QUITOCO

19/02/2020 23:30

Pluchea sagittalis  (Lam.) Cabrera.

Asteraceae 


SinonímiasConyza sagittalis Lam., Pluchea quitoc D.C., Pluchea suaveolens (Vell.) Kuntze, Gnaphalium suaveolens Vell.

Nomes populares: Quitoco, erva de lucero, erva luzeira, tabacarana, madre-cravo, yerba del lucero, cuatrocantos, árnica.

Origem ou Habitat: América do Sul, especialmente no Sul do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.

Cresce em solos baixos e úmidos, ao redor de rios.

Características botânicas: Herbácea medindo de 1-2 m de altura, caule ereto, apresentando quatro aletas ou asas (quadrialados). Folhas lanceoladas, ligeiramente dentadas, alternas e decorrentes ( Diz-se da folha cujo pedúnculo está pegado ao longo da haste em quase todo o seu comprimento). Capítulos florais hemisféricos (como cilindros achatados) de 1 cm de diâmetro, cor variando do lilás ao branco-rosado, suaves ao tato, se agrupam em inflorescências corimbosas e aparecem durante o verão.

Partes usadas: Partes aéreas, inflorescências.

Uso popular: Segundo a Irmã Eva Michalak (1997), o quitoco é indicado para bronquite, tosse, flatulência, reumatismo, afecções do fígado, inflamação do útero, resfriado e dores no corpo e como digestivo.

Na Argentina e países vizinhos é recomendado a infusão das folhas e capítulos florais como sedativo, colagogo, colerético, anti-espasmódico, anti-flatulência, febrífugo e contra a gonorreia. Os ramos e as folhas em decocção é empregada para tratar a tosse e febre, e uso externo para lavar e desinfetar erupções e feridas.

Composição química: Nas partes aéreas encontram-se:

Compostos fenólicos: ésteres do ácido caféico, ácidos clorogênico e isoclorogênico.

Óleo essencial: canfeno, l-alcanfor, humuleno, a e b-pineno, d-limoneno, 1,8-cineol, p-cimeno, citronelol, acetato de bornilo, cariofileno, a-terpineol, acetato de geraniol, borneol, linalol, a-tuyeno.

Outros: taraxasterol, heterosídeos flavônicos (quercetina, quercitrina, pirocatequina, trimetoxi-flavonas), centaureidina, crisofenol D, taninos, saponinas, leucoantocianidinas, esteróis, e outros.

Na planta inteira foram isolados: cumarinas, pirocatequina, pirocatecol, floroglucinol, pirogalol e flavonóides (quercitrina, quercetina, pirocatequina.

Ações farmacológicas: Foram evidenciadas, em testes com animais, as seguintes atividades farmacológicas: colagoga, colerética, antioxidante, anti-inflamatória e antiviral.

Interações medicamentosas: Não encontrado na literatura pesquisada.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não existe informação a respeito.

Contra-indicações: Não existe informação a respeito. Por precaução, gestantes e lactantes devem evitar seu uso.

Posologia e modo de uso: Infusão: 2 colheres (chá) de parte aérea triturada para 1 xícara (150 ml) de água fervente. Tomar 1 xícara ao dia pela manhã.

Pode-se agregar ao chimarrão.

Observações: A denominação “yerba del lucero” não tem uma explicação bem definida e aparentemente é devido ao seu uso secular tomado pela manhã, na hora da estrela da manhã (hora del lucero).

A outra denominação “cuatrocantos”, refere-se as quatro asas que apresenta o talo.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/decorrentes [consultado em 20-03-2015].

MICHALAK, E., Irmã. Apontamentos fitoterápicos da Irmã Eva Michalak. Florianópolis: Epagri, 1994.

http://www.tropicos.org/Name/2717659?tab=synonyms – Acesso em 20 Março 2015.

Tags: BronquiteDigestivoFlatulênciaResfriadoReumatismoTosse

QUINOA

19/02/2020 23:25

Chenopodium quinoa  Willd.

Amaranthaceae


SinonímiasChenopodium album subvar. leucospermum (Schrad.) Kuntze, Chenopodium canihua Cook, Chenopodium hircinum var. quinoa (Willd.) Aellen, Chenopodium quinoa fo. purpureum Aellen.

Nomes populares: Quinua, quinoa, arroz andino, kuchikinwa, ayara, kiuna (Quechua).

