JABUTICABA
Plinia spp.
Sinonímias: São conhecidas em torno de nove espécies de jabuticabeira (Mattos, 1978). Dentre estas espécies, destacam-se a Plinia trunciflora (O.Berg) Kausel (jabuticaba de cabinho) de ocorrência natural na região Sudoeste do Paraná, tem como sinonímia Myrciaria trunciflora O. Berg. Plinia cauliflora (Mart.) Kausel (jabuticaba paulista ou jabuticaba Açu)
e a Plinia jaboticaba (Vell) (jabuticaba sabará) que produzem frutos apropriados tanto para a indústria como para consumo in natura (Mattos, 1983; Donadio, 1983).
A alteração nomenclatural do gênero Myrciaria (Berg, 1857) para o gênero Plinia foi proposta por Sobral (1985).
Nomes populares: Jabuticaba, jabuticaba-de-cabinho, jabuticaba-açu, jabuticaba-sabará, jabuticaba-tuba.
Origem ou Habitat: Nativa do Brasil, desde o Pará até o Rio Grande do Sul.
Características botânicas: Árvore frondosa, de tronco liso e castanho, folhas opostas, lanceoladas, glabras, vermelhas quando novas; flores brancas, dispostas sobre o caule e galhos, exalando leve perfume; fruto baga globosa, violáceo avermelhada ou roxa, com polpa branca aquosa de sabor agridoce e agradável. As sementes são dois caroços arroxeados e chatos.
Partes usadas: Frutos, folhas e entrecasca do caule.
Uso popular: O decocto da entrecasca é indicado contra asma, hemoptise, diarreias e disenterias. E, externamente, em banhos, para erisipela. O decocto das cascas dos frutos é indicado para amigdalites crônicas.
Os frutos são muito apreciados para consumo natural ou são utilizados na produção de diversos produtos como vinhos, sucos, geleias, licores e vinagres.
Seus pigmentos podem ser utilizados como corantes de alimentos.
Composição química: A jabuticaba é composta de pigmentos, taninos, vitaminas, fibras e sais minerais. A polpa contém ferro, fósforo, cálcio, vitamina C e niacina (vitamina do complexo B). A casca escura contém excelentes teores de pectina e altos teores de antocianinas. As folhas contém taninos.
Ações farmacológicas: Antioxidante, adstringente, nutritiva..
Observações: A fruta oxida-se logo depois de apanhada do pé, por isso, consumi-la em seguida. Pode ser guardada em sacos plásticos na geladeira.
Referências:
DONADIO, L. C. Cuidados com a Jabuticabeira. O Estado de São Paulo, São Paulo, 23 de novembro de 1983. Suplemento Agrícola, p.16.
DRESCHER, L. (coord.). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001.
MATTOS, J. L. R. Frutos indígenas comestíveis do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Secretaria da Agricultura, s.d., 1978. 31 p.
MATTOS, J. L. R. Frutíferas nativas do Brasil. São Paulo: Nobel, 1983. 92p
MIELKE, M. S.; FACHINELLO, J. C.; RASEIRA, A. Fruteiras nativas: Características de 5 mirtáceas com potencial para exploração comercial. HortiSul, Pelotas, v.1, n.2, p.32-36, 1990.
SOBRAL, M. Alterações Nomeclaturais em Plinia (Myrtaceae). Boletim do Museu Botânico de Curitiba, Curitiba, n. 63, p.1-4, 1985.
SOBRAL, M. et al Myrtaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB010852 – Acesso em: 07 de outubro de 2012.