GOIABEIRA-SERRANA

11/02/2020 21:09

Acca sellowiana  (O.Berg) Burret.

Myrtaceae


SinonímiasFeijoa sellowiana (O.Berg.)O.Berg.

Nomes populares: goiabeira-da-serra, goiabeira-do-mato, goiabeira-serrana, feijoa, kanê Kriyne, quirina.

Origem ou Habitat: É nativa do Sul do Brasil e nordeste do Uruguai, mas já está sendo produzida na Colômbia, EEUU e Nova Zelândia.

Características botânicas: É um arbusto ou pequena árvore,podendo chegar a 5 m de altura.

Partes usadas: Folhas, frutos e flores.

Uso popular: A goiabeira-serrana é usada como planta ornamental, alimentícia e medicinal.

Pode-se comer as flores ao natural, fazer suco e geléia do fruto, além de ser útil para gripes, tosse e diarreia.

Composição química: O fruto é rico em vitamina C e o suco contém quercetina, ácido elágico, catequina, rutina, eriodictiol, ácido gálico, pirocatecol, ácido siríngico e eriocitrin.

Ações farmacológicas: Possui atividade anti-inflamatória, (testado em animais), e antioxidante.

Referências: 
Conhecimento popular e diversidade da goiabeira-serrana (Acca sellowiana) na Serra Catarinense. Florianópolis, 2011. Epagri, Boletim didático, 83).

Monforte, Maria T.; Fimiani, Vincenzo; Lanuzza, Francesco; Naccari, Clara; Restuccia, Salvatore; Galati, Enza M.- Feijoa sellowiana Berg Fruit Juice: Anti-​Inflammatory Effect and Activity on Superoxide Anion Generation. From Journal of Medicinal Food (2014), 17(4), 455-461. | Language: English, Database: CAPLUS – Acesso 10 Jul 2014.

http://www.tropicos.org/Name/22103016?tab=synonyms – Acesso 10 Jul 2014

Tags: DiarreiasGripeNutritivaOrnamentalTosse

ERVA-SANTA

19/01/2020 23:07

Aloysia gratissima  (Gillies & Hook.) Tronc.

Verbenacea 


Sinonímias: Verbena gratissima Gillies & Hook. , Lippia gratissima (Gillies & Hook.)LD Benson.

Nomes populares:  Erva-santa, alfazema-do-brasil, erva-cheirosa, erva-da-graça, erva-da-colônia, mimo-do-brasil,garupá, erva de nossa senhora.

Origem ou Habitat: Nativa do Brasil (Sul e Sudeste).

Características botânicas:  Arbusto perene medindo de 2 a 2,5 m de altura. Folhas lisas, ovaladas, opostas, aromáticas; as folhas menores reúnem-se em fascículos axilares. Inflorescência racemosa formada por numerosas flores brancas. Fruto tipo aquênio.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular:  É utilizado na medicina caseira como excitante, aromática e condimentar; para hipertensão, colesterol, dores de cabeça, estômago, gripe, nervos e fígado. É comum mascar a folha para aliviar mal estar gástrico e azia. Além do uso como chá, as folhas são misturadas à erva-mate para consumo no chimarrão. Ocasionalmente é utilizada como cerca-viva, pois aceita podas drásticas e suas inflorescências são muito ornamentais.

Informações científicas: 🐁(AN): Foram citadas atividades neuroprotetoras, antioxidantes e antidepressivas para o extrato aquoso das folhas, sugerindo-se que esta espécie tem potencial para tratar transtornos neurológicos e depressivos (Zeni, 2011). Outro trabalho demonstrou interações do extrato aquoso das folhas da A. gratissima com os sistemas serotoninérgico, noradrenérgico e dopaminérgico (Zeni, 2013) . Foi relatada ainda a atividade antiedematogênica (Vandresen, 2010). 🧪(VI): Estudo mostrou atividade antimicrobiana, em modelos de biofilmes de Streptococcus mutans, em diferentes frações purificadas do extrato alcoólico das folhas de A. gratissima (Freires, 2015). O óleo essencial e frações de sesquiterpenos apresentaram atividade antiesquistossomótica para Leishmania amazonenses (Garcia, 2018).

Observação do uso clínico em Florianópolis: A infusão preparada com as folhas da A. gratissima tem boa resposta em sintomas de gripes e resfriados. Também pode ser usada para dores epigástricas, azia e má digestão, tanto com o uso interno da infusão ou mascando-se as folhas. Os usuários do infuso desta planta referem ter melhora do humor.

Posologia e modo de usar: 

🍵Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 6 folhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia, por no máximo duas semanas. Aloysia gratissima pode ser associada à espécie Maytenus ilicifolia (espinheira-santa), para tratamento de úlceras gástricas, através do uso interno da infusão preparada em 1 xícara (200mL) de água fervente com até 4 folhas frescas de cada planta até 3 vezes ao dia, por no máximo 15 dias.

Cuidado no uso desta espécie: Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas desta espécie, o seu uso concomitante a outros medicamentos deve ser cauteloso, assim como deve-se evitar seu emprego na gestação, lactação e em crianças menores de 06 anos. Não há relatos de efeitos adversos e/ou tóxicos.

