PAU-DE-ANDRADE

18/02/2020 21:52

Persea cordata  Meins.

Lauraceae


Nomes populares: Abacate-do-mato, pau-andrade, massaranduba.

Origem ou Habitat: Sul do Brasil.

Características botânicas: É uma árvore em extinção, sobrevive apenas em remanescentes de Florestas de Araucárias, sendo encontrada em alguns nichos da Serra Catarinense e região de Guarapuava e Palmas, no Paraná (Schlemper et al., 2013).

Partes usadas: Cascas.

Uso popular: É planta usada na medicina veterinária. As cascas são usadas como anti-inflamatória e cicatrizante de feridas abertas em pele de animais.

Segundo o Sr. Sabino (89 anos), a casca do pau-de-andrade é usado como cicatrizante de feridas, úlceras e outras infecções, em humanos também …”é como tirar com a mão”, diz ele.

Composição química: Em alguns extratos testados (EtOH, EtOAc) de cascas do caule secos, a análise fitoquímica assinalou a presença de terpenos, esteróides e compostos fenólicos..

Ações farmacológicas: Estudos em animais feito com as cascas, na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), PR, mostraram as seguintes atividades: anti-inflamatória, bactericida, antiespasmódica e cicatrizante (Schlemper et al., 2013).

A pomada de Persea cordata mostrou efeito significativo na cicatrização de feridas cirúrgicas, em bovinos, quando comparado com o antisséptico tradicional usado para a cicatrização de pele (Vieira et al, 2001 apud Schlemper at al, 2013).

Posologia e modo de uso: Uso interno: Colocar 2 ou 3 pedacinhos da casca em 1 litro de água e tomar durante o dia. A cor da água fica avermelhada.

Uso externo: lavar as partes afetadas e/ou usar na forma de pomada.

Observações: Outras espécies conhecidas como pau-de-andrade: Persea major (Nees)L.E. Kopp, Persea willdenovii Kosterm., Persea pyrifolia (D.Dom)Spreng. entre outras, são usadas pela população. As espécies de pau-de-andrade estão em vias de extinção devido as ações antrópicas, um exemplo é o fato dos coletores extrairem a casca por anelamento, prática que deve ser abolida por causar a morte das plantas.

Pelos dados coletados e também pelas informações adicionais obtidas nas entrevistas feita pela Epagri, 2011, é provável que os usuários utilizem as espécies congêneres indistintamente. As espécies apresentam atividades cicatrizante e antimicrobiana.

Referências: 

Schlemper, Valfredo; de Mello Schlemper, Susana Regina; Araujo Zampirolo, Julio – Antiedematogenic effects of the polar fractions of Persea cordata Mez. (Lauraceae) on microvascular extravasation in rat skin. From Journal of Ethnopharmacology (2013), 150(1), 244-251. | Language: English, Database: CAPLUS – Acesso 11 Jul 2014.

Zampirolo, Julio A.; Stulzer, Hellen K.; Tagliari, Monika Piazzon; Schlemper, Valfredo; Cechinel-Filho, Valdir – Antispasmodic activity of Persea cordata Vell. Mez. (Lauraceae) fractions on guinea pig ileum induced by 5-​hydroxytryptamine and bradykinin – From American Journal of Pharmacology and Toxicology (2008), 3(4), 229-233. | Language: English, Database: CAPLUS – Acesso 11 Jul 2014.

Schlemper S R; Schlemper V; da Silva D; Cordeiro F; Cruz A B; Oliveira A E; Cechinel-Filho V – Antibacterial activity of Persea cordata stem barks – From Fitoterapia (2001), 72(1), 73-5. | Language: English, Database: MEDLINE – Acesso 11 Jul 2014.

http://ciram.epagri.sc.gov.br/ciram_arquivos/arquivos/iff/pdf/socioambiental/divulga/f_plantasmedicinais.pdf Acesso 29 Jul 2014.

http://www.tropicos.org/Name/17801290 – Acesso 11 Jul 2014.

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