Trabalhos do Horto Didático
Inscrições Abertas para Oficinas de Valorização dos Saberes Indígenas sobre fibras e corantes
Estão abertas as inscrições gratuitas para o primeiro módulo de oficinas formativas que promovem a valorização dos saberes indígenas ligados ao uso de plantas fibrosas e tintoriais da biodiversidade de Santa Catarina. Este projeto tem como objetivo resgatar e preservar conhecimentos tradicionais e espécies nativas essenciais para as comunidades indígenas catarinenses, celebrando a cultura e o artesanato indígena por meio de técnicas sustentáveis de tingimento natural de fibras.
As atividades serão conduzidas por Clarice de Souza Poty Pafe’i, indígena das etnias Guarani e Kaingang. Com profundo conhecimento sobre as plantas e suas aplicações, Clarice nos guiará em três módulos práticos e imersivos, onde será possível aprender e vivenciar o uso dessas espécies na criação de artefatos artesanais.
Inscrições abertas para o primeiro módulo:
📅 Datas disponíveis: Turma A 20/11/2024 Turma B 21/11/2024 Turma C 26/11/2024 ⏰Horário: Das 14h às 18h
link para inscrição: https://forms.gle/VEX6N57ZHCXGFoVz7

Clarice Poty Facilitadora da atividade pedagógica
ZEDOÁRIA

Nome científico: Curcuma zedoaria
Outros nomes populares: Falso-açafrão; açafrão-da-mancha.
Família botânica: Zingiberaceae
Origem: Exótica
Hábito de crescimento: Herbácea
Parte comestível – método de preparo
Folha* – condimento
Rizoma – condimento
* eliminar a nervura central
🍃Identificação botânica: Lâminas foliares estreitamente ovaladas ou elípticas, 45-67 ‘ 15–22 cm. Inflorescências erectas, 11-23 ‘ 5–10 cm; brácteas do eixo principal esbranquiçadas proximalmente, verdes (brácteas proximais) ou cor-de-rosa (brácteas distais) distalmente; brácteas proximais ovadas a rectangulares, profundamente sacadas, 4–4,5 ‘ 4 cm, ápice obtuso ou truncado-apiculado; brácteas distais estreitamente ovadas, 8–9 ‘ 4–4,5 cm, ápice arredondado. Flores: perianto branco ou manchado de púrpura; estaminódios amarelo-pálido com uma faixa amarela no centro do labelo. (World Flora Online)
👨🍳Receitas: Conserva de cúrcuma, gengibre e zedoária (Hortas e Saberes)
Referência
KINUPP, V. F. et al. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos de Flora, 2014.
YACON
Nome científico: Smallanthus sonchifolius
Outros nomes populares: Batata-yacon; batata-do-diabético. 
Família botânica: Asteraceae
Origem: Exótica
Hábito de crescimento: Subarbustiva
Parte comestível – método de preparo
Raiz – in natura
🍃Identificação botânica: Ervas, perenes, 1-3 m de altura. Caules cilíndricos e ocos; parte subterrânea irregularmente ramificada, produzindo frequentemente tubérculos fusiformes com 100-200 mm e 30-80 mm de diâmetro. Folhas inferiores amplamente ovadas e hastadas ou sub-hastadas, conadas e auriculadas na base; folhas superiores ovado-lanceoladas, sem lóbulos e base hastada; superfícies superior e inferior densamente pubescentes. Sinflorescência terminal, composta por 1-5 ramos, cada um com 3 capítulos; pedúnculos densamente pilosos; filários 5, 1-seriados, ovados. Corolas amarelas a laranja vivo; floretes femininos, com 2 ou 3 dentes, consoante o clone, lâmina com cerca de 12 × 7 mm; floretes masculinos, com cerca de 7 mm. Aquénios imaturos de cor púrpura, tornando-se castanhos escuros ou pretos na maturidade. Fl. Jun-Set. (World Flora Online)
👨🍳Receitas: Batata yacon com queijo de amêndoas, salada de yacon com maionese de castanha, salpicão com batata yacon sem ovos e sem maionese, Salada de batata yacon, Purê de batata yacon, Leite de coco com batata yacon e maracujá, Suco de maçã com batata yacon (Receitaria)
Referência
KINUPP, V. F. et al. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos de Flora, 2014.
