015.  

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. 

Marilene Provasi, Carlos Eduardo de Oliveira, Milton Carlos Martino, Lorena Greisieli Pessini, Roberto Barbosa Bazotte e Diógenes Aparício Garcia Cortez -“Avaliação da toxicidade e do potencial antihiperglicemiante da Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae)” Departamento de Farmácia e Farmacologia, Universidade Estadual de Maringá/PR(PDF) Acesso 27 Março 2015 

M.C. de Abreu; Fiaschi, P. Oxalidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 27 Mar. 2015 

http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/11/25/toxina-da-carambola-e-isolada/- Acesso 27 Março 2015 

http://www.tropicos.org/Name/23700001?tab=synonyms – Acesso 27 Março 2015.  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carambola. 

Tags: AntidiarreicoFebrífugaNutritiva

CAMAPÚ

05/01/2020 16:40

Physalis angulata   L. 
Solanaceae 


Sinonímias: Physalis angulata var. capsicifolia (Dunal) Griseb., Physalis capsicifolia Dunal, Physalis esquirolii H. Lév. & Vaniot, Physalis lanceifolia Nees, Physalis linkiana Nees, Physalis ramosissima Mill.

Nomes populares:  Bucho-de-rã, camapú, camapum, joá, joá-de-capote, juá-de-capote, mata-fome, balão, balãozinho, camaru,(SIMAS, 2005) mulaca, bolsa-mulaca, tomate-silvestre, cereja-de-inverno(STASI; HIRUMA-LIMA, 2002) cut-leaf ground-cherry (English, United States), ku zhi (Pinyin, China), lance-leaf ground-cherry (English, United States), Popa o Chimbonba (Spanish, Nicarágua, Manágua).

Origem ou Habitat: É nativa do Brasil (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal)(STEHMANN et al, 2012).

Características botânicas:  Herbácea ereta, anual, ramificada, de 40-70 cm de altura, com folhas simples, membranáceas, de margens denteadas, de 3 a 5 cm de comprimento. Flores de cor creme, geralmente solitárias, de cerca de 1 cm de diâmetro. Os frutos são bagas globosas, envolvidos pelas sépalas concrescentes, conferindo ao conjunto a forma de um pequeno balão inflado.

Ocorrem no Brasil outras espécies deste gênero com propriedades mais ou menos semelhantes, das quais as mais comuns são Physalis pubescens L. e Physalis neesiana Sendt.

A espécie Physalis alkekenji L. é muito encontrada na Europa Central e Meridional, China e Indochina, e também possui propriedades e usos semelhantes.

O nome do gênero Physalis vem do grego physa = “bexiga, bolha”, referindo-se à forma do fruto.

Partes usadas: Folhas, frutos maduros e raízes.

Uso popular:  Planta usada pelos índios Amazônicos há muito tempo, e seus frutos (maduros) comestíveis são muito apreciados pelos habitantes da região e pelos animais em geral. A infusão das folhas é empregada pelos índios como diurético, anti-inflamatório e desinfetante para doenças da pele. Na medicina popular é empregada no tratamento caseiro do reumatismo crônico, problemas renais, da bexiga e do fígado, febre, vômitos, sedativo, anti-inflamatório, doenças da pele, afecções do baço e icterícia(MATOS, 1997), prevenção do aborto, infecções pós-parto(TAYLOR, 2004), hemorragia, cólica, náusea, diarréia, dispepsia, congestão, edema, nefrose, asma, hepatite, dor em geral, abcessos, acaríase, micoses, vermes, malaria, hemorróidas, gonorréia, infertilidade. Utilizada também em inflamações do tipo purulentas e problemas do reto, inflamações da garganta e do trato gastrointestinal, cervicite, tratamento da doença do sono (tripanossomíase), síncope, hemostasia (externamente), para facilitar o parto e para tratar febre oriunda da dengue(SIMAS, 2005).

