URUCUM

24/02/2020 18:24

Bixa orellana  L.

Bixaceae


SinonímiasOrellana orellana (L.) Kuntze, Orellana americana Kuntze, Bixa urucurana Willd.

Nomes populares: Urucu, colorau, urucuzeiro, açafroa-da-bahia, achiote, analto (Peru, México, Cuba, Argentina).

Origem ou Habitat: América Tropical.

Características botânicas: Árvore ou arbusto perene, medindo de 3-8 m de altura. Folhas simples, alternas, longamente pecioladas, glabras, levemente cordiformes a ovalado-lanceoladas, grandes, medindo de 8-20 cm de comprimento. Flores brancas ou levemente róseas, dispostas em panículas terminais. Fruto do tipo cápsula deiscente, ovoide, coberto densamente de espinhos flexíveis, marrom-escuro quando maduro, abre-se por duas linhas longitudinais, mostrando uma cavidade com muitas sementes – 30 a 40 sementes – de cor alaranjada forte a vermelho-escuro. Os frutos encontram-se em cachos de até 17 unidades.

Partes usadas: Sementes, folhas e raízes.

Uso popular: Os indígenas utilizam os arilos das sementes como matéria tintorial para a pintura dos corpos em rituais, como proteção contra insetos e queimaduras por exposição ao sol e para tingimento de tecidos e utensílios caseiros de palha e barro.

Na medicina caseira é utilizada como expectorante. O colorau é amplamente utilizado como corante e condimento na cozinha nordestina.

Na literatura etno-farmacológica, as sementes são referidas como estomáquica, tonificante do aparelho gastrointestinal, antidiarreica, antifebril, palpitações do coração, crises de asma, coqueluche e gripe.

Nos países da América do Sul e América Central, vários dos usos conhecidos de Bixa orellana são o mesmo, por exemplo, antipirético, afrodisíaco, antidiarréico, antidiabético, e repelente de insetos.

Composição química: As sementes são ricas em carotenóides. No arilo ceroso da semente ocorre um óleo essencial rico em geranil-geraniol, monoterpenos e sesquiterpenos oxigenados além dos carotenóides bixina e norbixina. As folhas contém flavonóides, diterpenos, ácido gálico e óleo essencial.

Ações farmacológicas: Diversos experimentos, em vários países da América do Sul e Central, mostraram atividades biológicas de extratos de Bixa orellana testados em várias espécies de animais, como: antioxidante, hipotensor, moluscicida e antimalárica, contra células A549 para carcinoma de pulmão, alergia, hipoglicêmica, antifúngica e repelente de insetos.(VILAR, D. A. et all., 2014).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses usuais não foram observados efeitos adversos. Em doses muito elevadas podem causar um efeito purgante e hepatotóxico.

Contra-indicações: O consumo das sementes ou da raiz pode ser abortivo.

Posologia e modo de uso: Infusão: 10g de raiz ou sementes para 1 litro de água. Tomar 1-3 xícaras ao dia. As sementes são empregadas na forma de chá, maceradas em água fria ou como xarope.

Observações: As sementes de urucum eram utilizadas pelos indígenas desde o séc.XVII, como antídoto em casos de envenenamento com a mandioca (Manihot sculenta). (Alonso & Desmarchelier, 2005).

Referências: 

ALONSO J. DESMARCHELIER, C. Plantas Medicinales Autócnas de La Argentina, Buenos Aires: Editorial LOLA, 2005

DRESCHER, L. (coordenador). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

SIMÕES, C. M. O. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986.

VILAR, D. A. et all. “Traditional Uses, Chemical Constituents, and Biological Activities of Bixa orellana L.: A review – Hindawi Publishing Corporation The Scientific World Journal Volume 2014, Article ID 857292, 11 pages – http://dx.doi.org/10.1155/2014/857292 – Acesso 11 de Junho 2015.

http://www.tropicos.org/Name/3800005?tab=synonyms – acesso em 09 de outubro de 2012.

Tags: AntidiarreicoAntifebrilAsmaCondimentoEstomáquicoExpectoranteRepelenteTinturaTônico

POEJO

18/02/2020 22:26

Cunila microcephala  Bentham.

Lamiaceae (Labiatae)


SinonímiasHedyosmos microcephalus (Benth.) Kuntze.

Nomes populares: Poejo, poejinho.

Origem ou Habitat: Sul da América do Sul.