VINAGREIRA
Nome científico: Hibiscus acetosella
Outros nomes populares: Groselheira; quiabo-roxo.
Família botânica: Malvaceae 
Origem: Exótica
Hábito de crescimento: Arbustiva
Parte comestível – método de preparo
Folha – in natura
Flor – in natura
Fruto – in natura
🍃Identificação botânica:Arbusto, 1-2 m; caules muito esparsamente pubescentes com tricomas geralmente simples, depois glabrescentes, sem espinhos; estípulas 0,5 -1,2 cm. Folhas avermelhadas, 3.5 – 9 X 2 -10.5 cm, ovadas a orbiculares, cuneiformes a arredondadas na base, subagudas a obtusas no ápice, digitiformes 3 – 5-partidas, ou grosseiramente crenuladas, glabrescentes na face superior, com um nectário linear um pouco acima da base da nervura mediana na face inferior. Infls. com pedicelos de cerca de 10 mm. Fls. com brácteas caliciformes 8 -10, mais curtas que o cálice, linear-lanceoladas, bifurcadas, esparsamente ciliadas; cálice avermelhado, 15 – 20 mm, híspido, marginalmente acosti- lado, com um nectário discreto na nervura mediana de cada lóbulo; pétalas amarelas ou vermelhas com base escura, 20 – 40 mm. Frs. ca. 2 cm, ovóides, amplamente bicudos, esparsamente estrelados-pubescentes; sementes ca. 4 mm, angulosas, papilosas. (World Flora Online)
👨🍳Receitas: Arroz com vinagreira (Jardim Comestível)
Referência
KINUPP, V. F. et al. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos de Flora, 2014.
UVAIA
Nome científico: Eugenia pyriformis
Outros nomes populares: Uvalha; uvalha-do-campo.
Família botânica: Myrtaceae 
Origem: Nativa
Hábito de crescimento: Arbórea; Arbustiva; Subarbustiva.
Parte comestível – método de preparo
Folha – cozinhar
Fruto – in natura
🍃Identificação botânica: Subarbusto, arbusto a árvore 0.2–20 m; tricomas simples, esbranquiçados, cinéreos a castanhos. Caule com ritidoma descamante; ramos jovens acinzentados a marrons claros, pubescentes a velutinos; entrenós 1.3–2.3 cm compr. Folha linear, estreito–elíptica, elíptica a lanceolada, 1.3–9.8 × 0.6–3.2 cm, razão foliar 2–29: 1, membranácea, cartácea a subcoriácea, pubérula, esparsamente pubérula a glabra na face adaxial, glabra, pubérula, serícea a tomentosa na face abaxial; ápice acuminado, agudo a arredondado, às vezes retuso; base cuneada a arredondada, às vezes um pouco assimétrica; nervura central levemente sulcada na base se tornando plana em direção ao ápice na face adaxial, saliente na face abaxial, glabra a pubérula na face adaxial, esparsamente pubérula a densamente pubescente na face abaxial, 11–18 pares de nervuras laterais, divergindo em ângulos de 55o–72o, nervura marginal simples, distante 0.5–3.9 mm da margem; glândulas pouco salientes em ambas as faces; pecíolo cilíndrico ou com a face adaxial plana, 1.3–4.7 mm compr. × 0.5–0.9 mm diâm, velutino. Inflorescência dicásio ou flor isolada, podendo chegar a um dicásio composto com ramos de até segunda ordem, 1–12 flores, flor central das tríades séssil, pedúnculo 22.5–46 mm compr., raque de primeira ordem 14–18.7 mm compr., raque de segunda ordem 7.8–12.4 mm compr.; pubescente a esparso-serícea. Botão floral piriforme, 4.1–6.3 mm compr. × 3–5 mm diâm.; brácteas lineares ou foliáceas e obovadas, 2.2–10.2 mm compr., pubérulas a pubescentes, decíduas; pedicelo 0–37.4 mm compr., pubérulo a esparso-seríceo; bractéolas