Composição química:  Planta inteira: flavonóides, alcalóides, fitosteróis (estigmasterol, sitosterol), ácidos graxos (entre eles ácido nonacosanóico, octadecanóico, 14-metilpentadecanóico)(TOMASSINI, et al, 1996) aianina, ácido clorogênico, colina, ixocarpanolídeo, miricetina, figrina, fisagulinas de A a G, fisalinas de A a K, fisangulídeo, vamanolídeo, vitaminimina, vitangulatina A, vitanolídeo D, vitanolídeo T, vitafisanolídeo,10 β-felandreno, β-damascenona, hidrocarbonetos, terpenóides, ácidos carboxílicos, ácido oleanólico(SIMAS, 2005).

Ações farmacológicas: Estudos em laboratório: imunomoduladora (ROSAS, et al.,1998), tripanossomicida (RIBEIRO, et al, 1998), antineoplásica(SOARES, et al., 1998), antiespasmódica, bactericida, antiviral, moluscicida, miocontractora, hipotensor, anticoagulante(TAYLOR, 2004)

Estudos farmacológicos recentes ainda em andamento mostraram, em animais de laboratório, atividade imunoestimulante, ação citotóxica para diversos tipos de células cancerosas e atividade antiviral (inclusive contra o HIV e o HSV-1 causador do herpes labial). Porém esses estudos ainda não são suficientes para justificar seu uso terapêutico, a não ser quanto ao tratamento local das crises de herpes labial. Um estudo in vitro e um estudo em animais indicaram que esta planta ou princípios ativos isolados desta planta têm ação hipotensora e anticoagulante(TAYLOR, 2004).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Perturbações digestivas quando ingeridos os frutos verdes (CUNHA et al., 2003 ; DUKE, 2009).

Doses elevadas podem provocar diarreia (STUART, 1981).

Contra-indicações:  Os frutos verdes são tóxicos e não devem ser ingeridos (DUKE, 2009). Pessoas com distúrbios de coagulação, com problemas cardíacos ou com hipotensão não devem utilizar esta planta sem supervisão e conselho de um profissional de saúde qualificado (TAYLOR, 2004; AMARAL, 2005).

Posologia e modo de uso: Infusão: 1 colher (chá) de folhas para 1 xícara de água fervente. Tomar de 1 a 3 xícaras ao dia. O fruto maduro pode ser ingerido cru ou cozido (DUKE, 2009). Cozimento da raiz para afecções do fígado, do baço e icterícia(MATOS, 1997).
 

 

Referências:

AMARAL, Ana Cláudia F., SIMÕES, Elaine V., FERREIRA, José Luiz P (Coordenadores). Coletânea científica de plantas de uso medicinal. 20. ed. Rio de Janeiro. FIOCRUZ, 2005. Pp. 147-164

CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p.120.

DUKE, J. A.; BOGENSCHUTZ-GODWIN, M. J.; OTTESEN, A. R. Duke’s Handbook of Medicinal Plants of Latin America. [S. I.]: CRC Press, 2009. p. 535-537.

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2008. p. 455

MATOS, F. J. A. O Formulário Fitoterápico do Professor Dias da Rocha. 2 ed. Fortaleza: UFC Edições, 1997. p. 91.

RIBEIRO, I. M. et al. Avaliação da atividade tripanossomicida “in vitro” de Physalis angulata L. In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 15, 1998, Águas de Lindóia, SP. [Águas de Lindóia], 1998. p. 56.

ROSAS, E. C. et al. Avaliação imunofarmacológica de frações da raiz de Physalis angulata L. (Solanaceae). In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 15, 1998, Águas de Lindóia, SP. [Águas de Lindóia], 1998. p. 73.

SIMAS, N. K. Physalis angulata L. – Coletânea Científica de Plantas de Uso Medicinal. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2005. p. 147-160.

SOARES, R. O. A. et al. Avaliação da atividade antineoplásica, in vitro, de extratos de Physalis angulata L. In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 15, 1998, Águas de Lindóia-SP. [Águas de Lindóia], 1998.

STASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas Medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: UNESP, 2002. p. 399-400.

TAYLOR, L. The Healing Power of Rainforest Herbs: A Guide to Understanding and Using Herbal Medicinals. [S. I.]: [s. i.], 2004.

TOMASSINI, T. C. B. et al. Investigação dos constituintes químicos presentes em Physalis angulata L. – Raízes – Parte II. In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 14, 1996, Florianópolis-SC.

