SÁLVIA-REAL

22/02/2020 16:21

Salvia officinalis  L.

Lamiaceae (antiga Labiatae)


SinonímiasNão encontrado sinonímia. Existem muitas variedades desta espécie.

Nomes populares: Sálvia-real, sálvia-das-boticas, sálvia, chá-da-Grécia, erva-sagrada, sálvia-dos-jardins, sálvia-comum.

Origem ou Habitat: Região Sul da Europa ou Região Mediterrânea.

Características botânicas: Herbácea perene, aromática, ereta ou decumbente, ramificada na base formando touceira. Mede de 30 a 60 cm de altura. Folhas simples, opostas, glandulares ou rugosas, finamente dentadas, de cor esbranquiçada na face inferior e verde-grisácea na face superior, medindo de 3-6 cm de comprimento. Flores azul-violáceas agrupadas em longas espigas terminais, porém, pouco frequente em nossas condições.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Segundo Lorenzi & Matos (2002), “suas folhas são empregadas como condimento na culinária de vários países desde tempos medievais, sendo cultivada no Hemisfério Norte como planta ornamental.”

Na medicina caseira suas folhas e inflorescências são empregadas para indigestão, problemas de fígado, contra a sudorese excessiva, lactação e salivação. É usada como auxiliar no tratamento da gota, dispepsia, astenia (fraqueza), diabetes, bronquite, intestino preso e menopausa.

Externamente é empregada contra mordidas de insetos, infecções de pele, gengiva, garganta e boca, inclusive aftas e mau-hálito.

Composição química: Óleo essencial: A e B-tujonas (35-60%), A-terpineol, linalol, óxido de cariofileno, 1,8 cineol, A-pineno, mirceno, canfeno, limoneno, ocimeno, cânfora (15%), timol, acetato de bornilo, sabinol e linalol.

Princípios amargos: diterpenos fenólicos (carnosol ou picrosalvina, ácido carnosílico, rosmanol, manool, etc.)

Flavonóides: luteolina, apigenina, vicenina, hispidulina, genkwanina, etc.

Taninos: saponinas.

Ações farmacológicas: Em animais de laboratório destacaram-se as seguintes atividades: digestiva e antiespasmódica, antimicrobiana e antiviral e anti-secretora.

A neurotoxicidade do óleo essencial é atribuída à tujona.

Interações medicamentosas: A Sálvia pode interferir, se tomada simultaneamente com agentes hipoglicemiantes e anticonvulsivantes. Também pode potencializar os efeitos sedativos de barbitúricos e benzodiazepínicos. (Newall. et al., 1996 apud Alonso, J. 2004).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: O óleo essencial na forma isolada, provoca quadros convulsivantes, em especial por uso prolongado, tanto em animais como em humanos, devido à presença de tujonas e alcanfor. (Blumenthal, M., 1998 apud Alonso, J., 2004).

Contra-indicações: Evitar o uso do óleo essencial desta planta.

Evitar usar esta planta em mulheres grávidas e lactantes e em pacientes epiléticos.

Evitar usar em crianças.

Evitar o consumo excessivo e por longos períodos.

O dr. Jorge Alonso não aconselha o uso oral do óleo essencial da Salvia officinalis em aromaterapia, por ser muito estreita a margem terapêutica.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 954-959.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 263.

WYK, Ben-Erik van & WINK Michael “MEDICINAL PLANTS OF THE WORLD”, Timber Press, Portland, Oregon/U.S.A. 2004.

http://www.tropicos.org/Name/17600600 – Acesso 16 OUT 2015.

Tags: AsteniaBronquiteCondimentoDispepsiaIndigestão

PERILA ou SHISO

18/02/2020 22:02

Perilla frutescens  (L.) Britton.

Lamiaceae


SinonímiasOcimum frutescens L., Perilla ocymoides L.

Nomes populares: Alfavaca-chinesa, shiso, perila-roxa, hortelã-roxa, mint perila, perila mint, (Ingles, Estados Unidos), zi su (China).

Origem ou Habitat: Ásia.

Partes usadas: Folhas e sementes.