Características botânicas: É herbácea, perene, muito aromática, que cresce em solos úmidos, nas bordas de matas. Floresce e frutifica de setembro a dezembro. Possui talos decumbentes, de aproximadamente 1 m. de comprimento, muito ramificados, com entrenós longos e pubescência retrorsa. Folhas com 0,5-1,5 cm de comprimento por 0,2-0,8 cm de largura, oblanceoladas, espatuladas ou suborbiculares, glabras ou com pubescência no dorso ao longo das nervuras e pecíolo, inteiras na metade superior ou levemente crenadas ou serreadas. Flores subsésseis em pseudocapítulos esféricos de aproximadamente 0,8 cm de diâmetro, axilares nas folhas superiores. Bractéolas lanceoladas ou linear-lanceoladas, de margens hispídulas ou ciliadas. Pedicelos pubescentes. Cálice de 2 a 3 mm de comprimento, tubuloso, levemente infundibiliforme, bilabiado, pouco pubescente nas nervuras e glabro nos bordos, lábio superior de 1 – 1,5 mm de comprimento, dentes deltóides, conatos até a metade de seu comprimento, lábio inferior de 1- 1,5 mm de comprimento. Corola de 3 – 4,5 mm de comprimento, exteriormente pubescente, tubo de aproximadamente 3 mm de comprimento, com pubescência interior mais densa na zona que corresponde ao lábio superior que é levemente emarginado, o inferior tem 1,5 mm, geralmente crenulado, com o lobo médio maior. Filamentos com 2,5 – 3,5 mm de comprimento, anteras divergentes. Estaminódios ausentes. Disco bem desenvolvido, bordos com lobos pequenos. Estiletes de aproximadamente 5,5 mm de comprimento. Ramo superior do estigma mais curto que o inferior. Clusas de 0,5 – 0,6 mm de comprimento, ovóides, suavemente trígonas, pardo-amareladas.

Partes usadas: Partes aéreas.

Uso popular: Antiespasmódico, estimulante, aromático, digestivo, antifebril e em afecções respiratórias (geralmente associado com guaco Mikania laevigata ou Mikania glomerata).

Composição química: Óleo essencial onde predomina: mentofurano (82,3 – 85,1 %), limoneno (2,1 – 3,8 %), beta-cariofileno (3,3 – 3,9 %), 1,8 – cineol (0,7 – 1,3 %), germacreno ( 0,6 – 1,3 %), alfa e beta- pineno (0,4 – 0,5 %), dentre outros. Derivados flavônicos: pentametoxiflavona (desmetilnobiletin) e metoxiflavanona (metileriodictiol). Flavonas e flavanonas e óleos essenciais.

Ações farmacológicas: Planta com poucos estudos de ação farmacológica.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Esta espécie é muito utilizada na medicina popular do Sul do Brasil, não havendo referências sobre intoxicações causadas por ela. No entanto a presença de mentofurano (que tem ação hepatotóxica), sugere cautela no seu emprego, até melhores esclarecimentos.

Posologia e modo de uso: Infusão- uma colher das de chá de planta fresca em uma xícara de água , tomar até 2 xícaras ao dia durante até 2 semanas. Xarope – Na medicina popular é indicado como expectorante, associado com o guaco (Mikania spp), agrião (Nasturtium officinale) e mel.

Observações: Existem outras espécies chamadas de poejo: Cunila spp. e a Mentha pulegium cujo principal componente é a pulegona. Outra espécie de poejo chamada “poejo-da-serra” é a Cunila gallioides , foto abaixo.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de fitofármacos y nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus libros, 2004. 1360 p.

BORDIGNON, S. A. L. et al. Flavones and flavanones from South America Cunila species ( Lamiaceae). Biochemical Systematics and Ecology,[S. I.], n. 31, p. 785-788, 2003.

BORDIGNON, S.A.L. The essencial oil composition of Cunila microcephala and Cunila fasciculate. Phytochemistry, [S. I.], v. 44, n. 7, p. 1283-1286, 1997.

BURKART. Flora Ilustrada de Entre Rios (Argentina). Buenos Aires, 1974. Colección INTA. Ministério de Agricultura y Ganadería de la Nación. Parte V- Dicotiledóneas metaclamídeas. 315-316

ECHEVERRYGARAY, S. et al. Essential oil composition of South Brasilian populations of Cunila galioides and its relation with the geographic distribution. Biochemical Systematics and Ecology, [S. I.], v. 31, p. 467- 475, 2003.

FRACARO, F. et al. RAPD based genetic relationships between populations of three chemotypes of Cunila galioides Benth. Biochemical systematics and Ecology, [S. I], v. 33, p. 409-417, 2005.