STEHMANN, J. R. et al. Solanaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB014697 – Acesso em: 17 de maio de2012.

http://www.tropicos.org/Name/29600086 – Acesso em: 24 de novembro de 2011

Tags: Anti-inflamatórioCólicaCongestãoDiuréticoFebrehemorragiasNáuseaNutritivaReumatismoSedativoVômitos

BETERRABA

04/01/2020 23:02

Beta vulgaris L.

Amaranthaceae (anteriomente Chenopodiaceae) 


SinonímiasBeta orientalis L., Beta vulgaris subsp. orientalis Aellen, Beta vulgaris var. cicla L.

Nomes populares:  Beterraba, beet, remolacha, betabel, beetroot (English, United States), sugar beet (English, United States), etc

Origem ou HabitatBeta vulgaris subsp. maritima, (sea beet) beterraba-do-mar, considerado o ancestral selvagem das variedades cultivadas, é encontrado no Atlântico e ao longo das costas mediterrânicas da Europa e do Oriente Médio e da Índia, e cultivada em todo o mundo com clima temperado.

Atualmente, os EUA, a Rússia e a Alemanha são os principais produtores de beterraba.

Características botânicasBeterraba e acelga são variedades cultivadas de Beta vulgaris. A Beta vulgaris é uma erva anual ou bianual, caracterizada por apresentar uma raiz muito ramificada e na parte superior da raiz principal forma-se um corpo carnoso de forma globular, de cor vermelho escuro comestível. O caule é longo e de crescimento lento durante o primeiro ano. Apresentam folhas simples, pecioladas, ovada-oblongas, que transformam-se em brácteas lineares na inflorescência. As flores são hermafroditas, dispostas em grandes panículas. O fruto é utricular (invólucro saquiforme).

Existem 4 variedades utilizadas para a produção de alimentos. A Beta vulgaris var. altissima (beterraba açucareira) da qual se obtém quase 40% do açúcar mundial (sacarose). A Beta vulgaris var. alba (beterraba forrageira) serve de alimento para o gado. A terceira variedade é conhecida como Beta vulgaris var. flavescens ou var. cicla (acelga) e é cultivada pelo valor nutritivo de suas folhas. Finalmente a quarta variedade é a Beta vulgaris var. conditiva (beterraba-roxa), de coloração vermelho escura (Alonso, J., 2004)

Partes usadas: Folhas e raízes tuberosas.

Uso popularA beterraba foi considerada desde tempo antigo como uma planta alimentícia e para a extração de açúcar, por conter a mesma substância proveniente da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.), a sacarose.

Descição dos compostos quimicos encontrados na planta, com as referencias e locais da planta em que são encontrados caso for necessario.

Usos etnomedicinais: o emprego alimentício da raiz é utilizado como defatigante, digestivo, anti-parasitário e vulnerário. As folhas (infusão) como laxante e em uso externo como antimicótico. O sumo como expectorante, em casos de amenorréa e como anticancerígeno. Os povos árabes recomendam em casos de anemia e convalescença de enfermidades. No México, como anti-anêmico (chá das folhas), o suco é recomendado para eliminar cálculos renais (em caso de intolerância pode ser agregado suco de cenoura) e como preventivo de câncer gástrico e recomendado como remédio antiglaucomatoso (Alonso, J., 2004)

Composição química

  • Açúcares: sacarose (20%), frutose, glicose.
  • Minerais: Sais de: potássio, sódio, cálcio, magnésio, ferro (escassa quantidade).
  • Protídeos pigmentantes: betalaínas (aminoácidos de amônio quaternário) compostas principalmente por betacianinas (roxas), betaxantinas (amarelas) em menor escala. Entre as betacianinas destacam-se: vulgaxantinas I e II, indicaxantina, betanina, isobetanina, prebetamina e neobetanina. E entre as betaxantinas destacam-se as miraxantinas. (Alonso, J., 2004)

Observações: A primeira descrição de Beta vulgaris é devido a Linnaeus, e foi publicado em 1753 na primeira edição de “Species Plantarum”. Ele criou o gênero Beta e separou em 3 diferentes variedades: beterraba, beterraba-marítima e acelga. Porém, na segunda edição de “Species Plantarum”, publicado em 1762, Linnaeus elegeu a forma silvestre como espécie distinta e chamou de Beta marítima e consolidou as formas cultivadas nas espécies Beta vulgaris.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. 1. ed. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

http://floridata.com/Plants/Chenopodiaceae/Beta%20vulgaris/ Acesso 02 Maio 2016.

http://www.tropicos.org/Name/7200163?tab=synonyms – Acesso 02 Maio 2016.

https://fr.wikipedia.org/wiki/Beta_vulgaris – Acesso 04 Maio 2016.

