MALVA-CHEIROSA

13/02/2020 21:50

Pelargonium graveolens   L’Hér.

Geraniaceae


SinonímiasPelargonium intermedium Kunth.

Nomes populares: Malva-cheirosa, malva, pelargônio, malva-rosa, rose geranium (Ingles, Estados Unidos), sweet-scented geranium (Ingles, Estados Unidos).

Origem ou Habitat: É originária do Sul da África e introduzida em outras regiões.

Características botânicas: Planta aromática, perene, lenhosa, medindo até 1 m de altura. Folhas largamente pecioladas, pilosas, com 5-7 lóbulos, arredondadas ou cordado-ovadas com bordas dentadas. Flores de 2,5 cm de diâmetro, rosadas, sem aroma, sésseis e pedunculadas. Pelargonium deriva da palavra grega que significa bico de cegonha (pelargos) e se refere a forma do fruto desta planta. Multiplica-se por estaquia ou por sementes.

Partes usadas: Folhas.

Uso popular: Apesar de não ser da família das Malvas (Malvaceae), esta planta é usada pelas comunidades da Ilha com fins medicinais parecidos. Utilizada como expectorante e para afecções das vias respiratórias.

Em Cuba, a infusão das folhas é usada para enfermidades do ventre, nos resfriados e como carminativo.

Composição química: Os principais componentes do seu óleo essencial são citronelol (33.6%), geraniol (26.8%), linalol (10.5%), forminato de citronela (9.7%) e p-mentona (6%) (Rana, et al., 2002). Possui também tiglato de geranil e isometona (Stuart, 1981).

Óleo essencial: Linalool, β-Citronellol, Geraniol, Isomentona, dentre outros.

Flavonoides: Mirisetina – 3‐O‐glicosídeo‐ramnosideo, quercetina- 3‐O‐pentosideo‐glicosideo, canferol -3,7‐di‐O‐glicosideo, dentre outros.

Ações farmacológicas: Diversos estudos tem demonstrado atividade antimicrobiana e antifúngica do óleo essencial da Pelargonium graveolens. In vitro, o geraniol demontrou atividade antifúngica contra Aspergillus niger e A. flavus, com atividade sinérgica com cetoconazol e anfotericina B. Os compostos geraniol e beta-citronelol demonstraram atividade contra ácaros. Possui efeito antimicrobiano sinérgico com ciprofloxacino contra uropatógenos, como Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis.

Posologia e modo de uso: fazer a infusão com uma colher de sobremesa em uma xícara de água 3 vezes , por 1 semana.

Observações: Na África, emprega-se as raízes de certas espécies de Pelargonium para diarréias. As raízes de Pelargonium sidoides DC. são empregadas para afecções respiratórias.

Referências: 

BOUKHRIS, Maher et al. Chemical Composition and Biological Activities of Polar Extracts and Essential Oil of Rose-scented Geranium,Pelargonium graveolens. Phytotherapy Research, [s.l.], v. 27, n. 8, p.1206-1213, 2 out. 2012.

JEON, J.H.et al Mite-control activities of active constituents isolated from Pelargonium graveolens against house dust mites. J Microbiol Biotechnol, v.18, n.10, p. 71-1666, Oct., 2008.

JUÁREZ, Z.n. et al. Protective antifungal activity of essential oils extracted fromBuddleja perfoliataandPelargonium graveolensagainst fungi isolated from stored grains. Journal Of Applied Microbiology, [s.l.], v. 120, n. 5, p.1264-1270, 4 abr. 2016.

MALIK, T.et al. Potentiation of Antimicrobial Activity of Ciprofloxacin by Pelargonium graveolens Essential Oil against Selected Uropathogens. Phytotherapy Research. 25 May., 2011.

RANA, V. S., JUYAL, J. P., BLAZQUEZ, M. A. Chemical constituents of essential oil of Pelargonium graveolens leaves. International Journal of Aromatherapy, v.12, n.4, 2002.

ROYG Y MESA, J. T. Plantas Medicinales Aromaticas o Venenosas de Cuba. Havana, Cuba: Cultural S.A., 1945. p. 330.

SHIN, S. Anti-Aspergillus activities of plant essential oils and their combination effects with ketoconazole or amphotericin B. Archives of Pharmacal Research, v. 26, n. 5, p. 389-393.

STUART, M. Enciclopedia de Hierbas y Herboristería.Barcelona: Ediciones Omega S.A., 1981. p. 235.

referência Pelargonium sidoides DC.

www.tropicos.org – Acessado em: 01 de junho de 2011.

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