LOPES, A. M. V.; ALVAREZ FILHO, A. Plantas usadas na medicna popular do Rio Grande do Sul. Santa Maria: Ed. INFOGRAPH, 1997.

MANNS, D. Linalool and cineole type glucosides from Cunila spicata. Phytochemistry, v. 39, n. 5, p. 1115- 1118, 1995.

SIMÕES, C.M. O. et al. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1986. 174 p.

Tags: AntiespasmódicoAntifebrilAromáticaDigestivoEstimulante

ANDIROBA

27/12/2019 17:08

Carapa guianensis  Aubl.

Meliaceae 


Sinonímias:Carapa nicaraguensis C.DC., Granatum guianense (Aubl.)Kuntze, entre outros.

Nomes populares: Andiroba, andiroba-saruba, carapá, carape, nandiroba, yani, tibiru, aboridan, cedro-macho, e outros.

Origem ou Habitat: Esta árvore é própria de climas tropicais úmidos (América do Sul na Região Amazônica, em várzeas secas e alagadiças; América Central e África).

Características botânicas: Árvore de grande porte, atingindo 30 m de altura. Casca grossa e amarga, facilmente destacável em grandes lascas ou placas. Folhas compostas, longo-pecioladas, pinadas, de 80-120 cm de comprimento com 12 a 18 folíolos opostos, de cor verde-escuro. Inflorescência axilar em panículas, de 30 cm de comprimento, com flores pequenas, perfumadas, de cor creme. O fruto é uma cápsula lenhosa e subglobosa, deiscente de quatro valvas que se separam e liberam de 4 a 12 sementes de 4-5 cm de comprimento.

Partes usadas: Sementes, folhas, flores e cascas.

Uso popular: O óleo extraído das sementes de andiroba é usado como repelente de insetos e problemas da pele, como cicatrizante e anti-inflamatório. Infusões e decocções com suas folhas, flores e córtex são recomendadas popularmente como anti-inflamatória, analgésica, antibacteriana, anti-parasitária, antifebril, anti-tumoral. O óleo é usado em cosmética como emoliente e hidratante. A casca amarga é considerada um bom coadjuvante como parasiticida e febrífugo.

Composição química: Óleo das sementes:(30-60%) estearina, oleína, palmitina, glicerina, ácidos palmítico, linolênico, mirístico, linolêico, esteárico, araquidônico e palmitoleico. (Alonso, 2004; Lorenzi & Matos, 2002; Revilla, 2000).

A fração não saponificável(2-5%) do óleo das sementes de andiroba é composto por diferentes tetranortriterpenóides chamados de limonóides: 6alfa-acetoxygedunin (C30H36O8), 7-deacetoxy-7-oxogedunin (C26H30O6), andirobin (C27H32O7), gedunin (C28H34O7), methyl-angolensate (C27H34O7) (art.2, scifinder), entre outros.

Na composição do óleo essencial das folhas foram identificados 23 compostos, dos quais os mais abundantes são: biciclogermacreno, alfa-humuleno, B-germacreno e trans-b-cariofileno.

No óleo das flores foram encontrados limonóides chamados de andirolides Q,R,S,T,L,V; gedunin, andirobin, mexicanolides.

  • Limonoides: Carapanolidos A – X, guianolídeos A e B, andirolideos A – Y, 6α-acetoxigedunina, 7-desacetoxi-7-oxogedunina, 7-desacetilgedunina, 6α-acetoxi-7-desacetilgedunina, 7-desacetoxi-7α-hidroxidunidina, 6α-hidroxidunidina, dentre outros.
  • Geduninas: Guianensis, gedunina, 6α-acetoxigedunina e 7-desacetoxi-7-oxogedunina.
  • Óleo essencial: β-cariofileno, α –humuleno, germacreno, dentre outros.

Ações farmacológicas: Antifebril, anti-inflamatório, cicatrizante, antimicrobiano,

Os andirolides S e T apresentaram atividade citotóxica contra linhas de células de leucemia.(art.17 scifinder).

Interações medicamentosas: Não encontrado na literatura pesquisada.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não encontrado na literatura pesquisada.

Contra-indicações: Não encontrado na literatura pesquisada. Por precaução, as gestantes e lactantes devem evitar o uso interno.

Posologia e modo de uso: Uso externo: O óleo das sementes: como repelente de insetos, inclusive o “mucuim”, ácaro microscópico que ataca a pele de pessoas que andam na mata; para tratar feridas, artrite, distensões musculares; afecções da pele, inclusive psoríase; como cicatrizante e anti-inflamatório,

Decocção das cascas e folhas a 20% para afecções da pele;

Fitocosmético: xampus, cremes, loções.