Uso popular: As folhas e as sementes são usadas há séculos na medicina tradicional japonesa e chinesa. A perila costuma ser receitada junto com outras ervas, para o tratamento de problemas respiratórios ( gripes, resfriados, tosse) e para aliviar problemas digestivos (falta de apetite, náusea, indigestão). Também é usada com êxito no tratamento da rinite alérgica e das dermatites.

A folhagem e o óleo das sementes são usados na culinária coreana.

A folhagem fornece um corante alimentar vermelho, rico em antocianinas. As folhas são utilizadas na preparação de ameixas em conservas. Além de corante alimentar, a perila acrescenta uma substância antimicrobiana para alimentos em conserva.

As sementes de perila são consumidas em algumas partes da Índia, além do Japão, China e Coréia.

Composição química: Sua composição química contém proteínas, óleos poliinsaturados (ácido linolênico, ácido linolêico, ácido palmítico, ácido esteárico), ácidos orgânicos (ácido caféico, ácido ferúlico, ácido rosmarínico), glicosídeos, flavonóides (luteolina e apigenina), óleo essencial (perilaldeído, limoneno, elemicina, miristicina, cariofileno, beta-cariofileno, ), tocoferol, fitoesteróis, alcalóides, saponinas, taninos, triterpenóides insaturados, resina, entre outros.

O perillaldeido e cariofileno foram os principais componentes de folhas e caules, cujo conteúdo era acima de 75% e 50%, respectivamente.

Ações farmacológicas: Antioxidante.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Perilla é normalmente evitada por bovinos, mas tem sido implicado no envenenamento gado (Phillips e Von Tungein 1986). As plantas são mais tóxicas durante a produção de semente (Kerr et al., 1986). Wilson et al. (1977) isolaram a toxina “perila cetona”, responsável pelo edema pulmonar em muitas espécies animais, exceto suínos ou cães (Garst et al. 1985).

No Japão, 20 a 50% dos trabalhadores a longo prazo na indústria de perila desenvolvem dermatite nas suas mãos, devido ao contato com perillaldehyde (Okazaki et ai. 1982.

Observações: Óleo de perila é usado como um agente aromatizante, no qual Perilla aldeído é o composto aromatizante desejável (Guenther 1949; Arctander 1960).

Um dos isômeros de aldeído é 2000 vezes mais doce que o açúcar e quatro a oito vezes mais doce do que a sacarina; ela é usada como adoçante do tabaco (Guenther 1949). Álcool de Perilla, preparado a partir de aldeído perilla, é usado em perfumes, e tem o estatuto legal de alimentos nos Estados Unidos e na Europa (Opdyke 1981).

Referências: 

ARATA, Yoshio; Achiwa, Kazuo “Perillaketone” – From Kanazawa Daigaku Yakugakubu Kenkyu Nempo (1958), 8, 29-31. (Scifinder, artigo 5) Acesso 12 Junho 2015.

BRENNER, David M. “Perilla: Botany, Uses and Genetic Resources”. – In: J. Janick and J.E. Simon (eds.), New crops. Wiley, New York, 1993. p. 322-328. https://en.wikipedia.org/wiki/Perilla_ketone – Acesso 12 Junho 2015.

LIU J1, Wan Y, Zhao Z, Chen H.”Determination of the content of rosmarinic acid by HPLC and analytical comparison of volatile constituents by GC-MS in different parts of Perilla frutescens (L.) Britt.” Chem Cent J. 2013 Apr 1;7(1):61. doi: 10.1186/1752-153X-7-61.(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23548079) Acesso 01 Junho 2015.

QIN, Hong-ying; Zhou, Guang-ming; Peng, Gui-long; Li, Jun-ping “Determination of five organic acids and flavonoids in Perilla frutescens by high-​performance liquid chromatography”. From Shipin Kexue (Beijing, China) (2014), 35(14), 102-105. (https://scifinder.cas.org/scifinder/view/scifinder/scifinderExplore.jsf) – Acesso 01 Junho 2015.