Origem ou Habitat: A quinoa é originária dos países andinos, e seu consumo é ancestral na dieta da população campesina.

Características botânicas: Trata-se de uma herbácea anual medindo de 1 a 3,5 m de altura. As folhas são largas e polimorfas (diferentes formas na mesma planta). O talo pode ou não ter ramos, dependendo da variedade ou da densidade do cultivo. A inflorescência, na forma de panícula (cacho de cachos) mede de 15 a 70 cm e pode chegar a um rendimento de 200 g de grãos por panícula. As flores são hermafroditas, pequenas e sem pétalas. O fruto é seco e mede aproximadamente 2 mm de diâmetro (de 250-500 sementes/g), circundando o cálice, o qual é da mesma cor que a da planta. As sementes podem ser brancas, marrons, amarelas, cinzas, rosadas, vermelhas ou negras. Existem muitas variedades de Chenopodium quinoa, destacam-se: Huariponcho, Ayrampo, Rosada frutilla, Pasankalla, Khuchiwila, etc.

A quinoa cresce desde o nível do mar no Peru até 4.000 metros a.n.m. nos Andes, sendo mais comum o cultivo acima de 2.500 metros a.n.m.

A Bolívia é o principal produtor mundial seguido do Peru

Partes usadas: Folhas e sementes.

Uso popular: O principal uso da quinoa é na alimentação. A quinoa é um alimento proteico muito rico e completo possuindo 10 aminoácidos essenciais para o ser humano.

Composição química: Proteína (aminoácidos essenciais: histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, cisteina, fenilalanina, triptofano, valina e arginina); carboidratos; gordura; fibras; etc. Tabela cedida por Alonso, 2008.

Proteínas: Quenopodina, quinoa, glicina e β-conglicinina.

Lipídios: Ácido linoleico, ácido γ-linolênico, ácido oleico, dentre outros.

Esteroides: β-sitosterol, campesterol, brassicasterol, estigmasterol e 20-hidroxisfisona.

Referências: 

ALONSO, J. – Alimentos funcionales e nutracéuticos, módulo 26, 2010.

VILCACUNDO, Rubén; HERNÁNDEZ-LEDESMA, Blanca. Nutritional and biological value of quinoa ( Chenopodium quinoa Willd.). Current Opinion In Food Science, [s.l.], v. 14, p.1-6, abr. 2017.

TRUJILLO, Diana Maria Chito et al. Quinoa (Chenopodium quinoa Willd.) versus soja (Glycine max [L.] Merr.) en la nutrición humana: revisión sobre las características agroecológicas, de composición y tecnológicas. Revista Española de Nutrición Humana y Dietética, [s.l.], v. 21, n. 2, p.184-198, 24 jul. 2017.

RUIZ, Karina B. et al. Quinoa biodiversity and sustainability for food security under climate change. A review. Agronomy For Sustainable Development, [s.l.], v. 34, n. 2, p.349-359, 15 nov. 2013.

JANCUROVÁ, Michala; MINAROVICOVA, Lucia; DANDÁR, Alexander. Quinoa – a Review. Czech Journal Of Food Sciences, [s.l.], v. 27, n. 2, p.71-79, mar. 2009.

http://www.tropicos.org/Name/7200325 – acesso em 14 de março de 2013.

Tags: ComestívelNutritiva

QUEBRA-PEDRAS- RASTEIRO

19/02/2020 23:22

Euphorbia prostrata  Aiton.

Euphorbiaceae


SinonímiasChamaesyce prostrata (Aiton )Small, Euphorbia chamaesyce L., Euphorbia callitrichoides H.B.K. , Euphorbia perforata Guss.

Nomes populares: Quebra-pedras, quebra-pedras-roxo, erva-pombinha, saxifraga, burra-leiteira, erva-de-santa-luzia, caá-cambui.

Origem ou Habitat: América central.

Características botânicas: É uma erva rasteira, latescente, pilosa, de talos rosados ou arroxeados, folhas de 0,2-1,1 cm de comprimento e 0,5 cm de largura, simples, largo-elípticas até obovadas ou ovadas, assimétricas na base, membranosas, alternas. Inflorescência tipo ciátio isolado, saindo do caule e ramos laterais, de até 0,1 cm de diâmetro. Fruto tipo cápsula, de cerca de 0,1 cm de diâmetro.

Partes usadas: Partes aéreas.