Tags: Anti-anêmicoAnti-parasitáriaDefatiganteLaxanteNutritiva

BERTALHA-CORAÇÃO

31/12/2019 00:09

Boussingaultia cordifolia   Ten.

Basellaceae 


SinonímiasAnredera cordifolia (Ten.) Steenis, Anredera baselloides (Kunth) Baill., entre outros.

Nomes populares: Bertalha-coração, bertalha, basela, cipó-balão, folha-santa, trepadeira-mimosa, quiabento (Bahia).

Origem ou Habitat: Nativa do Brasil (regiões Sul, Sudeste e Nordeste, especialmente da Bahia).

Partes usadas: Folhas e turbéculos.

Uso popular: Suas partes são usadas para alimentação humana, principalmente cozidas. É considerada um alimento nutracêutico na alimentação de crianças e para tratamento de anemias. As folhas podem ser secas e moídas para se fazer farinha na confecção de pães.

Ocasionalmente é cultivada como ornamental, sendo considerada invasora em algumas regiões.

Composição química: As folhas são ricas em ferro, cálcio e zinco.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Esta espécie não possui toxicidade nem efeitos mutagênicos.

Contra-indicações: Não há contraindicação.

Observações: Existe outra espécie Basella rubra L., cujos nomes populares são: bertalha, espinafre-indiano, malabar, malabar-espinafre, vine-spinach, country-spinach(English, United States), Belega (Kikaguru, Tanzania), cujas folhas são usadas na alimentação, refogadas ou cozidas em sopas e a decocção das raízes como emoliente.

 

 

Referências: 
KINUPP, V.F., LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. 1ª.ed. São Paulo, SP: Instituto Plantarum, 2014.

http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Basella_rubra.htm – Acesso 23 Maio 2016.

http://www.tropicos.org/Name/3200025 – Acesso 23 Maio 2016.

http://www.tropicos.org/Name/3200044?tab=acceptednames – Acesso 18 Maio 2016.

Tags: AnemiaNutritiva

BATATA-DOCE

31/12/2019 00:00

Ipomoea batatas  (L.) Lam.

Convolvulaceae 


SinonímiasConvolvulus batatas L., Convolvulus denticulatus Lam., Convolvulus edulis Thunb., Convolvulus esculentus Salisb., Convolvulus tuberosus Vell., Ipomoea batatas fo. trifida Moldenke, Ipomoea batatas var. edulis (Thunb.) Makino, Ipomoea indica var. variabilis (Schltdl. & Cham.) L.O. Williams, Ipomoae triloba L., etc.

Nomes populares: Batata-doce, batata-da-terra, batata-da-ilha, jetica, jatica, ye’tika (tupi), etc.

Origem ou Habitat: México.

Características botânicas: Herbácea de caule rasteiro, folhas simples, membranáceas, 3-6 lobadas, flores campanuladas de cor variável (róseas ou branco-violáceas). Raízes em forma de tubérculos, de sabor doce e rico em fécula que são classificados em variedades de acordo com as cores externa e interna nos tipos “branco”, os que têm casca e polpa brancas; “amarelo”, os que têm casca amarela e polpa amarelo-avermelhada; “vermelho”, os que têm casca vermelha e polpa branca; e “roxos” que têm casca roxa e polpa branco-arroxeada.

Partes usadas: Tubérculo, raiz e folhas.

Uso popular: tubérculo é usado na alimentação como fonte de energia. Os índios mexicanos a consumiam para as grandes caminhadas.