Uso interno: Decocção das cascas a 10% para combater febres e vermes intestinais.

Sementes são purgativas.

Observações: O óleo de andiroba é muito usado na região amazônica para iluminação das malocas e para lustrar móveis.

Fórmula dermatológica patenteada nos EEUU: composição tópica contendo óleo de andiroba, calêndula, camomila, lavanda e óleo de sementes de uva para psoríase e outras desordens dermatológicas como eczema e celulite.

Outras espécies:Carapa procera DC., Carapa touloucouna Guillem. ex Perr. e Carapa grandiflora Sprague.

 

 

Referências: 
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

ITF: Índice terapêutico fitoterápico, 1.ed. Petrópolis,RJ:EPUB, 2008.

REVILLA, J. Plantas da Amazônia: 1a. ed. SEBRAE/Manaus/AM,2000

https://scifinder.cas.org/scifinder/view/scifinder/scifinderExplore.jsf (artigos 02,12,14,17,18) Acesso 08 Jan 2015.

Pereira, Tiago B.; Rocha e Silva, Luiz F.; Amorim, Rodrigo C. N.; Melo, Marcia R. S.; Zacardi de Souza, Rita C.; Eberlin, Marcos N.; Lima, Emerson S.; Vasconcellos, Marne C.; Pohlit, Adrian M.“In vitro and in vivo anti-malarial activity of limonoids isolated from the residual seed biomass from Carapa guianensis (andiroba) oil production” – Malaria Journal (2014), 13, 317/1-317/8, 8 pp.. (art.2)

das Gracas Henriques, Maria; Penido, Carmen – “The Therapeutic Properties of Carapa guianensis”. Current Pharmaceutical Design (2014), 20(6), 850-856. (art.12) Acesso 8 Jan 2015

Meccia, Gina; Quintero, Patricia; Rojas, Luis B.; Usubillaga, Alfredo; Velasco, Judith; Diaz, Tulia; Diaz, Clara; Velasquez, Jesus; Toro, Maria – Chemical composition of the essential oil from the leaves of Carapa guianensis collected from Venezuelan Guayana and the antimicrobial activity of the oil and crude extracts, Natural OLIVEIRA, Iara dos Santos da Silva et al. Carapa guianensis Aublet (Andiroba) Seed Oil: Chemical Composition and Antileishmanial Activity of Limonoid-Rich Fractions. Biomed Research International, [s.l.], v. 2018, p.1-10, 6 set. 2018.Product Communications (2013). 8(11), 1641-1642.(art.14) Acesso 8 Jan 2015

HIGUCHI, Keiichiro et al. Guianolactones A and B, Two Rearranged Pentacyclic Limonoids from the Seeds of Carapa guianensis. Chemistry – An Asian Journal, [s.l.], v. 12, n. 23, p.3000-3004, 2 nov. 2017.

MARQUES, Jéssica Araújo; MARTINS, Daiane; RAMOS, Cleverson Agner. Pharmacological activity and isolated substances from Carapa guianensis Aubl. Journal Of Chemical And Pharmaceutical Research, Manaus, v. 8, n. 3, p.75-91, 2016.

NINOMIYA, Kiyofumi et al. Hepatoprotective Limonoids from Andiroba (Carapa guianensis). International Journal Of Molecular Sciences, [s.l.], v. 17, n. 4, p.591-602, 19 abr. 2016.

Sakamoto, Asami; Tanaka, Yuji; Inoue, Takanobu; Kikuchi, Takashi; Kajimoto, Tetsuya; Muraoka, Osamu; Yamada, Takeshi; Tanaka, Reiko – Andirolides Q-V from the flower of andiroba (Carapa guianensis, Meliaceae), Fitoterapia (2013), 90, 20-29. (art.17) Acesso 8 Jan 2015

Morse, Tammy Jeanette; Selmont, Thomas Anthony –“Topical composition containing carapa (andiroba) oil for psoriasis and other related dermatological disorders”. From U.S. (2013), US 8545904 B1 20131001. Acesso 8 Jan 2015

TESKE & TRENTINI – Compêndio de Fitoterapia-Herbarium,2a. ed. Curitiba/PR, 1995

http://www.florflores.com/carapa-guianensis/- Acesso 9 Jan 2015.

https://origin-scifinder.cas.org/scifinder- Acesso 1 Jan 2015.

http://www.tropicos.org/Name/20400362 – Acesso 1 Jan 2015.

Tags: AnalgésicoAnti-inflamatórioAnti-parasitáriaAntibacterianaAntifebrilCicatrizanteRepelente