SAKLANI, Sarla; Chandra, Subhash; Gautam, Ashok Kumar “Phytochemical investigation and contribution of Perilla frutenscens as spices in traditional health care system” – From International Journal of Pharmacy and Technology (2011), 3(4), 3543-3554. (Scifinder, artigo 2) Acesso 12 Junho 2015.

SHAO, Ping; Hong, Tai; He, Jinzhe; Sun, Peilong “Analysis of essential oils from leaves and stems of Perilla frutenscens sampling seanson and its drying methods”. From Zhongguo Shipin Xuebao (2012), 12(9), 216-221.(Scifinder artigo 2)- Acesso 12 Junho 2015.

http://www.tropicos.org/Name/17601586?tab=synonyms – Acesso 01 Junho 2015.

YING, Yanjie; Hong, Tai; He, Jiajie; Shao, Ping “Optimization of microwave assisted extraction of flavone from Perilla frutenscens by neural network and analysis of its antioxidant activity” – From Zhongguo Shipin Xuebao (2011), 11(3), 36-42. (Scifinder, artigo 3) Acesso 12 Junho 2015.

Vittorio Farina (1943). “Perilla ketone”. Nippon Kagaku Kaishi 64: 1130–6.https://en.wikipedia.org/wiki/Perilla_ketone Perilla: Botany, Uses and Genetic Resources.

Tags: GripeIndigestãonauseReniteResfriadoTosse

ORÉGANO

17/02/2020 22:25

Origanum vulgare  L.

Lamiaceae


SinonímiasMicromeria formosana C. Marquand, Origanum gracile C. Koch, Origanum creticum Lour.

Nomes populares: Orégano, manjerona-silvestre, mejorana (Espanha), marjolaine sauvage (França), origano (Italia).

Origem ou Habitat: É nativo da Europa e Ásia Central (WYK & WINK, 2004) e cultivado no Brasil. O orégano Origanum vulgare faz parte da medicina popular da Grécia e especialmente em Creta, onde é considerada endêmica.

Características botânicas: Herbácea perene, aromática, ereta, de hastes algumas vezes arroxeadas, medindo de 30-50 cm de altura (segundo LORENZI & MATOS, 2002) e de 75-90 cm de altura (segundo ALONSO, 2004). Folhas simples, esparso-pubescentes, de 1-2 cm de comprimento. Flores esbranquiçadas, róseas ou violáceas, dispostas em glomérulos e reunidos em inflorescências paniculadas terminais.

Existem muitos cultivares desta espécie.

É muito semelhante à espécie Origanum majorana (manjerona-verdadeira).

Partes usadas: Partes aéreas.

Uso popular: É uma planta usada como especiaria muito empregada na culinária italiana. Na medicina caseira é utilizada para tratar gripes e resfriados, indigestão, flatulência, distúrbios estomacais, cólicas menstruais, bronquite, asma, artrite e dores musculares (LORENZI & MATOS, 2002).

Na região de origem é considerada estomáquica, expectorante e antiespasmódica. O chá (infuso) ou seu óleo diluído são usados topicamente para higiene bucal, tratar congestão nasal, feridas e pruridos cutâneos (WYK & WINK, 2004).

Composição química: Óleo essencial: carvacrol, timol, terpineol, terpineno, cineol, borneol, limoneno, alfa e beta pineno, p-cimeno, B-cariofileno, bisaboleno, sabineno, eucaliptol.

  • Outros: ácidos fenólicos (cafeico, rosmarínico, ursólico, clorogênico); flavonóides (derivados do kaempferol, luteolina, apigenina, diosmetina, quercetina); taninos; resina.
  • Óleo essencial: Timol, carvacrol, C- terpineno, sabineno, 1,8-cineol, β-ocimeno, β-cariofileno, dentre outros.
  • Flavonoides: Apigenina, luteolina, crosseriol, dentre outros.
  • Compostos Fenólicos: Derivados do ácido rosmarínico, do ácido cafeico e do ácido protocatecuico, dentre outros.

Ações farmacológicas: Antioxidante, digestivo, antimicrobiano, anti-espasmódico, anti-inflamatório, antitussígeno.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Altas doses do óleo essencial pode provocar sonolência e em pessoas sensíveis pode provocar dermatite.