Suas folhas cozidas servem para afecções da boca e garganta e são consideradas adstringentes, bactericidas, fungicidas, laxativas e tônicas. Os brotos e as folhas novas são usadas como cataplasma para tumores. O chá das folhas é indicado para aumentar a lactação.

Composição química: Amido, flavonóides livres e glicosilados, derivados do ácido caféico, glicosídeos do nerol e do borneol, triterpenóides especiais.

Ações farmacológicas: Os extratos aquoso e alcóolico dos tubérculos tem atividade antimicrobiana.

Devido ao conteúdo em b-carotenos são considerados antioxidantes.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: A planta é comestível, porém, quando estiver infectada pelo fungo Cerattos-tomella fimbriata sua ingestão pode causar grave intoxicação, produzindo sensação de falta de ar, perda de apetite e vômitos (Robineau, 1995 apud Lorenzi & Matos, 2002).

 

 

Referências: 
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 1ª.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

KINUPP, V.F., LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. 1ª.ed. São Paulo, SP: Instituto Plantarum, 2014.

Nascimento, O.C., et al – “Caracterização química e informação nutricional de fécula de batata-doce (Ipomoea batatas L.) orgânica e biofortificada” . Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável http://revista.gvaa.com.br , 1981 – Acesso 28 Abril 2015.

http://www.tropicos.org/Name/8500721 – Acesso 27 Abril 2015.

Tags: BactericidasFungicidasLaxativasNutritiva

BANANINHA-DO-MATO

30/12/2019 23:37

Bromelia antiacantha  Bertol.

Bromeliaceae 


SinonímiasBromelia commeliniana de Vriese, Bromelia sceptrum Fenzl ex Hügel, Agallostachys antiacantha (Bertol.) Beer, Agallostachys commeliniana (de Vriese) Beer, etc.

Nomes populares: Caraguatá, gravatá-da-praia, gravatá-do-mato, banana-do-mato, banana selvagem, etc. “Caraguatá” do Tupi-guarani, significa erva da folha fibrosa.

Origem ou Habitat: Brasil (Mata Atlântica).

Características botânicas: A Bromelia antiacantha é uma herbácea de hábito terrestre medindo até 2 metros de altura e formando densos agrupamentos chamados de “reboleiras”. Folhas lineares, em forma de rosetas basais, canaliculadas, coriáceas, com espinhos nas margens em forma de ganchos, de cor vermelha na base e verde-avermelhada no ápice, medindo até 1,4 metros de comprimento. Antes do aparecimento da inflorescência, a espécie apresenta no centro da roseta as brácteas vermelhas. As flores são perfeitas, de cor violeta, dispostas num racemo denso com eixo grosso localizado no centro da roseta. Os frutos são bagas ovaladas, de cor amarela e polpa comestível, por esse motivo, segundo Reitz, (1983), é chamada de “banana-do-mato”. Multiplica-se por brotação e por sementes.

Partes usadas: Frutos e as folhas.

Uso popular: É uma planta medicinal, alimentícia e ornamental, além de utilizada na confecção de fibras para tecidos e cordoaria.

A polpa dos frutos é usada para preparar um xarope usado para problemas respiratórios como asma, tosse, bronquite. Também é usado para eliminar pedras nos rins e como tratamento coadjuvante da icterícia e hidropisia (edema).

O chá das folhas (decocção) é recomendado para tratamento de afecções da mucosa bucal na forma de bochechos.

Os frutos são ácidos, purgativos, diuréticos, vermífugos e abortivos.

Composição química: Segundo Lorenzi & Matos, (2008) apresentam saponinas, taninos, mucilagens e a enzima bromelina. Fabri & da Costa (2012)em amostras coletadas em MG, assinalam a presença de alcalóides, triterpenos, esteróides, flavonóides.

  • Na dissertação de mestrado de Camila Martini Zanella, assinala a presença de flavonóides, antocianidinas.
    Enzimas: Antiacantaina A, Bromelina

Ações farmacológicas: Bromelia antiacantha mostra-se como uma promissora fonte de substâncias bioactivas principalmente contra P. aeruginosa e E. coli.

Contra-indicações: Não usar durante a gravidez.

