SOJA

22/02/2020 17:09

Glycine max  (L.)Merr.

Fabaceae 


SinonímiasDolichos soja L., Soja max (L.)Piper, Soja angustifolia Miq., Phaseolus max L., Glycine angustifolia Miq., Glycine soja Siebold & Zucc.,.

Nomes populares: Soja, soya(Espanha), soybean(Ingles), entre outros.

Origem ou Habitat: A soja é nativa da Ásia, especialmente da China e Oriente Médio.

Cresce em zonas temperadas do planeta, é cultivada extensamente, sendo a base da alimentação de muitas populações asiáticas.

Características botânicas: 

Herbácea anual.

Partes usadas: sementes.

Uso popular: Basicamente a soja e seus derivados são empregados na alimentação. No Marrocos, a decocção das sementes, por via oral, é recomendada para diabetes. Nos países do Oriente, o consumo da soja é aconselhado como alimento para prevenir a osteoporose.

As isoflavonas de soja são usadas como terapia hormonal durante a menopausa, como coadjuvante em processos de osteoporose, hipertrofia benigna de próstata e para amenizar os sintomas do climatério.

A lecitina de soja é empregada em cosmética como hidratante e na medicina como hipolipemiante.

Na França foi desenvolvida uma formulação com as frações insaponificáveis do abacate (Persea americana) e da soja ( Glycine max), para o tratamento da artrose.

A partir da fração insaponificável do resíduo da refinação do óleo de soja é obtido o stigmasterol, usada como matéria prima para a elaboração de hormônios esteroidais. (ALONSO, 2004).

Composição química: Isoflavonas (fenóis heterocíclicos): daidzeína, genisteína e seus respectivos glicosídeos conjugados, gliciteína;

Proteínas (35-50%): glicina e caseína. Certas formas de fermentação da soja, como o tempeh, na Indonésia, aumenta o valor proteico.

Carbohidratos (15-35%): holosídeos, pentosanos e galactosanos.

Outros: lipídeos (15-20%), fosfolipídeos (lecitina), esteróis (sitosterol, estigmasterol), pigmentos carotenóides e antociânicos, enzimas (amilase, protease, urease), vitaminas (B,D,E), saponinas esteroidais, inositol-hexafosfato, fibra (principalmente nos brotos de soja).

Ações farmacológicas: Ação estrogênica suave, prevenção contra vários tumores (mama, próstata, colon, ovário, endométrio), atividade protetora frente a osteoporose, diminuição da hipercolesterolemia, atividade antiartrósica, hidratante, imuno-estimulante.

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. 1. ed. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

http://www.tropicos.org/Name/13043775?tab=synonyms – Acesso 8 Maio 2015.

Tags: ClimatérioNutritiva

FUNCHO

20/01/2020 23:06

Foeniculum vulgare   Mill.

Apiaceae 


Sinonímias: Anethum foeniculum L., Foeniculum officinale All., Meum foeniculum (L.) Spreng.

Nomes populares:  Funcho, erva-doce, erva-doce-de-cabeça, falsa-erva-doce, falso-anís, funcho-bastardo, funcho-comum, funcho-doce, funcho-italiano, funho-vulgar, fiolho, anís, cilantrillo, hinojo (Esp.) finocchio (Engl., EUA).

Origem ou Habitat: Nativa da Europa e amplamente cultivada em todo o Brasil..

Características botânicas:  Erva perene ou bianual, entouceirada, aromática, de 40-60 cm de altura. Folhas inferiores alargadas de até 30 cm de comprimento e superiores mais estreitas, com pecíolo alargado como bainha que envolve o caule, compostas pinadas, com folíolos reduzidos a filamentos. Flores pequenas, hermafroditas, de cor amarela, dispostas em umbelas compostas por 10-20 umbelas menores. Os frutos são oblongos, compostos por dois aquênios de cerca de 4 mm de comprimento.

Partes usadas: Frutos (vulgarmente chamados de sementes), folhas e raízes. A base da haste é empregada na culinária.

Uso popular:  Desconfortos gastrointestinais, como dispepsia, flatulência, eructação e dores decorrentes de transtornos digestivos funcionais. Também utilizada para auxiliar a eliminação de catarro das vias respiratórias superiores. Suas raízes são utilizadas para facilitar as funções de eliminação urinária e digestiva e de eliminação renal de água, como em situação de edemas, hipertensão arterial, afecções genitourinárias e certos reumatismos. Situações de amenorréia, dismenorréia e perturbações associadas ao climatério, e ainda para aumentar o leite materno. Externamente os frutos e folhas são utilizados em inflamações das mucosas ocular e da orofaringe e para perfumar o hálito. É também aromática e comestível.

Composição química:  Óleo essencial composto por anetol 90-95%, metilchavicol, anisaldeído, linalol e outros derivados terpênicos oxigenados; óleo fixo; proteínas; carboidratos; ácidos málico, caféico e clorogênico; cumarinas; flavonóides; esteróides e miristicina. Minerais como potássio (K), vitaminas A,B,C,E , ácido fólico.

Ações farmacológicas: Carminativa, antiespasmódica, galactogoga, estrogênica, aperiente, eupética, relaxamento dos esfíncteres do trato gastrointestinal, anti-séptica, inseticida, antifúngica, antimicrobiana, antiinflamatória, expectorante. Suas raízes têm ação diurética, e suas folhas têm propriedades cicatrizantes e anti-sépticas.

Interações medicamentosas: Pode interagir com o antibiótico ciprofloxacina (estudos em ratos).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em casos específicos, pode ocorrer reação alérgica da pele e do trato respiratório. O anetol e a miristicina presentes no óleo essencial podem, em altas doses, originar efeitos convulsivantes e/ou alucinatórios. As cumarinas podem ser fototóxicas, provocando, à exposição solar, o aparecimento de vesículas, edema ou hiperpigmentação cutânea.

Contra-indicações:  Na farmacopéia alemã não se recomenda o óleo essencial de funcho em grávidas, lactentes e crianças pequenas, nem em pessoas com antecedentes de epilepsia ou convulsões. Para as infusões não haveria contra-indicações.

Posologia e modo de uso: Uso interno – Infusão de uma colher (sopa) de folhas 3x ao dia, ou uma colher de chá de frutos esmagados para uma xícara (150ml) de água fervente 3x ao dia. Como expectorante em crianças, utilizar na forma de xarope.

Uso externo: cataplasma de folhas recentes.

 

Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 608-611.

BRUNETON, J. Farmacognosia: Fitoquímica, Plantas Medicinales. Tradução de Á. V. del Fresno; E. C. Accame; M. R. Lizabe. 2. ed. Zaragoza, Espanha: Acribia, 2001. p. 510-511.

CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 336-337.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 480.

SILVA, R. C. Plantas Medicinais na Saúde Bucal. Vitória, [s. i.], 2001. p. 58.

http://www.tropicos.org/Name/50277946 – Acesso em: 13 de março de 2012.

KINUPP, V. F.;LORENZI, H.(b)Plantas Alimentícias Não Convencionais ( PANC ) no Brasil. Nova Odessa , SP. Instituto Plantarum de estudos da flora, 2014.

Tags: AfecçõesAmenorréiaAnti-inflamatórioAromáticaClimatérioComestívelDismenorreiaDispepsiaEdemaEructaçãoFlatulênciaHipertensãoReumatismo