SÁLVIA-REAL
Salvia officinalis L.
Sinonímias: Não encontrado sinonímia. Existem muitas variedades desta espécie.
Nomes populares: Sálvia-real, sálvia-das-boticas, sálvia, chá-da-Grécia, erva-sagrada, sálvia-dos-jardins, sálvia-comum.
Origem ou Habitat: Região Sul da Europa ou Região Mediterrânea.
Características botânicas: Herbácea perene, aromática, ereta ou decumbente, ramificada na base formando touceira. Mede de 30 a 60 cm de altura. Folhas simples, opostas, glandulares ou rugosas, finamente dentadas, de cor esbranquiçada na face inferior e verde-grisácea na face superior, medindo de 3-6 cm de comprimento. Flores azul-violáceas agrupadas em longas espigas terminais, porém, pouco frequente em nossas condições.
Partes usadas: Folhas.
Uso popular: Segundo Lorenzi & Matos (2002), “suas folhas são empregadas como condimento na culinária de vários países desde tempos medievais, sendo cultivada no Hemisfério Norte como planta ornamental.”
Na medicina caseira suas folhas e inflorescências são empregadas para indigestão, problemas de fígado, contra a sudorese excessiva, lactação e salivação. É usada como auxiliar no tratamento da gota, dispepsia, astenia (fraqueza), diabetes, bronquite, intestino preso e menopausa.
Externamente é empregada contra mordidas de insetos, infecções de pele, gengiva, garganta e boca, inclusive aftas e mau-hálito.
Composição química: Óleo essencial: A e B-tujonas (35-60%), A-terpineol, linalol, óxido de cariofileno, 1,8 cineol, A-pineno, mirceno, canfeno, limoneno, ocimeno, cânfora (15%), timol, acetato de bornilo, sabinol e linalol.
Princípios amargos: diterpenos fenólicos (carnosol ou picrosalvina, ácido carnosílico, rosmanol, manool, etc.)
Flavonóides: luteolina, apigenina, vicenina, hispidulina, genkwanina, etc.
Taninos: saponinas.
Ações farmacológicas: Em animais de laboratório destacaram-se as seguintes atividades: digestiva e antiespasmódica, antimicrobiana e antiviral e anti-secretora.
A neurotoxicidade do óleo essencial é atribuída à tujona.
Interações medicamentosas: A Sálvia pode interferir, se tomada simultaneamente com agentes hipoglicemiantes e anticonvulsivantes. Também pode potencializar os efeitos sedativos de barbitúricos e benzodiazepínicos. (Newall. et al., 1996 apud Alonso, J. 2004).
Efeitos adversos e/ou tóxicos: O óleo essencial na forma isolada, provoca quadros convulsivantes, em especial por uso prolongado, tanto em animais como em humanos, devido à presença de tujonas e alcanfor. (Blumenthal, M., 1998 apud Alonso, J., 2004).
Contra-indicações: Evitar o uso do óleo essencial desta planta.
Evitar usar esta planta em mulheres grávidas e lactantes e em pacientes epiléticos.
Evitar usar em crianças.
Evitar o consumo excessivo e por longos períodos.
O dr. Jorge Alonso não aconselha o uso oral do óleo essencial da Salvia officinalis em aromaterapia, por ser muito estreita a margem terapêutica.
Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 954-959.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 263.
WYK, Ben-Erik van & WINK Michael “MEDICINAL PLANTS OF THE WORLD”, Timber Press, Portland, Oregon/U.S.A. 2004.
http://www.tropicos.org/Name/17600600 – Acesso 16 OUT 2015.