Uso popular: Usado para dor nas costas, inflamação e pedra nos rins, “urina presa”, para este fim é usada a planta seca. Também é relatado uso para infecção de garganta. O “latex ” é usado em verruga plantar (olho de peixe).

Composição química: Foram isolados ácido gálico, corilagina, trigaloilglicose, geraniina, tellimagradina I, II e rugosina A,E,D e G (CHEN et al., 1992).

Ações farmacológicas: Estudos clínicos com Euphorbia prostrata mostrou atividade em hemorróidas (GUPTA).

Em coelhos mostrou atividade em diminuir picos hiperglicêmicos.

Mostrou atividade anti-inflamatória.

Interações medicamentosas: Não há estudos.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: É planta considerada tóxica na literatura, apesar de ser uma espécie pouco estudada, sabe-se que o suco da planta é irritante das mucosas e o óleo das sementes, um purgante drástico (CONTRERAS & ZOLLA, 1982; REITZ, 1988).

Contra-indicações: Evitar o uso interno da planta até sabermos mais sobre o uso seguro desta espécie.

Posologia e modo de uso: É utilizada a planta fresca para verruga plantar; utiliza-se o látex que escorre, colocando sobre a lesão.

Na literatura é descrito o uso do decocto adoçado com açúcar para pedras da urina, tomando uma xícara 3 vezes ao dia. (ROIG Y MESA, 1945).

Um creme feito com extrato seco de quebra-pedra-rasteiro (Euphorbia prostrata) mostrou-se efetivo na melhoria do sangramento retal em pacientes com hemorróidas.

Observações: Esta planta, considerada tóxica, deveria ter um estudo a partir da indicação popular – abafado de planta seca – pois informantes a consideram melhor que espécies do gênero Phyllanthus.

Existe uma espécie muito semelhante chamada Euphorbia serpens Kunth, com usos semelhantes, porém com poucos estudos.

Referências: 

Aita A. M., Matsuura H.N., Machado, C.A., Ritter, M.R. “Espécies medicinais comercializadas como “quebra-pedras” em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil” – Revista Brasileira de Farmacognosia 19(2A): 471-477, Abr./Jun. 2009 – Porto Alegre-RS, Brasil

Alarcon-Aguilara FJ, Roman-Ramos R, Perez-Gutierrez S, Aguilar-Contreras A, Contreras-Weber CC, Flores-Saenz JL.”Study of the anti-hyperglycemic effect of plants used as antidiabetics”. Departamento de Ciencias de la Salud, Universidad Autónoma Metropolitana Iztapalapa, México, DF, México.J Ethnopharmacol. 1990 Jul;29(3):291-4.

CHEN L, Chen R, Wei K “Constituents of tannins from Euphorbia prostrata Aiton”. Zhongguo Zhong Yao Za Zhi 17 : 225-226, 1992.

CONTRERAS & ZOLLA, 1982;

http://floradobrasil.jbrj.gov.br – Acesso 9 Junho 2015.

GUPTA PJ. “The efficacy of Euphorbia prostrata in early grades of symptomatic hemorrhoids–a pilot study.” Eur Rev Med Pharmacol Sci. 2011 Feb;15(2):199-203.

Jain, Rajesh; Singh, Sukhjeet “Topical compositions comprising Euphorbia species” From Indian Pat. Appl. (2010), IN 2009DE00112 A 20100730. (Scifinder, artigo 2) Acesso 9 Junho 2015.

REITZ, 1988.

ROIG Y MESA, J. T. Plantas Medicinales aromaticas o venenosas de Cuba. Habana, Cuba: Cultural S.A., 1945.

SINGLA AK1, Pathak K.”Topical antiinflammatory effects of Euphorbia prostrata on carrageenan-induced footpad o edema in mice.” Department of Pharmaceutical Sciences, Panjab University, Chandigarh, India.J Ethnopharmacol. 1990 Jul;29(3):291-4.

SINGLA AK1, Pathak K. “Anti-inflammatory studies on Euphorbia prostrata.” Department of Pharmaceutical Sciences, Panjab University, Chandigarh, India.J Ethnopharmacol. 1989 Nov;27(1-2):55-61.

http://www.tropicos.org/Name/12800045?tab=synonyms – Acesso 9 Junho 2015.

Tags: Anti-inflamatório

QUEBRA-PEDRA

18/02/2020 22:43

Phyllanthus niruri   L.