Posologia e modo de uso: Xarope da polpa carnosa: cortar os frutos (1 fruto para cada xícara de água) e ferver durante 5 minutos, após amassar os pedaços e coar, adicionar açúcar cristal ao coado e retornar ao fogo até dissolver o açúcar. Tomar 1 colher (sopa) 2-3 vezes ao dia para adultos; para crianças acima de 6 anos, 1 colher (chá) 2-3 vezes ao dia.

Decocção das folhas: cortar as folhas em pedaços pequenos e ferver durante 3-5 minutos. Acrescentar algumas gotas de própolis e fazer bochechos 3 vezes ao dia, para o tratamento de afecções da mucosa bucal (aftas e feridas).

 

 

Referências: 
http://www.sbpmed.org.br/download/issn_07_3/artigo15_v9_n3.pdf – Acesso 08 junho 2014.

Fabri, R. L. da Costa, J. A. B. M. ” Pharmacognostic profile and evaluation of antibacterial and cytotoxic activities of the Bromelia antiacantha Bertol”. Revista Eletrônica de Farmácia Vol. IX (2), 37 – 48, 2012.

http://www.ufrgs.br/floradigital – Acesso 13 Agosto 2015

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2008.

REITZ, R. Bromeliaceas e a malária – Bromélia endêmica.In: Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 1983. 856p

VALLÉS, Diego; CANTERA, Ana M.b.. Antiacanthain A: New proteases isolated from Bromelia antiacantha Bertol. (Bromeliaceae). International Journal Of Biological Macromolecules, [s.l.], v. 113, p.916-923, jul. 2018.

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2008.

http://www.colecionandofrutas.org/bromeliaantiacantha.htm – acesso em 08 de junho de 2014.

Santos, Vanessa N. C.; de Freitas, Rilton A.; Deschamps, Francisco C.; Biavatti, Maique W. “Ripe fruits of Bromelia antiacantha: investigations on the chemical and bioactivity profile”. Revista Brasileira de Farmacognosia (2009), 19(2A), 358-365.(Scifinder, art.7) – Acesso Agosto 2015.

Zanella, Camila Martini. Caracterização genética, morfológica e fitoquímica de populações de Bromelia antiacantha (Bertol.) do Rio Grande do Sul, dissertação de mestrado, 2009.

http://www.tropicos.org/Name/4300837?tab=synonyms.

Tags: AbortivoAsmaBronquiteDiuréticoHidropsiaNutritivaTosse

BANANEIRA

30/12/2019 23:33

Musa paradisiaca  L.

Musaceae


SinonímiasMusa sapientum L., Musa × paradisiaca L.

Nomes populares: Banana, bananeira (Brasil), pakoa (guarani), da jiao (China), Afontsy (Madagascar), plantain (English, United States), etc.

Origem ou Habitat: É originária da Ásia Meridional de onde se difundiu para a África e América.

Características botânicas: Planta herbáceo-arborescente, heliófita, rizomatosa. Presença de um pseudo-caule cilíndrico, verde-violáceo, formado pelas bainhas dos pecíolos superpostos, medindo de 7-8 m de altura e 25-30 cm de diâmetro. Folhas divergentes, longo-pecioladas, completas, simples, lanceolado-oblongas, verdes com limbo medindo até 120 cm de comprimento, bainha e pecíolo glabros; margem inteira, ápice acuminado. Inflorescência pendente com flores reunidas em espigas cobertas de brácteas, brancas ou rosadas. Fruto cilíndrico-anguloso, recurvado, amarelo, medindo de 16-30 cm de comprimento.

Partes usadas: fruto, flores, seiva do pseudo-caule.

Uso popular: O fruto é muito apreciado como alimento nutritivo, fortificante geral, aperiente, tônico muscular e tônico capilar, usado como laxante, coadjuvante na anemia, emoliente, maturativo e antidiarreico.

As flores são consideradas úteis nas afecções intestinais e peitorais.

A seiva é considerada antiofídica, adstringente, antidiarreica, combate a nefrite, a icterícia, atua como coadjuvante nas tuberculoses, asma, útil no tratamento das gonorreias, leucorreias, disenterias, hemorragias uterinas, laringite, aftas.

