QUITOCO

19/02/2020 23:30

Pluchea sagittalis  (Lam.) Cabrera.

Asteraceae 


SinonímiasConyza sagittalis Lam., Pluchea quitoc D.C., Pluchea suaveolens (Vell.) Kuntze, Gnaphalium suaveolens Vell.

Nomes populares: Quitoco, erva de lucero, erva luzeira, tabacarana, madre-cravo, yerba del lucero, cuatrocantos, árnica.

Origem ou Habitat: América do Sul, especialmente no Sul do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.

Cresce em solos baixos e úmidos, ao redor de rios.

Características botânicas: Herbácea medindo de 1-2 m de altura, caule ereto, apresentando quatro aletas ou asas (quadrialados). Folhas lanceoladas, ligeiramente dentadas, alternas e decorrentes ( Diz-se da folha cujo pedúnculo está pegado ao longo da haste em quase todo o seu comprimento). Capítulos florais hemisféricos (como cilindros achatados) de 1 cm de diâmetro, cor variando do lilás ao branco-rosado, suaves ao tato, se agrupam em inflorescências corimbosas e aparecem durante o verão.

Partes usadas: Partes aéreas, inflorescências.

Uso popular: Segundo a Irmã Eva Michalak (1997), o quitoco é indicado para bronquite, tosse, flatulência, reumatismo, afecções do fígado, inflamação do útero, resfriado e dores no corpo e como digestivo.

Na Argentina e países vizinhos é recomendado a infusão das folhas e capítulos florais como sedativo, colagogo, colerético, anti-espasmódico, anti-flatulência, febrífugo e contra a gonorreia. Os ramos e as folhas em decocção é empregada para tratar a tosse e febre, e uso externo para lavar e desinfetar erupções e feridas.

Composição química: Nas partes aéreas encontram-se:

Compostos fenólicos: ésteres do ácido caféico, ácidos clorogênico e isoclorogênico.

Óleo essencial: canfeno, l-alcanfor, humuleno, a e b-pineno, d-limoneno, 1,8-cineol, p-cimeno, citronelol, acetato de bornilo, cariofileno, a-terpineol, acetato de geraniol, borneol, linalol, a-tuyeno.

Outros: taraxasterol, heterosídeos flavônicos (quercetina, quercitrina, pirocatequina, trimetoxi-flavonas), centaureidina, crisofenol D, taninos, saponinas, leucoantocianidinas, esteróis, e outros.

Na planta inteira foram isolados: cumarinas, pirocatequina, pirocatecol, floroglucinol, pirogalol e flavonóides (quercitrina, quercetina, pirocatequina.

Ações farmacológicas: Foram evidenciadas, em testes com animais, as seguintes atividades farmacológicas: colagoga, colerética, antioxidante, anti-inflamatória e antiviral.

Interações medicamentosas: Não encontrado na literatura pesquisada.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não existe informação a respeito.

Contra-indicações: Não existe informação a respeito. Por precaução, gestantes e lactantes devem evitar seu uso.

Posologia e modo de uso: Infusão: 2 colheres (chá) de parte aérea triturada para 1 xícara (150 ml) de água fervente. Tomar 1 xícara ao dia pela manhã.

Pode-se agregar ao chimarrão.

Observações: A denominação “yerba del lucero” não tem uma explicação bem definida e aparentemente é devido ao seu uso secular tomado pela manhã, na hora da estrela da manhã (hora del lucero).

A outra denominação “cuatrocantos”, refere-se as quatro asas que apresenta o talo.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/decorrentes [consultado em 20-03-2015].

MICHALAK, E., Irmã. Apontamentos fitoterápicos da Irmã Eva Michalak. Florianópolis: Epagri, 1994.

http://www.tropicos.org/Name/2717659?tab=synonyms – Acesso em 20 Março 2015.

Tags: BronquiteDigestivoFlatulênciaResfriadoReumatismoTosse