Composição química:  No óleo essencial de flores de espécimes coletadas no Uruguai foram isolados e identificados os seguintes elementos: Globulol, sabineno, cariofileno e epoxi-cariofileno.

 

Referências:
1. Ethnopharmacol. 2013 Jul 30;148(3):914-20. Evidence of the involvement of the monoaminergic systems in the antidepressant-like effect of Aloysia gratissimaZeni AL1, Zomkowski AD, Maraschin M, Tasca CI, Rodrigues AL..

2. https://sites.google.com/site/florasbs/verb-e/aloysia-gratissima – Acesso 28 Março 2014.

3. http://www.tropicos.org/Name/33700918 -Acesso 28 Março 2014.

4. ZENI, A. L., et al., Antidepressant-like and neuroprotective effects of Aloysia gratissima: Investigation of involvement of larginine-nitric oxide-cyclic guanosine monophosphate pathway. Journalof ethynopharmacology, 2011 (137)pags. 864-874. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874111004843?via%3Dihub

5. ZENI, A. L., Evidence of the involvement of the monoaminergic systems in the antidepressant-like effect of Aloysia gratissima. Journal of Ethnopharmacology. 2013 Jul 30; 148(3):914-20. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874113003930?via%3Dihub

6. VANDRESEN, F. et al., Constituintes químicos e avaliação das atividades antibacteriana e antiedematogênica de Aloysia gratissima (Gillies & Hook.) Tronc. e Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Pers.,Verbenaceae. Rev. bras. farmacogn. [Online]. 2010, vol.20, n.3, pp.317-321. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbfar/a/qKVZVbXSJSJ5SSVCjXYN6vm/?lang=pt#

7. FREIRES, I., et al., The Effect of Essential Oils and Bioactive Fractions on Streptococcus mutans and Candida albicans Biofilms: A Confocal Analysis, Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, vol. 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4363662/

8. GARCIA, M., et al., The in vitro antileishmanial activity of essential oil from Aloysia gratissima and guaiol, its major sesquiterpene against Leishmania amazonensis. Parasitology,1-9. (2018). Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29352826/

 

Tags: AnticolesterolêmicoAromáticaAziaCefaléiaCondimentoExcitanteGripeHipertensãoOrnamental

ATANÁSIA

28/12/2019 01:58

Tanacetum vulgare  L.

Asteraceae 


SinonímiasPyrethrum vulgare (L.) Boiss., Tanacetum boreale Fisch. ex DC., Tanacetum crispum Steud., etc.

Nomes populares: Atanásia, atanásia-das-boticas, botão-amarelo, catinga-de-mulata, erva-dos-vermes, erva-lombrigueira, palma-crespa, tanaceto, tanásia, tasneira, etc.

Origem ou Habitat: Nativa da Europa e cultivada no Brasil.

Características botânicas: Herbácea perene, em forma de tufos com muitos caules eretos, ramosos, canelados e folhosos. Cresce de 60 a 120 cm de altura. Folhas aromáticas e amargas, alternas, glabras, medindo até 15 cm de comprimento, fortemente segmentadas e com margens serreadas. A inflorescência é composta por capítulos corimbosos terminais, densos e com flores de cor amarela. Propaga-se por sementes.

Partes usadas: Folhas e inflorescências.

Uso popular: É cultivada como ornamental e medicinal.

Era hábito entre os camponeses europeus secá-las e depois espalhar pela casa para afugentar as moscas e traças e repelir as pulgas.

São atribuídas às suas preparações caseiras propriedades estimulante, anti-helmíntica, emenagoga e abortiva.

O chá das flores, na forma de bochecho, alivia dor de dente.

É usada via oral apenas para facilitar a menstruação, aliviar náuseas e para abrir o apetite.

O banho com seu chá é usado para tratamento da sarna.

Composição química: Nos estudos fitoquímicos é referida a presença de óleo essencial muito tóxico e de composição variável com o quimiotipo estudado, um dos quais contém até 70% de tujona, tanacetina, cânfora e borneol. Entre os compostos fixos, aparecem a escopoletina e compostos poli-acetilênicos, de propriedade foto-sensibilizante.

Ações farmacológicas: Vários testes comprovam a atividade inseticida sobre lagartas (10 e 20 dias de idade) do cascudinho, Alphitobius diaperinus Panzer. (Coleoptera: Tenebrionidae).

Contra-indicações: Seu uso é contra indicado para mulheres grávidas e na amamentação.

 

 

Referências: 
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A.; Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

SILVA JUNIOR, A.A.; MICHALAK, E. O ÉDEN DE EVA. Florianópolis: Epagri, 2014.

Szolyga, Beata; Gnilka, Radoslaw; Szczepanik, Maryla; Szumny, Antoni – Chemical composition and insecticidal activity of Thuja occidentalis and Tanacetum vulgare essential oils against larvae of the lesser mealworm, Alphitobius diaperinus -From Entomologia Experimentalis et Applicata (2014), 151(1), 1-10. – Acesso 9 Jul 2014.

http://www.tropicos.org/Name/2701377?tab=synonyms – Acesso 8 Jul 2014.

Tags: AbortivoAnti-helmínticaMenstruaçãoNáseaOrnamental