lineares a oblanceoladas, 1.1–3.9 mm compr., livres entre si, densamente pubescentes, normalmente decíduas no botão floral, ocasionalmente após a antese; hipanto velutino; lobos do cálice 4, desiguais, dois maiores e dois menores, oblongos a triangulares, ápice truncado, truncado–retuso ou agudo, 1.7–3.7 × 2.1–3.6 mm, glabrescentes, pubescente-seríceos na face adaxial, pubescentes a velutinos na face abaxial, margem ciliada, persistentes; pétala branca a creme, elíptica a espatulada, ápice arredondado a agudo, 3.7–8.2 mm compr., glabras na face adaxial, seríceas na face abaxial, glândulas esparsas e pouco salientes; disco estaminífero glabro a velutino, região entre o disco estaminífero e a base do estilete velutina, estames 134–188, filetes 2.8–5.8 mm compr., glabros, anteras elípticas a cordiformes, glândula apical presente; estilete 3.5–7.9 mm compr., glabro ou seríceo nos dois terços proximais, estigma puntiforme papiloso; ovário 2-locular, 2–9 óvulos por lóculo, lóculos velutinos. Fruto globoso a oblato, amarelos a alaranjados quando maduros, 15.9–32.8 mm compr. × 18.6–32.8 mm diâm., velutino, glândulas não visíveis; semente 1–3, testa membranácea a crustácea; embrião depresso globoso, glândulas não vistas, cotilédones desiguais, livres entre si ou parcialmente soldados. (Flora do Brasil)
👨🍳Receitas: Beijinho de uvaia (Pág. 640) (Biodiversidade brasileira: sabores e aromas); Curau com uvaia (Pág. 652) (Biodiversidade brasileira: sabores e aromas); Filé suíno com molho de uvaia (Pág. 740) (Biodiversidade brasileira: sabores e aromas)
Referência
KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre, RS. 2007. 590 f. Tese (Doutorado) – Curso de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007
UVA-DO-JAPÃO
Nome científico: Hovenia dulcis 
Outros nomes populares: Uva-japonesa; uva-chinesa; mata-fome.
Família botânica: Rhamnaceae
Origem: Exótica
Hábito de crescimento: Arbórea.
Parte comestível – método de preparo
Fruto – in natura
🍃Identificação botânica: Árvore com 10- 15 (-25) m de altura e 20-40 (-50) cm de DAP (diâmetro à altura do peito); caducifólia; ramificação dicotômica, ramos pubescentes quando jovens; casca lisa a levemente fissurada, pardo-escura a cinza-escura. Folhas simples, alternas, curto-pecioladas, ovadas, acuminadas, ligeiramente oblíquas na base, margem serradas, 3-nervadas, 10- 15 x 7- 12 cm, glabras na face adaxial, ligeiramente pubescentes na abaxial; estípulas lanceoladas, pilosas, caducas. Flores bissexuadas, pequenas, branco-esverdeadas a creme, numerosas, dispostas em cimeiras axilares, raramente terminais, de até 10 cm de comprimento. Fruto cápsula globosa seca, 6- 7 mm de diâmetro; pedúnculo cor de canela, espesso e carnoso quando maduro, com sabor doce e agradável; sementes 2- 4, circulares, 4- 8 mm de diâmetro, alaranjadas ou avermelhadas quando recém-colhidas, passando para castanhas ou pretas com o tempo. (Flora do Brasil)
👨🍳Receitas: Geleia de uva-do-japão (Receitas da Margô)
Referência
KINUPP, V. F. et al. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos de Flora, 2014.
URTIGÃO
Nome científico: Urera baccifera
Outros nomes populares: Urtiga-roxa; urtiga-brava.
Família botânica: Urticaceae
Origem: Nativa
Hábito de crescimento: Arbustiva; Arbórea.