Contra-indicações: O óleo essencial e a infusão é contra indicado para mulheres grávidas e em fase de amamentação.

Posologia e modo de uso: O chá feito com 1-2 g de erva seca pode ser tomado três vezes ao dia.

O óleo essencial nunca deve ser tomado internamente (WYK & WINK, 2004).

Observações: O Origanum vulgare (orégano) é muito similar ao Origanum majorana (manjerona) e as duas espécies são frequentemente confundidas.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. 1. ed. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2002.

KOLDAS, Serkan; Demirtas, Ibrahim; Ozen, Tevfik; Demirci, Mehmet Ali; Behcet, Luetfi – Phytochemical screening, anticancer and antioxidant activities of Origanum vulgare L. ssp. viride (Boiss.) Hayek, a plant of traditional usage. Journal of the Science of Food and Agriculture (2015), 95(4), 786-798. Acesso 20 Fev 2015

PESAVENTO, G.; Calonico, C.; Bilia, A. R.; Barnabei, M.; Calesini, F.; Addona, R.; Mencarelli, L.; Carmagnini, L.; Di Martino, M. C.; Lo Nostro, A.- Antibacterial activity of Oregano, Rosmarinus and Thymus essential oils against Staphylococcus aureus and Listeria monocytogenes in beef meatballs. From Food Control (2015), Ahead of Print. Acesso 20 Fev 2015.

PARK, J. H.; Kang, S. N.; Shin, D.; Shim, K. S. – Antioxidant enzyme activity and meat quality of meat type ducks fed with dried oregano (Origanum vulgare L.) – Asian-Australasian Journal of Animal Sciences (2015), 28(1), 79-85 – Acesso 20 Fev 2015.

SINGH, Pankaj; KOTHIYAL, Preeti; RATAN, Parminder. PHARMACOLOGICAL AND PHYTOCHEMICAL STUDIES OF ORIGANUM VULGARE: A REVIEW. International Research Journal Of Pharmacy, [s.l.], v. 9, n. 6, p.30-34, 23 jul. 2018.

RAO, Gottumukkalavenkateswara et al. Chemical constituents and biological studies of Origanum vulgare Linn. Pharmacognosy Research, [s.l.], v. 3, n. 2, p.143-145, 2011.

GIULIANI, Claudia et al. Congruence of Phytochemical and Morphological Profiles along an Altitudinal Gradient inOriganum vulgaressp.vulgarefrom Venetian Region (NE Italy). Chemistry & Biodiversity, [s.l.], v. 10, n. 4, p.569-583, abr. 2013.

WYK, Ben-Erik van & WINK Michael “MEDICINAL PLANTS OF THE WORLD”, Timber Press, Portland, Oregon/U.S.A. 2004.

http://www.tropicos.org/Name/17600223 Acesso 19 Fev 2015.

Tags: AntiespasmódicoAsmaBronquiteCólicaCondimentoEstomáquicoExpectoranteFlatulênciaGripeIndigestãoResfriado

ONDA-DO-MAR

17/02/2020 22:14

Tradescantia zebrina   Heynh. ex Bosse.

Commelinaceae 


SinonímiasZebrina pendula Schnizl., Tradescantia pendula (Schnizl.) D.R. Hunt, Zebrina purpusii G. Brückn., Commelina zebrina C.B.Clarke, Cyanotis zebrina (Bosse) Nees.

Nomes populares: Onda-do-mar, manto-de-viúva, trapoeraba, trapoeraba-roxa, trapoeraba-zebra, lambari, lambari-roxo, judeu-errante.

Origem ou Habitat: Planta de origem Mexicana, foi introduzida no Brasil com fins ornamentais e acabou por se adaptar muito bem ao clima, tornando-se invasora. É bastante competitiva em ambientes sombreados, impedindo as plântulas de se desenvolverem adequadamente, pois forma densos tapetes no sub-bosque de matas degradadas. Suas flores são polinizadas por abelhas, os frutos secos dispersos por fatores abióticos. (Fonte: Flora de Santa Catarina).

