BARDANA-MENOR
Arctium minus (Hill) Bernh.
Sinonímias: Arctium pubens Bab., Lappa minor Hill.
Nomes populares: Bardana, bardana-ordinária, pagamasso-menor (Cunha, 2003), carrapicho-grande, pega-pega (Cavalli, et al., 2007).
Origem ou Habitat: Originária da Europa e Ásia (Alonso, 2004), ocorre de maneira acidental no Sul do Brasil e na Argentina e está perfeitamente adaptada a estes climas (Vivot & Cruañes, 2008).
Características botânicas: Possui praticamente as mesmas características da Arctium lappa L., porém com porte menor (Alonso, 2004). Mais comum em Portugal do que a A. lappa.
Partes usadas: Sementes, folhas e raízes.
Uso popular: Os mesmos usos da Arctium lappa L. (Cunha, 2003; Vivot & Cruañes, 2008).
De acordo com Alonso (2004), a raiz é indicada como diurética, laxante, febrífuga e antigotosa, sendo considerada, na Ásia, uma planta com propriedades antiasmática, emenagogo e béquica.
Utilizada popularmente no tratamento de diabetes como hipoglicemiante (Cavalli, et al., 2007).
Na medicina popular turca, as folhas são utilizadas externamente contra dores reumáticas, febre e insolação (Erdemoglu, et al., 2008).
Composição química: Há poucos estudos sobre a composição química da Arctium minus. Entre os flavonoides, foram isolados do extrato etanólico: isoquercetrina, rutina, astragalina, canferol 3-O-rhamnoglucosideo, quercetina 7-0-glucosideo, um isômero da quercetina e quercetina 3-O-arabinosideo. Em outro estudo, foi isolado um derivado de lactona terpênica, a arctiopicrina. As espécies do gênero Arctium são conhecidas por serem fontes ricas de lignanas. A arctina, uma lignana encontrada em sementes da Arctium lappa, também foi isolada da Arctium minus (Erdemoglu, et al., 2008
Ações farmacológicas: Especificamente, a espécie Arctium minus foi estudada por Cavalli, et al., (2007). Foram utilizados os extratos brutos da raiz e das folhas em ratos diabéticos induzidos por aloxano, e notou-se diminuição dos níveis de glicose destes, confirmando a atividade hipoglicemiante. Em estudos com modelos animais, Arctium minus demonstou atividade anti-inflamatória e antioxidante (Erdemoglu, et al., 2008), e atividade antimicrobiana contra M. luteus e S. aureus (Vivot & Cruañes, 2008.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: Idem a Arctium lappa.
Posologia e modo de uso: Idem a Arctium lappa.
Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004 p. 204.
CAVALLI, V. L. L. O. et al. Avaliação in vivo do efeito hipoglicemiante de extratos obtidos da raiz e folha de bardana Arctium minus (Hill.) Bernh. Revista Brasileira de Farmacognosia, João Pessoa, v.17, n.1, p. 64-70, jan./mar. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-695X2007000100014&script=sci_abstract&tlng=pt – Acesso em: 21 junho 2011.
CUNHA, A. P., SILVA, A. P., ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 162-163
ERDEMOGLU, N. et al. Estimation of anti-inflammatory, antinociceptive and antioxidant activities on Arctium minus (Hill) Bernh. ssp. minus. Journal of Ethnopharmacology, [S. I.], Jan., 2009, v. 121, n. 2, p. 318-323, . Acesso em: 21 de junho de 2011
VIVOT, E. P., CRUAÑES, M. J. Actividades antimicrobiana y antiviral de extractos vegetales de algunas especies de la flora de Entre Ríos. Ciencia, docencia y tecnologia, Concepción del Uruguay, n.37, nov. 2008. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1851-17162008000200008 – Acesso em: 21 de junho de 2011.
http://www.xidservices.com – Photo by Richard Old – Acesso em: 21 junho 2011
http://www.tropicos.org/Name/2701732 Acesso em: 21 Junho 2011.