JAMBOLÃO

12/02/2020 22:03

Syzygium cumini  (L.) Skeels.

Myrtaceae 


SinonímiasMyrtus cumini L., Eugenia cumini (L.) Druce, Eugenia jambolana Lam., Syzygium jambolanum (Lam.) DC.

Nomes populares: Jambolão, ameixa-roxa, azeitona-do-nordeste, cereja, jamelão.

Origem ou Habitat: Segundo Lorenzi & Matos, é originária da Indomalásia, China e Antilhas, e cultivada em vários países, inclusive no Brasil.

Características botânicas: Árvore de até 10 metros de altura, com folhas simples e frutos de cor roxo-escura, com única semente coberta de polpa comestível, mucilaginosa, doce e adstringente.

Partes usadas: Frutos, folhas, sementes e casca.

Uso popular: Os frutos são consumidos in natura e na fabricação de sucos. As cascas e sementes são usadas como medicação hipoglicemiante.

Composição química: Nos extratos metanólico e etil-acetato de sementes de Syzygium cumini foram encontrados alcalóides, flavonóides, glicosídeos, fitoesteróis, saponinas, esteróides, taninos e triterpenóides.

Nas folhas foi identificado o diterpeno Vulgarol A, com atividade antibacteriana contra Salmonella typhimurium, Pseudomonas aeruginosa e S. aureus.

Outros compostos encontrados: lupeol, 12-​oleanen-​3-​ol-​3β-​acetate, Stigmasterol, β-​sitosterol.

Ações farmacológicas: A administração oral de 2,5 e 5,0 g / kg de peso corporal do extracto aquoso da semente durante 6 semanas, resultou numa redução significativa da glucose no sangue e um aumento na hemoglobina total, mas no caso de 7,5 g / kg de peso corporal, o efeito não foi significativo.

Também é mencionada as seguintes atividades: antibacteriana, antiinflamatória, analgésica.

Observações: Em um ensaio clínico utilizando o chá das folhas de jambolão, por infusão, durante 28 dias, não mostrou efeito hipoglicemiante.

Os compostos lupeol, 12-​oleanen-​3-​ol-​3β-​acetate, Stigmasterol, β-​sitosterol têm potenciais atividades anti-diabéticas.

Referências: 

Hypoglycaemic activity of Syzigium cumini seeds: effect on lipid peroxidation in alloxan diabetic rats. P.Stanely Mainzen Príncipe,Venugopal P MenonCorrespondente informações de contato autor, L Pari. Disponível em http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874198000026 em 30 abril 2014.

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 1ª. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2002.

LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2008.

Teixeira C C; Fuchs F D; Weinert L S; Esteves J- The efficacy of folk medicines in the management of type 2 diabetes mellitus: results of a randomized controlled trial of Syzygium cumini (L.) Skeels – From Journal of clinical pharmacy and therapeutics (2006), 31(1), 1-5. Acesso 09 set 2014.

Hosmat, Prasad B.; Sonawane, Kailas D.; Waghmare, Shailesh R. – Antibacterial activity of Vulgarol A extracted from the leaves of Syzygium cumini – From Asian Journal of Pharmaceutical and Clinical Research (2013), 6(4), 100-102, 3 pp.. | Acesso 09 Set 2014.

Alam, Md. Rashedul; Bin Rahman, Akib; Moniruzzaman, Md.; Kadir, Mohammad Fahim; Haque, Md. Ahsanul; Razi-Ul-Hasan Alvi, Mohammad; Ratan, Md.” Evaluation of antidiabetic phytochemicals in Syzygium cumini (L.) Skeels (family: Myrtaceae)”. Journal of Applied Pharmaceutical Science (2012), 2(10), 094-098, 5 pp.. | Acesso 09 Set 2014.

http://www.tropicos.org/Name/22102113.

Tags: ComestívelHipoglicemiante