LOSNA

13/02/2020 21:27

Artemisia absinthium   L.

Asteraceae (Compositae)


Nomes populares: Losna, losna-maior, losma, absinto, acinto, acintro, ajenjo, alenjo, Artemísia, grande-absinto, erva-santa, alvina, aluína, flor-de-diana, gotas-amargas, erva-dos-vermes, erva-dos-velhos, sintro, alvina, erva-de-santa-margarida, erva-do-fel (LORENZI; MATOS, 2005.

Características botânicas: Planta subarbustiva, de caule piloso, com pouco mais de 1m de altura. Folhas multifendidas de lóbulos finos, canescentes, de margem inteira, de 7 a 12 cm de comprimento. Flores em capítulos subglobosos, amarelos, agrupados em panículas. Todas as partes da planta tem sabor muito amargo. Cresce espontaneamente em locais pedregosos da Europa, Ásia e Norte da África. É cultivada na América do Norte e em alguns países da Europa para preparação de vinhos e licores, bem como no Brasil, onde é mantida em hortas e jardins para atender a seu emprego na medicina caseira, geralmente nas regiões de clima ameno (LORENZI; MATOS, 2005).

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Anti-pirética (DRESCHER, 2001), hipnótica, espasmolítica (CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003), antiinflamatória, antidepressiva moderada (CHEVALLIER, 1996). carminativa, diurética, colagoga, emenagoga, abortiva, anti-helmíntica, aumenta a secreção estomáquica, aumenta o volume biliar, do suco pancreático, o fluxo salivar e o peristaltismo intestinal,(LORENZI; MATOS, 2005) tônica, aperitiva, expectorante, estimulante, vermífuga.

Composição química: Constituintes amargos: lactonas sesquiterpênicas (absintina ou artemisina, anabsintina, matricina, artabsina, cetopenelónidos A e B, hidroxipenelónido, artabina, arabsina. Óleo essencial: tujona, cis-epoxi-ocimeno, trans-acetato de sabinilo, flavonas, ácidos fenólicos, taninos, sais de potássio,³ azuleno, camazulenos, isotujona, tujol livre e esterificado, monoterpenos (mirceno, limoneno, cineol, 1,8-cineol, p-cimeno), sesquiterpenos (α-bisabolol, cardineno, cariofileno).

Outros: flavonóides (rutina), flavonóis (artemetina), vitaminas C e B6, ácido palmítico, ácido caféico, ácido glutâmico, ácido esteárico, ácido gálico, ácido ferúlico, santonina, lignanos, betaína, poliacetilenos, cumarinas (escopoletina e umbeliferona), ácido nicotínico, carotenóides, quebrachitol, fitosterol(ALONSO, 2004).

Ações farmacológicas: Anti-pirética (DRESCHER, 2001), hipnótica, espasmolítica (CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003) antiinflamatória, antidepressiva moderada (CHEVALLIER, 1996). carminativa, diurética, colagoga, emenagoga, abortiva, anti-helmíntica, aumenta a secreção estomáquica, aumenta o volume biliar, do suco pancreático, o fluxo salivar e o peristaltismo intestinal (LORENZI; MATOS, 2005), tônica, aperitiva, expectorante, estimulante, vermífuga.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Os quadros tóxicos correspondem principalmente à ação da tujona(ALONSO, 2004). Em altas doses causa vômitos, cólicas no estômago e nos intestinos, dor de cabeça, zumbido nos ouvidos (LORENZI; MATOS, 2005), convulsões, distúrbios da consciência (DRESCHER, 2001). O uso prolongado de extratos desta planta (em especial como licor alcoólico) origina o chamado absintismo, podendo ocasionar danos neurológicos (torpor, delírio, agressividade, perda da consciência, vertigem e convulsões), transtornos digestivos (espasmos e irritações gastrointestinais) e renais (retenção de urina), entre outros sintomas. Seu uso tópico é normalmente bem aceito, tendo-se relatado apenas alguns casos de alergia ao contato com pólen da planta. Na ingestão de altas doses de extratos da planta, a santonina também pode produzir quadro tóxico, com alucinações, convulsões epileptiformes, delírio, midríase, vômitos, icterícia, salivação excessiva, dispnéia, contrações dos músculos faciais e irritação das mucosas(ALONSO, 2004).

Referências: 

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 89-94.
CHEVALLIER, A. The Encyclopedia of Medicinal Plants. London: Dorling Kindersley, 1996. p. 63.
CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 70-71.
DRESCHER, L. (coord.). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 85.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 138-139.
http://www.tropicos.org/Name/2701751 – Acessado em: 23 de julho de 2012.

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