JABOTICAÁ ou MASTRUÇO-DO-BREJO
Drymaria cordata (L.) Willd. ex Schult.
Caryophyllaceae
Sinonímias: Drymaria adenophora Urb., Drymaria cordata var. diandra (Sw.) Griseb., Drymaria cordata var. pacifica Mizush., Drymaria diandra Blume, Drymaria procumbens Rose, Holosteum cordatum L., Holosteum diandrum Sw., Stellaria adenophora (Urb.) León.
Nomes populares: Cordão-de-sapo, jaboticaá, jaraquicaá, mastruço-do-brejo, agrião-selvagem, erva-tostão, he lian dou cao (China), heart-leaf drymary (English, United States).
Origem ou Habitat: Nativa da América Tropical e encontrada em abundância na Índia nas regiões de Siquim, sub-Himalaia e Meghalaya.
Características botânicas: Planta anual, herbácea, tenra, glabra ou levemente pubescente, com ramos prostrados ou ascendentes que enraízam nos nós, com até 30 cm de altura. Propaga-se por sementes, mas pode ser multiplicada por estacas. Planta daninha muito comum durante o inverno, está presente em quase todo o país infestando beiras de canais, córregos, jardins, pastagens, hortas e terrenos baldios.
Partes usadas: Planta toda.
Uso popular: Para alívio da tosse, da sinusite e resfriado. Também utilizada para picada de cobra e topicamente em queimaduras e outras doenças dermatológicas, como em infecções de pele.
Suas folhas podem ser consumidas cruas, em saladas, ou cozidas e preparadas de várias formas.
Composição química: Os estudos fitoquímicos preliminares foram com as folhas. No extrato hidroetanólico foram encontrados taninos, diterpenos, triterpenos, esteróides enquanto que no extrato aquoso foram encontrados alcalóides, flavonóides, saponinas.
Ações farmacológicas: Analgésica, anti-nociceptiva, antitussígena, antibacteriana.
Interações medicamentosas: Não encontrado na literatura consultada.
Contra-indicações: Por falta de estudos melhor evitar uso em grávida.
Posologia e modo de uso: Para uso externo, a planta é esmagada e seu suco utilizado topicamente. Tribos locais de Garohills e Khasia no estado de Meghalaya envolvem a planta em folhas grandes (espécie ignorada), amarram e colocam sobre o fogo; a planta é então aquecida e o vapor é inalado.
Referências:
KINUPP, V.F., LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. 1ª.ed. São Paulo, SP: Instituto Plantarum, 2014.
LORENZI, Harri. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. 4 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008, p. 672.
MUKHERJEE, Pulok K. et al. Antibacterial evaluation of Drymaria cordata Willd (Fam. Caryophyllaceae) extract. Phytotherapy Research 11(3): 249-250, 1996. MUKHERJEE, Pulok K. et al. Studies on antitussive activity of Drymaria cordata Willd. (Caryophyllaceae). Journal of Ethnopharmacology 56: 77-80, 1997.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21572643 – acesso em 27 de março de 2013.
http://www.tropicos.org/Name/6301172 – acesso em 25 de março de 2013.