PATA-DE-VACA
Bauhinia forficata Link.
Sinonímias: Bauhinia candicans Benth., Bauhinia forficata var. candicans Benth.) Hassl. ex Latzina e Bauhinia forficata subsp. pruinosa (Vogel) Fortunato & Wunderlin.
Nomes populares: Pata-de-vaca, unha-de-boi, unha-de-vaca, pezuña de vaca, mororó, caauba.
Origem ou Habitat: Brasil.
Características botânicas: Árvore, apresenta ramos frágeis ou pendulares, glabros ou pubescentes, folhas ovais ou lanceoladas, um pouco agudas, ou acuminadas na base arredondadas, membranáceas com a forma típica de 9 nervos; glabras nas 2 faces ou com pequena pubescência na dorsal; pecíolos de 2 a 3 cm; acúleos quase gêmeos; pedicelos gêmeos em pedúnculo muito curto; flores de dimensões muito variáveis, tubo de cálice de 1 a 3 cm de comprimento, fino ao abrir a flor; lacínias de 3 a 5 cm, convergentes na espata; pétalas do comprimento do cálice ou menores, oblongas; filamentos glabros ou na base, barbados de pequenos pêlos; ovário glabro e fruto do tipo legume. (SILVA et al. 2003).
Partes usadas: Folhas, menos frequentemente flores e cascas.
Uso popular: Na medicina caseira a infusão das folhas são empregadas como auxiliar no tratamento da diabetes, contra a cistite, como diurético, anti-inflamatório, hipocolesteremiante e hipolipemiante. Também é usada como expectorante, adstringente, para lavar feridas, úlceras e chagas ou aftas bucais, na forma de gargarejos. Quando aplicada no couro cabeludo é recomendada como anticaspa.
No Paraguay se agrega ao mate tereré como refrescante e diurético.
Na Argentina, os indígenas Tobas usam a decocção das folhas para tratar catarros e como digestivo. Em uso externo é empregada como antihemorroidal, na forma de banho de assento.
Composição química: Contém taninos, saponinas, trigonelina, terpenóides, flavonóides (quercetina, rutina, ácido gálico, catequina, ácido clorogênico, kaempferol, isoquercitina, kaempferitrina, naringina, miricetina); antocianidinas, esteróis (b-sitosterol), glicosídeos esteroidais, proteínas, minerais (potássio, cálcio, ferro, magnésio, zinco e cobre).
Ações farmacológicas: Antioxidante, citotóxica, hipoglicemiante, diurética, antibacteriana e fungicida.
Interações medicamentosas: O uso concomitante do chá com medicação hipoglicêmica pode sofrer interações.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses usadas popularmente não foram reportados toxicidade. Porém, não usar por tempo prolongado, nem altas doses.
Contra-indicações: Não administrar em pacientes hipotiroideos durante tratamento prolongado. Por falta de estudos específicos, não administrar esta espécie na gravidez e lactação.
Posologia e modo de uso: Infusão: 1 colher (sopa) de folhas picadas para 150 ml de água. Tomar 2-3/xícaras por dia.
Quem receitar deve observar a pessoa, fazendo os devidos exames laboratoriais.
Referências:
ALONSO, J. “Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos “. 1a.ed. Argentina, 2004.
LORENZI, H. & MATOS, J.F.A. “Plantas medicinais no Brasil: nativas e cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002.
MICELI, N. et all. ” Role of the flavonoid-rich fraction in the antioxidant and cytotoxic activities of Bauhinia forficata Link. (Fabaceae) leaves extract”. From Natural Product Research (2015), Ahead of Print. (Scifinder) Acesso 06 OUT 2015.
SIMÕES, C.M.O. et al. “Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul”.Porto Alegre: 4a.ed., Ed. da Universidade/UFRGS, 1995.
www.floradesantacatarina/biodiversidade – Acesso 6 Out 2015.
http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/open_sp.php?img=8476 – Acesso 7 OUT 2015.
www.floradigital/UFRGS- Acesso 6 Out 2015.
www.tropicos.org – Acesso 6 de Out 2015.