Características botânicas: Erva rastejante e/ou pendula, suculenta, enraizando nos nós; caules, folhas e brácteas florais tintos de roxo-avermelhado. Folhas espaçadas ao longo do caule; pecíolo medindo 2mm comprimento, passando na bainha basal ciliada; lâmina foliar ovada, 2,5-5 cm de comprimento, verde tinta com roxo-avermelhado, especialmente na face abaxial, geralmente com cerca de 3 estrias escuras, largas e longitudinais. Inflorescência terminal, composta por 2 cincinos (Cimeira na qual os eixos são perpendiculares ao eixo principal, de modo que seu arranjo só pode ser visto em um plano, e estão dispostos alternadamente à direita e à esquerda) curtos subentendidos próximo por 2 brácteas foliosas. Pétalas ovadas, 10-12 mm comprimento, delicadas, conatas na metade inferior em um estreito tubo branco, púrpura-magenta. (Orchard, 1994 apud Flora de Santa Catarina).

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Na medicina popular é usada para aliviar cistites, dor na bexiga, tratar infecção urinária, problemas vasculares, afecções do útero, baixar a pressão arterial, amenorreia, coadjuvante nas tuberculoses.

O chá das folhas é usado para tratamento do vitiligo (doença caracterizada pela perda da coloração da pele).

Na medicina popular mexicana é usada contra males ginecológicos, disenteria, indigestão, dor de dente, dor de cabeça, males do intestino, junto com limão para tratar erisipela, gastrite, infecção urinária, inflamação da bexiga. Também é usada para aumentar a produção de leite e contra picada de escorpião. É muito popular uma bebida feita com a Tradescantia zebrina e limão, tomada fria e usada como tônico.

Devido a quantidade de antocianidinas pode ser usada como corantes de medicamentos, alimentos e cosméticos.

Composição química: Foram isoladas 5 antocianidinas das flores de Zebrina pendula, entre elas: zebrinina (C74H73O37.Cl), monodecaffeoylzebrinin (C65H64O34.Cl).

Observações: A Tradescantia zebrina faz parte de uma formulação chinesa, que contém 12 plantas medicinais, usada para enxaqueca.

No Brasil ocorre a espécie Tradescantia fluminensis Vell., chamada popularmente de trapoeraba, marianinha e olho-de-santa-luzia; apresentando folhas verdes e flores brancas. Os seus ramos e folhas são comestíveis, sendo muito tenros, e podem ser preparados cozidos, refogados ou sob a forma de patês e possuem proteínas, sais minerais (Mg,Fe, Zn,Ca,P,etc.), e também flavonóides.

Referências: 

https://sites.google.com/site/biodiversidadecatarinense/plantae/magnoliophyta/commelinaceae/tradescantia-zebrina-lambari – Acesso 25 Março 2015.

Aona, L.Y.S. 2010. Commelinaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB034821) – Acesso 25 Março 2015

Itaka, Eiichi “Isolation and structure elucidation of acylated anthocyanins as coloring materials for foods, drugs, and cosmetics” – From Jpn. Kokai Tokkyo Koho (1988), JP 63168464 A 19880712. https://scifinder.cas.org/scifinder – Acesso 26 Março 2015.

KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: .

KINUPP, V. F.; BARROS, I. B. I. Teores de Proteína e Minerais de Espécies Nativas, Potenciais Hortaliças e Frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 846-857, out.-dez. 2008. Disponível em: .

Liu, Yanju “Traditional chinese medicine composition for treating migraine” From Faming Zhuanli Shenqing (2011), https://scifinder.cas.org/scifinder – Acesso 25 Março 2015.

Tatsuzawa, Fumi; Saito, Norio; Maeyama, Kazushi; Yokoi, Masato; Shigihara, Atsushi; Honda, Toshio “Triacylated anthocyanidin 3-​arabinosylglucoside-​7,​3′-​diglucosides isolated from the bluish flowers of Tradescantia virginiana cultivars and their distribution in the tradescantieae”. From Heterocycles (2010), 81(10), 2257-2267.https://scifinder.cas.org/scifinder – Acesso 26 Março 2015.

https://sites.google.com/site/florasbs/ – Acesso 25 Março 2015.

http://www.tropicos.org/Name/8300647 – Acesso 25 Março 2015.

