CAVALINHA

07/01/2020 22:32

Equisetum giganteum  L.
Equisetaceae 


Sinonímias: Equisetum pyramidale Goldm.; Equisetum martii Milde; Equisetum ramosissimum Kunth; Equisetum xylochaetum Mett. 

Nomes populares:  Cavalinha, cavalinha-gigante, cauda-de-cavalo, rabo-de-cavalo, erva-canudo, rabo-de-raposa, lixa-vegetal, cana-de-jacaré, etc. 

Na América do Norte é conhecida como horsetail (rabo-de-cavalo), pine top (cabeça de pinha), meadow pine (pinha dos prados), scouring rush (junco de diarréia), bottle brush (escova de garrafa), snaks pipe (cachimbo de cobra), jointed rush (junco de nós) e cornfield horsetail (rabo de cavalo da roça). 

Na Europa, a Equisetum palustre é conhecida como cavalinha do pântano e jubarte. 

Origem ou Habitat: Equisetum giganteum é nativa de áreas pantanosas do Brasil. 

Características botânicas:  Equisetum giganteum é um subarbusto ereto, perene, rizomatoso, com hastes de cor verde, oca e monopodial, com numerosos ramos que partem dos nós dos verticilos, de textura áspera ao tato pela presença de silício em sua epiderme, podendo chegar a mais de seis metros de altura. Folhas muito pequenas, reduzidas a escamas, inseridas lateralmente nas hastes formando uma bainha curta. Possuem espigas esporíferas roliças nas extremidades dos ramos férteis. Multiplica-se por rizomas e por esporos. 

Partes usadas:Hastes estéreis. 

Uso popular:  Como diurético, antidiarreico, para tratamento de infecção dos rins e bexiga, para a consolidação de fraturas ósseas, para eliminar o ácido úrico, contra anemia, etc. 

Composição química:  Alcalóides piridínicos, nicotina e palustrina, flavonóides glicosilados da apigenina, quercetina e do campferol, derivados dos ácidos clorogênico, caféico e tartárico. 

Também foi constatada a presença da tiaminase, uma enzima que acelera a destruição da tiamina (Vitamina B1). Compostos tóxicos: são citadas como sendo o glicosídio flavônico articulatina e sua aglicona articulatidina ou gossipitrina e sua aglicona gossipetina. 

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Os efeitos tóxicos estão relacionados com a ação da tiaminase , ou seja, destruição da tiamina ou Vitamina B1, 

A ingestão por tempo prolongado pode levar ao beribéri. 

Contra-indicações: É contra-indicada durante a gravidez e em mulheres que estão amamentando e para crianças. 

Observações: Não usar quantidades maiores que 1 colher de café de hastes picadas; 

Não usar por mais de duas semanas 

Com o nome “cavalinha” e os outros nomes populares citados, são reportadas na literatura as seguintes espécies: Equisetum arvense L. (Canadá); Equisetum palustre L. (Inglaterra); Equisetum hyemale L. (EUA) e Equisetum giganteum L. (Brasil). 

Das espécies exóticas, somente a Equisetum hyemale tem registro de ocorrência no Brasil, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. 

 


 

Referências:
HOEHNE, F. C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais, 1939. 

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. 

Plantas tóxicas: estudos de fitotoxicologia química de plantas brasileiras. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. vários autores. 

http://www.tropicos.org/Name/26605511 – acesso em 07 de outubro de 2013

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