ERVA-MATE

19/01/2020 23:03

Ilex paraguariensis  A.St.Hil.

Aquifoliaceae


Sinonímias: Ilex curitibensis Miers, Ilex domestica Reiss., Ilex mate A.St.Hil.

Nomes populares:  Erva-mate, mate, congonha, erva-congonha, erveira, chá-mate, etc.

Origem ou Habitat: Sul da América do Sul (Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia, Chile e Brasil).

Características botânicas:  Árvore de até 20 metros de altura. Folhas de cor verde escura, simples, alternas, oblongas ou obovadas, curto-pecioladas, com margens crenadas ou serreadas, medindo de 6-20 cm de comprimento. Flores unissexuais, brancas, em fascículos axilares. Fruto do tipo drupa, avermelhado, globoso, com polpa carnosa abrigando 5 a 8 sementes. (LORENZI & MATOS, 2002).

Partes usadas: Folhas.

Uso popular:  Seu uso reduz a fadiga, melhora o apetite e ajuda a digestão.

As folhas são usadas com fins medicinal e alimentício. No sul do Brasil, no Uruguai, Argentina e Paraguai é consumida sob a forma de uma bebida típica, o chimarrão.

Externamente, é usada na forma de cataplasma, no tratamento caseiro de feridas e úlceras.

Composição química:  Os principais componentes conhecidos são os alcalóides (Metilxantinas: cafeína, teofilina e teobromina); taninos; compostos orgânicos derivados do ácido clorogênico e do ácido cafeico; flavonóides; saponinas triterpenóides derivadas dos ácidos ursólico e oleanólico; ácido fólico; vitaminas; sais minerais: alumínio, fósforo, potássio, magnésio, manganês, cálcio, ferro; óleo essencial.

Ações farmacológicas: Estimulante do sistema nervoso central, podendo causar insônia e arritmia cardíaca, vasodilatadora e diurética, antioxidante in vitro, glicogenolítica, lipolítica, pode proporcionar perda de peso (Coradin et al, 2011.

 

 

Referências:
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 1ª.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

SIMÕES, C.M.O. et al. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986.

Coradin, L.; Siminski, A.; Reis, A.- Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul – Brasília: MMA, 2011.

http://www.tropicos.org/Name/2000339 acesso em 22 de abril de 2014.

Tags: CataplasmaDigestivaFadiga

CURRY

08/01/2020 16:20

Murraya koenigii  (L.) Spreng.

Rutaceae   


 Sinonímias: Bergera koenigii L., Chalcas koenigii (L.) Kurz. 

Nomes populares:  Árvore-de-curry, curry, caril, Meetha neem, Kari patha, tiao liao jiu li xiang. 

Origem ou Habitat: É distribuída entre China, Índia, Paquistão, Nepal, Sri Lanka, Tailândia, Vietnam. 

Partes usadas:Folhas. 

Uso popular:  Digestiva, antioxidante, antidiarreica, fungicida, anticâncer, revigorante. 

É planta usada tradicionalmente na culinária indiana, além de fazer parte de muitas misturas de ervas e especiarias. 

 

Tags: Anti-oxidanteAntidiarreicoCondimentoDigestiva

ALFAVACA ANISADA

27/12/2019 00:58

Ocimum selloi  Benth.

Lamiaceae (Labiatae) 


SinonímiasOcimum carnosum (Spreng.) Link & Otto ex Benth.(é considerado o nome legítimo pelo catálogo de plantas e fungos do Brasil de 2010) , Ocimum selloi var. genuinum (Benth.) Briq., Ocimum selloi var. carnosum Briq.

Nomes populares: Alfavaca-anisada, alfavaca-cheiro-de-anis, alfavaca-anis, anis, erva-doce, elixir-paregórico, alfavaquinha, erva-das-mulheres, atroveran, alfavaca preta.

Origem ou Habitat: Regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Características botânicas: É herbácea, até um metro de altura, raramente chegam a 2m. Caule ereto, com pubescência retrorsa até o ápice. Folhas de 1,5 – 9 cm de comprimento por 1 – 4,5cm de largura., sub-romboidais até ovadas, agudas ou acuminadas, quase inteiras até serradas, com pêlos curtos sobre as margens e as nervuras, pecíolos de comprimentos variados. Inflorescências em pequenos rácimos bracteados de até 20cm de comprimento. Brácteas de 2 – 3,5 mm de comprimento, glabras ou pubescentes, com bordos pilosos. Cálice campanulado de 2,5 – 3,5 mm de comprimento na flor e até 1 cm no fruto. Lobo superior suborbicular, de 1,5 – 2,5 mm de diâmetro, cujos dentes inferiores ultrapassam, igualam ou não o lobo superior. Corola rosada, azul ou morada, de 3,5 – 6 mm de comprimento, com pêlos mais visíveis na metade superior do tubo. Filamentos superiores de 2,5 – 4 mm de comprimento e os inferiores de 2 – 3,5 mm. Anteras com tecas divergentes. Disco com o bordo 3- 4 lobado. Estilete de 4 – 6 mm de comprimento. Clusas de 1,5 – 2 mm de comprimento elipsóide- trígonas ou levemente tetrágonas, castanho-escuras, com estrias suaves, reticuladas e mucilaginosas.

