ADOÇANTE-MEXICANO
Lippia dulcis Trevir.
Sinonímias:
Phyla dulcis (Trevir.)Moldenke.
Nomes populares: Segundo o site de botânica (http://www.tropicos.org/Name) a nomenclatura científica aceita atualmente é Phyla scaberrima (A. Juss. ex Pers.) Moldenk.
Origem ou Habitat: América Central. Cresce em solos de bosques, margens de pântanos, ou em pastos, desde o nível do mar até 1800m de altitude. É encontrada na Guatemala, México, Honduras britânicas até a Colômbia .
Características botânicas: É uma planta perene, mede até 40 cm de altura. As folhas medem de 1-6 cm de comprimento, são aromáticas. Inflorescências em capítulos, flores esbranquiçadas. A raiz, quando mastigada, tem sabor de licor.
Partes usadas: Folhas.
Uso popular: Na América Central a Lippia dulcis é usada para o tratamento da tosse, bronquite. No México é usada também como emenagogo e como abortivo..
Composição química: A composição do óleo essencial varia muito, depende do local de coleta, meses do ano e outras variantes. Na Guatemala (2006) foram encontrados os seguintes compostos no óleo essencial: 6-metil-5-hepten-2-ona, 3-metil-2-ciclohexen-1-ona, α-copaeno, β-cariofileno, β-farneseno, Germacreno D, biciclogermacreno, γ-cadineno, espatulenol, α-bisabolol.
OBS.:O sesquiterpenóide hernandulcin (derivado do bisaboleno), substância 1000 vezes mais doce que a sacarose, encontrado nesta planta em Porto Rico, não foi identificado neste estudo, provavelmente devido às diferenças na metodología de extração. É importante notar que a 6-metil-5-hepten-2-ona e a 3-metil-2-ciclohexen-1-ona são fragmentos da pirólise de hernandulcin.( Os autores)
Resultados obtidos no México (monoterpenóides, 86.3%; cânfora como componente principal).
Na Colômbia: alfa-copaeno (18,0%), beta-cariofileno (17,8%), e delta-cadineno (14,7%). O sesquiterpeno de sabor doce, hernandulcin, (1,1%).
Em outras pesquisas, alguns pesquisadores usaram um método de extração para o hernandulcin (Supercritical fluid extraction of hernandulcin from Lippia dulcis Trev.) e conseguiram 41,9 ± 0,01% (massa de hernandulcin relação à massa inicial da ext. na amostra).
Em revisão literária da composição química também foram encontrados: óleo essencial: hernandulcina, cânfora, limoneno, terpineol, α-pineno, α-copaeno, trans-cariofileno, δ-cadineno, α-bisabolol, (+)-4β-hidroxil- hernandulcina, (+)-hernandulcina e (−)-epi-hernandulcina (HAKANSSON, 2018).
Efeitos adversos e/ou tóxicos: variedades químicas podem ter a presença de cânfora, o que contra indica o uso interno em altas doses ou uso continuado.
Contra-indicações: Grávidas não devem usar esta planta. Evitar o uso como adoçante.
Referências:
HAKANSSON, R. B. Revisão literária da composição química das plantas constantes no site do Horto Didático de Plantas Medicinais da UFSC (parte I). Orientadora: Maique Weber Biavatti, TCC (Graduação) – Curso de Farmácia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.
MORENO-MURILLO, Quijano-Célis C, Romero AR, Pino JA. “Essential oil from leaves of Lippia dulcis grown in Colombia.” Nat Prod Commun. 2010 Apr;5(4):613-4. Acesso 24 AGO 2015.
PÉREZ SABINO, J.F. et all “Composição do óleo essencial de Phyla dulcisTrev. de uma população da Guatemala.” Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, CCS– Bloco H, Ilha do Fundão–Rio de Janeiro–RJ, 21941-5902 Facultad de C.C.Q.Q. y Farmacia, USAC, Edif.T-12, Ciudad universitaria Z. 12, Guatemala (2006). Acesso 24 AGO 2015.
Francisco de Oliveira, Patricia; Machado, Ricardo Antonio Francisco; Bolzan, Ariovaldo; Barth, Danielle “Supercritical fluid extraction of hernandulcin from Lippia dulcis Trev.” Journal of Supercritical Fluids (2012), 63, 161-168. (Scifinder, art.20) Acesso 24 AGO 2015.
http://www.tropicos.org/Name/33700802- Acesso 24 AGO 2015.