Externamente, tanto a casca e a polpa do fruto como a seiva do pseudo-caule tem aplicações como anti-inflamatório e cicatrizante em casos de queimaduras, inchações, hemorroidas, feridas simples, úlceras e neuralgia.

Do cozimento e processamento da banana verde surge a biomassa, um alimento funcional, agindo como espessante natural que pode ser usada na confecção de bolos, biscoitos, pizzas, em sucos, sopas, feijões, purês e vitaminas. Substitui o leite e o leite condensado na preparação de cremes. É uma boa opção para quem tem alergia ao glúten (proteína do trigo); as fibras solúveis presentes na banana verde cozida auxiliam o trânsito intestinal, reduzem problemas de constipação e preservam a integridade da mucosa intestinal; a biomassa da banana verde possui baixo índice glicêmico e ajuda a reduzir o colesterol. A banana verde cozida é uma excelente alternativa na cozinha vegana.

Composição química: Hidratos de carbono (glicose, frutose, sacarose, amido); proteínas; vitaminas (A, B1, B2, B5, B6, C, E, U (fator anti-úlcera)); triptofano; sais minerais (potássio, sódio, fósforo, magnésio, enxofre, cálcio, ferro, silício); taninos, etc.

Contra-indicações: pessoas sensíveis podem ter azia a algumas variedades de banana.

Posologia e modo de uso: Anemia: consumir de 3 a 5 unidades diariamente pode contribuir com até 30% da quantidade de ferro requerida para um dia.

Asma: assar a muda pequena da bananeira-maçã cortada em rodelas, depois espremer, misturar com mel e tomar um cálice diariamente.

Diarreia e disenteria: tomar o caldo do cozimento da banana maçã verde ou a banana prata quase madura amassada, sem misturar com outro alimento .

Afecções do estômago : recomenda-se a banana prata cozida sem misturar com outro alimento.

Afecções do fígado e gota: fazer frequentemente refeições exclusivas de banana, sem misturar com outro alimento.

Feridas, úlceras, hemorróidas: aplicar a seiva da bananeira diretamente nos locais afetados, observando os cuidados de assepsia.

Inflamações, queimaduras, neuralgia: fazer compressas locais com a casca da banana quase madura (parte interna) renovando a cada duas ou três horas.

Doença celíaca: existem relatos de uma dieta a base de bananas (ver detalhes nas referências BALBACH, A. e LIMA, L.C.B.).

Preparo da biomassa de banana verde: tirar a banana verde da penca, cozinhar na água ou no vapor com a casca fechada, bater a casca e polpa juntas ou separadas para formar a biomassa.

 

Observações: São conhecidas mais de 30 variedades de bananas, sendo as mais comuns: banana ouro, banana nanica, banana nanicão, banana prata, banana maçã, banana da terra, banana figo, banana caturra, banana de são tomé, banana d´agua, etc.

Referências: 
BALBACH, A. As Frutas na Medicina Doméstica. Ed. M.V.P., São Paulo, SP.

DRESCHER, Lírio (coord.) Herbanário da Terra – Plantas e Receitas. Laranja da Terra-ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001.

LIMA, L.C.B. Hortifrutigranjeiros: guia completo – Editora Sagra Luzzatto, Porto Alegre, RS. 2000.

PLANTAMED. Musa Paradisiaca L.: Bananeira. Disponível em: http://www.plantamed.com.br/, Acesso em: 16 de novembro de 2012.

REVISTA DOS VEGETARIANOS, Editora Europa, São Paulo, SP, maio 2011, nº 55.

http://www.tropicos.org/Name/50212976 – acesso em 28 de fevereiro de 2013.

https://sites.google.com/site/florasbs/musaceae/bananeira – acesso em 28 de fevereiro de 2013.

Tags: AsmaLaxanteNutritiva

ARARUTA

27/12/2019 17:23

Maranta arundinacea  L.

Marantaceae 


SinonímiasMaranta indica Tussac, Maranta protracta Miq., Maranta ramosissima Wall., Maranta silvatica Roscoe, Maranta sylvatica Roscoe ex Sm., etc.

Nomes populares: Araruta, maranta, raruta, planta-de-sagú, arrowroot (English, United States), obedience-plant (English, United States), West Indian arrowroot, zhu yu (Pinyin, China); No Ceilão chamam-na Araluk e Hulankiriya.