Phyllanthaceae (ex Euphorbiaceae)


SinonímiasPhyllanthus asperulatus Hutch, Phyllanthus filiformis Pav. ex baill, Phyllanthus lathyroides Kunth, Phyllanthus niruri var. genuinus Müll. Arg.

Nomes populares: Erva-pombinha, erva-de-bombinha, arrebenta-pedra e erva-de-quebrante.

Origem ou Habitat: América.

Características botânicas: Phyllanthus ninuri é uma erva ereta com até 50 cm de altura, caule muito fino, folhas dísticas, oblongas, curto-pecioladas e base assimétrica, com até 1 cm de comprimento, cuja disposição nos râmulos faz lembrar folhas compostas pinadas, com estípulas avermelhadas. Flores unissexuais, pequenas, amarelas ou esverdeadas, dispostas na parte inferior dos ramos. Fruto capsular medindo até 1 mm de diâmetro.

Euphorbia prostata é uma erva rasteira, pilosa, latescente, de talos rosados, folhas de 0,2-1,1 cm de comprimento e 0,5 cm de largura, simples, largo-elípticas até abovadas ou ovadas, assimétricas na base, membranosas, alternas. Inflorescência tipo ciátio isolado, saindo do caule e ramos laterais, de até 0,1 cm de diâmetro. Fruto tipo cápsula, de cerca de 0,1 cm de diâmetro.

Partes usadas: Toda a planta, folhas, frutos, sementes e raízes.

Uso popular: Segundo as comunidades da Ilha as partes aéreas ou a planta toda são empregadas na forma de infuso ou decocto para o tratamento de pedras nos rins e como diurético ,dor nas costas.

Segundo a literatura o decocto da planta inteira é empregado contra febres palúdicas e hidropsia (acúmulo de serosidades em qualquer parte do corpo) (CUELLAR & ESTEVEZ, 1980). WENIGER & ROBINEAU (1988) citam o uso da planta inteira como depurativo, diurético, antidiabético e como febrífugo. A raiz de quebra-pedra é usada para curar a icterícia, quando raspada e moída com leite (CUELLAR & ESTEVEZ, 1980) ou como decocção com xarope de raspas de laranja (LUTZEMBERGER, 1985). Nas afecções hepáticas são usadas em chás caseiros tanto as raízes, quanto as folhas (SOUZA et al., 1991). As últimas também têm sido empregadas como tônico, antidiabético e para combater as cólicas renais e da bexiga proveniente de cálculos (CUELLAR & ESTEVEZ, 1980). O suco dos frutos é administrado nos casos de glicosúria (LUTZEMBERG, 1985.

Composição química: As partes aéreas de Phyllanthus niruri apresentam lignanas, alcalóides, triterpenos e flavonóides. A semente possui óleo fixo, contendo ácido linolênico, compostos flavônicos, triterpenóides derivados do lupeol e esteróides (GUPTA et al., 1984; SYAMASUNDAR et al.,1985; JOSHI et al.,1986; HNATYSZYN et al., 1987; NEGI & FAKHIR, 1988; TEMPESTA et al., 1988; SINGH et al., 1989; HUANG et al., 1992.

Alcalóides: nor‐securinina, securinina, filocrisina e filantina.

Flavonóides: Quercetina, quercetol, quercitrina , rutina, catequina, gallocatequina, niruriflavona, cianidina, antocianidina, astragalina, dentre outros.

Lignanas: Nirtetralina, hipofilantina, lintetralina, dentre outros.

Ácidos fenólicos: Salicilato de metila, ácido protocatecuico, ácido salicílico, dentre outros.

Taninos: Ácido gálico, corilagina, ácido elágico, elagitanina, dentre outros.

Terpenos: Limoneno, p-Cimeno e lupeol

Ácidos fenólicos: Ácido 1-cafeoil-5-feruloilquinico , ácido 4-sinapoilquinico , ácido 5 -p-coumaroilquinico, dentre outros. -Furanocumarinas: Isopimpinelina (Toxico)

Saponinas: Diosgenin, nirurisideo e β-glucogalina.

