COPAÍBA
Copaifera langsdorffii Desf.
Sinonímias: Copaiba langsdorffii (Desf.)Kuntze, Copaifera nitida Mart. ex Hayne, Copaifera sellowii Hayne.
Nomes populares: Copaíba, copaíba-vermelha, óleo-vermelho, óleo-de-copaíba, pau-d’óleo, bálsamo-de-copaíba, etc.
Origem ou Habitat: Brasil, Venezuela, Guianas e Colômbia.
Características botânicas: É uma árvore majestosa, podendo chegar a 40 m de altura, o tronco, rugoso e de cor escura, pode atingir 4 m de diâmetro e pode ter uma vida bastante longa (se não houver desmatamento ilegal na Amazônia) que varia entre 200 a 400 anos! Folhagem densa e constituída de folhas compostas, pinadas, alternas, com folíolos coriáceos de 3-6cm de comprimento.
Partes usadas: Bálsamo (vulgarmente chamado de óleo).
Uso popular: Os indígenas da região amazônica usam o óleo de copaiba externamente para afecções da pele e contra picadas de insetos. Na medicina popular é usado como anti-inflamatório e cicatrizante local, em casos de disenteria, reumatismo, ferimentos, úlceras de pele e dermatoses em geral. O uso interno é referido como diurético, expectorante e para problemas urinários, genitais e respiratórios (Reader’s Digest, 1999). É usado na composição de cremes e sabonetes para acne (Lorenzi & Matos, 2002).
Trabalhos mais recentes relatam o uso do bálsamo de copaíba para psoríase crônica.
Composição química: O óleo-resina é constituído por uma mistura de diterpenos (ácido copálico) e compostos sesquiterpênicos, principalmente o b-cariofileno, a-bergamopteno, a-himachaleno, b-selineno; e outros compostos.
Ações farmacológicas: Anti-inflamatório, antimicrobiano e cicatrizante.
Interações medicamentosas: Não foram encontradas na literatura pesquisada.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não foram encontradas na literatura pesquisada.
Contra-indicações: Não foram encontradas na literatura pesquisada. Por precaução evitar uso interno em gestantes e a quem amamenta.
Posologia e modo de uso: O uso local se faz sob a forma de fricções e aplicações sobre ferimentos e úlceras. Internamente em cápsulas e na forma de gotas diluídas em chás ou água.
Observações: O bálsamo (vulgarmente chamado óleo), é acumulado em cavidades do tronco da árvore e pelo processo artesanal, é extraído através de furos e recolhido com auxílio de canaletas, apenas uma vez por ano.
Além da espécie Copaifera langsdorffii, são citadas as seguintes espécies: Copaifera reticulata Ducke, Copaifera officinalis (Jacq.)L., Copaifera guyanensis Desf., Copaifera oblongifolia Mart. e Copaifera luetzelburgii Harms, sendo atribuída a todas a mesma utilização medicinal.
Referências:
Gelmini, Fabrizio; Beretta, Giangiacomo; Anselmi, Cecilia; Centini, Marisanna; Magni, Paolo; Ruscica, Massimiliano; Cavalchini, Alberto; Maffei Facino, Roberto – “GC-MS profiling of the phytochemical constituents of the oleoresin from Copaifera langsdorffii Desf. and a preliminary in vivo evaluation of its antipsoriatic effect”. From International Journal of Pharmaceutics (Amsterdam, Netherlands) (2013), 440(2), 170-178. |
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A.; Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A.; Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.
Reader’s Digest Brasil Ltda, 1999 – Segredos e virtudes das plantas medicinais.
http://www.tropicos.org/- Acesso 07 nov 2014.
http://nplantas.com/copaiba-origem-botanica/ – Acesso 07 nov 2014.