MARIJUANA
Cannabis sativa L.
Sinonímias: Cannabis indica Lam.
Nomes populares: Marihuana, cânhamo das Índias, maconha, hemp.
Origem ou Habitat: Ásia.
Características botânicas: Herbácea anual, dióica, ás vezes monóica, medindo de 1 a 5 metros de altura. Folhas membranáceas, finas, alternas e palmadas, com 3 a 11 folíolos dentados, medindo de 7-12 cm de largura. As flores masculinas se dispõem em panículas de 23 – 40 cm de largura e as femininas em espigas de 2 cm de comprimento. As flores são esverdeadas. As sementes são globulares e medem 2 mm de diâmetro aproximadamente. A planta toda é recoberta por uma resina.
Partes usadas: Sumidades floridas de plantas femininas, folhas e sementes.
Uso popular: apesar de ainda ser proibida no país, existem diversas associações de usuários de Cannabis medicinal no Brasil que tem conseguido liminares e Habeas Corpus permitindo o cultivo e uso da planta, especialmente como óleo medicinal. Há registros de usos tradicionais em diversos países do mundo.
A marijuana é uma erva muito usada em tribos africanas e asiáticas seja como cerimonial ou como medicinal (na forma de remédio analgésico ou narcótico). A tintura das flores é utilizada como euforizante e antidepressivo.
A planta contém tetrahidrocanabinóis (THC), que induzem euforia e alegria. Atenuam a dor e atuam como sedativo e anti-espasmódico. As sementes são alimentos para as aves.
Os pintores utilizam o óleo da semente de cânhamo para misturar cores e como verniz (Segredos e Virtudes …1999). Na Índia se elaboram vários produtos cosméticos com o óleo de cânhamo, extraído das sementes da Cannabis sativa. O óleo é isento de canabinóides.
Composição química: Canabinóides, flavonóides, alcalóides, derivados do estilbeno, óleo essencial. A composição do óleo obtido das sementes prensadas tem alto conteúdo em ácido linoleico, linolênico e y-linolênico.
Oleo essencial: Óxido de cariofileno, α-pinene, β-mirceno, dentre outros.
Canabinoides: Tetrahidrocanabinol (THC), canabidiol (CBD), canabinol (CBN), dentre outros.
Ácidos graxos: Ácido γ-linolênico, α-linolênico, ácido palmítico, linoleico e oleico, dentre outros.
Ações farmacológicas: Em pacientes com esclerose lateral amiotrófica, os resultados indicaram que a Cannabis pode ser moderadamente eficaz na redução dos sintomas de perda de apetite, depressão, dor, espasticidade. Em pacientes com câncer, exerce efeitos paliativos, evitando a náusea, vômitos, dor e estimulando o apetite. Apresenta efeito orexígena (estimuladora do apetite), relaxante, antiglaucomatosa, espermicida em humanos.
Foram verificados, em ratos, atividades carcinogênica, teratogênica, hiperglicêmica, de inibição de secreção gástrica e efeito de estimulação uterina.
Foram verificados, em coelhos, atividades teratogênica, de redução da pressão intraocular e de estimulação da musculatura lisa intestinal e efeito embriotóxico.
Atividade hipotensiva em cães.
Interações medicamentosas: Efeito sinérgico entre hidroxianisol butilado (um aditivo alimentar) e o delta-9-THC na produção de efeitos citotóxicos em células do pulmão.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não use a não ser sob supervisão médica. A utilização do cânhamo ou maconha, fumado ou ingerido, pode ter efeitos físicos e psicológicos (Reader’s Digest, 1999)..
Contra-indicações: Contra-indicada durante a gravidez.
Observações: Medicamentos registrados com princípios ativos da Cannabis: Marinol® (dronabinol, versão sintética do delta-9-tetrahidrocannabinol), para tratamento de náuseas e vômitos associados à quimioterapia de cancer em pacientes que não respondem adequadamente aos tratamentos convencionais. Sativex® (delta-9-tetrahidrocannabinol e cannabidiol) para tratar a esclerose múltipla.
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