Ações farmacológicas: A ação antiespasmódica de extratos de Phyllanthus niruri pode estar relacionada aos alcalóides ou flavonóides presentes (CALIXTO et al., 1984; SOUSA et al., 1991). Estudos clínicos realizados com o chá de quebra-pedra permitiram concluir a respeito do seu efeito benéfico no tratamento de litíase, facilitando a eliminação de cálculos já formados. Além disso, houve um retardo no crescimento de cálculos vesicais a nível experimental em ratos. O uso por 3 meses não causou efeito tóxico crônico, assim como não provocou modificações no volume urinário ou nos parâmetros bioquímicos do sangue e urina analisados (SANTOS, 1990). Os extratos hidroalcoólicos de Phyllanthus niruri, P. tenellus, P. urinaria e P. corcovadensis mostraram potente ação antinoceptiva em vários modelos experimentais (GORSKI et al., 1993; SANTOS et al., 1995). Alguns compostos acíclicos (SINGH et al., 1989) e um efeito protetor de extratos aquosos contra substâncias citotóxicas (DHIR et al., 1990). Para extratos de Phyllanthus niruri e Phyllanthus amarus tem sido relatado um efeito benéfico no tratamento de hepatite B; entretanto, os resultados de vários experimentos realizados para demonstrar esta atividade, são conflitantes (VENKATESWARAN et al., 1987; MEHROTRA et al., 1990; THAMLIKITKUL et al., 1991; YEH et al., 1993; DOSHI et al., 1994; BLUMBERG et al., 1989; LEELARASAMEE et al., 1990; THYAGARAJAN et al., 1988; NIU et al., 1990). O extrato aquoso de P. niruri inibiu a transcriptase reversa do vírus tipo-1 da síndrome da imunodeficiência humana “HIV-1-RT” (OGATA et al., 1992).

O tratamento da hepatite B com quebra-pedra foi patenteado por uma empresa norte-americana, sendo que este efeito é obtido com cápsulas gastroresistentes, uma vez que as substâncias com atividade antiviral são degradadas no estômago (MATOS, 1994)..

Interações medicamentosas: não são relatadas e não há estudos.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Planta bem tolerada nas doses usuais, em altas doses pode causar diarréia, diurese acentuada e hipotensão.(ALONSO,2004).

Contra-indicações: A espécie Phyllanthus niruri deve ser evitada na gestação e lactação(ALONSO,2004); por precaução, as outras espécies de Phyllanthus também devem ser evitadas.

Posologia e modo de uso: Preparar o abafado com uma colher de sobremesa para 1 xícara de água quente , verter a água sobre a planta rasurada, cobrir por 10 minutos, coar e tomar 1 xícara 3x ao dia por 3 semanas.

Observações: Além da espécie Phyllanthus niruri outras espécies são utilizadas como por exemplo a Phyllanthus sellowianus Mull. Arg., Phyllanthus urinaria L., Phyllanthus tenellus Roxb. e uma planta de outro gênero da família Euphorbiaceae –Euphorbia prostata Aiton – são igualmente utilizadas como quebra-pedra.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

BAGALKOTKAR, G. et al. Phytochemicals fromPhyllanthus niruriLinn. and their pharmacological properties: a review. Journal Of Pharmacy And Pharmacology, [s.l.], v. 58, n. 12, p.1559-1570, dez. 2006. Wiley.

CALIXTO, J.B. et al Antispasmodic effects of an alkaloid extracted from Phyllanthus sellowianus: a comparative study with papaverine. Bras. J. Med. Biol. Res., [S.I], v. 17, p. 313-21, 1984

CUELLAR, A.C.; ESTEVEZ, P.F. Estúdio fitoquímico preliminar de plantas cubanas. V. Phyllanthus niruri, Euphorbiaceae. Rev. Cub. Farm., v. 14, n. 1, p. 63-68, 1980.

DHIR, H. et al. Protection afforded by aquous extracts of Phyllanthus species against cytotoxicity induced by lead and aluminium salts. Phytotherapy Res., v. 4, n. 5, p. 6-172, 1990.

GORSKI, F. Potent antinociceptive activity of a hydroalcoholic extract of Phyllanthus corcovadensis. J. Pharm. Pharmacol., v. 45, p. 9-1046, 1993.

GUPTA, D.R.; AHMAED, B. Nirurin: a new prenylated flavanone glycoside from Phyllanthus niruri. J. Nat Prod., v. 47, n. 6, p. 63-958, 1984.

GUPTA, Mahabir P. (ed.). 270 Plantas Medicinales Iberoamericanas. Santafé de Bogotá, D. C. – Colômbia: CYTED-SECAB, 1995.

HUANG, Y.L; CHEN, C.C.; OU, J.C. Isolintetralin: a new lignan from Phyffanthus niruri. Planta Med., v.58, p.473, 1992.