Parte comestível – método de preparo
Folha – cozinhar
🍃Identificação botânica: Arbustos a árvores 0,5–7 m alt., dioicos; ramos 0,5–1 cm diâm., armados, indumento pubérulo a hirtelo, tricomas glandulares urentes desde a base; látex incolor a branco. Lâminas (–4)6–38(–45) × 4–27 (–35) cm, ovais a (sub)orbiculares, ápice agudo a acuminado, base arredondada, cordada a obtusa, margem irregularmente dentada, face adaxial rugosa, pubérula, face abaxial opaca, pubescente com tricomas glandulares urentes distribuídos em ambas as faces, cistólitos alongados e arredondados concentrados próximos às nervuras, 6–10 pares de nervuras; pecíolos (–2)3–24 cm compr., pubérulos; estípulas 0,5–2,5 cm compr., indumento pubérulo, bifídas, bicarenas, caducas. Inflorescências assimétricas, ramificadas; brácteas interflorais 1–1,5 mm compr.; pedúnculos 0,3–3 cm compr., vináceos–rosados; inflorescências com flores estaminadas 4–15 × 1–3 cm, organizada em cimeiras ou escorpioides, amareladas a creme; flores estaminadas 1,5–3 × 1,2–2,8 mm, (sub)sésseis; tépalas 5, 1–2,2 mm compr., brancas a amareladas; estames 5, 1,2–2,5 mm compr.; inflorescências com flores pistiladas 3–10 × 1–6,5 cm, organizadas em cimeiras dicotômicas irregulares ou escorpioides, assimétricas, rosadas a vináceas; flores pistiladas 1–2,5 × 0,8–2,2 mm; pedicelo 0,5–0,8 mm compr., rosados; tépalas 0,5–1,8 mm compr., brancas; perigônio 2–4 × 1,8–3,6 mm, ovoide a orbicular, quando imaturos são vermelhos a vináceo–rosado, na maturação são carnosos alvos a rosados. Aquênios 1,3–2,5 × 1–2,1 mm, ovoides, achatados, assimétricos, rugoso; sementes 0,8–1,2 mm diâm., ovoides, pretos. (Flora do Brasil)
Referência
KINUPP, V. F. et al. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos de Flora, 2014.
URTIGA
Nome científico:
Boehmeria caudata
Outros nomes populares: Urtiga-mansa; assa-peixe; lixa-da-folha-larga; folha-de-santana.
Família botânica: Urticaceae
Origem: Nativa
Hábito de crescimento: Arbustiva; Subarbustiva.
Parte comestível – método de preparo
Folha – cozinhar
🍃Identificação botânica: Arbustos dióicos, raro árvores, 1-6m; ramos jovens 1,5-3mm diâm., levemente estriados, pubescentes a híspidos, entrenós 1-4,5cm. Folhas opostas, isomórficas; lâminas 6-21(-22)x2-12(-17)cm, ovais, elípticas, raro arredondadas, ápice agudo a acuminado, base obtusa, cuneada, (sub)cordada a arredondada, margem crenada-dentada a serreada, face adaxial esparso estrigosa a pubescente, face abaxial pubescente a vilosa, com maior concentração de tricomas nas nervuras, cistólitos puntiformes; pecíolos 1–9(-14)cm, pubérulos a tomentosos; estípulas 2-12mm, lanceoladas a oval-lanceoladas, pubérulas, tricomas castanhos concentrados na nervura central. Inflorescências 4-26(-30)cm, pendentes, glomérulos distribuídos ao longo de raquis espiciformes, glomérulos 2-12mm diâm., sésseis; brácteas 2-3mm, elípticas a triangulares, castanhas, pubérulas, caducas; flores estaminadas 1-3,2×1-2,5mm, sésseis; tépalas 1,2-1,8mm; flores pistiladas 1-4×0,5-1,2mm, pubérulas; estilete 2-3mm; perigônio elíptico a obovado na maturação, 1,8-3,5×1-2,5mm, achatado, castanho-amarelado a castanho-esverdeado, pubérulo a glabro. Aquênios 0,5-0,6×0,4-0,5mm, ovóides a elipsóides; sementes 0,2-0,4mm diam, elipsóides, castanhas. (Flora do Brasil)
👨🍳Receitas: Remova a nervura central das folhas, corte-as finamente e cozinhe. Utilizada no lugar do espinafre e da couve (Matos de Comer)
Referência
KINUPP, V. F. et al. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos de Flora, 2014.




