CENTELA
Centella asiatica (L.) Urban.
Apiaceae
Sinonímias: Hydrocotyle asiatica L.
Nomes populares: Centela, centela-da-ásia, centela-asiática, hidrocótila, bevuláqua, cairu-su, pé-de-cavalo, dinheiro-em-penca, pata de elefante, pata-de-cavalo, corcel, pata-de-mula, pata-de-burro, cairuçu-asiático, erva-de-tigre, codagem.
Origem ou Habitat: Nativa da Ásia.
Características botânicas: Erva perene, rasteira, acaule, estolinífera, rizomatosa, com estolões de até 30 cm de comprimento e confundido com ramos, que formam sobre o solo um tapete semelhante a um gramado. Folhas simples, longo-pecioladas, surgidas diretamente dos nós dos rizomas, de 4-6cm de diâmetro. Flores pequenas, de cor esbranquiçada, reunidas em pequenas umbelas curto-pedunculadas que surgem na base da folha. Multiplica-se em nossas condições principalmente por rizomas e estolões.
Partes usadas: Folhas.
Uso popular: Ativação da circulação sanguínea como coadjuvante no tratamento das doenças vasculares (insuficiência venosa), auxiliar na digestão estomacal e intestinal, anti depressiva. Uso externo como cicatrizante para eczemas, úlceras, pruridos e feridas pós-cirúrgicas, para eliminação da celulite, como estimulante cutâneo e da irrigação sanguínea, em úlceras venosas e para irritação vaginal. Prevenção de rugas e flacidez, para hemorróidas, úlceras cutâneas, queimaduras, erisipela e infecção cutânea, tosse e catarro amarelo, febres em infecções bacterianas. Indicada como complemento na massagem de cicatrizes fibrosas e hipertróficas.
Composição química: Saponosídeo triterpênico (asiaticosídeo), saponinas, flavonóides, quercetina, aminoácidos, sais minerais, açúcares, ácidos graxos, ácidos triterpênicos (ácido indocentóico e ácido madecásico), resinas, taninos, óleo essencial (cineol, alcanfor, farnesol, felandreno, germacreno D, n-dodecano, α-pineno, p-cimol, β-cariofileno), β-caroteno , vitamina C (13,8mg/100g), fitosteróis, alcalóide (hidrocotilina).
- Triterpenos pentacíclicos: Ácido asiático, ácido madecássico, ácido madasiático, ásiaticosideo A-F, braminosideo, madasiaticosideo, dentre outros.
- Óleo essencial: β-Cariofileno, α‐humuleno, terpineno-pineno, dentre outros.
- Flavonóides: Canferol, astragalina, catequina, rutina, naringina, glicosídeo de quercetina, dentre outros.
- Sesquiterpenos: Bicicloelemeno, trans- farneseno, ermacreno, dentre outros.
- Esteroides: Campesterol, estigmasterol, sitosterol, dentre outros.
Ações farmacológicas: Antiinflamatória, cicatrizante, depurativa, digestiva, tônica, lipolítica (anticelulítica), diurética, reconstituinte, expectorante, resolutiva, venotrópica (estimulante circulatória), febrífuga, antibacteriana, psicotrópica.
Interações medicamentosas: Fenilbutazona e dexametasona interferem na velocidade de reparação em feridas experimentais em ratas. Doses altas podem interferir com terapias hipoglicemiantes ou aumentar a concentração de colesterol sérico.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em altas doses por via oral pode causar fotossensibilidade, sonolência, fraqueza, cefaléia, vertigem, gastrite, hipotensão arterial e estado narcótico leve a moderado. Em alguns pacientes observou-se elevação do colesterol total. A aplicação do pó sobre feridas dérmicas pode causar sensação ardente. Pode originar dermatite de contato.
Contra-indicações: Contra-indicada em crianças, em casos de epilepsia, hiperlipidemia e durante a gravidez. Não se recomenda seu uso oral por mais de seis semanas consecutivas, principalmente em casos de gastrite ou úlcera duodenal.
Posologia e modo de uso:
- Uso interno – infusão de uma colher (sobremesa) de folhas secas moídas em uma xícara de chá de água, 2x/dia.
- Uso externo – 3 colheres (sopa) de folhas picadas em ½ litro de água, para aplicação local ou banhos de assento. Pasta feita com a planta recente ou o pó da planta sobre a região a tratar.
OBS.: Existe confusão entre esta espécie e a Hydrocotyle bonariensis Lam.(acariçoba).
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