 

Tags: AmenorréiaCefaléiaCistiteDisenteriaGastriteIndigestãoVitiligo

BUVA

04/01/2020 23:39

Erigeron bonariensis L.
Asteraceae (antiga Compositae)  


SinonímiasConyza bonariensis (L.) Cronquist, Conyza ambigua DC., Conyza leucodasys Miq., Erigeron crispus Pourr., Erigeron linifolius Willd., Erigeron spiculosus Hook. & Arn., entre outros.

Nomes popularesBuva, buva-do-campo, rabo-de-raposa, rabo-de-foguete, erva-carniceira, voadeira, catiçoba, rama negra (Colômbia), etc

Origem ou HabitatÉ nativa da América do Sul e ganhou o mundo, cresce em todos os continentes.

Características botânicasHerbácea anual, ereta, pouco ramificada, vigorosa, caule estriado e densamente folioso, medindo até 1 metro de altura. Folhas simples, densamente pubescentes, estreito-lanceoladas, membranáceas e glandulosas, medindo de 10-15 cm de comprimento. Inflorescências em capítulos pequenos de cor esbranquiçada reunidas em panículas terminais. Frutos secos pequenos.

A espécie Erigeron canadensis difere de Erigeron bonariensis por possuir panícula maior e pela margem foliar denticulada, quase sem ramificação e os ramos muito enfolhados. (LORENZI, 2006) 

Partes usadas: Folhas.

Uso popularA infusão das folhas é empregada para indigestão, como adstringente, antidiarreica, diurética, antirreumática, protetor hepático, doenças venéreas e infecções urinárias. Também é anti-helmíntica, inseticida e parasiticida.

Composição químicaÁcidos fenólicos (clorogênico, cafeico, neoclorogênico, 3,4-dicafeoilquínico, 3,5-dicafeoilquínico, 4,5-dicafeoilquínico); Flavonóides (apigenina, luteolina, escopoletina, quercitrina, pendulina, patuletrina, ); óleo essencial(limoneno) ; esteróides; cinarina; taninos; cumarinas; entre outros.

Ações farmacológicas: Mostrou em animais, atividades anticolinérgica, inotrópica positiva, anti-inflamatória e antibacteriana.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Pode ocorrer dermatite de contato em pessoas sensíveis.

Contra-indicaçõesÉ contra indicada na gravidez e amamentação.

Observações: Existem outras espécies: Erigeron canadensis L., Erigeron sumatrensis Retz. e outras.

Referências: 
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

KINUPP, V.F., LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. 1ª.ed. São Paulo, SP: Instituto Plantarum, 2014.

LORENZI, Harri – Manual de identificação e controle de plantas daninhas. 6ª ed. Nova Odessa, SP / Instituto Plantarum, 2006.

https://sites.google.com/site/biodiversidadecatarinense/plantae/magnoliophyta/asteraceae/conyza-lorentzii – Acesso 30 Abril 2015.

ZAHOOR, Aqib; Khan, Afsar; Ahmad, Viqar U.; Ahmed, Amir; Khan, Saleha S.; Ali, Muhammad I.”Two New Octulosonic Acid Derivatives and a New Cyclohexanecarboxylic Acid Derivative from Erigeron bonariensis L.”- From Helvetica Chimica Acta (2012), 95(9), 1613-1622.- https://scifinder.cas.org/ – Acesso 30 Abril 2015.

ZAHOOR, Aqib; Hussain, Hidayat; Khan, Afsar; Ahmed, Ishtiaq; Ahmad, Viqar Uddin; Krohn, Karsten “Chemical constituents from Erigeron bonariensis L. and their chemotaxonomic importance.” From Records of Natural Products (2012), 6(4), 376-380. https://scifinder.cas.org/ – Acesso 30 Abril 2015.

http://www.tropicos.org/Name/2702433?tab=synonyms – Acesso 30 Abril 2015.

Tags: AdstringenteAnti-helmínticaAnti-reumáticoAntidiabéticoDiuréticoIndigestãoInseticida