Partes usadas: Folhas e inflorescências.

Uso popular: Em cólicas, “dor de barriga”, temos a experiência de associá-la a marcela  (Achyrocline satureoides) com bons resultados, tosse, bronquite, febre, resfriado e como carminativo e digestivo.

Associamos com mil-folhas (Achillea milefolium), erva-cidreira (Melissa officinalisI) ou Lippia citrodora para tratar tensão pré-menstrual (TPM), também com bons resultados.

Composição química: Óleo essencial contendo principalmente trans-anetol, metil-chavicol (estragol) e metil-eugenol; taninos, saponinas e pigmentos. Pesquisas demonstraram que o rendimento do óleo essencial é maior nas inflorescências (0,6%) do que nas folhas (0,25%).

-Óleo essencial:Metilchavicol, trans – β – ocimeno, trans – anetol, dentre outros.

INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS:                            👥(HU): Estudo realizados com o óleo essencial das folhas apontam a ação repelente e baixa toxicidade do uso tópico aplicado na pele de 30 voluntários de ambos os sexos.                 🐁(AN): Estudos in vivo com o óleo essencial demonstraram efeito  antiespasmódico   antidiarreico  e analgésico.                                  🧫🦠(IV): estudo in vitro demonstrou potencial antibacteriano do óleo essencial contra  S. aureus e E. coli.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses indicadas não há relatos de toxicidade.

Contra-indicações: Devido à falta de maiores estudos , não é indicado para gestantes e lactantes.

Posologia e modo de uso: Infusão: uma colher de sopa de folhas e/ou inflorescências frescas picadas para uma xícara de água. Tomar 3 a 4 xícaras ao dia , por até 2 semanas.

Infusão para TPM: 5 folhas de alfavaca anisada (Ocimum selloi) + 5 folhas de erva cidreira (Melissa officinalis ou Lippia citrodora) + 1/2 folha de mil folhas (Achillea milefolium). Tomar 2 a 3 xícaras ao dia durante quinze dias.

Observações: Existem vários quimiotipos desta espécie, alguns sem o cheiro semelhante ao do funcho ou erva doce.

 

 

Referências: 
ALONSO, J. Tratado de fitofármacos y nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus libros, 2004. 1360p.

AMARAL, C. L. F. ; CASALI, V.W.D. Identificação e Caracterização de populações de alfavaca (Ocimum selloi Benth.) por meio de marcadores isoenzimáticos. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, [S. I.], v.2, n.2, p. 9-15, 2000.

BURKART. Flora Ilustrada de Entre Rios (Argentina). Buenos Aires, 1974. Colección INTA. Ministério de Agricultura y Ganadería de la Nación. Parte V- Dicotiledóneas metaclamídeas. p. 315-316.

HARLEY, R. et al. . Lamiaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB036586 – Acesso em: 17 de maio de 2011.

LORENZI, H.; MATOS,F. J. A. ,Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

MARTINS, E. R. Estudos em Ocimum selloi Benth.: isoenzimas, morfologia e óleo essencial. In:MING, L.C. et al. (Eds.) Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares: Avanços na pesquisa agronômica. Botucatu: UNESP, 1998. p.97-125.

MORAES, L. A. S. et al. Phytochemical characterization of essential oil from Ocimum selloi . Anais da Academia Brasileira de Ciências , (2002.) p.183-186.

VANDERLINDE, F. A. et al. Atividades Farmacológicas Gerais e Atividade antiespasmódica do extrato etanólico de Ocimum selloi Benth. (elixir paregórico). In: XIII SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 1994. Fortaleza,CE. Anais.Fortaleza: UFC 1994.

VANDERLINDE, F. A. et al. Atividade antiinflamatória e analgésica do extrato etanólico de Ocimum selloi Benth. (elixir paregórico). In: XIII SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 1994 Fortaleza,CE. Anais.. Fortaleza: UFC, 1994.

www.tropicos.org – Acesso em: 17 de maio de 2011.

Fitoterapia. 2008 Dec;79(7-8):569-73. Epub 2008 Jul 11. Analgesic and antidiarrheal properties of Ocimum selloi essential oil in mice. Franca CS, Menezes FS, Costa LC, Niculau ES, Alves PB, Pinto JE, Marçal RM. Source Physiology Department (DFS), Federal University of Sergipe, São Cristovão, Sergipe, CEP 49.100-000, Brazil.

FACANALI, Roselaine et al. Genetic and chemical diversity of native populations of Ocimum selloi Benth. Industrial Crops And Products, [s.l.], v. 76, p.249-257, dez. 2015.

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