JOSHI. B.; GAWAD, D.H.; PELLETIER, S.W.; KARTHA, G.; BHANDARY, K. Isolation and structure (X-ray analysis) of ent-norsecurinine, an alkaloid from Phyllanthus rerun. J. Nat Prod., v.49, n.4, p. 614-20, 1986.

LEELARASAMEE, A.; TRAKULSOMBOON, S.; MAUNWONGYATHI, P.; SOMANABANDHU, A.; PIDETCHA, P.; MATRAKOOL, B.; LEBNAK, T.; RIDTHIMAT, W.;

CHANDANAYINGYONG, D. Failure of Phyllanthus amarus to eradicate hepatitis B surface antigen from symptomless earners. Lancet, v.335, n.8705, p. 1600-1, 1990.

LUTZENBERGER, L. Revisão da nomenclatura e observações sobre as angiospermas citadas na obra de Manuel Cypriano D’Ávila: “Da flora medicinal do Rio Grande do Sul”. Porto Alegre: Faculdade de Biologia da UFRGS, 1985.

LUTZENBERGER, L. Revisão da nomenclatura e observações sobre as angiospermas citadas na obra de Manuel Cypriano D’Ávila: “Da flora medicinal do Rio Grande do Sul”. Porto Alegre: Faculdade de Biologia da UFRGS, 1985. Dissertação de Bacharelado em Ciências Biológicas, ênfase em Botânica.

MATOS, F.J.A. Farmácias Vivas – Sistemas de Utilização de Plantas Medicinais Projetado para Pequenas Comunidades. Fortaleza: EUFC, 1994.

NEGI, R.S. & FAKHIR, T.M. Simplexine (14-hydroxy-4-methoxy-13,14-dihydronorsecurinine): an alkaloid from Phyilanthus simplex. Phytochemistry, v.27, n.9, p.3027-8,1988.

OGATA, T.; HIGUCHI, H.; MOCHIDA, S.; MATSUMOTO, H.; KATO, Α.; ENDO. T.; KAJI, Α.; KAJI, H. HIV-1 reverse transcriptase inhibitor from Phyilanthus niruri. AIDS Res. Hum. Retroviruses, v.8, η.11, p.1937-44, 1992.

QI, Weiyan; HUA, Lei; GAO, Kun. Chemical Constituents of the Plants from the Genus Phyllanthus. Chemistry & Biodiversity, [s.l.], v. 11, n. 3, p.364-395, mar. 2014.

SANTOS, D.R. Chá de quebra-pedra (Phyllanthus niruri) na litíase urinária em humanos e em ratos. Tese. Curso de Pós-Graduação em Nefrologia. Escola Paulista de Medicina. Doutorado. São Paulo. 1990.

SINGH et al., 1989)

SOUSA, M. P.; MATOS, M. E. O.; MATOS, F. J. A.; MACHADO, M. L. L; CRAVEIRO, A. A. Constituintes químicos ativos de plantas medicinais brasileiras. Fortaleza: EUFC, 1991.

SYAMASUNDAR, K.V.; SINGH, B.; THAKUR, R.S.; HUSAIN, Α.; KISO, Υ.; HIKINO. H. Antihepatotoxic principles of Phyilanthus nirvri herbs. J. of Ethnopharmacology, V.14, p.41-4, 1985.

VENKATESWARAN et al., 1987; MEHROTRA et al., 1990; THAMLIKITKUL et al., 1991; YEH et al., 1993; DOSHI et al., 1994; BLUMBERG et al., 1989;

LEELARASAMEE et al., 1990; THYAGARAJAN et al., 1988; NIU et al., 1990).

VENKATESWARAN, P.S.; MILLMAN, I.; BLUMBERG, B.S. Effects of an extract from Phyilanthus niruri on hepatitis Β and woodchuck hepatitis viruses: in vitro and in vìvo studies. Proc. Nati. Acad. Sci. USA., v.84, n.1, p.274-8. 1987.

KAUR, Navneet; KAUR, Baljinder; SIRHINDI, Geetika. Phytochemistry and Pharmacology of Phyllanthus niruri L.: A Review. Phytotherapy Research, [s.l.], v. 31, n. 7, p.980-1004, 17 maio 2017.

WENIGER & ROBINEAU 1988.

Tags: CólicaDepurativoDiuréticoFebreFebrífugaTônico