JAMBU ou AGRIÃO-BRAVO
Acmella uliginosa (Sw.) Cass.
Sinonímias: Spilanthes acmella var. uliginosa (Sw.) Baker, Spilanthes acmella (L.) L., Spilanthes uliginosa Sw.
Nomes populares: Agrião-do-pará, agrião-bravo, jambu, jambu-pequeno.
Origem ou Habitat: Nativa da região Amazônica, principalmente do Pará.
Características botânicas: Herbácea perene, semi-ereta de ramos decumbentes, ramificada e aromática. Folhas embranáceas. Flores amarelas, reunidas em capítulos cônicos amarelos chamadas de cabecinhas, que medem 1 cm x 1 cm. Multiplica-se por sementes ou hastes enraizadas.
Partes usadas: Folhas e inflorescências.
Uso popular: Planta utilizada na região Norte e Nordeste do país como condimento e empregada na medicina caseira para tratar males da boca e garganta. As folhas e flores quando mastigadas dão uma sensação de formigamento nos lábios e na língua devido a sua ação anestésica local, por isso é empregado como anestésico local em ferimentos da boca e para dor de dente. A espécie Acmella oleracea (Sw.) Cass. conhecida como jambu-grande, também é usada como anestésico local além de estimulante do apetite, o chá das folhas e inflorescências é empregado contra anemia, dispepsia e como estomáquico.
Composição química: Óleos essenciais, espilantol (isobutilamida), espilantina, afinina, colina e fitosterina. O espilantol é a principal substância com ação anestésica. Além do espilantol, foi isolado desta planta outra alcamida similar, a N-isobutil-4,5-decadienamida, também com propriedades analgésicas (Alonso & Desmarchelier, 2005).
Ações farmacológicas: As alcamidas da planta, principalmente o espilantol, possuem reconhecidas atividades analgésicas (Alonso & Desmarchelier, 2005).
Efeitos adversos e/ou tóxicos: O dr. Francisco José de Abreu Matos alerta para evitar o contato com a laringe por que pode provocar paralisia da glote que, embora transitória, pode ser perigosa.
Observações: Existe uma espécie semelhante chamada popularmente de “jambu-grande” Acmella oleracea (Sw.)Cass., muito usado como tempêro no tacacá, prato típico da cozinha paraense.
As duas espécies chamadas de jambu são usadas na culinária da região Norte e Nordeste do país.
Referências:
LORENZI, H.; MATOS, F.J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ªed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.
MATOS, F.J.A. Plantas medicinais: guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no Nordeste brasileiro. Fortaleza: EUFC, 1989.
Mondin, C.A.; Magenta, M.; Nakajima, J.; Silva, G.A.R. 2013. Acmella in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB15915)- acesso em 16 de setembro de 2013.
ONG, HM., MOHAMAD, AS., MAKHTAR, NA., KHALID, MH., KHALID, S., PERIMAL, EK., MASTUKI, SN., ZAKARIA, ZA., LAJIS, N., ISRAF, DA., SULAIMAN, MR. Antinociceptive activity of methanolic extract of Acmella uliginosa (Sw.) Cass. Journal of Ethnopharmacology Volume 133, Issue 1, 7 January 2011, Pages 227-233. Acessado em http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874110006719
SILVA, Rozeli Coelho. Plantas Medicinais na Saúde Bucal. Vitória, ES, 2001. Pp. 22
http://www.tropicos.org/Name/2738307 – acesso em 16 de setembro de 2013