Origem ou Habitat: Nativa da América Central e naturalizada em todo território brasileiro.

Características botânicas: Herbácea ereta, perene, rizomatosa, densamente cespitosa, medindo de 40-90 cm de altura, de folhagem seca quando a planta completa o ciclo, no final do outono, apresentando rizomas fusiformes brancos, medindo de 20-30 cm de comprimento. Folhas simples, largo-lanceolada, cartácea, glabra, medindo de 30-50 cm de comprimento. Inflorescências escapifólias, em racemos curtos, com poucas flores brancas discretas. Segundo LORENZI (2014), os frutos são desconhecidos no Brasil.

Partes usadas: Rizomas.

Uso popular: É ocasionalmente cultivada para a produção de rizomas, que constituem a matéria-prima para a produção de fécula de araruta e utilizada na alimentação. Outrora foi mais conhecida e cultivada.

Os rizomas podem ser lavados e triturados para a extração do polvilho de araruta. O amido de araruta tem alta digestibilidade e pode ser usado para o preparo de cremes, mingaus, pães, biscoitos, pão-de-queijo e para engrossar molhos.

Contra as febres intermitentes, contra a dispepsia, sendo que seu suco acre serve contra a mordedura de cobra e picada de insetos e quando colocado sobre a língua aumenta a salivação.

Muito útil na alimentação de crianças e convalescentes.

Composição química: Os rizomas secos possuem (%): N (0,94), P (0,37), K (2,0), Ca (0,04), Mg (0,15), S (0,18). Em mg/Kg: Cobre (5), Zinco (18), Ferro (18), Mn (7), Na (65), B (5).

Os rizomas possuem (%): umidade (68,2), amido (24,2), fibras (1,44), proteínas (1,34), cinzas (1,83), lipídios (0,19) e açúcares solúveis totais (1,08). Possuem os polissacarídeos amilose (21%) e amilopectina (79%) .

As folhas contém proteínas.

Observações: Duas características que convertem a Maranta arundinacea em uma espécie promissora para alimentação animal são a acumulação de carbohidratos em forma de amido em seus rizomas e as quantidades importantes de proteína presente em suas folhas.

Hoje em dia, o polvilho de araruta é muito adulterado ou usado como nome fantasia para o polvilho de mandioca, que é vendido com o nome “araruta”, enganando o consumidor.

Segundo KINUPP (2014), “é um cultígeno negligenciado e atualmente pouco cultivado, apenas por pessoas ou instituições entusiastas da agro-biodiversidade”.

Algumas tribos do Brasil já a conheciam como Arú-Arú e os Caraíbas acreditavam que a farinha de araruta constituía um neutralizador do veneno impregnado das flechas atiradas pelos seus inimigos. Do seu nome indígena, os portugueses adaptaram-no para Araruta.

Existe grande variedade dessa planta. Em São Paulo existe a araruta-Caisulta, araruta- Comum, araruta-Gigante, araruta- Especial, araruta- Imbiri, araruta- Palmeira, araruta- Raiz Redonda e araruta-Ramosa, sendo que a Caixulta é a melhor.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47 (SP), onde as variedades são cultivadas organicamente.

Existe uma variedade Maranta arundinacea var. variegatum (N.E. Br.).

 

Referências: 
KINUPP, V.F., LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. 1ª.ed. São Paulo, SP: Instituto Plantarum, 2014.

http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/araruta.html#. Acesso 29 Jun 2015.

http://historico.cartauniversitaria.unal.edu.co/ediciones/31/13carta.html. Acesso 29 Jun 2015.

MAGDA VALDES RESTREPO, SANIN ORTIZ GRISALES, TERESA SANCHEZ, “Morfología de la planta y características de rendimiento y calidad de almidón de sagú” . En: Colombia Acta Agronomica ISSN: 0120-2812 ed: Editorial Feriva v.59 fasc.3 p.372 – 380 ,2010 – Acesso 29 Jun 2015.

http://www.tropicos.org/Name/19700214?tab=synonyms. Acesso 29 Jun 2015.

Tags: Nutritiva
  • Página 2 de 2
  • 1
  • 2